segunda-feira, 30 de abril de 2012

            Escurinho, campeão na música do cangaço


ESCURINHO VENCE O FESTIVAL DE MÚSICA DO CANGAÇO




O ator,cantor e compositor Serratalhadense Escurinho,que é radicado em João Pessoa, no estado da Paraíba,acabou como grande vencedor da segunda edição do Festival de Música do Cangaço.Ele ganhou na categoria Melhor Música,com Nas estradas de Bom Nome,e arrematou a noite com o prêmio de melhor intérprete. O festival da terra de Lampião,promovido pelo Ponto de Cultura Cabras de Lampião,é mais uma prova  que a época de ouro dos festivais é coisa do passado,mas o compositor brasileiro encontra nesse tipo de evento a única forma de expressar e divulgar seu trabalho. No festival,havia concorrentes de Minas Gerais,São Paulo,Amapá,Bahia e Paraíba. De Pernambuco apenas um concorrente ficou entre os cincos primeiros classificados: Rui Grude,cantor bastante conhecido em Serra Talhada.Defendendo a música,Brasil,o cangaço e Lampião. As cincos vencedoras do II Festival de Música do Cangaço de Serra Talhada: Nas estradas de bom nome,Escurinho(inscrito como representante de João Pessoa),Em versos quebrados,mulher no cangaço,de João Sereno(Juazeiro-BA) e Maviel Melo(Carnaíba-PE),interpretada por Carlinhos Pajéu, vocalista da banda baiana A Volante do Sargento Bezerra,Flores do cangaço,Tavinho Limma e Sandro Livack(Ilha Solteira-SP),interpretada pelos autores,O Brasil.o cangaço e Lampião,de Rui Grudi(Serra Talhada),interpretada pelo  autor,Um cangaceiro e um cão,de Artur Silva(Guarabira-PB),interpretada por Laerson Alves.

                                   



HOJE TEM RENATO BORGHET NO FESTIVAL DA SANFONA



Na noite de hoje durante os festejos de encerramento do  Festival da Sanfona de Salgueiro,que teve inicio no dia 28,no pátio do Centro de Cultura e Lazer,da antiga estação ferroviária,teremos na programação do último dia,  show com o músico Gaúcho  Renato Borghet,fechando a programação do festival  que chega a sua 4ª edição e se consolida como  evento tradicional no calendário turístico  do Sertão Central de pernambuco.O  evento é mais uma realização da Secretaria de  Cultura   e Prefeitura Municipal, que além de promover o festival apoia os jovens talentos do município através da Escola de Música Maestro Ivalter,no Centro de Cultural e Lazer,e entre outras intervenções, promove as rodas de sanfoneiros nas comunidades rurais. O festival desde sua primeira  edição tem o compromisso de revelar  jovens talentos como de preservar o instrumento que é uma verdadeira paixão dos sertanejos.  O festival no atual formato tem as categorias :sanfona e sanfona de oito baixos.Esta manifestação fez revelar novos talentos da modalidade de oito baixos, como o jovem sanfoneiro Antonio da Mutuca e trouxe de volta aos eventos da região os sanfoneiros de oito  baixos.Salgueiro tem hoje na sanfona de oito baixos  um dos maiores plantéis   de músicos desse pequeno e complexo instrumento.   






A LENDA DA COBRA-GRANDE

Conhecida como demônio das profundezas das águas, a este monstro os índios dão o nome de Paranamaia que quer dizer Parana=rio e maia=mãe.
Esta é uma das lendas mais conhecidas da região amazônica, esta lenda conta que uma índia de uma tribo indígena da região amazônica, chamada de Zelina e que estava trabalhando na beira do rio, sentiu uma dor no ventre, conta a lenda que esta índia foi engravidada pela Sucuri e que deu a luz as margens de um rio a um casal de gêmeos que eram na verdade duas cobras: seu primeiro desejo foi de matá-las, mas procurou buscar conselho com o velho pajé que mandou jogá-las no rio e no rio foram criadas, e algum tempo depois chamados de Honorato e Maria Caninana, o primeiro chamado de Honorato não causava mal nenhum, mas sua irmão Maria Caninana era muito perversa e quando visitavam sua mãe Zelina, Caninana era a mais preferida, que de tantas maldades praticadas, seu irmão Honorato não aprovando mais as maldades praticadas de sua irmã pôs fim às suas perversidades e acabou com Maria Caninana tirando sua vida.
Em Barcarena existe um lugar conhecido como buraco da cobra grande que é atração turística do município como em outros povoados e vilas, existe a crença de que as mesmas estão situadas sobre a morada de uma cobra grande, conta a lenda que em Belém, quando foi fundada estaria sobre a casa de uma enorme cobra-grande... E daí ocorre se a cobra-grande se mexe Belém estremece e se a cobra-grande sair de seu lugar Belém irá afundar com todos os seus habitantes.
Estudos mais aprofundados no assunto, contam que a tal lenda nasceu dos primeiros missionários, que ao chegar a Belém e ouvir falar da tal cobra-grande, resolveram esmagar colocando-lhe a cabeça justamente sob os pés de Nossa Senhora a Virgem Maria, segundo a lenda a cobra-grande que aqui foi esmagada tem a sua cabeça debaixo do altar mor da Catedral da Sé e a sua calda sob o altar da Basílica. Afinal os missionários que aqui chegaram tiveram que adaptar a cultura local, queriam conquistar novos crentes, tiveram que personificar a boiúna dos indígenas esmagando-lhe a cabeça e a colocando sob o altar, a Catedral da Sé, simbolizando com isso um sinal muito parecido a virgem esmagando a serpente que era a encarnação do demônio.
De qualquer forma o átrio que inicia na catedral e termina na basílica de Nazaré tem a crença ligada, que nos mostra ser muito simbólica  a comparação com a lenda da cobra-grande, que na madrugada de 12 de janeiro de 1970 quando ocorreu um tremor de terra, muitos disseram que a cobra-grande estava se mexendo e quando ela sair do seu repouso, Belém e seus habitantes serão tragados pelas águas da Baía do Guajará. Lenda ou não, o Círio de Nazaré é uma serpente humana, uma realidade formada por mais de 2 milhões de pessoas, que se curvaram e põe-se aos pés da virgem a padroeira dos Paraenses e esta é a lenda Paraense mais conhecida da cobra-grande. Porém há história de pescador que no arquipélago do Marajó uma enorme cobra grande que costuma virar embarcações de considerável porte, comendo ou levando para o fundo dos rios os passageiros, muito temida pelos ribeirinhos, e principalmente pelos rios regionais, esta boiúna que na palavra tupi quer dizer cobra negra tem os olhos como dois faróis, que na verdade é o forte mito desta extraordinária cobra, por isto mesmo chamada de cobra-grande.

domingo, 29 de abril de 2012

Cátia de França - Rumos Itaú Cultural (Parte 1)



Veja na barra lateral em PESQUISAR ESTE BLOG,Publicação do bLoG soL vERmeLHo sobre Cátia de França,em 10 de julho de 2010.

sábado, 28 de abril de 2012

                                                           Dicionário do Nordeste



                                                          NORDESTÊS


O pernambucano  Fred Navarro prepara nova edição do seu dicionário do Nordeste,que sai pela Companhia Editora de Pernambuco(CEPE) no segundo semestre deste ano. serão mais de 10 mil verbetes.Para escrevê-lo ,Fred pesquisou mais de 200 livros,ouviu cerca de 100 discos com a temática nordestina,viu alguns filmes e demorou-se oito anos.
                                                                         Beto Hortis



HOJE TEM BETO HORTIZ NO 4º  FESTIVAL DA SANFONA


O sanfoneiro pernambucano Beto Hortiz ,estará numa oficina de sanfona,às 16h,deste sábado durante a abertura do 4º Festival da Sanfona de Salgueiro,que vai até o dia 31de abril,em frente ao  Centro de Cultura e Lazer,na antiga estação ferroviária da cidade. Logo após as apresentações da noite,Beto Hortiz  fará o encerramento da noite com um show instrumental.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

                                     


                                              PISA PÓLVORA



Em Sergipe, Pisa pólvora é um ritual ,uma dança folclórica,muito parecida com a batucada,ambas manifestações populares com forte expressividade no município Sergipano de Estância.A finalidade maior do pisa-pólvora é preparar a pólvora para as sensacionais batalhas de busca-pés e para os barcos de fogo,abrindo os festejos juninos da cidade.
a dança é realizada em torno de um pilão,onde estão colocados  enxofre,o salitre e o carvão,substâncias usadas no preparo da pólvora. Homens e mulheres costumam participar,vestidos à moda caipira,cantando e dançando ao som do ganzás,triângulos,porca,reco-reco e tambores.
O ritual é uma herança dos tempos da escravidão;os negros costumavam realizar as tarefas dançando,pisando forte no chão e tirando versos de improviso.
                                                                                Descrição da Foto 


CONFRARIA DO ROSÁRIO  DE FLORESTA DO NAVIO

Fundada a mais de 200 anos, a Confraria do Rosário de Floresta do Navio é uma irmandade religiosa criada por escravos africanos.Considerado um foco de resistência negra,ela é apontada como uma comunidade quilombola. Conta a história,que os negros da região só tinham um dia de descanso no ano(31 de dezembro),estes coroavam,na ocasião,um rei e uma rainha para mostrar aos brancos que também possuíam sangue nobre. Em seguida,o grupo partia para a missa na igreja do Bom Jesus dos Aflitos,atual igreja de nossa senhora do Rosário,e voltavam à casa da irmandade onde era distribuído almoço para todos.
" Era terminantemente proibido a organização dos escravos naquela época.Assim,a coroação era uma oportunidade de se reunir,de discutir questões da vida,sem a presença do homem branco", afirma João Luiz dos Santos,atual presidente da irmandade.
Não se sabe ao certo  a data da primeira celebração pela Confraria do Rosário de Floresta do Navio,mas consta em  registros que desde  1792 reis e rainhas negros eam escolhidoscomo representantes dos escravos na região.Na época,a coroação acontecia na igreja do Bom Jesus dos Aflitos,dentro da Fazenda Grande que posteriormente deu nome à cidade de Floresta,município situado no sertão pernambucano,no médio São Francisco do estado.
A tradição é preservada até hoje pelos 36 membros da irmandade. Todos os anos,no dia 31 de dezembro,há um roteiro de celebração,que começa às 8h,com  café da manhã para o rei,na casa de uma das juízas,as mulheres mais velhas da irmandade. Em seguida,os turistas,membros,moradores e curiosos acompanham a realeza até a igreja,onde é celebrada a missa.Logo após,todos se encontram com a rainha,na casa da confraria,quando é servido o almoço.Por último,há a coroação dos novos reis,que ocuparam o posto durante o próximo ano.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

                           


 CINE PE  2012 FESTIVAL DO AUDIOVISUAL


Começou  hoje o Cine PE Audiovisual,Pernambuco será pela 16ª vez o ponto de intersecção do cinema  brasileiro,por sete dias.  40 filmes  serão exibidos para um público estimado em 30 mil expectadores.Cerca de 250 convidados,entre atrizes ,produtores,técnicos,diretores e estudiosos vão se misturar ao grnde público,no Teatro Guararapes,no Centro de Convenções,na velha Marim dos Caetés(Olinda).
 Na programação de hoje,Mostra Cine PE:Um olhar para Moçambique,com o o longa-metragem,193',Lágrimas,de Júlio Silva,na Unicap,Mostra Competitiva de Curtas-metragens,Depois da queda,de Bruno Bini (Mato Grosso).ficção,17', O descarte,de Carlos Hardt e Lucas Fernandes(Paraná),Qual queijo você quer,de Cintia Domit Bittar(Santa Catarina),ficção11'15",Mostra Competitiva de Longas-metragens,com o filme À beira do Caminho,de Breno Silveira(Rio de Janeiro).ficção,100',no Cine Teatro Guararapes/Centro de Convenções.O cinem  pernambucano também vai estar bem representado na Mostra Competitividade Curtas-metragens.Entre os 18  filmes concorrentes,quatro foram produzido no estado e comprovam o diversificado momento da cena local. O Cine PE: Festval Audiovisual este ano vai render homenagens a três personalidades do cinema Nacional: o cineasta e produtor Cacá Diegues,o cineasta e produtor Fernando Meirelles e o ator Ney Latorraca.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

                                                                       
Zé Dantas,Veremundo Soares e Luiz Gonzaga
 

CORONEL VEREMUNDO SOARES


Filho do Padre Mineiro Antonio Joaquim Soares,que migrou para o semi-árido nordestino subindo o rio São Francisco em buscas dos currais sanfranciscano.Padre Antonio  acabou se estabelecendo no sertão central de pernambuco,na cidade de Salgueiro.Da prole do padre-velho,nasceu Veremundo Soares, Coronel da Guarda Nacional e que ao lado de Delmiro Gouveia foi um dos maiores empreendedores do Nordeste Brasileiro.Detentor de uma  das maiores fortunas dos sertões,Veremundo trouxe a indústria,comércio e o agronegócio para Salgueiro. Da sua fazenda Monte Alegre,uma fazenda modelo dos anos 60,ele produziu através da irrigação uvas de  qualidade. O Coronel Veremundo Soares era um intelectual ,um visionário,um homem além do seu tempo.
                                                                      




              CANGACEIRO LUCAS DA FEIRA


Lucas  Evangelista,nasceu em 18 de outubro de 1807,na Fazenda Sacco do Limão em Feira de Santana,estado da Bahia.Nascido filho de escravo,pertenceu a princípio a Dona Ana Pereira do Lage,e após o falecimento dela,passou ao domínio do Padre José Alves Franco,vindo mais tarde a caber,em nova partilha,ao pai deste,Alferos José Alves Franco.Durante esta última transição de senhor,ele fugiu aos 15 anos de idade para as matas da cidade de  Feira de Santana,em meados do ano de 1828,se juntando à uma quadrilha em conjunto com Nicolau,Bernardino, Flaviano,José ,Joaquim e Januário,um bando com cerca de 30 homens sendo ele preso em 23 de janeiro de 1848 após ser  alvejado com um tiro no braço.Ao ser preso,é levado à corte imperial, a pedido de D.Pedro II, que desejava conhecê-lo antes que fosse enforcado em Feira de Santana,no dia  de Iemanjá,2 de fevereiro de 1848.  
 Em 2010 houve um projeto para homenagear Lucas da Feira nomeiando uma rua com o seu nome,mas o projeto foi rejeitado,visto que existe também imagem negativa dele entre os historiadores.Foi argumentado que não podia-se esquecer os assaltos que ele cometeu durante vinte anos aos moradores de Feira de Santana.
  Se por um lado,alguns historiadores argumenta que Lucas lutou contra a escravidão e foi um Robin Hood baiano,na tendência como teria sido o Zumbi dos Palmares,outros historiadores como Franklin Maxado,Monsenhor Renato Galvão e Hugo Navarro relatam uma vida criminosa atribuída à vida de Lucas. A um consenso entretanto que Lucas Evangelista ajudou a formar um dos primeiros grupos considerados como cangaço na primeira metade do século XIX.Conforme o historiador Jaime Cedraz de Oliveira: "A memória oral da população ainda mantém viva a figura do lendário Lucas da Feira.Entretanto determinada elite politica e cultural e proprietária de bens,que quer ser dona de tudo e de todos,deter o amanhã e aprisionar o futuro,insiste em apagar ou evitar qualquer menção ao nome daquele escravo.Por que será?  Supõe-se que a história de Lucas da Feira escancara o escárnio,a podridão e a arrogância dos antigos senhores que ascendiam com o tráfico e exploração de mão-de-obra arrancada dos seus lares na África.As classes dominantes sucedâneas descaracterizaram
e praticamente destruíram o patrimônio cultural,artístico,histórico e arquitetônico do município,confinando-o aos museus e catálogos de fotos,e teimam em impor culturas alienantes e símbolos de fora que tem apenas valor de mercado,e somente isto".



terça-feira, 24 de abril de 2012

                                                      mestra_zulena



                                                     MESTRA ZULENA

Zulena Galdino Souza,nome de batismo da Mestra Zulena,que nasceu durante as águas de março do ano de 1949,na cidade do Crato,município do vale do Cariri Cearense. Mestra Zulena é membro fundadora da Fundação do Folclore Mestre Eloi. Desde a infância  no Crato ela dançava  quadrilha junina,tendo criado dois grupos,um de criança e outro de jovens. Sua dedicação ao folclore se revela nas preciosidades que ela apresenta em folguedo e brincadeiras da cultura nordestina como a Dança do coco,Pastoril e Maneiro Pau(dança coletiva animada por um improvisador de repentes ao som de um pandeiro,que mimetiza um combate travado entre caboclos,utilizando cacetes). Com o trabalho desenvolvidos com jovens e adolescentes do Crato e região do Cariri,Mestra Zulena tem a grata certeza de que deixará esse legado de cultura popular para as futuras gerações.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

                                

                             MAZUCA DE AGRESTINA


A Mazuca é  um ritmo que mistura influências indigenas e africanas,numa mescla de pandeiro,ganzá e batida de pés,um trupé forte e certeiro,que lembra o coco,mas tem a sua própria identidade,é dançada por casais,que formam uma roda e giram numa mesma direção,batendo forte com os pés e as mãos,"puxados" pelo cantador de loas. A marcação do ritmo é feita por um único instrumento percussivo: o ganzá - elemento característico da tradição  indígena. A Mazuca da  cidade de Agrestina,município do agreste pernambucano,situado na bacia do Rio Una,que abriga o elo perdido da cultura contemporanêa com a mazuca,que   tinha como Principal  personagem e dessiminadora daquele  folguedo popular, a descendente de escravos, a parteira Dona Maria Amara da Conceição,que faleceu aos 107 anos de idade,numa manhã de  terça-feira,  8 de agosto do ano de 2009. O legado da mazuca em Agrestina veio dos avós de dona Amara, escravos fugitivos e índios  daquela região, que foragidos dos senhores de engenhos ouviam do mato o som da dança de salão de origem polonesa nas noites de festejos  na casa grande das fazendas da região. Ao som do pandeiro e da marcação do ganzá e da batida de pé,eles criaram a sua própria mazuca.A Mazuca de Agrestina,foi pioneira na produção fonográfica do gênero ao lançar em 2008, um CD  que traz registro inédito do ritmo originário da miscigenação entre índios e negros.








               A LENDA DO BOTO


Este o mais famoso e conhecido, também é chamado Uauiara. Foi confiado a ele a sorte dos peixes. Conta a lenda que o Boto, peixe encontrado nos rios da Amazônia, se transforma de noite num elegante e belo rapaz, o Boto ou Uauiara se transforma deixando de ser animal e sai das águas para conquistar as moças. Hoje nos interiores do Pará todas as pessoas gostam de contar ou narrar aos visitantes que chegam uma série de histórias extravagantes e grotescas em que as moças da cidade ou simplesmente próximo aos rios e igarapés que não resistem a simpatia e beleza, e caem de amor por ele. O Boto é considerado como o protetor das mulheres, e quando ocorre algum naufrágio em uma embarcação o Boto se manifesta e procura salvar a vida das mulheres, procurando empurrá-las para as margens do rio. As eternas e melancólicas histórias em que figura como herói o Boto é considerado como grande amador de nossas índias e elas alegam que seu primeiro filho e com muita certeza é dele, dando crédito a este Deus que transformado na figura de mortal seduziu e arrebatou para debaixo d’água, onde a infeliz foi forçada a fazer sexo com ele, estas mulheres caboclas ou índias conquistadas as margens dos rios quando vão banhar-se, ou nas festas realizadas no interior ou próximas dos rios. Nas noites de luar muitas vezes o lago se ilumina e se ouvem as cantigas da festa dele, dando cregam que seu primeiro filho e com muita certeza curando empurrafmomentoador que mata um animal fr acertar um tir de danças com que o Boto se diverte, este vai ao baile e dança alegremente com a moça a que pretende conquistar. Envolve-se com ela com bonitos galanteios e as pobrezinhas de nada desconfiam e só depois de apaixonadas as moças ficam grávidas e ao Boto, este galante rapaz, é atribuído a paternidade dos filhos das mães solteiras. Este lendário é conhecido peixe, anda sempre de chapéu, e dizem que sua cabeça exala um cheiro forte de peixe, tendo ele um chapéu para cobrir o buraco que há em sua cabeça.

Quando ele chega à festa é desconhecido de todos, mas vai logo conquistando a moça mais bonita e com ela dança a noite inteira, mas antes que o dia amanheça e sem ninguém perceber, pois precisa voltar rapidamente para o rio antes que o encanto termine. O Boto é a figura popular das águas e do folclore da região amazônica e sua aparência é de um golfinho.
Os órgãos sexuais quer do Boto, quer da sua fêmea, são muito utilizados em feitiçaria, visando a conquista ou domínio do ente amado. Porém o mais utilizado do mesmo é o olho do Boto, que é considerado amuleto do mais forte na arte do amor e sorte.
Dizem mesmo que, segurando na mão um amuleto feito de olho de Boto tem que ter cuidado para quem olhar, pois o efeito é fulminante: pode atrair até mesmo pessoas do mesmo sexo, que ficam apaixonadas pelo possuidor do olho de Boto, sendo difícil de desfazer o efeito...
Conta-se algumas histórias em que maridos desconfiados de que alguém estava tentando conquistar suas mulheres armaram uma cilada para pegar o conquistador. A cilada geralmente acontece à noite, aonde o marido vai a luta com o seu rival, mesmo ferido, consegue fugir e atirar-se n’água. No dia seguinte, para a surpresa do marido e demais pessoas que acompanharam a luta, o cadáver aparece na beira d’água com o ferimento da faca, ou de tiros, ou ainda com o arpão cravado no corpo, conforme a arma utilizada, não de um homem, mas pura e simplesmente um Boto.

domingo, 22 de abril de 2012

                                



                                 CARLINHOS PAJÉU


O vocalista do grupo Soteropolitano A Volante do Sargento Bezerra,o conterrâneo de Lampião, Carlinhos Pajéu,é um dos classificados para o IIº Festival de Música do Cangaço,a ser realizado no dia 28 de abril,no pátio da  antiga estação ferroviária de Serra Talhada.Carlinhos interpretará a música;EM VERSOS QUEBRADOS,MULHER NO CANGAÇO,música do cantor e compositor de Juazeiro da Bahia, João Sereno e Maviael Melo.O Festival de Música do Cangaço irá distribuir 15.000,00 R$ em premiação. O distinto acima mencionado é um dos sérios candidatos a meter a mão na bufunfa.
                                                                     Divulgação   







                    FILHOS DA PITANGUEIRA




O Mestre Zeca Afonso formou o grupo em 1986,hoje se dedicam exclusivamente à prática do tradicional  Samba Chula de São Francisco do Conde,município baiano situado na região metropolitana de Salvador.O grupo Filhos da Pintangueira é  um dos grupos de Chula  mais antigo da região,que valoriza principalmente o canto da chula e do relativo em  duplas de cantadores e o toque e a viola machete,instrumento do recôncavo e quase extinta. O grupo tem 25 integrantes com idades entre 17 a 85 anos,o  grupo já se apresentou ao lado de Paulinho da viola ,no Teatro Municipal do Rio de janeiro e pelas principais cidades do país ,durante  o Projeto "Sonora Brasil, " promovido pelo SESC.
  Seu Zeca Afonso aprendeu a tocar e a cantar Samba de Chula desde pequeno através do pai e do avô que levava  a todas as rezas de São Cosme,Santo Antonio e São Roque,onde o Samba Chula era parte obrigatória.
 O grupo faz questão de pregar a tradição que reza que somente mulheres podem  entrar na roda para  sambar - uma de cada vez durante as artes instrumentais que intercalam com os versos cantados pelos homens. O samba de roda do Recôncavo Baiano é hoje reconhecido como obra prima do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para Educação,Ciência e Cultura. O samba faz parte da cultura Brasileira desde 1860,com a vinda dos africanos para o Brasil. Da África,couberam os passos da dança que celebravam as divindades do Candomblé.Da cultura portuguesa, veio a viola,que se juntou ao ritmo criado no recôncavo.Essa mistura deu origem ao ritmo que conhecemos como Samba-Chula. Os instrumentos peculiares para execução do ritmo são bem antigos,como o machete(percussão) e a viola de 10 cordas,que já não se fabrica mais. O samba Filhos da Pitangueira é considerado  o único samba chula nacional por manter a risca as tradições trazidas pelos africanos e possuir a única viola marchê do país.

sábado, 21 de abril de 2012

                                                                             
                                                                      Quinteto Violado (1974)
  
               Os 40 anos do Quinteto Violado estão em cartaz na exposição Um Imaginário Nordestino, que circula por cinco capitais brasileiras. Com patrocínio do Ministério da Cultura e dos Correios, o projeto celebra as quatro décadas de atividades ininterruptas do grupo, que estreou em outubro de 1971, em palco montado sobre as pedras do teatro ao ar livre de Nova Jerusalém, no agreste pernambucano. Desde então, o Quinteto tornou-se referência na música brasileira e nordestina, reconhecido por sua identidade sonora e pelo manejo refinado dos ritmos e gêneros populares. Fotografias, imagens em audiovisual, entrevistas, testemunhos, um vasto material foi reunido para contar ou relembrar a trajetória do grupo por meio de projeções, estações multimídias e outras plataformas. Entre as imagens recuperadas em arquivos, destaque-se um dos encontros do Quinteto com Luiz Gonzaga.
Em um dos ambientes criados, uma linha do tempo convidará os visitantes a uma viagem por 40 anos de produção artística, com textos e imagens dos álbuns lançados e dos espetáculos montados. Na parede oposta, uma jukebox com os cerca de 50 títulos da discografia, entre álbuns, coletâneas e participações, dará aos visitantes/ouvintes a chance de criar sua trilha sonora. Nos depoimentos colhidos para a plataforma multimídia da exposição, o cantor e compositor Lenine ressalta a importância do grupo no contexto contemporâneo. “O Quinteto Violado é pai de muitos criadores, que viram no trabalho deles uma poderosa afirmação da música nordestina, como uma expressão extremamente popular, mas extremamente refinada”, diz Lenine. “Durante muito tempo a música nordestina ficou associada apenas a um tipo de estética roots, sem muito refinamento. Eles surgiram para provar o contrário. O Quinteto faz parte do meu DNA, faz parte da minha genética e da minha formação completa.
A mostra Quinteto Violado: Um imaginário nordestino tem expografia e coordenação geral da arquiteta Fátima Ximenes e programação visual de Sebba. O acesso à exposição e aos concertos é gratuito. Os ingressos para as apresentações deverão ser retirados na bilheteria uma hora antes do início. O grupo também realizará concertos-aula com alunos das redes pública e privada, narrando episódios e demonstrando alguns gêneros tradicionais que inspiram sua proposta artística. Nas cidades que recebem o projeto também será lançado o livro Lá Vêm os Violados! (Editora Bagaço), no qual o crítico musical José Teles, autor de Do Frevo ao Manguebit, narra a história do grupo no contexto da produção musical brasileira.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

                                       



             GONÇALO FERREIRA  DA SILVA



Ensaista,poeta,contista. Nasceu no sopé da Serra da Ibiapaba,no município de Ipú,no estado do Ceará,no dia 20 de dezembro de 1937. Autor fecundo e de produção densa,principalmente no campo de Literatura de Cordel,área que mais cultiva e que mais ama.Poeta intuitivo,de técnica refinada,chega a ser primoroso em algumas estrofes.É,porém, a abrangência dos temas dos temas que aborda que o situa entre os principais autores nacional,tendo produzido diversos títulos com a temática de ciência e política.Quando participa de congressos e festivais é comum vê-lo contando histórias em versos rimados e de improviso.Hoje vivo no Rio de Janeiro e é presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel-ABLC. 


                                                                            



 EU TENHO PRESSA


O curta-metragem Eu tenho pressa,de Adriane Carvalho,está na lista de filmes selecionados para o In-Edit Brasil,Festival Internacional de Documentário Musical,que acontece na Terra da  garôa,de 1º  a 10 de junho. O documentário conta a história  artística e dos projetos sociais da banda de rock Devotos cujo trabalho ajudou a transformar a realidade cultural do Alto José do Pinho,comunidade recifense,situada na zona norte da capital pernambucana e de origem do grupo. O filme foi realizado em 2010 em parceria com a produtora Cabra  Quente e faz parte de um trabalho de conclusão do curso de jornalismo  da Universidade Católica de Pernambuco.  

quarta-feira, 18 de abril de 2012

                                                        




           JOÃO MELCHIADES ,O CANTOR DA BORBOREMA


João Melchiades Ferreira,nasceu num 7 de setembro de 1869 na cidade de Bananeiras,no estado da Paraíba.Ficou órfão de pai ainda menino,seus parentes,inclusive a mãe,eram pequenos proprietários de terra na região. O menino João, aprendeu a ler comum dos seus avós,que era ex-seminarista e professor.  Entrou para o Exército  brasileiro  aos 19 anos de idade,ainda na monarquia,foi promovido a sargento em 1893.Combateu nas guerras de Canudos e do Acre em 1903.Retornou de Canudos com perda de audição e do Acre com beribéri.Foi regente da banda de corneteiros do 28º Batalhão de São João da Barra,no estado de Minas Gerais. Deixou o Exército em 1904. A maior parte dos folhetos de joão Melchiades foi publicada pela Popular editora,tipografia do amigo e cordelista paraibano Francisco das Chagas Batista. É desconhecida a data do seu primeiro folheto,mas em 1914 passou a publicá-los regularmente. O poeta lia geografia,história ,mitologia,romances e a Biblia;era muito religioso e amigo de alguns frades. Percorria os sertões vendendo folhetos e participando de cantorias. Viagens feitas em época de safra.As viagens eram feitas sempre a cavalo,levando um alforges com folhetos seus e de Chagas Batista e também terços,livros de missa e "romances de prateleiras". Após sua morte,sua obra e os direitos de publicação foi vendida a Manoel Camilo dos Santos,que passou a editar os folhetos de Melchiades.Entretanto,naquela ocasião os folhetos já era publicados por João Martins de Athayde e, posteriormente,José Bernardo da Silva,princialmente O Romance do Pavão Misterioso.
A disputa entre editores pelos direitos de publicação das obras do "Cantor da Borborema" se estendeu por muitos anos até 2010,quando entraram em domínio público.
  Já foram identificados pelo menos 36 poemas de João Melchiades,porém é provável que esse número seja maior. O folheto mais conhecido é O Romance do Pavão Misterioso(32 páginas)mas existe muitos outros de grande valor para a literatura de cordel,tais como a História de José Colatino e o Carranca do Piauí,História de  Valente Sertanejo Zé Garcia e,principalmente, A Guerra de Canudos,o primeiro cordel sobre Antonio Conselheiro. Com relação a Canudos,é natural que assumisse  a defesa da república,contra a ideologia pregada e praticada por Antonio Conselheiro e seus adeptos. Ao contrário de Euclides da Cunha ,ele não viu nenhum mérito naquele grupo de valentes sertanejo que se insurgiu (e venceu, em algumas ocasiões)o  Exército Brasileiro.
   Seus folhetos são essencialmente pelejas,romances, poemas de época e descrições da Paraíba,da Serra da Borborema e dos proprietários da região.
Os valentes louvados nos poemas de Melchiades  fogem a algumas características dos poemas de folhetos,pois não são pobres vaqueiros e sim  homens de riquezas é o caso  de Cazuza Sátiro,Belmiro costa e Zé Garcia. Se vários poetas aceitavam "cantar ciência" em desafios,João Melchiades recusava-se a falar sobre esse tema e o exemplo mais categórico ocorreu em sua peleja com Francisco Pequeno.Ele dizia que preferia cantar sobre o povo e suas necessidades. O acervo do Cantor da Borborema é de domínio público,a exemplo do que ocorre com outros poetas populares da primeira geração, e foi digitalizado e disponibilizado ao público pela Fundação  e Casa de Rui Barbosa. Há uma controversa  discussão sobre a autoria do Romance do Pavão. Átila Augusto F de Almeida afirma que esse cordel foi plagiado por João Melchiades do original de José Camelo de Melo Rezende,mas essa versão não é partilhada por outros estudiosos,considerando que os dois poetas populares tinham o romance como parte do repertório comum de suas cantorias. A versão de João Melchiades tem32 páginas enquanto a de José Camelo,rara hoje em dia,tem 40 páginas.Há sensíveis diferenças na estrutura das duas histórias e a versão de Melchiades resumida apresenta erros de métricas,características inexistentes na obra de  Camelo.
 Naquela época,a versão do Cantor da Borborema popularizou-se e muitos e por muitos era considerada a original,fazendo mais sucesso do que a de Camelo. De acordo com Expedito Sebastião da Silva,chefe gráfico da Lira Nordestina,esse desgosto motivou o poeta José Camelo a destruir o próprio folheto. João Melchiades Ferreira da Silva é o patrono da cadeira  de número 40 da Academia Brasileira de Literatura de Cordel(ABLC)ocupada desde 2000 pelo poeta Cearense  Arievaldo Viana.
 Em 2007 Arievaldo Viana e o cartunista /ilustrador pernambucano Jô Oliveira lançaram pela editora Cearense IMEPH o livro "O Pavão Misterioso",uma releitura para o público infantojuvenil dos folheto. ORomanca do Pavão Mysterioso" de João Melchiades e José Camelo de Melo Rezende. Antes mesmo da publicação do livro,as ilustrações de Jô Oliveira do Pavão Misterioso para coleção de selos da Empresa Brasileira de Correios e Telegrafos lhe renderam o ASIAGO(Italia) de melhor selo do mundo,categoria turismo .


Obras selecionadas

  • Romance do Pavão Mysteriozo
  • A besta de sete cabeças
  • A rosa branca da castidade
  • Quinta peleja dos protestantes com João Melchíades
  • Peleja de João Melchíades com Olegário
  • Peleja de João Melchíades com Claudino Roseira
  • História de José Colatino e o carranca do Piauí
  • História de Juvenal e Leopoldina
  • As quatro órfãs de Portugal
  • História do valente sertanejo Zé Garcia
  • O filho que casou com a mãe enganado
  • Peleja de Joaquim Jaqueira com João Melchíades
  • Peleja de Francisco Pequeno com João Melchíades
  • Peleja de Manoel Cabeceirinha com Alexandre Torto
  • Roldão no leão de ouro
  • Victoria dos aliados: a derrota da Allemanha e a influenza hespanhola
  • Os crimes e horrores da Alemanha
  • A Guerra de Canudos
  • Cazuza Sátiro, o matador de onças
  • A cigana esmeralda
  • O marco de Lampião
  • História sertaneja
  • O desabamento do morro Monte Serra




                                                                                 Descrição da Foto






   ZEZINHO DE TRACUNHAÉM-PATRIMÔNIO VIVO DE PERNAMBUCO

 O ceramista José Joaquim da Silva,conhecido como Zezinho de Tracunhaém,nasceu em 5 de julho de 1939,em Vitoria de Santo Antão,na Zona da Mata de Pernambuco. Quando pequeno,trabalhou no cultivo da cana-de-açúcar e como pedreiro,mas foi no inicio da década de 60,nas olarias de Tracunhaém,que se encantou pela modelagem do barro e resolveu se instalar na cidade,já famosa pela excelência na cerâmica artesanal.
Influenciado pelo trabalho da ceramista Lídia Vieira e,como gosta de afirmar,"inspirado por Deus",começou modelando figuras que  retratavam animais,homens do sertão,cangaceiros,camponeses,elementos presentes no seu cotidiano.Logo no início de sua produção,montou seu ateliê no centro de Tracunhaém,realizando depois sua primeira exposição na cidade de Nazaré da Mata.
Posteriormente,Zezinho decidiu se especializar em temas religiosos produzindo santos com altura que variam de 70 centimetros a dois metros de altura. Uma de suas imagens perfeitas é a de São Francisco com pássaros. Suas peças costumam apresentar riqueza em detalhes que acentuam o aspecto da coloração,geralmente vermelha de tonalidade brilhosa,aspecto que surpreende principalmente por nunca ter passado por uma escola de arte.
A modelagem das obras de Zezinho é  toda feita a mão,com o emprego apenas de uma espátula de madeira e outra de metal.
  Sua produção também se concentra em confecção de imagens oníricas,típica do imaginário popular. O artista mistura parte de objetos,com jarras,com cabeças de gente e pedaços de animais.
 Desde 2007 ele foi escolhido como patrimônio vivo de Pernambuco e atualmente vive no ateliê que montou no centro de Tracunhaém,onde vende e expõe sua peças.


terça-feira, 17 de abril de 2012

                                               



               FESTIVAL DE MÚSICA DO CANGAÇO


Serra Talhada,outrora Vila Bela,município situado no sertão do Pajéu  de Pernambuco,a terra de Virgulino Ferreira da Silva,Lampião. Está inteiramente mobilizada para o II Festival de Música do Cangaço,no dia 28 de abril,com 20 apresentações musicais. A festa de música nordestina vai ser na antiga estação ferroviária da cidade,Estação do Forró,onde fica as instalações do Museu do Cangaço.O evento tem o objetivo de incentivar a cultura musical e revelar novos talentos.Todos os artistas vão trabalhar com a temática do cangaço.Ao todo, quase 90 compositores de todo Brasil se inscreveram para a única etapa de seleção prevista no calendário do evento. Como prevê o regulamento,20canções foram selecionadas.Estarão representados no festival os Estados de Minas Gerais,São Paulo,Alagoas,Bahia,Pernambuco, Amapá,Rio Grande do Norte,Paraíba e Ceará.  A boa nova é que R$15 mil serão distribuídos em premiações.O festival é promovido pela Fundação Cabras de Lampião/Ponto de Cultura Artes do Cangaço.

domingo, 15 de abril de 2012

                                                



                                     LENDA DO CURUPIRA


 Dos duendes da floresta o mais endiabrado e mais famosa figura,esta temida por todos os caboclos da região amazônica e muito conhecida como o guardiã da floresta e protetor da flora e da fauna,apresenta-se em geral em forma de um menino de cabelos vermelhos,de pés virados para trás,muitos pêlos por todo o corpo  e privado de orgãos sexuais, este menino costuma castigar severamente os predadores e caçadores da floresta;principalmente aqueles que caçam por esporte e não por necessidade.
 Este menino chamado de curupira pode se apresentar em forma de qualquer animal e dificilmente o caçador irá conseguir acertar um tiro.E misteriosamente sem que a pessoa perceba,ele desaparece e ninguém consegue explicar seu paradeiro. O seu mais conhecido castigo aplicado aos caçadores e predadores da floresta é fazê-los perder-se e não conseguir encontrar o caminho de volta para casa.
 Este menino travesso acredita-se que ele consegue se esconder nos minúsculos pequenos troncos de árvores da floresta.
  O curupira costuma a se vingar daqueles que afrontam a natureza e principalmente  do caçador que mata um animal fêmea  com cria, o curupira fica zangado e faz com que a pretensa caças vire meriãs e de repente,porta-se como  gente fosse, e fazendo gestos como a implorar piedade,neste momento,o caçador fica assombrado,não consegue mais fazer pontaria e foge apavorado,procurando o rumo de casa e depois procura o pajé para fazer uma reza e afastar a assombração da vida do caçador ou seja em tempos atuais,o curupira é uma entidade ecologicamente correta.
                                                                            



SAMBA CHULA DE SÃO BRAZ


Registrado como patrimônio cultural e imaterial pelo IPHAM,em 2004,e reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela  Unesco no ano seguinte.O samba de roda é uma das principais matrizes do samba brasileiro.O samba Chula de São braz é um grupo representante da cultura popular da Bahia ,que cultiva o samba de roda baiano ,e suas modalidades como samba chula,samba corrido e as rezas regionais. Coreográfica,poética ,manifestação musical e festiva, está presente em todo estado da bahia,mas muito particularmente na região do recôncavo-faixa de terra que se estende por trás da Baia de Todos os Santos. Os integrantes são filhos de moradores, agricultores e  gente simples da pequena localdade de São Braz e fazem uma ponte entre a cultura popular local e o trabalho musical profissional. O grupo é liderado pelos cantadores de chula João do Boi e seu irmão Aluminio,que marcam o estilo  do grupo que tem um repertório imenso de chulas que falam de samba e de mulher bonita. A tradição do samba chula em São Braz, comunidade de pescadores e marisqueiros localizada em Santo Amaro,passa de geração em geração desde o tempo da escravidão.
 O grupo surgiu formalmente em 1996,e seus cantadores são chamados de gritadores de chula,uma técnica vocal dominada somente pelos mais velhos das comunidades negras do recôncavo. Em sua trajetóriaprofissional,o grupo de Samba Chula conta com participações em shows e programas de TV ao lado de artistas como Maria Bethânia,Roberto Mendes,Gilberto Gil,Raimundo Sodré,Antonio Nobrega ,Regina Casé,tendo também feito apresentação em São Paulo(Itaú Cultural e SESC),Goias e várias cidades da Bahia.

sábado, 14 de abril de 2012

                                                                           



                                       CANGACEIRO VIRGINIO



 Virginio Fortunato da Silva,assim foi registrado em 1903,no cartório da cidade de Alexandria, no  estado do Rio Grande do Norte o cangaceiro "Moderno". Homem da confiança de Lampião,Moderno era o "capador oficial" do bando,era cunhado do rei do cangaço,casado com Angélica  Ferreira da Silva,irmã mais velha de Virgulino. Moderno quando ficou viúvo juntou os trapos com a cangaceira Baiana do povoado de Arrasta-pé,municipio de Curral dos Bois(hoje Paulo Afonso),Durvalina  Gomes de Sá(Durvinha),com quem teve dois filhos. "O Capador" resolveu fazer carreira solo e criou seu próprio bando,e liderou por alguns anos  nos sertões de Alagoas,Sergipe e Bahia.Há registro de diversos casos em que ele mesmo castrava ou mandava alguém do bando executar o serviço. Um dos cangaceiros integrante do bando  foi Antonio Inácio da Silva(Moreno),que acabaría casando com Durvinha após a morte de Virginio em outubro de 1936,durante um combate com a volante nas proximidades da fazenda Rejeitado,sul de Sertânia,no sertão do Moxotó, em Pernambuco,quando o "Capador" levou um tiro na perna e veio a perder todo sangue.  
                                                                        Fidel Castro (Centro) recebe Francisco Julião e Alexina Crespo em Havana, em 1961 / Foto: Acervo Pessoal
   Francisco Julião,Fidel Castro e Alexina.


ALEXINA: MEMÓRIAS DE UM EXÍLIO


Curta-metragem dos jornalistas Claúdio Bezerra e Stella Maris Saldanha.O filme foi vencedor do 7º Concurso de Roteiros para Documentários Rucker Vieira da Fundação Joaquim Nabuco e TV Brasil e retrata a história de Alexina Crêspo,uma das principais militante das Ligas Camponesas,da década de 1960 e primeira  esposa de Francisco Julião. Por meio de depoimentos do filho dela anatólio Julião a obra passeia pelas  memórias de Alexina na época quando ele teve que deixar o  País ao lado da família para viver no exílio em Cuba onde conheceu o Comandante da revolução Cubana Fidel Ruiz Castro.O curta mostra a importância da militante para as Ligas Camponesas.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

                                                                             Dona Francisca


       A ARTE EM CERÂMICA DE DONA FRANCISCA

Viçosa do Ceará, cidade situada na microrregião da Ibiapaba,noroeste cearense.Esta é a cidade que no dia 3 de janeiro de 1939, serviu de berço para Francisca R.Ramos do Nascimento,Dona Francisca,que é descendente de indios e herdou a arte de moldar o barro dos seus pais e avós,que se utilizam deste saber para fabricar utensílios para uso doméstico. Dona Francisca aprimorou a arte e passou a moldar,além dos utensílios,estátuas e bustos de  figuras populares que são expostas em várias feiras do Ceará.

terça-feira, 10 de abril de 2012

                                

                 O CENTENÁRIO DO JECA



Há 100 anos,no número 5 da Rua Vitorino Camilo,Barra Funda,Bairro de Santa Cecilia,São Paulo,nascia Amancio Mazzaropi.Filho do Napolitano Bernardo Mazzaropi e Clara Ferreira.O menino Amancio teve uma infância pobre,quase miseravel,mas encontrou no pobre lar o amor incondicional dos pais.Mazzaropi mudou-se  aos 14 anos com a familia para Sorocaba,no interior paulista;mas o desejo de se tornar um artista o faz tomar decisões que mudaria para sempre  sua vida; foge dos pais,vai para Curitiba,capital do estado do Paraná, viver com o tio paterno e lá encontra aos 17 anos o faquir Ferri, a que chama de Silque;volta a Sampa como assistente do faquir,começa  suasonhada carreira artistica o que o tornaría mais tarde o " O Rei do Cinema Brasileiro;  " O Jeca do Brasil. No Teatro Oberdan e Colombo inspirado em Genésio Arruda se apresenta pela primeira vez de Jeca. O sucesso no teatro o leva ao rádio e a televisão;Programa Rancho alegre na rádio e TV Tupi,lá conhece Geni Prado sua companheira artistica por toda vida.O primeiro filme foi "Sai da Frente" da Companhia Cinematográfica Vera Cruz,onde gravou oito filmes.Em 1958,funda a PAM Filmes(produções Amancio Mazzaropi),onde produziu 24 filmes.,levando 206.779,311 espectadores as salas de filmes do pais. a grande paixão de Mazzaropi foi o circo, o cinema deu o que o circo não pôde dar:dinheiro e fama.
Amancio Mazzaropi faleceu na manhã do dia 13 de junho de 1981,aos 69 anos de idade.
Apesar da paixão platônica pela apresentadora Hebe Camargo,morreu solteiro,adotou 5 filhos. O filho André Luiz Mazzaropi,vai lançar ainda este ano um livro em homenagem ao centenário de nascimento do Jeca.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

                             pr-jose-barbosa


























               DEUS AGORA  É PERNAMBUCANO



 O último ator pernambucano a encenar o papel de Jesus Cristo no espetáculo da Paxão de Cristo em Nova Jerusalém,foi o ator José Pimentel ha  10 anos. A Sociedade Teatral Fazenda Nova resolveu inovar  e investiu em atores globais(contratados da Tv Globo),nas últimas temporadas do espetáculo da Paixão de Cristo.Nomes como Eribero Leão,Thiago Lacerda e tantos outros famosos,despontaram no papel principal do espetáculo de Nova Jerusalém.Este ano o espetáculo voltou a ter um ator pernambucano vivendo o papel de Filho de Deus no maior teatro ao ar livre do mundo.Foi o ator Salgueirense José Barbosa de Araújo Filho,de 32 anos de idade,criado na cidade de Limoeiro,municipio situado no vale do Capibaribe,no agreste pernambucano. José Barbosa é bastante conhecido do público pernambucano. A experiência não foi de todo  nova para ele,uma vez que,em 2010,na qualidade de ator 'stand-in',interpretou brilhantemente o papel de Cristo em substituição ao global Eriberto Leão que foi obrigadoa estar no Rio de Janeiro para receber o trófeu de melhor ator da televisão de 2009,no palco do programa do Faustão.Conforme Barbosa,este é um sonho dos tempos de infância,que tornou realidade no espetáculo de 2012.

domingo, 8 de abril de 2012

Folia do Divino Espírito Santo _ Cantico de Licença

Cantico de licença da Folia do Divino Espirito Santo,Durante pouso na Fazenda Sombrilho,municipio de Monte do Carmo,no estado do Tocantins.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

  É TEMPO DE PENITENTES
                                                    
Fotos: Elias Mascarenhas



Penitentes de Juazeiro-Bahia

 
Penitentes de Barbalha-Ceará

terça-feira, 3 de abril de 2012

                            




A XILOGRAVURA E A POESIA DE  JOSÉ DA COSTA


      José da Costa Leite,nasceu em 27 de julho de 1927,em Sapé,Paraíba,Diz que nunca frequentou a escola,tendo aprendido a ler  soletrando folheto de cordel. Em 1938,muda-se com a família para Pernambuco,fixando residência em Condado,cidade onde mora até hoje.Ainda criança,trabalha nas plantações de cana de açúcar e faz seus primeiros versos imitando o cordel. Em 1947,começa a vender folhetos nas feiras do interior e,em 1949,publica seus primeiros títulos: Eduardo e Alzira e Discussão de  José Costa com Manoel Vicente. Logo em seguida,improvisa-se xilógrafo,gravando na madeira a imagem que ilustra seu terceiro título,O rapaz que virou bode.Torna-se,assim,um profissional polivalente,exercendo todas as atividades ligadas à literatura  popular: é poeta,ilustrador,editor e continua vendendo folhetos,de feira em  feira.Verseja sobre praticamente todos os temas de cordel,sendo autor de clássicos como A carta misteriosa do Padre Cicero Romão,o Dicionário do amor e os dez mandamentos,O Pai nosso e o Credo dos cachaceiros. Além das histórias em versos,publica anualmente o Calendário Brasileiro,almanaque astrológico de 16 páginas contendo diversos conselhos práticos,de grande sucesso junto ao público. Denomina sua folhetaria A Voz da Poesia Nordestina. Em1976,recebe o prêmio Leandro Gomes de Barros,da Universidade Regional do Nordeste(Campina Grande),pelo conjunto de sua obra,talvez a mas extensa da literatura de cordel brasileira,em número de títulos. Suas xilogravuras ilustram inúmeros folhetos-seus e de outros poetas-e ganha status de obra de arte a partir dos anos 1960,quando passam a ser publicado em álbuns e expostas em museus,no Brasil e no exterior: em 2005,José Costa Leite é o convidado especial de uma exposição realizada no Musée du Dessin et de I'Estampe Originale de Gravelines(França) onde também dá ateliês de xilogravuras. ao completar 80 anos, em 2007,foi homenageado na Paraíba,juntamente cm o escritor Ariano Suassuna,e recebe o titulo de patrimônio vivo de Pernambuco,reconhecimento máximo de um artista de múltiplos talentos,que fez da poesia e beleza a matéria prima de seu labor.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

                                         


       

FIRMINO TEIXEIRA  O POETA POPULAR DO PIAUI


 Ele foi o mais brilhante poeta popular do estado do Piaui,nasceu no povoado de Amarração,municipio  de Luiz Correia,cidade localizada no litoral norte do estado. Firmino mudou-se muito jovem  para Belém do Pará,tornando-se o principal poeta da Editora Guajarina,de Francisco Lopes.Escreveu a famosa pelejado Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum.Vista por muitos como real,mas,ao que tudo indica,foi fruto de sua imaginação.Nesta obra ele criou um novo gênero na cantoria: O trava-lingua.
 Dentre as obras de sua autoria destacam-se Pierre e Magalona,O Filho de Cancão de Fogo,Bataclã,O Casamento do Bode com a Raposa e a peleja mais genial e popular de todos os tempos: a de Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum,que chegou a ser gravada por Nara Leão e João do Vale no disco OPINIÃO.

                         Lira                                                          


                                        LIRA, LIRINHA



 Lira é o nome do novo disco solo do Pernambucano José Paes de Lira,ex integrante da banda Cordel do Fogo Encantado,grupo que fez parte da cena musical independente. O Arcoverdense disponibilizou desde o dia 11 de setembro de 2011(data da emancipação de Arco verde) para download na internet as música do seu novo álbum.Considerado  pop , Lira passa um tanto longe da sonoridade do Cordel,com mais guitarras  e teclados e uma pegada mais rock,mas sem deixar de lado a veia poética do cara.O disco fica melhor a cada audição e já chega como sério candidato a melhor álbum do ano.Suas doze faixas refletem a necessidade de demarcar um território novo,ao mesmo tempo em que revelam um eficiente trabalho de estúdio.É o trabalho mais pessoal de Lirinha,que,por inquietação estética,encerrou o Cordel do Fogo Encantado em fevereiro de 2010. Pupilo(Nação Zumbi)assina a produção do disco,gravado de forma independente no estúdio Casona(Recife)e YB(São Paulo)e mixado e masterizado na França (Paris),aos cuidados de Pedja. A banda que acompanha Lirinha é um power-trio de responsa, formado por Bactéria(ex-mundo livre),Pupilo(Nação Zumbi)e Neilton(Devotos). Com participações de Ângela Rô Rô e Otto,Sidclei,Bozó,Fernando Catatau(Cidadão Instigado),MaestroForró,Miguel Marcondes(Vates e Violas), João Diniz  Paes de Lira,filho de Lirinha e do saudoso Lula Cortes(toca tricórdio na música Adebayor)que gravou sua participação dias antes de falecer,em fevereiro de 2011. O disco demostra uma nova fase da carreira  do ex-lider do cordel como intéprete,neste trabalho também  é notório a ruptura com o regionalismo que passa a ser um elemento a mais na sua música.Porém,a poesia continua visceral no seu novo trabalho. Com o Cordel do Fogo Encantado,Lirinha lançou três discos: Cordel do Fogo Encantado(2000), O Palhaço do Circo Sem Futuro(2002) e Transfigurações (2006),em 2005,lançou o DVD MTV Apresenta Cordel do Fogo Encantado.A repercussão do trabalho os levou a turnês Internacionais. O disco chega um ano e meio depois do fim do Cordel do Fogo Encantado,banda com que passou quase onze anos.Depois do fim do Cordel Lirinha passou a se dedicar a outras artes.Fez participações em filmes como  O Último Romance de Balzak(2010)de Geraldo Sarno e o Transeuntes(2011) de Eryk Rocha.Também lançou  livro "Mercadorias e Futuro," mesmo nome de sua peça que teve uma turnê de muito sucesso em 2009.   Lirinha começou a carreira aos 12 anos de idade, declamando em Arco Verde,cidade situada no Sertão do Ipanema, a 250 quilometros da capital Recife.Foi ali que,uma vez,Mauricio Kubrusly baixou com sua caravana fantástica de descoberta do Brasil profundo e pôs o som do Cordel do Fogo Encantado em horário nobre na Globo.Em 2001,sua banda chegou ao  extinto Free Jazz Festival,a mais importante mostra de música àquela altura. O grupo surgiu em 1997,quando Lirinha idealizou e montou o espetáculo cênico musical Cordel do Fogo Encantado,que se tornou seu tour de force artístico dali em diante,no começo, a idéia era só fazer uma base percussiva para contações de poesia,conforme José Paes Lira.