quarta-feira, 31 de agosto de 2011
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
COCO DO AMARO BRANCO
O Amaro Branco é uma colônia de pescadores e centenário reduto do coco da velha Marim dos Caetés. É lá que moram o Mestre Ferrugem, Ana, Mestre Dedo alguns dos principais coquistas do Amaro Branco.O grupo Coco do Amaro Branco,é um dos grupos tradicionais de Olinda e muito tem contribuido com a cultura popular. O grupo tem sempre participado dos eventos culturais do estado de pernambuco e tem viajado Brasil afóra levando nosso folguedo para outros quadrantes.A grande preocupação dos mestres deste grupo é perpetuar esta artes através das novas gerações,e esse trabalho já vem sendo feito,através de oficinas e de participações de jovens nas suas apresentações.O grupo tem um CD lançado,que usa como instrumento de divulgação.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
SALVE A CONGADA DE DOCA ZACARIAS
Raimundo Zacarias,é o nome do brincante mais conhecido da região de Milagres,cidade às margens da rodovia BR 116, situada no norte do Ceará,banhada pelo riacho dos porcos ,no portal do vale do cariri. Conhecido como "Seu Doca",Ele nasceu num distante 19 de setembro de 1929. tem 74 anos de serviços prestados a cultura popular,na atividade de congada. Folguedo remanescente das festas de coroação de Reis negros, que incluem além do cortejo e da coroação, a rememoração de batalhas, brincadeiras e a devoção a N. S. do Rosário."Mestre Doca Zacarias se distingue por seu rico acervo folclórico local e por manter acesa a história bicentenária do Grupo de Congo daquele Município.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
VIVA O COCO DE AURINHA
Com o cair da tarde do sábado,entre coqueiros e cocos de rodas, o couro come no bairro do Amaro Branco,periferia do sitio historico e reduto do coco em Olinda.É lá que se esconde Dona Selma do Coco,Aurinha,Zé Neguinho e tantos outros mestres que fazem desta dança uma manifestação e canto de celebração a alegria,a vida e ao folguedo popular.Aurinha foi durante dez anos,integrante do grupo de coco de roda de Dona Selma do Coco. Ela se rebelou em pró da cultura popular, chutou a quenga e resolveu fazer carreira solo em parceria com o coquista Washington Felipe, que conheceu naquele bairro,e assim criaram o Grupo Aurinha e Rala Coco. Com percussionistas da Nação Xambá, ligada à religião afro-brasileira, Aurinha trouxe uma batida inovadora no coco, e destacou-se a ponto de ser convidada para festivais importantes, gravar com Alceu Valença e lançar o primeiro CD em 2004.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
ELOMAR FIGUEIRA MELO,O BARDO DO RIO GAVIÃO
Ele nasceu na Fazenda Boa Vista, pertencente aos seus avós, Sr. Virgilio Ferraz e Sra Dona Maricota Gusmão Figueira,no municipio de Vitoria da Conquista.A formação protestante foi herdada da família. Passagens do Velho Testamento estão sempre presentes nas letras de sua obra, como na música "Ecos de uma Estrofe de Abacuc".Seus pais eram o Sr. Ernesto Santos Mello, filho de tradicional família da zona da mata de Itambé, Bahia e a Sra. Dona Eurides Gusmão Figueira Mello. Tem dois irmãos: Dima e Neide. Dos três aos sete anos de idade, viveu na cidade de Vitória da Conquista, passando depois a morar nas fazendas de seus parentes como a Fazenda São Joaquim que tanto lhe inspirou músicas, a as Fazendas Brejo, Coatis e Palmeira. Estudou entre o sertão e a capital e mais tarde, formou-se em Arquitetura pela Universidade Federal da Bahia, no final da década de 1960. Teve uma passagem rápida também pela Escola de Música dessa Universidade.Casado com Adalmária de Carvalho Mello, pai de Rosa Duprado, João Ernesto e do maestro João Omar.Elomar prefere viver a maior parte do seu tempo nas suas fazendas. A Fazenda Gameleira, que ele chama de Casa dos Carneiros, imortalizada na música Cantiga do Amigo, localizada a 22 Km de Vitória da Conquista, na Fazenda Duas Passagens,que se localiza na bacia do Rio Gavião, e na Fazenda Lagoa dos Patos, na Chapada Diamantina.Elomar, assim como Glauber Rocha e Xangai, é descendente direto do Bandeirante e Sertanista João Gonçalves da Costa, fundador em 1783 do Arraial da Conquista, hoje a cidade de Vitória da Conquista.Orlando Celino, pintor conquistense e único que Elomar permite retratá-lo, recebeu em 2003, encomenda para pintar um quadro de João Gonçalves da Costa que iria integrar ao monumento de Jacy Flores, em Conquista. Não existindo gravura deste personagem histórico e Elomar como descendente, permitiu que as suas feições fossem usadas para a representação deste ancestral. Este quadro denomonado Capitão-Mor João Gonçalves da Costa, está hoje, na Casa Régis Pacheco, em Vitória da Conquista, um museu político e casa de eventos inaugurado em 05 de abril de 2007. De 2000 a 2004 viveu na pequena cidade de Lagoa Real, contratado pela Prefeitura local, para formar um coral e criar um projeto de ópera sertaneja. Depois que gravou seu primeiro disco …Das Barrancas do Rio Gavião, passou a investir mais na sua carreira musical, bastante influenciados pela tradição ibérico e árabe que a colonização portuguesa levou ao nordeste brasileiro, mas foi só no final dos anos 1970 e início dos 80 que deu menos ênfase à arquitetura para dedicar-se à peregrinação pelos teatros do país, de palco em palco, tocando e interpretando o seu cancioneiro e trechos do que viriam a ser suas composições de formato erudito, como autos.Boa parte dos textos musicais e obras de Elomar são escritos em linguagem dialetal sertaneza (sic); título de linguagem atribuída por ele.Com seu estilo típico de tocar violão, muitas vezes alterando a afinação do instrumento, Elomar criou fama entre o universo violeiro. Gravou em 1990 o festejado disco "Elomar em Concerto", acompanhado pelo Quarteto Bessler-Reis. Avesso à exposição na mídia para divulgação do seu próprio trabalho, prefere a vida reclusa da fazenda, longe das grandes metrópoles, criando bodes como o que inspirou ao cartunista Henfil o personagem Francisco Orellana. Mesmo assim, algumas de suas composições ficaram relativamente famosas, como "Clariô", "O Violeiro", "Arrumação" e "O Peão na Amarração".
O poeta Vinicius de Moraes,em 1973,fez o seguinte comentario :
" A mim me parece um disparate que exista mar em seu nome, porque um nada tem a ver com o outro, No dia em que "o sertão virar mar", como na cantiga, minha impressão é que Elomar vai juntar seus bodes, de que tem uma grande criação em sua fazenda "Duas Passagens", entre as serras da Sussuarana e da Prata, em plena caatinga baiana, e os irá tangendo até encontrar novas terras áridas, onde sobrevivam apenas os bichos e as plantas que, como ele, não precisam de umidade para viver; e ali fincar novos marcos e ficar em paz entre suas amigas as cascavéis e as tarântulas, compondo ao violão suas lindas baladas e mirando sua plantação particular de estrelas que, no ar enxuto e rigoroso, vão se desdobrando à medida que o olhar se acomoda ao céu, até penetrar novas fazendas celestes além, sempre além, no infinito latifúndio.Pois assim é Elomar Figueira de Melo: um príncipe da caatinga, que o mantém desidratado como um couro bem curtido, em seus 34 anos de vida e muitos séculos de cultura musical, nisso que suas composições são uma sábia mistura do romanceiro medieval, tal como era praticado pelos reis-cavalheiros e menestréis errantes e que culminou na época de Elizabeth, da Inglaterra; e do cancioneiro do Nordeste, com suas toadas em terças plangentes e suas canções de cordel, que trazem logo à mente os brancos e planos caminhos desolados do sertão, no fim extremo dos quais reponta de repente um cego cantador com os olhos comidos de glaucoma e guiado por um menino - anjo a cantar façanhas de antigos cangaceiros ou "causos" escabrosos de paixões espúrias sob o sol assassino do agreste. Elomar nasceu em Vitória da Conquista, cidade que também deu vez a Glauber Rocha e Zu Campos, e depois de formar-se em arquitetura pela Universidade Federal da Bahia, ocupa atualmente o cargo de Diretor de Urbanismo em sua cidade. Mas do que gosta realmente é de sua caatingueira, uma das mais ásperas do sertão brasileiro, onde cria bodes e carneiros. Já me foi contado que um de seus reprodutores, o famoso bode "Francisco Orellana", quando a umidade do ar apresenta seus índices mais baixos - que usualmente é 10 graus - senta-se em posição estratégica sobre as patas traseiras e não se peja de urinar na própria boca, de modo a aproveitar, num instintivo e engenhoso recurso ecológico, a própria água do corpo para dessedentar-se. E tem a onça. Vez por outra, a madrugada restitui a carcaça sangrenta de um bode ou um carneiro, e todas as preocupações cessam, a não ser chumbar a bicha. E a conversa entre os fazendeiros fica sendo apenas essa: onça, suas manias, suas manhas, seus pontos fracos.
Todo mundo se oncifica. Elomar sai à noite para tocaiá-la, e quando a avista só atira nela de frente.
- Um bicho que vem de tão longe para matar meus bodes, esse eu respeito! - diz ele em seu sotaque matuto (apesar da boa cultura geral que tem) e que faz questão de não perder por nada, enojado que está da nossa suposta civilização.Quando lhe manifestei desejo de passar uns dias em sua companhia e de sua família (Elomar é casado e tem um par de filhos, sendo que a menina tem o lindo nome de Rosa Duprado) para descobrir, em sua companhia e ao som do excelente violão que toca, essas estrelas reconditas que já não se consegue mais ver nos nossos céus poluídos, Elomar me disse:- Pode vir quando quiser. Deixe só eu ajeitar a casa, que não está boa, e afastar um pouco dali minhas cascavéis e minhas tarântulas... É... Quem sabe não vai ser lá, no barato das galáxias e da música de Elomar, que eu vou acabar amarrando um bode definitivo e ficar curtindo uma de pastor de estrelas..."
DISCOGRAFIA
Parcelada Malunga
Elomar, Arthur Moreira Lima, Xangai, Heraldo do Monte, José Gomes
Gravado ao Vivo no Teatro Pixinguinha (SP).
Na Quadrada das Águas Perdidas
Elomar, Elena Rodrigues, Dércio Marques, Xangai e Carlos Pita
Gravado no Seminário de Música da UFBA.
Fantasia Leiga para um Rio Sêco
Elomar e Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Bahia
Gravado no Auditório do Centro de Convenções da Bahia
…Das Barrancas do Rio Gavião
Elomar
Auto da Catingueira
Elomar, Jacques Morelembaum, Marcelo Bernardes, Andrea Daltro, Sônia Penido, Xangai e Dércio Marques
Gravado na Sala de Visitas da Casa dos Carneiros em Gameleira (Vitória da Conquista, BA)
Elomar em Concerto
Elomar, Jacques Morelembaum, Quarteto Bessler-Reis, Paulo Sérgio Santos, Marcelo Bernardes, Antônio Augusto e Octeto Coral de Muri Costa
Gravado ao Vivo na Sala Cecília Meireles (RJ)
ConSertão
Elomar, Arthur Moreira Lima, Paulo Moura e Heraldo do Monte
Gravado na Sala Cecília Meireles (RJ)
Xangai Canta Elomar
Xangai, Elomar, João Omar, Jacques Morelembaum, Eduardo Morelembaum, Eduardo Pereira
Cantoria 1
Elomar, Geraldo Azevedo, Vital Farias, Xangai
Gravado ao Vivo no Teatro Castro Alves (Salvador, BA)
Cantoria 2
Elomar, Geraldo Azevedo, Vital Farias, Xangai
Gravado ao Vivo no Teatro Castro Alves (Salvador, BA)
Cantoria 3 Canto e Solo
Elomar
Gravado ao Vivo no Teatro Castro Alves (Salvador, BA)
Árias Sertânicas
Elomar e João Omar
Gravado no Estúdio Cacalieri — BA
Cartas Catingueiras
Elomar
Gravado no "Nosso Estúdio" — SP
Concerto Sertanez
Elomar, Turíbio Santos, Xangai e João Omar (part. especial)
Gravado ao vivo no Teatro Castro Alves dias 7, 8, 9 e 10 de janeiro de 1.988 em Salvador, BA.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
O ARTESANATO DE MARIA
A dama do barro do vale do Cariri,atende pela alcunha de Maria de Lourdes Cândido Monteiro,ela móra na terra do meu padim Ciço,em Juazeiro do Norte,no oficio de artesã,há 35 anos,tempo de muita criação e de atividades.Ela nasceu em 11 de fevereiro de 1939. A história de Maria Cândido é bem conhecida e aclamada pelos pesquisadores. Em1969, 30 anos depois da sua chegada a Juazeiro, Maria Cândido revela-se uma das maiores artesãs do Brasil, desenvolvendo temas variados feitos em peças de barro que já percorreram o Brasil e países como França, Alemanha, Holanda e Estados Unidos. O artesanato de barro tem origem indígena, espalhado por todo o território cearense, cujos agentes, as famosas louceiras de barro, trabalham a argila, moldando objetivos vários."
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Fundado em março de 2007, o grupo musical Batuta Nordestina, reúne entre seus integrantes poetas populares, repentistas, folcloristas, compositores e arte educadores. São eles: Zé Maria de Fortaleza, Tião Simpatia, Rozamato, Jonathan Rogério, Tony Abreu e Marcelo 21.Todos com larga experiência nos mais diversos palcos, seja em festivais, congressos, feiras, teatros, praças públicas, ou eventos de pequeno, médio e grande porte. Os ?batutenses? são artistas com trabalhos próprios que resolveram se juntar com objetivo de lutar pelo resgate, preservação e divulgação de nossas raízes. Um dos pontos primordiais do raio de ação do grupo é o diálogo com o público através da sua musicalidade.O Batuta nordestina nos possibilita com seu repertório, uma viagem musical pelos ritmos do: Xote, Xaxado, Baião, Maracatu,Toada, Galope, Desafio, Côco, Ciranda, Benditos e Bois. Um verdadeiro painel da cultura nordestina.O show ?No Compasso da Batuta?, que também é título do 1ª CD do grupo, já foi apresentado no Thetro José de Alencar (Semana da Cultura 2010), BNB (Passaré 2008), BNB Clube (Santos Dumont), Centro de Convenções (Bienal do Livro 2008/2010), Ginásio Paulo Sarasate, Mercado dos Pinhões, Sesc ? Centro (Projeto Degusta Som), Sesc Iracema, Ideal Club, Kukukaia, Unifor e no Festival Internacional de Repentistas e Trovadores em Limoeiro do Norte (Edição 2008), bem como, várias cidades do interior do Estado do Ceará, levando ao público o que há de melhor no cenário musical nordestino.Os ?Batutenses?, como assim são chamados, já se apresentaram em vários programas de TV, como: Paulo Oliveira na TV, ? TV Diário, Ceará Caboclo, Carneiro Portela ? TV Diário. Ao Som da Viola, Geraldo Amâncio ? TV Diário, Ontem Hoje e Sempre, Augusto Borges ? TVC, Ceará Caboclo, Dilson Pinheiro ? TVC e Ceará Cultural, TV Assembleia.Recentemente, o grupo estreou um novo show: ?Batuta em Ritmo de Cantoria?. A estreia foi um sucesso e lotou o Teatro Emiliano de Queiroz. O desafio foi proposto por Orlando Queiroz, que é promovente da ?Noite de Violas?, e segundo suas palavras: ?nunca uma atração do projeto da Noite de Violas, arrancou tanto aplauso da plateia?.Agora o grupo se prepara para gravar seu primeiro DVD, intitulado:?Nordeste En-cantador?. O Repertório será uma junção dos 2 Shows, acima mencionados, mas também terá músicas inéditas.Pode-se, afirmar, portanto, que Batuta Nordestina, é um grupo dinâmico, interativo e descontraído, pois os artistas cantam e tocam ao mesmo tempo, interagindo com o público e entre si o tempo todo, quer seja através das palmas; dos refrões; dos ?Contos de Caboclos,? quer seja nos versos em desafio; cada número apresentado, já deixa o mote para o número seguinte. Em fim, é um espetáculo com uma linguagem própria, e autêntica, com a cara e a alma do Povo Nordestino.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
ANTONIO CAJÚ E CAETANO DA INGAZEIRA
O ex canavieiro Antônio Caju, é considerado na embolada e no maracatu de baque solto(Maracatú Rural),o cão chupando manga,e sem delengas, um dos mais importantes mestres da atualidade. Caetano da Ingazeira é um embolador seguro e respeitado, com presença constante nos maiores festivais de cantoria de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. São parceiros habituais na profissão e a gravação de um cd em dupla é a coroação de uma parceria de longos anos.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
MESTRE ANTONIO ROBERTO
Ele é um dos brincantes mais atuante dos nossos dias, na zona da mata norte de pernambuco.Faz parte de uma nova geração de artistas,de um seleto grupo de poetas comprometidos em perpetua o folguedo do povo dos canavias. Incansavel na luta pela cultura popular,esse multi artista,dedicou parte de sua existência ao folguedo,e faz com gratidão ao dom da arte que aflorou num rebento de cortadores de cana.Antonio Roberto é Mestre de ciranda, de coco,de cavalo marinho e de maracatú de baque solto(maracatú rural),considerado um dos expoentes da cultura canavieira,ao lado dos Mestres Grimário,Luiz Paixão,Siba Veloso,Zé de Tété e familia Salustiano.
É um dos mais atuantes do seleto grupo de poetas da Mata Norte, mestres da ciranda, coco, cavalo-marinho e e maracatu do baque solto. No seu caso,
É ÉÉ um dos mais atuantes do seleto grupo de poetas da Mata Norte, mestres da ciranda, coco, cavalo-marinho e e maracateLE É UM DOS MAIS ATUANTES um dos mais atuantes do seleto grupo de poetas da Mata Norte, mestres da ciranda, coco, cavalo-marinho e e maracatu do baque solto. No seu caso,
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
EMBOLADORES
Embolada, Coco de embolada, Coco-de-improviso ou Coco de repente é uma espécie de arte surgida no nordeste, onde é especialmente popular. Consiste em uma dupla de "cantadores" que, ao som enérgico e "batucante" do pandeiro, montam versos bastante métricos, rápidos e improvisados onde um tenta denegrir a imagem do que lhe faz dupla com versos ofensivos, famosos pelos palavrões e insultos utilizados. O ofendido deve improvisar uma resposta rápida e ao mesmo tempo bem bolada. Caso não consiga, seu par é coroado triunfante. Não deve ser confundido com cantoria onde a música e a resposta são lentas melodiosas e o tema principal é a vida cotidiana.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Professor, historiador e folclorista. José Calasans Brandão da Silva nasceu em Aracaju no dia 14 de julho de 1915. Fez estudos primários no Colégio N.S.da Conceição e o curso secundário no Colégio Estadual de Sergipe, antigo Ateneu Sergipense, em Aracaju, concluindo em 1932. Diplomou-se pela Faculdade de Direito da Bahia em 1937. O pendor para a História e o magistério o tornou historiador e professor. Em sua terra foi Catedrático da Escola Normal Ruy Barbosa ensinando também em vários colégios. Ao mesmo tempo, desenvolve suas investigações no Instituto Histórico de Sergipe. Passando a residir na cidade do Salvador, em 1947, prosseguiu nas atividades de sua vocação, como escritor de assuntos históricos e mestre em diversos estabelecimentos de ensino médio (nos colégios Nossa Senhora Auxiliadora, Antonio Vieira e Santíssimo Sacramento) e nas duas universidades: Federal e Católica. Atua nas faculdades de Ciências Econômicas de ambas; e na de Filosofia, da Federal, com a cátedra de História Moderna e Contemporânea. Foi diretor do Departamento Regional do SENAC, na Bahia (1947/1961), onde incrementou o ensino profissionalizante em Salvador, com pioneirismo e a modernidade, que foi buscar na Europa. Hoje preside o Rotary Club. Em Salvador ele desenvolveu o seu lado de pesquisador de História e do folclore, cultivando uma obsessão, chamada Antônio Conselheiro, que começou com a tese O Ciclo Folclórico do Bom Jesus Conselheiro (1950). Obteve o grau de Doutor em Geografia e História em 1951, defendendo, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da UFBA, em concurso de livre-docência para História do Brasil, a tese O Ciclo Folclórico do Bom Jesus Conselheiro. Nesta mesma faculdade havendo concorrido à cátedra de História Moderna e Contemporânea, conquistando-a após a defesa e aprovação, em 1959, da tese Os Vintistas e a Regeneração Econômica de Portugal. Chefiou, por longo tempo, o Dep. de História dessa faculdade, tendo exercido sua direção, nos anos de 1974 e 1975. Foi vice-reitor da UFBA de 1980 a 1984. A fascinação pela figura do Conselheiro de Canudos levou o professor José Calasans por todos os lugares em que aquele líder messiânico andou, recolhendo escritos, missais, objetos e memórias de sobreviventes. O conjunto desse material acabou por constituir, em 1983, o Núcleo Sertão da UFBA, instalado no Terreiro de Jesus, em Salvador, e de onde o escritor peruano Mario Vargas Llosa retirou informações fundamentais para o seu romance histórico A Guerra do Fim do Mundo. O Núcleo Sertão, que integra o Centro de Estudos Baianos da UFBA é o centro de pesquisa que reúne o maior patrimônio documental sobre Canudos, em escala mundial, sobre os temas referidos, o qual custodia sua coleção particular e parte do seu arquivo. O Núcleo está instalado atualmente no 3º pavimento da Bib. Central da UFBA. Professor emérito da UFBA, é considerado a maior autoridade em todo o país na temática de Canudos, que estuda há quase 50 anos. Essas pesquisas resultaram nos livros No Tempo de Antônio Conselheiro (1959), Antônio Conselheiro e a Escravidão (1968), Antônio Conselheiro, Construtor de Igrejas e Cemitérios (1973), Canudos: Origem e Desenvolvimento de um Arraial Messiânico (1974), Canudos na Literatura de Cordel (1984), Quase Biografia de Jagunços (1986) e Cartografia de Canudos (1997). Outros livros publicados: Temas da Província (estudos de história e folclore de Sergipe, 1944), Cachaça Moça Branca (1951), A Santidade de Jaguaripe (1952), Euclides da Cunha e Siqueira de Menezes (1957), Os Vintinistas e a Regeneração Econômica de Portugal (1959), Folclore Geo-Histórico da Bahia e seu Recôncavo (1970), A Revolução de 30 na Bahia (1980), Aparecimento e Prisão de um Messias (1988), Miguel Calmon Sobrinho e sua Época (1991), Aracaju e Outros Temas Sergipanos (1992). "Ao lado de uma brilhante carreira acadêmica em todos os sentidos, constrói uma obra marcadamente voltada para o folclore e para a história. No conjunto de suas produções, tudo se centraliza na síntese cósmica em torno da figura messiânica de Antônio Conselheiro, Canudos, Euclides da Cunha, Nordeste e o ciclo dos jagunços. Canudos é o seu núcleo temático, sua linha de pesquisa, sua vida intelectual, sua paixão de estudos", comentou o professor Edivaldo Boaventura em um de seus artigos sobre o mestre José Calasans. Já aposentado, em 1984, o Banco Econômico conseguiu convencê-lo a dirigir o Departamento de Estudos e Publicações do Museu Eugênio Teixeira Leal - memorial do próprio banco. O sucesso deste empreendimento ultrapassou todas as expectativas em todos os setores ativados: arquivo e biblioteca, consultas e exposições, conferências e palestras, outras programações - tudo aberto ao público. Calasans também ocupou as presidências do Instituto Geográfico e Histórico de Sergipe, da Academia de Letras da Bahia e do Conselho de Cultura do Estado da Bahia. Ele tomou posse na Academia de Letras da Bahia em novembro de 1963, em março de 1971 foi empossado presidente. E em junho de 1993 recebeu da Prefeitura e da Câmara Municipal de Canudos o título de Cidadão da Cidade de Canudos. Embora retraído, o cidadão José Calasans Brandão da Silva, ganhou notoriedade e reconhecimento público, traduzido em medalhas e condecorações, a saber: Comendador da Ordem do Mérito da Bahia, Medalha Inácio Barbosa (Prefeitura Municipal de Aracaju), Medalha Visconde de Itaparica (Polícia Militar do Estado da Bahia), Medalha Euclides da Cunha - Casa Euclidiana (São José do Rio Pardo, São Paulo), Medalha Sílvio Romero (Prefeitura do Distrito Federal-RJ), Medalha do Mérito Cultural Castro Alves (Secretaria de Educação e Cultura do Estado da Bahia), Medalha do Pacificador (Ministério do Exército). Considerado a maior autoridade na História de Canudos e fascinado pelo rico folclore brasileiro, o professor José Calasans confessa que o que mais gosta de fazer é conversar e recitar poesias populares. |
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
POETA ILMAR CAVALCANTE
Ele sempre morou na musical cidade de Monteiro, no Cariri paraibano. Mas,o filho de Inácio Vieira da Silva (in memorian) e Lindalva Cavalcante da Silva,nasceu em João Pessoa, na capital paraibana,no dia 19 de outubro de 1970. Teve a infância dividida entre os estudos, as peladas de futebol e as férias no sítio Angico, dos avós maternos. A admiração de seu pai pela música regional, em especial pelo forró do Trio Nordestino, clareou-lhe a inspiração e fez surgir os primeiros versos em forma de canção. Com o passar do tempo, entre os 19 e os 20 anos de idade, já com alguns trabalhos desenvolvidos, Ilmar se sentia feliz tocando violão e mostrando as primeiras composições a amigos mais próximos. Vencendo a timidez, apresentou suas canções a alguns artistas monteirenses, em especial a Flávio José e a Dejinha de Monteiro, que gravou sua primeira música intitulada, "Me deixa entrar no seu mundo", de 1993. Primeiros sucessos - Depois dessa primeira vitória, a inspiração e a dedicação se redobraram. Em 1994, Ilmar teve a música "Poucas Palavras" interpretada pela cantora Eliane. Coube a Flávio José apresentar Ilmar à Eliane. A partir de então, as portas se abriram para o jovem compositor. Ainda em 1994, Ilmar conhece o cantor e compositor Nanado Alves e dessa parceria, nasceram grandes sucessos consagrados pelo povo. Na ocasião a Banda Magníficos, em início de carreira, gravou cinco músicas da dupla, entre elas "Xote de encomenda", "Charme especial" e "Todo dia te querer". No ano seguinte Flávio José grava duas músicas que se tornariam sucessos ("Um passarinho" e "O bom do amor"). Por seu lado, a Banda Magnificos lança seu segundo trabalho com mais três músicas da dupla: "Tenda", "Alguém", "Viver uma paixão". Começa então o reconhecimento em todo território nacional. Novos intérpretes - Em 1996, o cantor Gláucio Costa grava o xote "Cheiro de nós", uma música cheia de poesia em que a letra faz uma pequena homenagem ao grande poeta José Marcolino. A partir de 1997, Ilmar tem suas músicas executadas pelas rádios de todo o país, a exemplo de " Saudade que mata", com Genaro, e "Diálogo", com Flávio José.
No 1º MPB Cariri, um Festival de Música Regional realizado em Monteiro em 1998, Ilmar é o grande vencedor com a música "Quando escuto seu Luiz". Essa canção foi gravada por Flávio José no CD " Pra todo mundo", com o nome de "Sangue nordestino". Nesse mesmo disco, encontramos o baião "Só falta você voltar".Com o surgimento de novas bandas de forró, a Magníficos grava em 1999 a música "Muito pra te dar" (parceria com Nanado Alves e Jorge Andrade). Já em 2000, o cantor Flávio José entra na gravadora BMG e lança um novo CD, que tem como carro- chefe "Seu olhar não mente" e o xote "A vida é você" (Ilmar Cavalcante/Nanado Alves). Dois grandes sucessos lembrados pelo público. No ano seguinte, a música "Amor pra mais de mil" foi gravada por mais de 30 artistas inclusive o cantor Novinho da Paraíba e as bandas Mastruz com Leite, Raízes do Forró. Com essa canção vários desses artistas se apresentam em programas de TV (Xuxa Parque, Super POP e A Casa é Sua, entre outros). No mesmo ano, o cantor Adelmário Coelho grava "Chega de saudade", que foi carro-chefe do CD e teve grande aceitação popular.
Coletâneas - Em 2002, a gravadora BMG lança duas coletâneas de Ilmar Cavalcante: As Melhores do ano e 4 em 1. A música "Seu olhar não mente" (Ilmar/Nanado) fizeram parte destes dois discos, que teve a participação de grandes nomes da musica popular brasileira Fábio Jr., Leonardo, Daniela Mercury entre outros. O baiano Adelmário Coelho gravou, em 2004, "Farejador de forró", um autêntico pé-de-serra feito por encomenda. Nessa música, a parceria foi com o seu compadre João Batista. Em 2005, a Banda Magníficos, o cantor Novinho da Paraíba e Santanna gravaram em DVD sucessos de Ilmar Cavalcante. Dois anos depois o compositor foi um dos campeões do Forrofest (2° Lugar) com o baião, "Meu Lugar é meu Nordeste", interpretado por Osmando Silva. Depois de mais de 300 músicas gravadas, e muitas outras inéditas, o compositor monteirense lança o CD "Ilmar Cavalcante, meus amigos meu Forró". Neste trabalho grandes artistas da música regional interpretam o poeta-compositor abrilhantando cada vez mais seu belíssimo trabalho. No ano passado, Ilmar lança seu 2º trabalho, contando mais uma vez com a participação especial de seus amigos e admiradores. O trabalho surge naturalmente de uma aclamação dos admiradores da boa música nordestina, autêntica e de boa qualidade. Contando nesse trabalho com novas participações a exemplo de Jorge de Altinho, Cezinha, Flávio Leandro, Geraldinho Lins e outros.
Agradecido pelos sucessos alcançados, o poeta compõe em meio à vida cotidiana. Em casa ou no trabalho, Ilmar sempre encontra tempo para ler, buscar inspiração, ouvir e aprender com os grandes mestres da música e poesia, como Luiz Gonzaga, o cantor Lindú (Trio Nordestino), Dominguinhos, Guilherme Arantes, Chico Buarque.
Fonte: PB Agora.