Leia o depoimento do músico Alceu Valença sobre a sua passagem por Pernambuco neste último final de semana, quando tocou em Pesqueira durante o Festival Pernambuco Nacao Cultural!
Decio(pai de Alceu)
Escrevo deitado em minha cama, no Rio de Janeiro, após uma maratona que cumpri neste fim de semana. Saí de casa na quinta para ver minha mãe em Recife. Depois de beijos e muitos afagos, ela me ofereceu um chocolate e declamou um poema de Casimiro de Abreu. Perguntei se eu poderia filmá-la para poder compartilhar com vocês este momento e ela, prontamente, respondeu: “Não, meu filho, não gosto de aparecer. O palco é seu!”. Respeitei seu anonimato, seus cabelinhos brancos e sua firmeza quando se posiciona. Ao me despedir, sempre escondendo minha mão machucada para não preocupa-la, mamãe me fala: “Siga, meu filho, a vida é uma viagem e você é meu disco voador, meu OVNI. Faça seus shows e leve alegria para o povo. Você nasceu para isso. Mas, não se esqueça: Alceu é uma concessão que eu faço a todos, mas, na verdade, você é Al Meu.”
No dia seguinte, pegamos a estrada rumo a Pesqueira, cidade onde meu pai, Décio, nasceu. Antes, demos uma passadinha na minha São Bento para rever os amigos e primos. O retorno `a minha região recarrega minhas baterias, me enche de energia e tranquilidade. O show em Pesqueira foi caloroso, amoroso e fraternal! Aquelas milhares de pessoas pareciam ser minha família, tamanha intimidade e integração entre nós. No café da manhã, no excelente Hotel Cruzeiro, encontro várias pessoas que teceram loas ao meu pai pela sua ética, inteligência, simpatia e humanidade. Senti uma doce saudade!
Retornamos a Recife, diretamente para o aeroporto. Chegando no Rio, fomos direto para Maricá onde o povo cantou e improvisou, destruindo a imaginária fronteira entre o palco e a plateia. Na verdade, nós somos reflexo de tudo. Minha mãe, meu pai e meu público são meus espelhos!
Alceu Valença
Texto escrito numa manhã de domingo na cidade de São Sebastião do meu Rio de Janeiro.
No dia seguinte, pegamos a estrada rumo a Pesqueira, cidade onde meu pai, Décio, nasceu. Antes, demos uma passadinha na minha São Bento para rever os amigos e primos. O retorno `a minha região recarrega minhas baterias, me enche de energia e tranquilidade. O show em Pesqueira foi caloroso, amoroso e fraternal! Aquelas milhares de pessoas pareciam ser minha família, tamanha intimidade e integração entre nós. No café da manhã, no excelente Hotel Cruzeiro, encontro várias pessoas que teceram loas ao meu pai pela sua ética, inteligência, simpatia e humanidade. Senti uma doce saudade!
Retornamos a Recife, diretamente para o aeroporto. Chegando no Rio, fomos direto para Maricá onde o povo cantou e improvisou, destruindo a imaginária fronteira entre o palco e a plateia. Na verdade, nós somos reflexo de tudo. Minha mãe, meu pai e meu público são meus espelhos!
Alceu Valença
Texto escrito numa manhã de domingo na cidade de São Sebastião do meu Rio de Janeiro.