sexta-feira, 14 de julho de 2023
PROGRAMAÇÃO DO FESTIVAL INVERNO DE GARANHUNS ESTÁ NO AR.
Está no ar a programação cultural mais aguardada do Estado e começa agora o reinado da cultura pernambucana. Está liberado circular pelas ruas de Garanhuns e se maravilhar com artistas de todas as expressões, encontrar gente de todos os cantos, ouvir os cantos de muita gente. Artistas locais, personagens da música popular brasileira em vários ritmos e vozes. O Governo de Pernambuco inicia a contagem regressiva para o 31º Festival de Inverno de Garanhuns (FIG 2023), maior evento artístico do País. Coordenado pela Secretaria de Cultura (Secult-PE) e pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), em parceria com a Prefeitura de Garanhuns, o FIG terá uma diversidade de polos culturais distribuídos pelo município. Confira aqui o press kit do 31º FIG.
Ao todo, serão investidos R$ 11,215 milhões no festival. O Governo de Pernambuco está destinando R$ 10,820 milhões, por meio da Secult-PE e Fundarpe, da Secretaria de Comunicação de Pernambuco, Conservatório de Música, Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) e Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), e o parceiro Sebrae aplicará R$ 430 mil em ações no FIG.
O público poderá apreciar atrações artísticas nas mais diversas linguagens. Além da programação musical, estão confirmadas ações de literatura, formação, teatro, circo, audiovisual, dança, cultura popular, patrimônio, design, moda, artes visuais, fotografia e artesanato. Serão 10 dias de celebração, de sol, friozinho gostoso e calor humano, de diversidade de sons, cores, aroma e sabores. De agora em diante a alegria impera, a economia se aquece e no alto da serra, Pernambuco ferve.
De 21 a 30 de julho, o público poderá conferir a programação em 24 polos: além da Esplanada onde é montado o Palco Mestre Dominguinhos, o FIG 2023 vai oferecer programação gratuita nas praças, nos parques, nos pavilhões, no teatro, na catedral, pelas ruas e em diversos outros espaços da cidade. A expectativa é que o município receba milhares de turistas durante o evento.
A força do FIG está não apenas no entretenimento que promove – shows, concertos, espetáculos, exposições, capacitações, seminários e encontros diversos -, mas também no fato de ser uma vitrine do que de mais atual está sendo produzido pelos artistas nacionais, das mais variadas linguagens da arte.
Nesta edição, o Festival apresenta várias novidades ao público. Uma delas é o Palco Regionalidades, no Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcanti, com início no dia 22 de julho e contando com duas apresentações por dia, às 17h e 18h30, até o final do evento. Alguns nomes que passam por este palco são Maciel Salú, Santanna O Cantador, Lucas dos Prazes, Escurinho e Quinteto Paraíba, Quinteto Violado, Terezinha do Acordeon, Jota Michiles (Patrimônio Vivo de Pernambuco) e Nena Queiroga.
Tem também o Palco Pernambuco Lo-Fi, criado com a missão de difundir a cena musical independente pernambucana. Com apresentação do secretário Estadual de Cultura, Silvério Pessoa, e do músico Zeca Viana, a proposta deste novo polo é apresentar ao público shows e debates sobre inovação, criação e circulação da produção musical da periferia e cultura popular, bem como um panorama da música contemporânea de Pernambuco. Alguns nomes da programação são Babi Jaques e Lasserre, Tonfil, N’Zambi, Jáder, Tagore, Abulidu, Tatupeba e Maracatu Pro Mundo.
A cultura popular também vai preencher todos os caminhos do Parque Euclides Dourado, um dos locais mais frequentados durante o Festival de Inverno de Garanhuns, com o Polo Itinerante. A programação conta com cortejos dentro do parque com apresentações da cultura popular pernambucana e atrações como o Bloco Afro Lamento Negro, o Maracatu Águia Misteriosa, a Quadrilha Junina Raízes do Nordeste, o Afoxé Omó Inã e o Bloco das Flores, além de Patrimônios Vivos de Pernambuco como o Caboclinho Canindé e a Sociedade dos Bacamarteiros do Cabo e o Clube de Boneco Seu Malaquias, dentre outras.
Outro destaque é a identidade visual do 31º FIG, criada pelo cenógrafo Walter Holmes e ilustrada pelo artista plástico Raoni Assis, com o tema A Cultura Reina. As ilustrações celebram o reisado, manifestação da cultura popular pernambucana que o Mestre Gonzaga de Garanhuns ajudou a manter viva por tantos anos.
O empresário Cyro Ferreira Costa e o Mestre Gonzaga de Garanhuns, do reisado e cordelista, Patrimônio Vivo de Pernambuco (i.m.) são os homenageados desta edição. O produtor cultural Zé da Macuca também recebe homenagem, dando nome ao antigo Palco Pop, que agora também conta com atrações que eram do Palco Forró na programação. Já o poeta Miró da Muribeca dá nome à Praça da Palavra deste ano.
O secretário de Cultura, Silvério Pessoa, destaca o empenho do Governo de Pernambuco em fazer um forte investimento para a realização da 31ª edição do FIG. “No campo das artes, vamos garantir que o FIG seja um território livre para fruição da nossa diversidade, das experiências artísticas e culturais, e das expressões da nossa própria identidade. Desde os valores simbólicos que representam a cultura, ao viés do fortalecimento da economia da cultura, Pernambuco terá um evento que movimenta a cadeia produtiva do setor e muito nos orgulha enquanto pernambucanos”, afirma o gestor.
De acordo com Renata Borba, presidente da Fundarpe, este vai ser um FIG à altura da cultura pernambucana e da cidade de Garanhuns. “O FIG 2023 conta com uma grade de programação que atinge públicos diversos, desde os que querem os artistas mais aclamados, aos que desejam acompanhar a produção mais alternativa da música, das artes cênicas, da dança, do cinema, ou das famílias com crianças, que têm no FIG não apenas uma opção para as férias para os filhos, mas a chance de colocá-los, desde cedo, em contato com a produção cultural e artísticas do país. Por isso, para nós do Governo de Pernambuco é motivo de muita alegria realizar mais uma edição do Festival de Inverno de Garanhuns”.
“O Festival de Inverno de Garanhuns, com muita cultura, com muita tradição, espalhados nos quatro cantos da Cidade ocorrerá mais uma vez com muito sucesso. O esperado é uma movimentação da economia que ultrapasse os R$ 24 milhões, além, evidentemente, dos efeitos indiretos. Ocupação hoteleira chegando a 100%, e a expectativa é que atraia turistas não só de Pernambuco mas de todo o Brasil”, destaca o secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Daniel Coelho.
DESTAQUES DO FIG 2023
MESTRE DOMINGUINHOS – O palco principal do FIG, acostumado a receber dezenas de milhares de pessoas nos grandes shows realizados na Praça Mestre Dominguinhos, vai receber as apresentações de grandes nomes da música pernambucana e brasileira, como Orquestra Sanfônica Mestre Dominguinhos, Isaar, Lenine, Maneva, Lula Queiroga, O Teatro Mágico, Geraldo Azevedo, Priscilla Senna, Otto, Conde Só Brega, Academia da Berlinda, Pato Fu, Atitude 67, Tiago Iorc, Baile do Simonal, Mombojó, Arnaldo Antunes, Nação Zumbi, Frejat e Baby do Brasil, entre outros nomes.
PERNAMBUCO LO-FI – O Palco Pernambuco Lo-Fi é uma das novidades do FIG em sua 31ª edição e foi criado cuidadosamente com a missão de difundir a cena musical independente pernambucana. Com apresentação de Silvério Pessoa e Zeca Viana, a proposta é apresentar ao público shows e debates sobre inovação, criação e circulação da produção musical da periferia e cultura popular, bem como um panorama da música contemporânea de Pernambuco. Alguns nomes da programação são Babi Jaques e Lasserre, Tonfil, N’Zambi, Jáder, Tagore, Abulidu, Tatupeba e Maracatu Pro Mundo.
PALCO POP – O Palco Pop tem como novidade a incorporação do forró na sua programação, sendo o lugar para ficar antenado nas novidades da música contemporânea, sem esquecer de quem tem um trabalho consolidado. Este ano o polo homenageia Zé da Macuca (i.m.), fundador do Boi da Macuca. Além do cortejo do Boi da Macuca, haverá no local apresentações de atrações como o Projeto Cena Peixinhos, Mestre Ambrósio, Em Canto e Poesia, Assisão, Cascabulho, Zé Brown e Caju e Castanha, Black Pantera e Devotos, Mundo Livre S/A, Larissa Lisboa, Odair José, Clayton Barros, Tribo de Jah, Gabi da Pele Preta, Bonsucesso Samba Clube e Banda Eddie.
CULTURA POPULAR - Começando no dia 22 e seguindo até o 31 de julho, último dia do FIG 2022, a programação do Polo Ariano Suassuna traz como destaques vários Patrimônios Vivos de Pernambuco, como o Maracatu Estrela de Ouro de Aliança, Maracatu Estrela Brilhante de Igarassu, Velho Xaveco, Banda de Pífanos Folclore Verde, Cambinda Velha de Pesqueira e o Samba de Véio da Ilha de Massangano. Além disso, outras dezenas de atrações das mais diversas expressões da cultura popular pernambucana vão subir ao palco que este ano estará armado na Praça Dr. Manoel Jardim
POLO REGIONALIDADES – Uma das novidades desta edição, o palco fica no Teatro Luiz Souto Dourado, no Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcanti, e terá shows de atrações como Rabecado, Maciel Salú, Cezzinha, Santanna O Cantador, André Macambira, Bande Pau e Corda, Colibri Brasil, Lucas dos Prazeres, Escurinho e Quinteto Paraíba, Banda Vinil Gonzagueira, Dudu do Acordeon, Banda Som da Terra, Isabela Moraes, Quinteto Violado, Terezinha do Acordeon, Jota Michiles, Ciel Santos e Nena Queiroga.
POLO ITINERANTE - A cultura popular também vai preencher todos os caminhos do Parque Euclides Dourado, um dos locais mais frequentados durante o Festival de Inverno de Garanhuns, com o Polo Itinerante. A programação conta com cortejos dentro do parque com apresentações da cultura popular pernambucana e atrações como o Bloco Afro Lamento Negro, o Maracatu Águia Misteriosa, a Quadrilha Junina Raízes do Nordeste, o Afoxé Omó Inã e o Bloco das Flores, além de Patrimônios Vivos de Pernambuco como o Caboclinho Canidé, a Sociedade dos Bacamarteiros do Cabo (PV) e o Clube de Boneco Seu Malaquias, dentre outras.
INSTRUMENTAL – Considerado o polo mais charmoso do FIG, o palco localizado no Parque Ruber van der Linden recebe uma programação para quem curte música instrumental. Entre os dias 22 e 30 de julho, o público vai poder conferir apresentações de atrações musicais como Fábio Aladdin Trio, Ricardo Vignini, Quinteto Parambuco, Nino Alves, Betto do Bandolim, A Trombonada, Mobile Jazz Band, Júnior Cap, Gilú Amaral, Roberto Lima, Violeiro Bacurau Trio, Sagrama, Banda Us Cafuçu, Adilson Ramos e Dito Choro.
CASTAINHO - O Palco Castainho, no Quilombo Castainho, Zona Rural de Garanhuns, será outro palco de apresentações culturais. Além de ações formativas, o território receberá atrações como Bloco Caravana Andaluza do Engenho Abreus, Grupo de Capoeira Angola Ifé Mestra Ana Lúcia, Mestre Galo Preto (Patrimônio Vivo de Pernambuco), Afoxé Oyá Alaxé, Cia de Dança Giselly Andrade e Grupo Coco dos Pretos, entre outras.
FIGUINHO - Referência nacional quando o assunto é produção cultural para o público infantil, Pernambuco terá durante a 31ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns uma novidade voltada para a criançada: O Figuinho, que vai contar com uma série de atividades lúdicas como contação de histórias, oficinas, além de exibições de filmes, apresentações da cultura popular, teatrais, circenses e musicais. A programação acontecerá de 21 a 30 de julho, pela tarde e em vários horários, no Parque Euclides Dourado.
CATEDRAL – Grupos instrumentais, formados no Conservatório Pernambucano de Música (CPM), instituição ligada à Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE), apresentam-se no palco da Catedral de Santo Antônio, no Centro do município. Alguns nomes da programação são a dupla Rafael Marques e Júlio César, no concerto Pernambuco e o Choro; o cavaquinista e compositor João Paulo Albertim convida o Quinteto Pernambuco e o bandolinista e compositor Marcos César; o Contracantos, comandado pelo maestro Flávio Medeiros; e o quinteto Makamo, formado em sua maioria por mulheres, entre outros.
CINEMA – A Mostra Audiovisual do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) acontece durante nove dias, de 22 a 30 de julho, no Cine Jardim do CPC do Sesc. Além da seleção de longas e curtas-metragens, há outras mostras inseridas na programação, oficinas, rodas de conversa e debates. Os destaques ficam por conta dos longas pernambucanos Propriedade, de Daniel Bandeira, e Rio Doce, de Fellipe Fernandes.
PRAÇA DA PALAVRA - Prestando homenagem ao poeta pernambucano Miró da Muribeca, a Praça da Palavra desta 31º edição do FIG vai contar com recitais, contações de histórias, debates e lançamentos de livros. Além das atividades lúdicas e formativas, os visitantes poderão conferir os estandes de venda de livros e passar um tempo no lounge de leitura.
Um espaço pensado para todos os públicos que estimula a conexão e o mergulho no mundo da literatura. Assim como já acontece tradicionalmente, a Cepe, a Secretaria de Educação de Pernambuco, a Gerência Regional de Educação e o Sesc-PE compõem os parceiros da programação literária do festival. Autores como Wellington de Melo, Sidney Rocha, Clarice Hoffman, Pochyua Andrade, Odailta Alves e Nivaldo Tenório, entre muitos outros, estarão presentes.
CIRCO – A programação das artes circenses no 31º Festival de Inverno de Garanhuns será realizada no polo Lona de Circo Índia Morena, homenageando uma das figuras mais emblemáticas da história do circo pernambucano, Patrimônio Vivo do estado, com 70 anos dedicados ao circo. O picadeiro ficará localizado no Parque Euclides Dourado e suas atividades começam no sábado (22) e ocorrerão sempre a partir das 14h, até o último dia do festival.
GALERIA GALPÃO E GALERIA ARTE, ARTESANATO E MODA – Estes serão os centros das exposições de fotografia, artes visuais, design e moda da 31ª edição do FIG. O espaço estará aberto em todos os dias do festival, das 9h às 21h, na Avenida Euclides Dourado.
FOTOGRAFIA – Ao todo são cinco projetos expostos durante o festival, além de duas intervenções urbanas, com lambe-lambes espalhados pela cidade. Elas são: Encantados, de Allan Luna; Luz Quilombola – Castainho de Dentro pra Fora, de Iezu Kaeru; Ciano, Cidade, de Gabriella Ambrosio; Para Borboletas, de Roberta Laleska; e Nas Cinzas das Horas, de Nivaldo Carvalho. Já as intervenções urbanas são: Sorrir Junto, de Gabriela Vasconcellos Cavalcante, e Tamancos, de Amannda Oliveira.
ARTES VISUAIS - Nas artes visuais, um dos destaques é a inédita exposição Miró Eterno que celebra a memória do poeta Miró da Muribeca, homenageado que este ano dá nome à Praça da Palavra. A exposição foi pensada exclusivamente para a programação do FIG 2023 pelos artistas Mozart Santos, Rafael Buda e Tiago Delácio, com imagens reais e animadas do saudoso autor, que deixou seu legado no modo de se pensar poesia urbana periférica em Pernambuco e no Brasil.
DESIGN E MODA - Dentro das iniciativas de design e moda, se destacam o projeto Moda Periférica by Mendx, ação formativa com exibição do mini fashion filme Meu Style Marginal, seguido de uma roda de conversa com o público presente sobre as vivências territoriais do artista MENDX e moda na periferia, em local ainda a ser definido. Também fazem parte da programação os projetos Sublime Obscuro: Narrativas do Inconsciente Grotesco, a exposição Desafio Criativo MMA, Retratos Tipográficos In Memoriam. A Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (Adepe) leva ao FIG dois desfiles da Loja da Moda Autoral de Pernambuco e uma oficina de produção de moda com estágio na Passarela.
GASTRONOMIA – Do dia 22 ao dia 30 de julho o CPC Sesc Garanhuns vai acolher parte da grade do polo Gastronomia e Cultura Alimentar. Dentre os destaques da programação estão as participações de Iran Xukuru com o debate “Kringó kronengo – o Bom comer Xukuru: alimento do corpo, mente e espírito”; a família de Dona Menininha, Patrimônio Vivo de Pernambuco e mestre em alfenim de agrestina; as visitações ao Museu do Queijo Coalho; e a intervenção do chef Thiago das Chagas.
FORMAÇÃO – Voltadas para diversos públicos, as oficinas formativas do festival iniciam no dia 22 de julho e vão até o dia 30 deste mês. Será oferecida uma diversidade de cursos nas áreas de profissionalização (iluminação, sonorização, direção de palco e roadie, direção artística e cinema de animação), aperfeiçoamento (produção cultural e documentação) e sustentabilidade, todas voltadas para o fortalecimento da cadeia produtiva em Pernambuco.
ARTESANATO – A parceria com o Sebrae está garantindo mais uma edição do Armazém das Artes e Negócios. Este ano, serão diversos estandes ocupados pelos artesãos selecionados pelo Sebrae ou por meio de um edital convocatório promovido pela Secult/Fundarpe para ocupação de espaços ou convidados, como a Associação Cultural dos Mamulengueiros e Artesãos de Glória do Goitá e o Mestre Assis Calixto, Patrimônio Vivo de Pernambuco. Por sua vez, a Adepe vai instalar uma loja de bebidas dentro do Armazém Sebrae com cervejas, cachaças, vinhos, espumantes e licores artesanais pernambucanos que serão comercializados durante todo o festival.
AÇÕES DO GOVERNO NO FIG – Além da Secretaria de Cultura e Fundarpe, mais de uma dezena secretarias e órgãos estaduais estão envolvidos, como as Secretarias de Defesa Social, Saúde, Educação e Desenvolvimento Social, Criança e Juventude; Política de Prevenção às Drogas, Turismo, Mulher, Desenvolvimento Urbano e Habitação, Infraestrutura e Recursos Hídricos; Meio Ambiente e Sustentabilidade; Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, DER, Detran e Polícia Científica. Essas instituições governamentais estão levando serviços diversos, garantindo ações efetivas em diversas áreas, como segurança, saúde e infraestrutura. São ações voltadas para apoiar a população e os turistas durante os 10 dias do FIG, garantindo que esse, que é considerado o maior festival multiartístico do Brasil tenha sucesso mais uma vez.
quinta-feira, 13 de julho de 2023
Alvará de Soltura do Cangaceiro "Deus Te Guie" Achado de Moisés Reis
Cabra de Labareda
Alvará de Soltura do Cangaceiro "Deus Te Guie"
Achado de Moisés Reis
Domingos Gregório dos Santos, o cangaceiro "Deus te Guie", foi um dos bandoleiros entregues em 1940 em Paripiranga, com o grupo de Ângelo Roque.
Juntamente com o chefe e outros companheiros como Saracura, Cacheado e outros, foram encaminhados para Salvador, julgados e condenados a diferentes penas pelos crimes cometidos durante os anos de cangaço.
De acordo com o processo ao qual tive acesso, contava, quando foi preso, com 22 anos de idade, era filho de João Gregório dos santos e Francisca Maria de Jesus.
Deus te Guie foi recebido na penitenciária do Estado da Bahia a 15 de fevereiro de 1943 e registrado como prisioneiro de número 1523, sentenciado inicialmente a 10 anos e doze meses de prisão por participar do assassinato de Olegário Bispo da Conceição, Antônio Elias e Nonato Firmino, crime ocorrido em 8 de junho de 1939 pelo grupo de Ângelo Roque em Bebedouro. Por esse triplo homicídio, inclusive, Labareda pegaria 30 anos de prisão, conforme processo ao qual também tive acesso no arquivo público da Bahia.
Ainda de acordo com o documento abaixo, Deus te Guie teria amargado longos 12 anos e dez meses de prisão celular, isto é, regime fechado, na capital baiana.
O alvará de soltura do ex-cangaceiro é datado de 12 de outubro de 1953. Foi essa a data exata que o ex-integrante do temível grupo de Labareda ganhou a liberdade após pagar a sua dívida com a sociedade.
Alvará de Soltura de Deus te Guie - Arquivo Público da Bahia.
quarta-feira, 12 de julho de 2023
Palco do 31° FIG homenageia Zé da Macuca
O geólogo José Oliveira Rocha foi um dos maiores agitadores culturais de Garanhuns. Presente desde os primeiros Festivais de Inverno de Garanhuns com o Boi da Macuca, desfilava pelas ruas do comércio do centro com sua trupe musical liderada pelo sanfoneiro Bendito e um trio de forró, chamando a atenção do público, que aderia ao cortejo entoando a loa: “Boi, boi, boi, boi/ Boi, boi, boi, boi/ Eu vou deixar minha burrinha/E vou dançar no seu boi/ Boi, boi, boi, boi/ Boi, boi, boi, boi”.
Agremiação fundada em 1989, o Boi da Macuca é uma das brincadeiras mais populares do FIG. No início, o capitão Zé de Oliveira deixava a Fazenda Macuca, em Correntes, num carro de boi pela estrada de lama. Hoje, o boi chega em caminhão, chamando a atenção por onde passa. Tornou-se tão onipresente que uma hora foi convidado a subir no palco principal na Esplanada Guadalajara. Os anos se passaram e o número de fãs só aumentou.
Zé Oliveira tornou-se produtor cultural, tendo como braço direito o filho e herdeiro Rudá, passando a promover o Festival da Macuca (de música) e Macuca das Artes na fazenda e a promover o Baile da Macuca e desfilar no Carnaval de Olinda, onde também promove o Forró da Macuca.
No dia 21 de maio de 2022, o folgazão e apaixonado coração de Zé de Oliveira parou, aos 67 anos, vítima de uma insuficiência cardíaca. Em sua homenagem, o Festival de Inverno de Garanhuns lhe dedica o Palco Zé da Macuca, voltado à música pop contemporânea. Nomes como Mestre Ambrósio, Assisão, Black Pantera & Devotos, Mundo Livre S/A, Larissa Lisboa, Getúlio Abelha, Odair José, Banda Eddie e Gabi da Pele Preta são alguns dos artistas que irão se apresentar no palco.
Fonte: Secultpe
terça-feira, 11 de julho de 2023
Cepe lança biografia de Alceu Valença
Cantor, compositor, instrumentista, poeta, diretor de cinema, ator e advogado. “Sou um grande poeta, tenho certeza disso”, prefere resumir o pernambucano ilustre, em trecho do livro Pelas ruas que andei – Uma biografia de Alceu Valença. Assinado pelo carioca Julio Moura – assessor de imprensa e desde 2009 -, o livro revela histórias de vida e carreira de Alceu Valença – juntas e misturadas – ao longo dos 50 anos de palco, teatro, cinema, picadeiro, tapume e meio de rua. “Poeta e trovador, seu discurso confronta o lugar comum. Sua personalidade inquieta se reflete na obra. E coube a mim, de alguma maneira, traduzir tudo nesse livro”, declara o escritor.
Se da vida tirou músicas, com elas fez a vida, Brasil e mundo afora, como contam as 562 páginas do livro sobre o filho de São Bento do Una, de 76 anos. A trajetória cronológica se faz completa com riqueza de fotografias. O lançamento ocorreu dia 27 de junho, às 19h, no Paço do Frevo, com sessão de autógrafos e bate-papo com o autor, mediado pela jornalista Luiza Maia.
Parceria da Relicário Produções Culturais e Editoriais e da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), sob coordenação editorial de Carla Valença, o projeto é viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura com patrocínio do Banco Itaú, apoio da Uninassau e realização do Ministério da Cultura. A obra tem versões impressa, digital e ainda um audiolivro (disponível em audiolivro.art.br), adaptado aos requisitos de acessibilidade e pensado com recursos extras para os fãs do formato. A narração é de Amanda Menelau, Bernardo Valença, Giordano Castro e Nínive Caldas.
O autor de hits como La belle de jour, Tropicana, Bicho Maluco Beleza, Espelho cristalino, Coração bobo e tantas mais é “complexo, irreverente e singular, original, sem escola”, define Julio. Totalmente abstêmio nos dias atuais, já gostou de beber, mas não curtiu drogas. Nunca gostou da “viagem”. Viajou mesmo foi pelo Brasil e por meio mundo, espalhando seu repertório em turnês internacionais. Já tocou na Alemanha, França, Suíça e em Portugal, Berlim, Munique, Colônia, Paris, Zurique e Lisboa. Sem falar no carnaval de Olinda, onde é comum dar uma canja na sacada de sua casa. A Marim dos Caetés é não apenas morada, mas também cidade-musa, a quem Alceu se declara em verso em prosa. “Tenho uma relação poético-sentimental com esta terra. Essa cidade é o berço da civilização pernambucana, nordestina e brasileira. Nunca poderão me tirar a cidadania olindense”, declara o cantor.
A criança de São Bento já antevia o artista: gostava de cinema, música, literatura, teatro – embora a primeira experiência rítmica, com um pandeiro, tenha sido desaprovada pelo exigente e talentoso avô Orestes. Daí seus marcantes figurinos e sua performance nos palcos. Já se vestiu de burrinha de bumba meu boi e incorporou Napoleão com os devidos trajes coloniais. Antes, porém, tentou “atuar” como advogado. Cursou a Faculdade de Direito do Recife e até em Harvard fez curso. Mas logo desistiu do terno e gravata e da americanização. Queria mesmo era a arte. Sempre foi mais de carne de sol do que de hambúrguer. Preferia Luiz Gonzaga, Lampião, Nelson Ferreira, Capiba e Jackson do Pandeiro a Mick Jagger.
Mas teve que ralar para conseguir gravar um disco. Participou dos festivais de música, recebeu algumas vaias, passou os anos 70 batendo na porta das gravadoras Sudeste afora. Foi desencorajado por muitos. “Vocês deviam ter aparecido há cinco anos, quando a música nordestina estava em alta”, chegaram a ouvir de produtores, no tempo em que música vinda do Nordeste era regional e ponto final. Na época da ditadura militar, enfrentava os confusos censores de letras de música, via muitos amigos se exilarem ou serem presos e ainda concorria com a produção importada que ocupava a programação das rádios. “Em parte é boa essa poluição. Porque todo micróbio cria anticorpos. Ninguém está fechado a coisa nenhuma. Simplesmente a aculturação não pode ser tão rápida”, disparou o cantor.
Eis que a roda da sorte girou para o são-bentense. “Depois de praticamente uma década de militância underground, Alceu Valença fazia sucesso popular naqueles 1980. Seu disco Coração bobo encaminhava-se para a marca de 750 mil cópias vendidas, superior às 700 mil de Maria Bethânia e às 600 mil de Chico Buarque”, escreve Julio.
Seu repertório sempre foi de coco, maracatu, forró e frevo, que misturava com guitarra e bateria, em um estilo de som pré-manguebeat. “Com Jackson, aprendi a dividir melhor, a cantar com mais ritmo, a dividir as palavras, as inflexões. Comecei a cantar mais forró, porque antigamente eu pegava as minhas músicas e botava muito rock dentro. Claro que era música de raiz, totalmente nordestina, mas os ataques e a bateria eram pesados demais. A partir dele, veio o suingue da minha música”, reflete Alceu.
Defensor da cultura nordestina, não deixou por menos quando um repórter certa vez sugeriu uma oposição entre “a arte pobre do Nordeste versus o esplendor do Sul maravilha”: “Quem pensar assim está enganado, primeiro porque a arte do Nordeste não é pobre, é rica mesmo. Depois, o desenvolvimento material de uma região não está obrigatoriamente atrelado ao desenvolvimento artístico. Se fosse assim, Picasso seria inferior a qualquer artista norte-americano”, devolveu.
“Alceu Valença canta com todo o seu corpo. Ele nos faz percorrer sua terra natal com voz fanhosa e rouca como a dos cantadores populares que se escutam nas feiras e mercados do interior do país, ou doce, como a dos homens do litoral. Ele canta de todas as formas de que dispõe. E, se o olhar dos espectadores acha o instrumental reduzido, Alceu nos faz sentir que os recursos são infinitos, pois com ele tudo vira música”, derrete-se a jornalista francesa do Libération, Dominique Dreyfus, biógrafa de Luiz Gonzaga e Baden Powell. É ela quem assina o prefácio do livro.
Na narrativa de Pelas ruas que andei – Uma biografia de Alceu Valença, Julio Moura acaba por prestar uma reverência ao jornalismo cultural, sua escola profissional e em franca derrocada. Repousam na obra recortes de críticas e entrevistas assinadas por jornalistas de vários estados brasileiros e outros países, extraídos a partir de minuciosa pesquisa em hemerotecas. Através delas, o leitor pode passear pela forma como era descoberto e apresentado o artista pernambucano, em eras nas quais a informação era mais concentrada.
Faixa obrigatória na trilha sonora da vida de muitos brasileiros, Alceu recentemente viu os versos de Anunciação, de 1983, se tornarem hino, quase 40 anos depois, em 2022, dos que desejaram novos rumos políticos para o país, entoando, emocionados, os versos Tu vens, Tu vens/ eu já escuto teus sinais. E eis que Valença, ídolo da geração anos 1980, se torna também ícone das gerações mais recentes, dos Ys, Zs e Alfas.
Secult PE
segunda-feira, 10 de julho de 2023
Exposição ‘Labirinto de Cabras e o Touro de Mármore’ chega em São Paulo.
A Biblioteca Mário de Andrade, segunda maior biblioteca do Brasil, localizada na capital paulista, abre suas portas para receber a exposição fotográfica ‘Labirinto de Cabras e o Touro de Mármore’ do renomado artista pernambucano Iezu Kaeru e curadoria de Eder Chiodetto. A mostra que desembarca em São Paulo será aberta ao público, neste sábado (8), e propõe jogos fotográficos místicos compondo uma obra inspirada no Tarô e na mitologia, explorando a relação simbólica entre seres humanos e natureza.
‘Labirinto de Cabras e o Touro de Mármore’ chega de forma inédita na BMA e ocupará a galeria do terceiro piso com o projeto multimídia itinerante, com incentivo do Funcultura, por meio do Governo de Pernambuco, ressaltando a relação do artista com a linguagem fotográfica, atravessando a epiderme dos sentidos em busca de transcendência e exibe fotografias que capturam paisagens e pessoas encontradas no dia a dia e em viagens, utilizando diferentes tipos de câmeras digitais e analógicas para trazer as tonalidades, cores e músicas presentes nos cotidianos de diferentes localidades do Brasil.
Expandindo o terreno simbólico da fotografia documental de Pernambuco e do Brasil, em ‘Labirinto de Cabras e o Touro de Mármore’, o multiartista Iezu Kaeru provoca reflexões sobre a fotografia contemporânea brasileira, proporciona experiência sensorial e promove diálogo entre repertórios culturais distintos explorando o hibridismo de suportes e linguagens na documentação imaginária do seu cotidiano criando conexões entre histórias, lugares e personagens.
“A exposição é o exercício de uma curadoria da alma, uma imersão nos meus erros, nos meus fantasmas, inquietações, pássaros de sangue do inconsciente, minha poesia e meu silêncio, na busca por uma fotografia autoral, aberta aos registros intimistas, às banalidades, subjetividades e experiências estéticas do dia a dia”, ressalta iezu kaeru.
Com textos do multiartista piauiense Torquato Neto, do curador Eder Chiodetto e do fotógrafo Iezu Kaeru, a exposição conta com 31 imagens em grandes formatos ampliadas em fine art, um vídeo do autor intitulado ‘Kitsune’ (premiado pelo edital Arte como Respiro, do Itaú Cultural), tem peças gráficas assinadas por Zianne Torres, designer e editora de arte do jornal Diário de Pernambuco e estará aberta para visitação até o dia 10 de setembro.
sexta-feira, 7 de julho de 2023
Terreiro Ilê Axé Talabi realiza, com incentivo do Funcultura, o projeto Articula Matriz Africana.
Entre as mudas frutíferas que serão produzidas estão a manga, o abacate, a jaca, a carambola, entre outras
O Terreiro Ilê Axé Talabí, localizado em Paulista, realiza, neste sábado (8) e domingo (9), o projeto Articula Matriz Africana: Cultura, Territorialidades e Ecossistemas. Produzida com incentivo do Governo de Pernambuco, por meio do Funcultura, a iniciativa tem o objetivo de promover transmissões de saberes, fazeres e métodos tradicionais de cultivo e manejo da terra resguardados pelas comunidades de matrizes afro-indígenas de Pernambuco. A entrada é gratuita.
Com produção do Núcleo de Mídia, Comunicação e Tecnologia Social do terreiro, o projeto irá promover vivências orais, gastronomia tradicionais dos orixás, além da produção de uma horta comunitária de ervas medicinais e produção de mudas de árvores frutíferas e sagradas para compartilhamentos com outros terreiros da Região Metropolitana do Recife.
Entre as mudas frutíferas que serão produzidas estão a manga, o abacate, a jaca, a carambola, entre outras. Dentro do campo sagrado serão plantadas o Igi Opé (Dendezeiro), Jurema Preta, Akoko, Obí e Iroko.
Na gastronomia, o público e a comunidade irão se alimentar das comidas tradicionais, como: Èwà Obaluaiê (feijão do senhor rei da terra), Àgbàdo Funfun – milho branco (mungunzá), Fèsélù Òbúko – Pirão de bode e Isu – inhame.
Uenni Mirelli/DivulgaçãoUenni Mirelli/Divulgação
Evento é promovido pelo Núcleo de Mídia, Comunicação e Tecnologia Social do terreirp
Os dois dias de atividades serão oportunidades para sensibilizar as pessoas sobre os conhecimentos oriundos da ancestralidade afro-indígena no campo do uso sustentável dos recursos naturais e da alimentação. O momento será coordenado pela RAE – Rede de Autogestão em Ecossistemas da Comunidade Tradicional do Terreiro Axé Talabi, e valoriza os territórios terreiros enquanto espaços de preservação do ecossistema natural e da biodiversidade.
“Sem natureza não há orixás, os orixás são as próprias manifestações e vitalidades dos elementos naturais. Não há cultura, cultivo e continuidade sem água, sem terra, sem ar. E é neste sentido que nossas comunidades de terreiros atuam como espaços de envolvimento para preservação de um legado, um sentido de mundo que relaciona espiritualidade, cuidados e vida”, explica o babalorixá e juremeiro Pai Júnior de Odé, membro do conselho religioso do Terreiro Axé Talabi e idealizador do projeto.
Confira a programação completa abaixo:
Sábado (8)
9h - Acolhida dos participantes e vivência Ilè ògérè: a Mãe Terra
10h – A ciência das folhas: apresentação das espécies e tratamento da terra
12h às 14h – O alimento que nos une: preparação e refeição coletiva do Èwà Obaluaiê – feijão do senhor rei da terra
15h às 17h – Produção da horta: processos de plantio das espécies na horta comunitária de ervas medicinais
18h – O alimento que nos une: refeição coletiva do àgbàdo funfun – milho branco (mungunzá) e fechamento do primeiro dia de atividades
Domingo (9)
9h - Vivência as folhas têm segredos
10h - Sementes de Jurema: apresentação das sementes, narrativas ancestrais e produção das mudas de árvores e ervas sagradas
12h – O alimento que nos uni: preparação e refeição coletiva do fèsélù òbúko – Pirão de bode
15h – Vivência corpo templo, morada da natureza
17h – Vivência ensinamentos que vêm da terra: memórias do território de Paratibe
18h – O alimento que nos une: refeição coletiva do isu – inhame; fechamento do segundo dia de atividades com a entrega dos certificados para todos os participantes
quarta-feira, 5 de julho de 2023
Governo de Pernambuco anuncia as datas do 31º Festival de Inverno de Garanhuns
Tradicional evento cultural de Pernambuco e considerado um dos maiores e principais eventos de cultura e arte do Brasil, o Festival de Inverno de Garanhuns teve suas datas anunciadas: será realizado este ano de 21 a 30 de julho. Em sua 31ª edição, o festival deve atrair milhares de visitantes à cidade e reunirá uma diversidade de atividades artístico-culturais, como shows, cortejos, performances, intervenções artísticas, recitais de poesia, contação de histórias, concertos, vivências criativas, espetáculos, desfiles, exposições, mostras culturais, além de manifestações artísticas oriundas das culturas periféricas, tais como hip hop, grafitti, brega-funk e passinho.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (26) pela governadora Raquel Lyra. “Venho aqui para anunciar o Festival de Inverno de Garanhuns. Vai acontecer este ano em julho, entre os dias 21 e 30. Os homenageados são Gonzaga, que é um ícone do Reisado, e o nosso grande empreendedor Cyro Ferreira da Costa, que nos deixou em fevereiro deste ano. Vamos gerar emprego e renda para nossa gente”, adiantou a chefe do Executivo estadual.
O secretário de Cultura, Silvério Pessoa, adiantou que a cultura popular terá um espaço de destaque este ano. “A data do 31° Festival de Inverno de Garanhuns já está definida e foi anunciada pela governadora Raquel Lyra. As equipes da Secretaria de Cultura e da Fundarpe já estão trabalhando na elaboração das grades da programação”, destaca.
“A cultura da periferia vai estar presente e ganha um olhar especial, assim como a cultura popular, o artista pernambucano que foi classificado na convocatória, a primeira etapa na construção do FIG 2023. O festival vem aí para aquecer quem gosta de cultura, de diversidade. Em breve, começa a inscrição para as oficinas, que reforçam a vocação do FIG para a pedagogia da cultura, a formação do artista cidadão. Vem muita coisa boa por aí”, afirma o secretário de Cultura, Silvério Pessoa.
Segundo o secretário de Turismo Lazer, Daniel Coelho, o Festival de Inverno de Garanhuns é um evento aguardado pelo povo pernambucano. “Mais uma vez, a festa ocorrerá com muito sucesso. Festival que é muito aguardado por todos nós desde o começo do ano. O Governo de Pernambuco não se furtará de fazer um dos mais belos Festivais de Inverno que Garanhuns já viu”, frisou.
FIG 2023 – O Festival de Inverno de Garanhuns encanta moradores e turistas por ter uma vasta programação cultural, que vai muito além dos grandes shows. Durante a realização do evento, são contempladas várias formas de expressão popular, como o teatro e o cinema.
Outro artista que será homenageado durante o FIG será o poeta Miró da Muribeca, que batizará a Praça da Palavra do 31º Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), numa reverência à vida e a obra do artista.
segunda-feira, 3 de julho de 2023
FRANCISCA RODRIGUES DE MATOS E AS INCELENCIAS
Dona Francisca era a mais velha do grupo e seguiu à risca a tradição. Ela foi incelença desde os oito anos de idade. Faleceu em 30 de março de 2023,aos 81 anos,deixando seu importante legado cultural.
Tudo começou com o padre Ibiapina,no século 19, que trouxe penitentes da Europa para catequizar os indios do Cariri,no sul do estado do Ceará. Os penitentes eram religiosos que há até pouco tempo se autoflagelavam para livrar a alma dos pecados. Com o passar do tempo,as mulheresque antes eram limitadas a cantar em velórios,passaram a levar adiante a tradição dos penitentes na região.
O grupo de incelenças já existe na comunidade de Cabaceiras,na cidade de Barbalha, há mais de um século,esta tradição é passada de geração em geração. Em 1987 foram convidadas para participar dos festejos de Santo Antonio na cidade de Barbalha,na época eram 16 mulheres e o anjo( criança simbolo do grupo) tendo Dona Terezinha(Maria Rodrigues de Lima) a chefe( mestra) onde fazia a primeira voz e conduzia os benditos. Com o passar do tempo algumas foram saindo por motivo de doença e falecimento.
Em 2009 foram contempladas com o reconhecimento de tesouro vivo. Dona Terezinha passou a responsabilidade para sua sobrinha Sueli de Matos, que era integrante do grupo como anjo,tendo com isso, a confiança por sua experiência de muitos anos e o auxilio da sua mãe Francisca Rodrigues. Hoje o grupo é composto de 12 mulheres e o anjo, totalizando 13 integrantes e todas da mesma familia, entre mãe,filhas,netas,primas e sobrinhoas. O grupo tem a finalidade de cantar em velórios e sepultamentos.
Descrição culta
Na comunidade de Cabaceiras,avó,mãe e filha mantêm a tradição das " incelênça " - ou " excelência, na lingua culta - na ala feminina dos penitentes. "
Fonte: Pau da bandeira
sexta-feira, 30 de junho de 2023
Festival Cultura Viva será realizado em Nazaré da Mata
Neste sábado, 1º de julho, a cidade de Nazaré da Mata – Capital Estadual do Maracatu Rural, localizada na Zona da Mata Norte do Estado, abre as portas para receber o 1º Festival Cultura Viva. O evento, que tem o apoio do Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), acontece no Parque dos Lanceiros, um dos principais cartões postais da cidade, que fica às margens da BR – 408, no acesso ao município. Para fazer a festa, o festival recebe um time de artistas ligados à cultura raiz, de várias cidades da região. A programação é gratuita e acontece a partir das 19h.
Uma das atrações é o show do Côco de Fulô com Ricco Serafim. Oriundo dos engenhos e canaviais da Mata Norte, o grupo representa a cidade de Nazaré da Mata com sua musicalidade tradicional do autêntico coco rural. A atração, que é marca presente nas festividades onde o ritmo do coco anima as festas e brincadeiras, se destaca pela dança ligeira e o trupé no chão, acompanhado das fortes batidas do terno percussivo e da rica oralidade de rimas, versos e poesias.
DivulgaçãoDivulgação
O festival traz, ainda, a Ciranda Bela Rosa, do Mestre Bi, de Nazaré da Mata.
A lista de atrações traz, ainda, apresentação cultural de Aldo Lourenço Guerra, o Baixinho dos 8 Baixos, da cidade de Vicência. Considerado um importante ativista cultural, o artista promete botar o público para dançar muito forró pé de serra, xote e baião. A programação musical terá também Nailson Vieira, de Nazaré da Mata, fazendo um som, ao vivo, que mescla poesia popular, dança e a sonoridade do maracatu rural, ciranda e cumbia.
Buscando imprimir uma identidade musical com foco na cultura popular, o festival traz, ainda, a Ciranda Bela Rosa, do Mestre Bi, de Nazaré da Mata. Renomado cantor e compositor, apresenta, no palco, sua personalidade carismática e toda a poesia que bebe na fonte canavieira. Quem também vai se apresentar é João Paulo Rosa e o Eito. A aposta do cantor é um repertório genuinamente autoral, que enfoca suas vivências culturais e da região da cana-de-açúcar.
“Este é um momento para, juntos, celebrarmos a musicalidade da cultura popular produzida por artistas independentes da Zona da Mata. Queremos levar para o público apresentações que exaltam à força, beleza e poesia que há no coco de roda, ciranda, maracatu rural, forró pé de serra, entre outros” explica o artista Ricco Serafim, uma das atrações do evento.
Serviço:
Festival Cultura Viva é realizado em Nazaré da Mata
Sábado (1º de julho), 19h
Parque dos Lanceiros, Nazaré da Mata
Gratuito
quinta-feira, 29 de junho de 2023
DIA DO CAVALO MARINHO TERÁ APRESENTAÇÕES CULTURAIS NO MUNICIPIO DE CONDADO
Jorge Farias - Secult PE
Celebra-se, nesta quinta-feira (29), o Dia Estadual do Cavalo Marinho, Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Para comemorar o brinquedo típico da Zona da Mata pernambucana, a Associação dos Grupos de Cavalo Marinho de Pernambuco realiza o 2º Encontro Estadual de Cavalo Marinho. A programação contará com música, dança, poesia e tradição rolando na Praça São Cristóvão, em Condado, a partir das 19h, com entrada aberta ao público.
Jorge Farias/Secult-PEJorge
O Cavalo Marinho Estrela de Ouro, de Condado, também é Patrimônio Vivo de Pernambuco
Participam da programação os grupos Cavalo Marinho Estrela de Ouro (Condado) e Cavalo Marinho Boi Pintado (Aliança), ambos Patrimônios Vivos de Pernambuco, além do Cavalo Marinho Boi Matuto (Olinda), Cavalo Marinho Boi da Luz (Olinda), Cavalo Marinho Estrela Brilhante (Condado), Cavalo Marinho do Mestre Batista (Aliança).
O evento é uma realização conta com incentivo do Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), e apoio da Prefeitura Municipal de Condado.
Serviço:
2º Encontro Estadual de Cavalo Marinho
Quinta (29), a partir das 19h
Praça São Cristóvão, Centro, Condado
Gratuito
Em Vicência, Mestre Calú inaugura espaço cultural
Mestre Calú foi diplomado Patrimônio Vivo de Pernambuco em 2022 e imaginou a criação de um espaço para transmitir seus conhecimentos, fazeres e saberes para as novas gerações, como uma forma de contrapartida pela valorização que tem recebido do Governo de Pernambuco.
Com recursos próprios e ajuda de familiares e amigos, Calú reformou a sede de seu mamulengo, onde funcionava uma antiga barraca. O pequeno espaço em frente à sua casa agora conta uma vivência cultural única para os visitantes, que podem visitar a história do Mestre ao longo das décadas, além de interagir com os bonecos e com o próprio Mestre. O espaço ainda conta com uma pequena biblioteca cultural com publicações cujo tema é o mamulengo.
INAUGURAÇÃO - Prevista para iniciar às 14h, a inauguração terá uma série de atrações. A Associação de Mamulengos Flor de Jasmim, entidade cultural criada para gerir a carreira do Mestre Calú, bem como de seu espaço, será a mediadora das falas iniciais, onde pessoas que contribuíram para a reforma e estruturação do espaço poderão dividir suas experiências com o público e o Mestre. Depois, uma faixa será cortada, abrindo oficialmente o espaço para a primeira visita guiada.
O público poderá acompanhar atrações culturais a partir das 16h. O primeiro grupo a se apresentar será Presépio Mamulengo Invenção Brasileira, que conta com Antônio Neto, neto do Mestre Calú, que junto com Edson Bolinho e Eliel Silva, fazem uma releitura da obra cultural de Calú. O Mestre atua como orientador desses jovens num processo de transmissão de conhecimentos.
Na sequência, às 17h, Mestre Calú apresenta o seu Presépio Mamulengo Flor de Jasmim, com quase 6 décadas de cultura, o grupo é um dos mais tradicionais de Pernambuco e mostra toda a vitalidade, conhecimento e alegria de Calú, que dentro da torda vira um menino.
Às 18h, a Quadrilha Junina Luar, da cidade de Vicência, mostrará o brilho junino com uma apresentação que vem sendo destaque por onde passa. A Banda Saulo Dinis se apresenta a partir das 19h, botando o público para dançar o autêntico forró pé-de-serra. Às 20h, Johnny Lemos, traz o forró romântico para encerrar com chave de ouro o evento de inauguração do Espaço de Memória dedicado ao Mestre Calú.
A realização do evento é pela Associação de Mamulengos Flor de Jasmim, que conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Vicência. O incentivo é da Fundarpe e do Governo do Estado de Pernambuco.
Serviço
Inauguração do Espaço de Memória Mestre Calú
Quando: 24 de junho de 2023 (sábado), a partir das 14h
Onde: Rua Daniel Florêncio Dias, nº 14, Centro, Vicência-PE
Aberto e gratuito
Fonte: Portalculturape
quarta-feira, 21 de junho de 2023
VIVA SÃO JOÃO DO ARARIPE
Este ano a Igreja de São João Batista do Araripe completa 155 anos. A professora Thereza Oldam de Alencar é a autora do livro Igreja de São João Batista do Araripe, Exu-Pernambuco (Sesquicentenário 1868-2018) que revela a história de fé que envolve a Igreja, localizada no município de Exu, Terra de Luiz Gonzaga. A Igreja está localizada cerca de 20 km distante da sede do município.
Este ano mais uma vez a fé é renovada com a realização da Noites de Novenas Juninas. O evento é repleto de beleza e cultura, aliada a fé e esperanças. Conforme mostra foto acima, a Banda de Pífe é presença marcante. De acordo com a escritora Thereza Oldam, "o grupo de zabumbeiros e pifeiros pontuam historicamente os festejos juninos da Igreja de São João Batista do Araripe e é tradição familiar, contemporÂneo da inauguração em 1868".
Lourival Neves de Souza, Seu Louro do Pife, é octogenário, e até hoje é presença dos festejos juninos na Fazenda Araripe.
A Igreja de São João Batista do Araripe, conforme relato do livro remonta a trajetória do Barão de Exú, bisavô da autora, que construiu a igreja como pagamento de uma promessa ao santo, e relembra as tradições e festejos até os dias atuais. Também traça a história da família Alencar, importante na política da região.
Vivendo em Exu, Thereza Oldam revela que escreveu o livro à mão, durante quatro anos de pesquisas e entrevistas.
“Fui juntando peças e ouvindo a voz da tradição. Entrevistei octogenários que guardavam importantes informações e fui vendo se formar, diante de mim, uma linda história de amor e fé. Foram quatro anos de pesquisa e peleja, andando, trabalhando e trabalhando. E, também, me baseei em o que minha mãe – nora do Coronel João Carlos, criado pelo Barão – escreveu”, conta Thereza.
A história começa com a chegada dos Alencar, vindos de Portugal, ainda no século XVII, e vai até o Barão de Exú, Gualter Martiniano de Alencar Araripe, nas fazendas Araripe e Caiçara. Com o “caos de dor” trazido pela epidemia de cólera no Crato, vizinho a Exu, entre 1862 e 1864, o Barão fez uma promessa a São João, para que a doença não se alastrasse por seu povo. Com a graça alcançada, o fazendeiro iniciou a construção da igreja, inaugurada na véspera do Dia de São João em 1868.
Em seu testamento, deixou expresso que seus descendentes cuidassem da igreja.
Os 155 anos do Araripe também se entrelaçam com a vida de outro conhecido morador de Exu: Luiz Gonzaga. A bisavó do Rei do Baião se abrigou na Fazenda Caiçara, também do Barão, durante a peste de cólera. Foi na igreja que os pais de Gonzagão, Januário e Santana, se casaram. Gonzaga eternizou os 100 anos da igreja na canção “Meu Araripe”. Foi Thereza, a autora do livro, quem escreveu, inclusive, a apresentação do disco “São João do Araripe”, em 1968.
“Meu sonho é que a história dessa igreja seja disseminada por todos. Pelos devotos, pela nossa família, por Exu, por Pernambuco, pelo Brasil. É uma história simples e verdadeira e não pode ser esquecida. É um santuário de fé, patrimônio histórico e cultural do povo de Exu. Não é só um prédio bonito. Sua argamassa é feita de amor e fé”, conclui a autora.
Dividido em 12 capítulos, “Igreja de São João Batista do Araripe, Exu-PE – Sesquicentenário (1868/2018)” faz um passeio detalhados sobre esses 150 anos, misturando a história dos Alencar, dos Gonzaga, do município de Exu e do povoado do Araripe. Sua última parte, intitulada “Memorial Idílico do Araripe”, conta com depoimentos de 33 personalidades da região ou que têm uma relação de carinho com o lugar. Entre eles, o jornalista Francisco José e Dominique Dreyfus, biógrafa francesa de Luiz Gonzaga.
O livro tem prefácio escrito pelo advogado Dario Peixoto, filho de Thereza, e orelha da capa escrita pelo ator e humorista piauiense João Claudio Moreno. A contracapa tem autoria do marido da autora, Francisco Givaldo Peixoto de Carvalho, também escritor. E a orelha da contracapa, com perfil biográfico da autora, foi escrito pelo poeta e escritor cearense José Peixoto Júnior.
ZÉ PRAXEDES: A Igreja tem entre os devotos fiés um grupo de amáveis pessoas que, de tão assíduas, de tão abnegadas, tornaram-se conhecidas e queridas. José Praxedes dos Santos, seu Zé Praxedes e a Banda de Pífanos são bons exemplos.
Zé Praxedes nasceu no dia 5 de janeiro 1932 e agora tem 90 anos.
Ano passado, auge da pandemia Covid-19, numa conversa com José Praxedes dos Santos, este é o nome de batismo, ele não conseguiu responder a pergunta se Exu já tinha vivido um momento assim, de isolamento social: Seu “Zé Praxedes chorou.
Zé Praxedes possui nestes 90 anos de vida, uma caminhada marcada pelo vínculo com a família de Luiz Gonzaga. Vaqueiro. Durante décadas trabalhou prestando serviços a “Seu Januário”, pai de Luiz Gonzaga. Praxedes é citado como sendo um “exímio dançador de forró e homem justo”, no livro da professora Thereza Oldam Alencar, “Igreja de São João Batista do Araripe-Exu, Pernambuco-Sesquicentenário (1868-2018).
“Seu Praxedes é um dos Patrimônios Vivos da Cultura Gonzagueana. Seu universo é Exu, o Parque Asa Branca, o Araripe de São João Batista, o Sítio Ubatuba e Monte Belo, a Fazenda Caiçara, a Igreja de São João Batista, o Parque Aza Branca…”Seu Praxedes ” está presente em todos os momentos. É amor explícito, sem palavras. Sua presença tem voz. Cada pedaço desse mundo é Exu, os mistérios encantados da Chapada do Araripe”.
Redação redeGN Texto e Fotos Ney Vital
terça-feira, 20 de junho de 2023
VAI TER REISADO NO CÉU
Grande perda para cultura popular com o falecimento de Luiz Gonzaga de Lima, o conhecido mestre Gonzaga de Garanhuns, um dos ícones do reisado no nosso Estado.
Com uma trajetória toda dedicada à cultura popular, Mestre Gonzaga escolheu dois elementos da cultura popular, para se dedicar: o reisado e a literatura de cordel. Foi através do reisado que conseguiu maior reconhecimento, tendo em vista a sua marcante atuação para a difusão e formação desta arte que ele aprendeu a gostar, desde adolescente no sítio de seu avô, Valdivino Lopes, onde conheceu a brincadeira, através de uma apresentação bem peculiar do Reisado de Mestre José Lopes, no ano de 1954.
Do Sítio, Gonzaga levou a manifestação para a cidade, que ainda não tinha grupos urbanos, e ele começou a introduzir seu talento ao ritmo e aos poucos foi se firmando, como uma das maiores referências na arte do reisado em todo o Estado.
Sob a sua influência e dedicação, o reisado conseguiu se expandir pela cidade. Fundou oito grupos de reisados, participando atualmente de cinco, na cidade de Garanhuns, dois deles formados por idosos, um por adolescentes e outro infantil.
Obstinado pela transmissão do saber, desenvolveu uma série de trabalhos nas escolas, num exitoso processo de educação patrimonial, para garantir às novas gerações o acesso à cultura popular.
Na tentativa de perpetuar sua obra na memória coletiva de seus conterrâneos e visitantes, investiu firme na criação de um Espaço Cultural Gonzaga de Garanhuns, onde se ensina a folia de reis e também aglutina uma exposição permanente de seus mais de 350 cordéis.
Como ser humano, foi contemplado de um espírito nobre, fazendo o tipo de converter suas experiências em acontecimentos, construindo, porque ama. Um verdadeiro exemplo de alegria, calma, tranquilidade e liberdade.
Cinco anos após realizar seu sonho de entrar pro seleto grupo de Patrimônio Vivo de Pernambuco, e construir um grande legado na arte de Reisado e Poesia Popular, recebeu, aos 79 anos, o convite irrecusável de morar no mundo espiritual, deixando um mar de saudades para seus parentes, amigos e apreciadores de sua arte popular.
Por todo seu legado de serviços prestados ao patrimônio cultural do Estado, o CEPPC expressa suas sinceras condolências aos familiares, amigos e à comunidade de detentores do Reisado de Pernambuco que sofreu uma baixa irreparável de um dos seus maiores valores no ofício deste bem imaterial.
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