segunda-feira, 29 de maio de 2017

“A fotografia, mais do que nunca, tem um longo futuro.” – Sebastião Salgado 

“Fotografia é uma coisa tangível, você captura, você olha para ela. É algo semelhante à memória” – Sebastião Salgado
– por Jorge Silva (Reuters)
BANGCOC (Reuters) – Depois de ter previsto o fim da fotografia por conta dos smartphones, Sebastião Salgadomudou de ideia.
“Não acho que esteja em perigo, pensei assim em algum momento, mas estava errado e retiro o que disse”, afirmou Salgado, um dos fotógrafos documentais mais premiados das últimas décadas, à Reuters.
“Acho que a fotografia, agora mais do que nunca, tem um longo futuro pela frente.”
O brasileiro, de 73 anos, ainda minimiza os bilhões de celulares que agora tiram a maioria das fotos no mundo.
Ele acredita que fotógrafos documentais estão se diferenciando disso com fotografias memoráveis que irão sobreviver.
“O que as pessoas fazem com seus telefones não é fotografia, são imagens”, disse em Bangcoc, onde participa de uma exibição de seus trabalhos.
“Fotografia é uma coisa tangível, você captura, você olha para ela. É algo semelhante à memória.”
As fotos preto e branco de Salgado possuem uma grandeza que aumenta o brutal tema de seus trabalhos, muitas vezes de pessoas na pobreza e conflitos ou ambientes ameaçados.
Entre seus trabalhos mais famosos estão os garimpeiros na Serra Pelada, no Pará.
A indústria estima que o total de fotos que serão tiradas em 2017 seja maior que um trilhão.
Ao menos 85 por cento destas fotos serão tiradas em smartphones, que já somam mais de 2 bilhões de aparelhos, e somente cerca de 10 por cento serão tiradas com câmeras digitais.
Leia a entrevista no Reuters. AQUI!
Fonte: Reuters | Fhox

Bacnaré celebrou seus 31 anos no Teatro de Santa Isabel

Laís Domingues
Laís Domingues
Mostrando as raízes culturais do Brasil, o Bacnaré já se apresentou em vários países da Europa, Ásia e América Latina
Mostrando as raízes culturais do Brasil, o Bacnaré já se apresentou em vários países da Europa, Ásia e América Latina -Criado em novembro de 1985, o Balé de Cultura Negra do Recife desenvolveu ao longo das três últimas décadas um trabalho de pesquisa dos ritmos e coreografias de várias nações do continente africano, e da herança da cultura negra no Brasil. Para celebrar esta história, o grupo apresentou o espetáculo Bacnaré – 31 Anos de Resistêncianeste sábado (27), às 20h, no Teatro de Santa Isabel em Recife. Ingressos a R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada).
O Bacnaré traz ao palco trechos de três dos seus principais espetáculos de inspiração africana:MemóriasSangue Africano e Nações Africanas. Estas apresentações já percorreram o Brasil e diversos países, em festivais onde o grupo recebeu 175 prêmios internacionais.
O grupo continua o legado de seu fundador, o professor, pesquisador e coreógrafo Ubiracy Ferreira, falecido em 2013 e que foi o primeiro bailarino negro a se apresentar no Teatro de Santa Isabel. O Bacnaré também é um Ponto de Cultura, e trabalha no bairro de Água Fria com crianças, adolescentes e adultos, oferecendo oficinas de Dança Afro, Dança Popular, Percussão, Confecção de instrumentos, Teatro de Bonecos e Artesanato.
RESUMO DO ESPETÁCULO
Memórias
O espetáculo mostrou em forma de dança a vida dos negros escravizados no período colonial, com o nascimento do guerreiro Zumbi dos Palmares; a forma de defesa (maculelê e a capoeira); o momento do plantio e da colheita da cana de açúcar e dos frutos; a religião africana com os Orixás; e os momentos de festa, como o Maracatu.
Sangue Africano
Resultado de uma pesquisa de quatro anos junto a grupos autênticos africanos, as coreografias são tribais, baseadas em cantos e danças Zulu e de Camarões, e mostram a cadência forte de seus ritmos.
Nações Africanas
É exibida a grande variedade cultural que há no continente africano, pois cada Nação tem uma história, uma identidade própria e uma herança cultural. São representadas seis destas Nações. Na região Leste, Senegal é representado pela Simbu (Dança dos Falsos Leões). Próximo à região central, a nação dos Burundi tem como principal característica a força de seus Drums com sua batida forte e marcante. Da região Sul, a Indiamu Zulu mostra a história das tribos Zulus da Africa do Sul, e a dança Botswana. Da região centro-oeste é encenada a Rwanda, dança caracterizada para postura dos braços e pelo movimento das cabeças dos homens.
ROTEIRO
1) Navio Negreiro
2) Nascimento
3) Maculelê
4) Capoeira
5) Canavial
6) Lavagem
7) Plantio
8) Colheita
9) Maracatu de Senzala
10) Orixás / Oxalá – Benção à Vida
11) Simbu – Dança do Falso Leão
12) Toque em saudação à terra
13) Som da terra – Burundi
14) Rwanda
15) Malaica (Manuela)
16) Botswana
17) Origem da música negra (solo de percussão)
18) Indiamu Zulu
SERVIÇO
Bacnaré – 31 Anos de Resistência
Quando: Sábado, 27 de maio, às 20h
Quanto: R$ 30,00 (inteira) – R$ 15,00 (meia-entrada)
Local: Teatro Santa Isabel – Recife


           JOÃO MELCHIADES ,O CANTOR DA BORBOREMA


João Melchiades Ferreira,nasceu num 7 de setembro de 1869 na cidade de Bananeiras,no estado da Paraíba.Ficou órfão de pai ainda menino,seus parentes,inclusive a mãe,eram pequenos proprietários de terra na região. O menino João, aprendeu a ler comum dos seus avós,que era ex-seminarista e professor.  Entrou para o Exército  brasileiro  aos 19 anos de idade,ainda na monarquia,foi promovido a sargento em 1893.Combateu nas guerras de Canudos e do Acre em 1903.Retornou de Canudos com perda de audição e do Acre com beribéri.Foi regente da banda de corneteiros do 28º Batalhão de São João da Barra,no estado de Minas Gerais. Deixou o Exército em 1904. A maior parte dos folhetos de joão Melchiades foi publicada pela Popular editora,tipografia do amigo e cordelista paraibano Francisco das Chagas Batista. É desconhecida a data do seu primeiro folheto,mas em 1914 passou a publicá-los regularmente. O poeta lia geografia,história ,mitologia,romances e a Biblia;era muito religioso e amigo de alguns frades. Percorria os sertões vendendo folhetos e participando de cantorias. Viagens feitas em época de safra.As viagens eram feitas sempre a cavalo,levando um alforges com folhetos seus e de Chagas Batista e também terços,livros de missa e "romances de prateleiras". Após sua morte,sua obra e os direitos de publicação foi vendida a Manoel Camilo dos Santos,que passou a editar os folhetos de Melchiades.Entretanto,naquela ocasião os folhetos já era publicados por João Martins de Athayde e, posteriormente,José Bernardo da Silva,princialmente O Romance do Pavão Misterioso.
A disputa entre editores pelos direitos de publicação das obras do "Cantor da Borborema" se estendeu por muitos anos até 2010,quando entraram em domínio público.
  Já foram identificados pelo menos 36 poemas de João Melchiades,porém é provável que esse número seja maior. O folheto mais conhecido é O Romance do Pavão Misterioso(32 páginas)mas existe muitos outros de grande valor para a literatura de cordel,tais como a História de José Colatino e o Carranca do Piauí,História de  Valente Sertanejo Zé Garcia e,principalmente, A Guerra de Canudos,o primeiro cordel sobre Antonio Conselheiro. Com relação a Canudos,é natural que assumisse  a defesa da república,contra a ideologia pregada e praticada por Antonio Conselheiro e seus adeptos. Ao contrário de Euclides da Cunha ,ele não viu nenhum mérito naquele grupo de valentes sertanejo que se insurgiu (e venceu, em algumas ocasiões)o  Exército Brasileiro.
   Seus folhetos são essencialmente pelejas,romances, poemas de época e descrições da Paraíba,da Serra da Borborema e dos proprietários da região.
Os valentes louvados nos poemas de Melchiades  fogem a algumas características dos poemas de folhetos,pois não são pobres vaqueiros e sim  homens de riquezas é o caso  de Cazuza Sátiro,Belmiro costa e Zé Garcia. Se vários poetas aceitavam "cantar ciência" em desafios,João Melchiades recusava-se a falar sobre esse tema e o exemplo mais categórico ocorreu em sua peleja com Francisco Pequeno.Ele dizia que preferia cantar sobre o povo e suas necessidades. O acervo do Cantor da Borborema é de domínio público,a exemplo do que ocorre com outros poetas populares da primeira geração, e foi digitalizado e disponibilizado ao público pela Fundação  e Casa de Rui Barbosa. Há uma controversa  discussão sobre a autoria do Romance do Pavão.Átila Augusto F de Almeida afirma que esse cordel foi plagiado por João Melchiades do original de José Camelo de Melo Rezende,mas essa versão não é partilhada por outros estudiosos,considerando que os dois poetas populares tinham o romance como parte do repertório comum de suas cantorias. A versão de João Melchiades tem32 páginas enquanto a de José Camelo,rara hoje em dia,tem 40 páginas.Há sensíveis diferenças na estrutura das duas histórias e a versão de Melchiades resumida apresenta erros de métricas,características inexistentes na obra de  Camelo.
 Naquela época,a versão do Cantor da Borborema popularizou-se e muitos e por muitos era considerada a original,fazendo mais sucesso do que a de Camelo. De acordo com Expedito Sebastião da Silva,chefe gráfico da Lira Nordestina,esse desgosto motivou o poeta José Camelo a destruir o próprio folheto. João Melchiades Ferreira da Silva é o patrono da cadeira  de número 40 da Academia Brasileira de Literatura de Cordel(ABLC)ocupada desde 2000 pelo poeta Cearense  Arievaldo Viana.
 Em 2007 Arievaldo Viana e o cartunista /ilustrador pernambucano Jô Oliveira lançaram pela editora Cearense IMEPH o livro "O Pavão Misterioso",uma releitura para o público infantojuvenil dos folheto. ORomanca do Pavão Mysterioso" de João Melchiades e José Camelo de Melo Rezende. Antes mesmo da publicação do livro,as ilustrações de Jô Oliveira do Pavão Misterioso para coleção de selos da Empresa Brasileira de Correios e Telegrafos lhe renderam o ASIAGO(Italia) de melhor selo do mundo,categoria turismo .


Obras selecionadas

  • Romance do Pavão Mysteriozo
  • A besta de sete cabeças
  • A rosa branca da castidade
  • Quinta peleja dos protestantes com João Melchíades
  • Peleja de João Melchíades com Olegário
  • Peleja de João Melchíades com Claudino Roseira
  • História de José Colatino e o carranca do Piauí
  • História de Juvenal e Leopoldina
  • As quatro órfãs de Portugal
  • História do valente sertanejo Zé Garcia
  • O filho que casou com a mãe enganado
  • Peleja de Joaquim Jaqueira com João Melchíades
  • Peleja de Francisco Pequeno com João Melchíades
  • Peleja de Manoel Cabeceirinha com Alexandre Torto
  • Roldão no leão de ouro
  • Victoria dos aliados: a derrota da Allemanha e a influenza hespanhola
  • Os crimes e horrores da Alemanha
  • A Guerra de Canudos
  • Cazuza Sátiro, o matador de onças
  • A cigana esmeralda
  • O marco de Lampião
  • História sertaneja
  • O desabamento do morro Monte Serra

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Inscrições abertas para oficina sobre Patrimônio Cultural

As inscrições são gratuitas e encerram nesta segunda (22). A iniciativa é promovida pelo BNDES

A unidade do Recife do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está com inscrições abertas para a oficina Projetos de Apoio Financeiro à Preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro. A formação acontecerá na próxima quarta-feira (24), a partir das 14h, no Departamento Regional Nordeste do BNDES, que fica no bairro de Boa Viagem, no Recife. A ação visa oferecer aperfeiçoamento para entidades e profissionais que possuem experiência em projetos e trabalhos na área de Patrimônio Cultural. As inscrições são gratuitas e encerram nesta segunda-feira (22).
A oficina abordará os principais aspectos de uma proposta de apoio financeiro não reembolsável no âmbito do BNDES Fundo Cultural, cujas orientações sobre o envio de projetos encontra-se disponível no link do site do BNDES. Entre os pontos a serem discutidos, estão:
  • Diretrizes do BNDES Fundo Cultural para apoio ao Patrimônio Histórico
  • Roteiro para apresentação e quais os principais aspectos de um projeto
  • Contratação, desembolso e prestação de contas
  • Estudo de caso
Os interessados podem realizar suas inscrições através do link.
Outras informações no número (81) 2127.5800.
SERVIÇO:
Oficina Projetos de Apoio Financeiro à Preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro
Data: 24 de maio, das 14h às 18h
Local: Departamento Regional Nordeste do BNDES, Rua Padre Carapuceiro, 858, Boa Viagem, Recife – PE (Centro Empresarial Queiroz Galvão – Torre Cícero Dias)
Inscrições online no site
Entrada gratuita.


Inscrições abertas para o 1° Seminário Pernambucano de Quadrilhas Juninas

De 22 a 26 de maio serão discutidos temas sobre Cultura, Identidade, Tradição, Fé e Políticas Públicas para o segmento


Foto Foto Renato SpencerSanto Lima
Foto Foto Renato SpencerSanto Lima
Evento é gratuito e acontece de 22 a 26 de maio
As festas que alegram o Nordeste no mês de junho trazem sempre um sabor diferente. Comidas típicas, fogos de artifício, balão e as apresentações das quadrilhas juninas de Pernambuco. Com figurinos exuberantes e a dança coreografada, elas conseguem reafirmar a sua importância nos festejos. De 22 a 26 de maio, essa manifestação popular será protagonista no 1°Seminário Pernambucano de Quadrilhas Juninas, no museu Cais do Sertão, das 14h às 18h.
Poderão se inscrever artistas, mestres, diretores de quadrilhas juninas, professores, pesquisadores, estudantes, agentes culturais e quadrilheiros em geral. Os participantes terão a oportunidade de discutir, analisar, contextualizar e fortalecer o movimento de quadrilhas juninas de Pernambuco.
Os assuntos abordados serão: Cultura, Identidade, Tradição, Fé e Políticas Públicas para o segmento. O 1° Seminário Pernambucano de Quadrilhas Juninas conta com o  incentivo do Governo de Pernambuco, por meio do Funcultura.
Os interessados poderão se inscrever através do link:
1° Seminário Pernambucano de Quadrilhas Juninas
Local: Museu Cais do Sertão
Data: 22 a 26 de maio
Horário: das 14h às 18h
Informações: gamaempreendimentos@yahoo.com.br
Programação Completa
Mesa 01 –Cultura popular: tradição e modernidade das quadrilhas juninas (Luciana Chianca (PB), Rúbia Lóssio (CE), Carmem Lélis (PE);
Mesa 02 – As transformações das quadrilhas juninas: O sagrado e o profano nas festas juninas (Lourdes Macena (CE), Albemar Araújo (PE), José Ramos (PE);
Mesa 03 – Festa e devoção, gênero, teatralidade e perspectivas (Mário Ribeiro (PE), Maria Clara (PE), Rudimar Constâncio (PE);
Mesa 04 – Quadrilhas Infantis, Concursos de quadrilhas juninas no Nordeste e a organização do movimento no Brasil (Unej, Fequajupe, Asquajupe, Rede Globo, Prefeitura Recife, Sesc);
Mesa 05 – Políticas públicas de cultura para as quadrilhas juninas (MinC,Fundarpe/Secult, Secult/FCCR, Empetur).


quarta-feira, 17 de maio de 2017



Higino Simplício de Almeida ou Higino D´Almeida, como ele prefere ser chamado, é um dos mais populares escultores mineiros da atualidade; considerado por muitos como um dos re-descobridores do fascinante Barroco Mineiro, numa visão mais conteporânea. Ele nasceu em Belo Horizonte no ano de 1958. Sua inspiração para trabalhar com a madeira veio, como no caso de muitos outros artistas deste país, da própria condição de pobreza que viveu durante a infância e a adolescência. Filho mais velho de uma família de sete irmãos, trabalhou como feirante e ambulante, até encontrar a arte que lhe deu sustento. Mas Higino não é daqueles artistas que simplesmente vivem da sua arte, ele é a sua arte. Começou a esculpir sem muita pretensão, sem saber muito onde ia dar, desde então, nunca mais parou, embora reconheça que ultimamente diminuiu um pouco seu ritmo.


Higino cresceu no bairro belo horizontino Primeiro de Maio. Tinha o hábito de freqüentar a Mina da Biquinha, onde pegava água para abastecer sua casa. Na mina também apanhava argila, pois foi com esse material que começou sua produção artística; “... eram figuras que vinham na minha imaginação”, conta. A grande maioria destas peças era dada aos amigos, pois para ele, “não tinham nenhum valor”. Incentivado por um escultor chamado Joãozinho, Higino começou a talhar a madeira, usando como ferramenta apenas um canivete. Eram peças figurativas diversas, variando entre humanos e animais. Ele diz que usava a imaginação para ocupar o seu tempo.

 Higino, Belo Horizonte (2010)

Depois de conhecer o renomado escultor Maurino Araújo, também morador do bairro Primeiro de Maio, Higino deu novo impulso a sua arte. Incentivado pelo mestre, passou a criar em formões, enquanto perseguia seu estilo próprio. Maurino, ao mesmo tempo em que lhe ensinava a técnica da escultura, instigava-o a busca seu estilo próprio, em vez de copiá-lo. “Ele incentivou meus sonhos de ser alguém e me ensinou a técnica. Assim pude elaborar mais peças”, conta Higino; uma das primeiras que esculpiu foi um negro de senzala.

Em meio aos ensinamentos do mestre Maurino, Higino se dedicou ao estudo; pesquisou sobre a obra de mestres maiores, como Francisco Xavier de Brito e o incomparável Aleijadinho. Percorreu bibliotecas e museus nas cidades de Sabará, Ouro Preto e Congonhas; queria estar mais perto destes mestres. Foi aí que surgiu a influência do barroco na sua obra. Com mais de 30 anos de carreira, Higino reuniu um acervo de mais de 2.000 obras que agora fazem parte de coleções particulares em vários países e de alguns museus e galerias de arte brasileiras.

 Higino D´Almeida, Santana, madeira policromada. Coleçao particular. Foto: arquivo pessoal do artista.

Suas obras são mulheres, anjos, santos, escravos, soldados, etc, todos plenos de nobreza em suas formas barrocas de cores suaves, elementos enaltecedores de umas das mais ricas e expressivas tradições de Minas Gerais, a dos santeiros. Uma tradição da qual Higino faz parte como um dos mais importantes e expressivos representantes.

 Higino D´Almeida, Anjo, madeira policromada. Coleçao particular. Foto: arquivo pessoal do artista.

 Higino D´Almeida, Nossa senhora, madeira policromada. Coleçao particular. Foto: arquivo pessoal do artista.

Higino D´Almeida, Pietá, madeira policromada. Coleçao particular Mario Pinheiro Filho. Foto: Bianca Aun. Reproduçao fotográfica Catálogo 40 anos do Centro de Artesanato Mineiro, Belo Horizonte: SEBRAE-MG, 2010.


Higino D´Almeida, título desconhecido, madeira policromada. Coleçao particular. Foto: arquivo pessoal do artista.
As obras de Higino carregam também, além da influencia barroca, uma inconfundível influência negra; as figuras têm lábios grossos e narinas salientes. Algumas das mulheres negras trazem os cabelos alisados, numa tentativa do artista de se identificar ao máximo com a realidade das pessoas que esculpem. Outra marca de suas obras é o fato de que ele explora todos os lados da peça de madeira. A escultura pode ser duas mulheres ou anjos superpostos ou uma imagem de Nossa Senhora com anjos ao seu redor, todas com as costas bem definidas em formas perfeitas.


 Higino D´Almeida, Anjo, madeira policromada. Reproduçao fotográfica Galeria Pontes, Sao Paulo (www.galeriapontes.com.br).


 Higino D´Almeida, Madona grávida, madeira policromada. Coleçao pessoal.


Higino D´Almeida, Madona grávida (detalhe), madeira policromada. Coleçao pessoal.


Higino participou de inúmeras exposições individuais e coletivas pelo Brasil. Segundo ele, a reação mais comum do público diante de sua obra é de impacto. Isto porque, em sua opinião, não são muitos os artistas trabalhando com técnica tão próxima do barroco.


 Higino D´Almeida, Anjo, madeira policromada. FOTO: arquivo pessoal.

 Higino D´Almeida, Tres faces, madeira policromada. Coleçao particular BDMG. Foto: Bianca Aun. Reproduçao fotográfica Catálogo 40 anos do Centro de Artesanato Mineiro, Belo Horizonte: SEBRAE-MG, 2010.

Suas peças podem ser adquiridas em galerias de arte de algumas cidades brasileiras ou diretamente com o artista. Ele continua morando em Belo Horizonte em um bairro próximo ao Primeiro de Maio e para satisfação nossa como admiradores de sua obra, continua trabalhando.

Contato com Higino
e-mail: higino.simplicio@gmail.com
Site: http://www.wix.com/higinodalmeida/higinodealmeida 
Higino D´Almeida, São Francisco, madeira policromada. Coleçao particular. Foto: arquivo pessoal do artista.


Higino D´Almeida, título desconhecido, madeira policromada. Reproduçao fotográfica Galeria Pontes, Sao Paulo (www.galeriapontes.com.br). 
 Higino D´Almeida, Lágrimas do divórcio, madeira policromada. Acervo do Museu Saul Martins, Vespasiano, MG. Foto: Bianca Aun. Reproduçao fotográfica Catálogo 40 anos do Centro de Artesanato Mineiro, Belo Horizonte: SEBRAE-MG, 2010.


Higino D´Almeida, Nossa Senhora da Conceiçao, madeira policromada. Coleçao particular.Reproduçao fotográfica Em nome do autor, Proposta Editorial, Sao Paulo, 2008.


 Higino D´Almeida, sem título, madeira policromada. Coleçao particular. Foto: arquivo pessoal do artista.


 Higino D´Almeida, título desconhecido, madeira policromada. Coleçao particular. Foto: arquivo pessoal do artista.


 Higino D´Almeida, título desconhecido, madeira policromada. Coleçao particular. Foto: arquivo pessoal do artista.


 Higino D´Almeida, São Francisco, madeira policromada. Coleçao particular. Foto: arquivo pessoal do artista.


 Higino D´Almeida, Sao Francisco (detalhe), madeira policromada. Coleçao particular. Foto: arquivo pessoal do artista.


 Higino D´Almeida, título desconhecido, madeira policromada. Coleção particular. Foto: arquivo pessoal do artista.


 Higino D´Almeida, título desconhecido, madeira policromada. Coleçao particular. Foto: arquivo pessoal do artista.

Arte Popular do Brasil