quinta-feira, 31 de março de 2011

                                                       Foto de Ferrugem


                                                     MESTRE  FERRUGEM

Mestre Ferrugem  gravou no Fábrica Estúdios no Recife  seu segundo CD solo.  Um álbum em comemoração aos seus 40 anos de música, completados em 2010. O disco, que tem o incentivo do Funcultura, terá composições do Mestre e de compositores contemporâneos de Pernambuco como Sergio Cassiano, que também assina a direção e produção musical; Cláudio Rabeca; Juliano Holanda; Publius e Geraldo Maia, além de um clássico de Rosil Cavalcanti, pernambucano de Macaparana. O disco é uma realização da Sambada Comunicação e Cultura. O CD, que leva o nome do Mestre, não será um álbum tradicional de coco, como o anterior. Vem com samba, xote, pegadas de umbanda, violão, cavaquinho... um disco de música brasileira. O lançamento está previsto para depois do Carnaval. Trajetória – Wilson Bispo dos Santos ou Ferrugem, como é conhecido no meio artístico, tem 59 anos. Iniciou-se na música há mais de 40 anos, observando os mestres e mestras de coco animar as rodas dos bairros de Amaro Branco e Monte, em Olinda, cidade onde nasceu. Aprendeu a compor, cantar e tocar pandeiro e, aos 17 anos, iniciou a vida profissional na música, paralela à profissão de marceneiro. Ferrugem cantou em bandas que animavam bailes nas periferias de Olinda e Recife, sempre mantendo uma forte ligação com o ritmo coco, arte que herdou de seu pai, também coquista. Depois de um tempo sem se apresentar – devido a um problema de saúde que o deixou com dificuldades de locomoção até hoje – Ferrugem, a partir de 2002, voltou a fazer shows em várias cidades de Pernambuco. Em 2004, participou da gravação do CD Coco do Amaro Branco, uma coletânea com mestres do bairro olindense, considerado uma das bases do coco pernambucano e, em 2007, lançou o CD solo Mestre Quando Canta, Discípulo Tem que Respeitar, com 12 faixas. O Mestre também é um dos protagonistas do longa-metragem (35 mm) O Coco, a Roda, o Pneu e o Farol (PE, 2007), de Mariana Brennand, que conta a história do bairro de Amaro Branco e seus moradores. Ferrugem já participou de alguns festivais importantes como Tangolomango Festival da Diversidade (RJ); Festival de Inverno de Garanhuns (PE); TEIA Brasil 2010 – Tambores Digitais (CE), Cena Musical.BR (PE), entre outros.

terça-feira, 29 de março de 2011

                                           



                     O CANGACEIRO E O  PRESIDENTE




 O Cangaceiro Antonio Silvino, após a sua prisão, proeza de Theophanes Ferraz no final de novembro de 1914 na cidade de Taquaritinga, PE, foi transferido para a Casa de Detenção do Recife  , após julgamentos pelos crimes praticados, o judiciário aplicou-lhe uma pena total de 39 anos e quatro meses de reclusão.
Após cumprir mais de 23 anos de prisão, o velho cangaceiro, incentivado por amigos do cárcere, dirigiu uma "Carta", ao Presidente Getúlio Vargas solicitando o " Indulto ", haja vista que, no seu entendimento, já era demasiado o tempo de recolhimento á prisão, pois, achava que já tinha pago pelos seus crimes.
Em 04 de Fevereiro de 1937, Silvino recebera a grande notícia: O Presidente havia lhe concedido o Indulto, a que tanto almejava.
No dia 17 de Fevereiro de 1937, o juiz titular da Primeira Vara de Recife, expediu o " Alvará de Soltura " em favor do grande bandoleiro. Pagara pelos seus crimes um total de 23 anos, 02 meses e 18 dias de detenção, na velha cadeia. Ao sair da solitária, Silvino estava velho. Os cabelos brancos envelhecidos pelo tempo. Morrera ali, o "governador do sertão " . O ex-cangaceiro voltara a ser um homem, como qualquer outro. Com pouco tempo, percebera que estava sem emprego, sem dinheiro e sem um pedaço de terra para que pudesse retirar seu sustento. Orientado por familiares e amigos, ainda no primeiro semestre de 1938, se dirigiu ao Rio de Janeiro, a fim de conseguir uma audiência com o Presidente Getúlio, a quem solicitaria um emprego. Silvino conseguira um cargo comissionado, e passou a trabalhar na construção da estrada Rio - Salvador. Algum tempo depois, ao ser entrevistado por um repórter do jornal " A Noite " , sobre o trágico fim de Lampião , Silvino disparou : "Não me causou admiração, porque a vida é incerta, mas a morte é certa. Logo,Lampião tinha que desaparecer mais hoje ou mais amanhã. Acredito que os homens tinham sido pegados dormindo, mas fico espantado, de ver como caíram tão facilmente na ratoeira, porque Lampião era prevenido de verdade" .
Um repórter indagou-lhe, mais incisivo: - Estará resolvido, Silvino, o problema da extinção do banditismo?
Ao que respondeu, o velho cangaceiro :" - Isto não acaba assim. O rifle não conserta nada. Morreu Lampião. Outros 'Lampiões' aparecerão ! E o mundo por aqui continuará girando, até que a Justiça bata as portas do sertão ! É de Justiça que o sertão precisa" . O velho Antonio Silvino terminou os seus últimos dias, na casa da prima Teodulina, na cidade de Campina Grande/PB, ( Vide foto), tendo falecido na manhã do dia 28 de julho de 1944, em consequência de glomérulo nefrite crônica - Uremia - conforme atestado firmado pelo Dr. Bezerra de Carvalho, deixando oito filhos naturais.O velho Antonio Silvino terminou os seus últimos dias, na casa da prima Teodulina, na cidade de Campina Grande/PB, ( Vide foto), tendo falecido na manhã do dia 28 de julho de 1944, em consequência de glomérulo nefrite crônica - Uremia - conforme atestado firmado pelo Dr. Bezerra de Carvalho, deixando oito filhos naturais.EstEstá enterrado no cemitério Monte Santo, na cidade de Campina Grande, PB. Passados dois anos e meio do seu falecimento, nenhum familiar apareceu para a retirada dos ossos de Antônio Silvino. Sem alternativa, os coveiros enterram os restos mortais em um outro lugar do cemitério. Hoje, não se sabe mais aondeá enterrado no cemitério Monte Santo, na cidade de Campina Grande, PB. Passados dois anos e meio do seu falecimento, nenhum familiar apareceu para a retirada dos ossos de Antônio Silvino. Sem alternativa, os coveiros enterram os restos mortais em um outro lugar do cemitério. Hoje, não se sabe mais aonde.

 

segunda-feira, 28 de março de 2011

                                                   


                                   BANDA DE PIFE DE ARCOVERDE

BANDA DE PIFANO, BANDA DE PIFE,CARAPEBA, TERNO DE ZABUMBA, ZABUMBA, TERNO DE PÍFANO, TABOCAL CABAÇAL, BANDA CABAÇAL, ESQUENTA MULHER, MUSGA DE MATO PIPIRIU,CALUMBI, BANDA DE COURO E VÁRIOS OUTROS NOMES AINDA SÃO ASSOCIADOS A ESSA FORMAÇÃO MUSICAL, UMA DAS MAIS POPULARES DO NORDESTE, UM POUCO EM GOIÁS E MINAS GERAIS, E POR MUITO TEMPO O PRINCIPAL CONJUNTO MUSICAL DO INTERIOR DO NORDESTE, CONJUNTOS ESSES QUE FAZIAM A MÚSICA SAGRADA: MISSAS, NOVENAS, TREZENAS, CASAMENTOS E PROCISSÕES ALÉM DE MÚSICA PROFANA: FESTAS E BAILES. PORÉM COM O ADVENTO DA CULTURA DE MASSA FORAM AOS POUCOS SENDO SUBSTITUIDOS POR OUTRAS MÚSICAS QUE CUMPREM ESSA FUNÇÃO, MAS AINDA HOJE EXECUTAM MÚSICA RELIGIOSA E PROFANA PORÉM COMO MENOS IMPORTÂNCIA SOCIAL. A BANDA DE PIFE ARCOVERDE VEM SURGINDO NO CENÁRIO DA MÚSICA TRADICIONAL DE ARCOVERDE COM PARTICIPAÇÃO DE MESTRES TOCADORES DE VIRTUOSE CONHECIMENTO DAS ARTES TRADICIONAIS. OS SEUS INTEGRANTES VEM DE UMA BAGAGEM DE OUTRAS BANDAS DE PÍFANO DA HISTÓRIA MUSICAL E CULTURAL DE ARCOVERDE, BANDA DE PIFE SANTA LUZIA E A BANDA DE ZABÉ DA LOCA, ALÉM DAS NOVENAS QUE ACOMPANHAM NOS LUGAREJOS NOS AREDORES DE ARCOVERDE HÁ MAIS DE 20 ANOS. A FORMAÇÃO INTRUMENTAL É: 02 PIFE, ZABUMBA ,CAIXA E PRATO. DIANTE DESSE CENÁRIO CERCADO DE CULTURAS TRADICIONAIS SURGE A IDÉIA DE PRODUZIR O 1º CD COM NOVENAS, ALVORADAS, E BAIÃO, XOTE E XAXADO ASSIM CONTRIBUINDO PARA CULTURA DE ARCOVERDE SERTÃO DE PERNAMBUCO.

sábado, 26 de março de 2011

                              UMA CANÇÃO QUE VIROU CONCERTO

A Orquestra Sinfônica Jovem do Conservatório Pernambucano de música (CPM) e o Quinteto Violado apresentarão o espetáculo “Uma Canção Que Virou Concerto”, baseado na obra do músico Geraldo Vandré. Seguindo a premissa de que o retrato musical do país é caminhar interagindo linguagens, o Quinteto Violado e a Orquestra Sinfônica Jovem do CPM mesclarão os ritmos popular e erudito, acompanhados dos arranjos de Nilson Lopes e Dadá Medeiros.
Já as canções de Geraldo Vandré, que sempre estiveram nas ruas e nos palanques, terão uma leitura inédita, sendo executadas em um novo ambiente. As palavras de ordem que davam o tom da resistência à ditadura no protestos nas ruas dos anos 60, agora mostram que o Brasil que viveu os anos de chumbo sobreviveu e que a memória de tudo que ocorreu naquele tempo jamais será esquecida.
A orquestra Sinfônica Jovem – CPM tem como regente o maestro José Renato Accioly e possui 70 instrumentistas, mas neste concerto tocarão apenas 48. A orquestra existe há sete anos e em maio começará os concertos do Circuito Sinfônico por Recife e cidades do interior do Estado. No mês de Novembro, fará uma pequena turnê pelos estados da Paraíba, Maceió, Natal e Fortaleza.

quarta-feira, 23 de março de 2011

                                         Cavalo Marinho Estrela de Ouro
                   
CLAÚDIO DA RABECA DO CAVALO MARINHO ESTRELA DE OURO



Potiguar radicado em Recife, cresceu vivenciando de perto os costumes musicais da tradição sertaneja do Rio Grande do Norte, como o forró Pé-de-Serra, e encontrou na cultura pernambucana a essência para desenvolver seus trabalhos musicais e artísticos. Músico profissional desde 1999, canta e toca instrumentos de cordas como Rabeca, Viola de 10 cordas, Violão e Guitarra. Em 2009 gravou seu primeiro CD solo, disco intitulado "Luz do Baião", com canções autorais que evidenciam o instrumento que adotou em seu sobrenome artístico. O disco foi Lançado em Maio de 2010, posteriormente, Cláudio participou ativamente do São João do Recife e em Julho fez show no 20º Festival de Inverno de Garanhuns. Com arranjos de Bozó 7 cordas e uma banda composta com grandes músicos do Recife, "Luz do Baião" contem 09 composições de Cláudio Rabeca, juntamente com parceiros de Recife, uma regravação da música "Rei Bantu" de Luiz Gonzaga e Zé Dantas e ainda uma música do Mestre de Coco Zé de Teté e outra de Nilton Jr. e Tiné. Neste disco a Rabeca conversa com a Sanfona, o violão de 7 cordas, o Clarinete e a Flauta Transversal, além de servir de base para a voz.
Desde 2002, é batuqueiro do Maracatu Nação Estrela Brilhante do Recife e desde 2004 é rabequeiro do Cavalo Marinho Estrela de Ouro do Mestre Biu Alexandre da cidade de Condado (PE).
Cantor, compositor e rabequeiro do grupo Quarteto Olinda desde 2005, Cláudio Rabeca é uma artista que vem se destacando no cenário da música pernambucana. O Quarteto Olinda teve seu CD lançado em 2009, desde então a banda tem tocado por todo o brasil, com shows principalmente no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Goiânia e Belo Horizonte. A banda foi selecionada para a Feira Música Brasil 2010 e o projeto Caixa Cultural 2011.
Desenvolve trabalhos com grupos de dança e da cultura popular, compõe trilhas sonoras e participou da gravação de DVD's e CD's em parceria com artistas nacionais e internacionais. Participou da Montagem e criação da trilha do Espetáculo de Dança "DE BARRO E PALHA", com Direção da Bailarina Maria Acselrad, apartir do Prêmio Klaus Vianna 2009. em 2010, juntamente com o músico Publius Lentulus, compos a trilha do espetáculo "Travessia" do Grupo Grial de Dança.
Em 2005, Cláudio Rabeca participou como finalista do "2º Prêmio Syngenta de música instrumental de Viola", festival de alcance nacional, onde defendeu a música "Cobra de Resguardo" de sua autoria no Teatro Alfa em São Paulo.
Toda a riqueza histórica e sonora da Rabeca fez com que Cláudio se aproximasse deste instrumento ímpar, trazendo à tona sua ligação com a terra, com o rústico e a alma do povo nordestino. Assim, o artista assume a necessidade de preservar culturalmente a Rabeca e propõe ampliar suas possibilidades de uso

segunda-feira, 21 de março de 2011


ORAÇÃO DE  FECHAMENTO DE CORPO DE CANGACEIRO

Justo juiz de Nazaré, filho da Virgem Maria,
  Que em Belém foste nascido entre as idolatrias
                                                Eu vos peço, Senhor, pelo vosso sexto dia
                                                E pelo amor de meu padrinho Ciço
                                               Que o meu corpo não seja preso, nem ferido, nem morto
                                               Nem nas mãos da justiça envolto
                                               Pax tecum. Pax tecum. Pax Tecum.
                                              Cristo assim disse aos seus discípulos
                                              Se os meus inimigos vierem para me prender
                                              Terão olhos, não verão
                                              Terão ouvidos, mas não ouvirão
                                              Terão bocas, não me falarão
                                              Com as armas de São Jorge serei armado
                                              Com a espada de Abraão serei coberto
                                              Com o leite da Virgem Maria serei borrifado
                                              Na arca de Noé serei arrecadado
                                             Com as chaves de São Pedro serei fechado
                                             Onde não me posam ver nem ferir, nem matar
                                             Nem sangue do meu corpo tirar
                                             Também vos peço, Senhor,
                                             Por aqueles três cálices bentos
                                             Por aqueles três padres revestidos
                                             Por aquelas três óstias consagradas
                                            Que consagrastes ao terceiro dia
                                            Desde as portas de Belém até Jerusalém
                                            E pelo meu Santo Juazeiro
                                           Que com prazer e alegria
                                            Eu seja também guardado de noite como de dia
                                            Assim como andou Jesus no ventre da Virgem Maria
                                            Deus adiante, paz na guia
                                            Deus me dê a companhia que sempre deu a Virgem Maria
                                            Desde a casa santa de Belém até Jerusalém.
                                            Deus é meu pai, Deus é meu pai,
                                            Nossa Senhora das Dores minha mãe
                                           Com as armas de São Jorge serei armado
                                           Com a espada de São Tiago serei guardado para sempre


                                                                                             Amém


Esta é  uma reza conhecida como “oração para fechamento de corpo”, recitada em alguns centros umbandistas. Sua origem, no entanto, remonta aos tempos do cangaço, onde era comum a crença de que aquele que soubesse alguma oração de corpo-fechado e tomasse seus cuidados, estaria protegido contra a peste e as balas mortais dos inimigos. Lampião e seus cangaceiros recitavam esta oração diariamente. O líder do cangaço acreditava que a força da fé era suficiente para protegê-los dos perigos naturais do Sertão, assim como contra o aço, a lâmina afiada de facas, punhais e espadas, além das bruxarias e mordidas de animais peçonhentos. Reza a lenda que sua crença era tamanha que costumava afiançar a seus cangaceiros: "nenhum fio de cabelo cairá de minha cabeça, se esta não for a vontade de Deus".
 Outro guerreiro, séculos antes, tornou-se símbolo da proteção divina: São Jorge, que corresponde, na mitologia, ao Orixá dos exércitos e dos guerreiros. Reza a lenda que Jorge era um guerreiro da Capadócia (Turquia), que com suas armas teria salvo uma princesa das garras de um dragão. Como Lampião, Jorge da Capadócia foi condenado à morte. Lampião, por sua rebeldia aos coronéis do sertão. Jorge, por ter renegado os deuses do império.
Embora não seja considerado santo pela Igreja católica, São Jorge é um santo do povo. Sua oração também é recitada por devotos como um pedido de proteção divina contra os males visíveis e invisíveis. Lampião incluiu em sua oração de fechamento de corpo não só vários elementos da oração a São Jorge, como principalmente a imensa religiosidade que recobre o povo sertanejo.
Lampião supostamente ganhou a patente de capitão em 1926 do "governo federal", quando foi convocado pelo Padre Cícero para combater a Coluna Prestes, que cortava o Brasil pregando a justiça social. Lampião era perspicaz. Ficou com os 100 contos de réis que o governo lhe deu, mas jamais combateu a Coluna. Lampião respeitava quem seria mais tarde comunista, Luís Carlos Prestes, porque este falava em dar terra aos pobres. Já o revolucionário Prestes respeitava o cangaceiro Lampião porque o enxergava como um futuro comandante guerrilheiro.
O fim da história a gente já conhece: Prestes acabou preso, e Lampião, decapitado. As orações ficaram e ficarão, como símbolo de fé e respeito pelo divino.

domingo, 20 de março de 2011

                                                      

                                      ZÉ DANTAS, O POETA MATUTO


               Luiz Gonzaga dizia que receber a visita dele no Rio de Janeiro,era ter a unipresença do distante sertão nordestino,ele era  o  matuto autêntico,com ele o sertão entrava pela minha porta,tinha cheiro daquela gente,tinha cheiro de  bode." Assim  descrevia o rei do baião os encontros que teve nas terras do sudeste com   José de Sousa Dantas Filho(Zé Dantas), compositor e poeta, que nasceu em  27/02/1921 na pequena  Carnaíba PE,cidade encravada no sertão do Pajéu.
Em 1938 ensaiava suas primeiras composições e escrevia crônicas sobre folclore para a Revista Formação, do Colégio Americano Batista, do Recife PE.
Cerca de nove anos depois conheceu Luiz Gonzaga, de quem se tornou parceiro.
Em 1949 formou-se em medicina no Recife e no ano seguinte foi para o Rio de Janeiro, especializar-se em obstetrícia. Ainda em 1950, Luís Gonzaga gravou suas composições, em parceria, Vem, morena, A dança da moda, o xote Cintura fina e o seridó Forró do Mané Vito, grande sucesso, na Victor, enquanto os Quatro Ases e Um Curinga lançavam o coco Derramaro o gai, na Odeon. Um ano depois, Luís Gonzaga gravou da dupla o baião Sabiá.
Em 1953 participou com o parceiro e com Paulo Roberto do programa No Mundo do Baião, na Rádio Nacional, do Rio de Janeiro. Outro destaque dos dois, O xote das meninas, foi gravado em 1953, na Victor, por Ivon Curi, cantor que lançaria ainda, com grande sucesso, Farinhada, desta vez sem parceria.
De 1955 data o rojão Forró de Caruaru, interpretado por Jackson do Pandeiro, em disco Copacabana. Diretor folclórico da Rádio Mayrink Veiga, do Rio de Janeiro, teve várias de suas composições com Luís Gonzaga regravadas por este em 1958.Longe da terrinha do pajéu das flores, Zé Dantas faleceu durante as águas de março da Guanabara no distante ano de 1962,no dia  3,na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.

                                           BANDA DE PIFANO (CALUMBI)

Quatro homens solitários, caminham pelas ruas de Senhor do Bonfim, tocando seus instrumentos. Dois na percussão: um na caixa e outro na zabumba. Os dois outros, tocam pifes feitos de tabocas tiradas da serra. No São João, é onde ouvimos a melódica e cadenciada música, tocadas por eles. São homens do campo, que trazem em seus rostos, a pureza e a dureza da labuta, no sertão de sol causticante. Felizes, seguem a passos suaves e lentos, por todo o centro e bairros da cidade, alegrando velhos e crianças, ricos e pobres. Avante quarteto! Como é bom tocar um instrumento. Viva o Nordeste!
 
                                                                Netto Casanova/Salvador-Bahia.

sábado, 19 de março de 2011


COMEÇOU A SER GRAVADO DOCUMENTÁRIO SOBRE O REISADO DE SASSARÉ
Três documentários sobre cultura popular da região do Cariri produzidos pelo projeto “No Terreiro dos Brincantes” que é uma iniciativa da Universidade Regional do Cariri - URCA, através da Pró-Reitoria de Extensão – PROEX e o Instituto Ecológico e Cultural Martins Filho – IEC e que tem a parceria do Coletivo Camaradas já estão disponibilizados no “You Tube” para serem assistidos na Internet ou gravados.
De acordo com o coordenador do Projeto “No Terreiro dos Brincantes”, o professor Alexandre Lucas essa iniciativa da Universidade contribuir para democratizar a pesquisa e a informação sobre os grupos da “cultura do povo”. Ele destaca que os documentários são importantes instrumentos pedagógicos que pode ser utilizado em sala de aula e enfatiza que qualquer pessoa pode ter acesso. Lucas incentiva ainda que esses documentários sejam copiados e reproduzidos sem prévia autorização. “Esse material pertence a memória social do nosso povo e por isso o seu acesso deve ser ilimitado”, conclui o coordenador.
A intenção é produzir 10 documentários, até o momento foram produzidos quatro: As Mulheres do Coco da Batateira, Mestra Zulene Galdino, Reisado Dedé de Luna e Mestre Cirilo. O quinto documentário será sobre o Reisado de Máscaras do Sassaré de Potengi/CE e deverá ficar pronto em abril deste ano.

sexta-feira, 18 de março de 2011


MESTRE GALO PRETO

No domingo de carnaval do ano da graça de 2010,ele soltou os bichos no coco de embolar no polo multicultural Bomba,aqui na nossa provincia.Mas,providencial foi mesmo a performace de palco,desse preto velho que não deixou pedra sobre pedra,naquela tarde azul. Refiro-me ao Olindesnse Mestre Galo Preto, ou simplesmente Galo de Ouro, como ficou conhecido nas décadas de 50 e 60, é um grande repentista de coco, reconhecido por larga atividade cultural em todo país. Descendente de uma família rural, aos 10 anos (1947), foi vender batatas na feira, e com muita irreverência e inteligência fazia improvisos na hora, chamando a atenção de um ilustre comprador, que da janela de sua casa admirava os pregões: o escritor Ascenso Ferreira, que ao identificar tal talento indicou-lhe a um programa de rádio muito famoso da época, assim abrindo-lhe as portas do reconhecimento nacional. A partir daí ficou famoso e tocou com Jackson do Pandeiro (seu sanfoneiro na época), Cauby Peixoto, Preto Limão (seu famoso irmão), Arlindo dos Oito Baixos, Luiz Gonzaga dentre inúmeros outros artistas de renome do país.Hoje ele é história viva e guarda em si parte da história do coco no Brasil.
                                                                

                               O ADEUS DE CHIQUINHA GONZAGA 

A sanfoneira Chiquinha Gonzaga levou três surras de sua mãe, dona Santana. As três de cinto e pelo mesmo motivo: a teima em tocar o fole de oito baixos do irmão mais velho. Ela partiu para o encontro com Gonzagão e a  trupe de Januário. Chiquinha faleceu na madrugada desta terça-feira(15) aos 85 anos,no Hospital Moacir do Carmo, em Duque de Caxias ,no estado do Rio de Janeiro,com problemas respiratórios e infecção urinária. A  briga da caçula de Januário era com o  próprio corpo,ela vinha sofrendo de complicações decorrente do mal de Alzheimer ha nove meses.O sepultamento de Chiquinha Gonzaga será às 16:00h  no mausoléu da familia,no cemitério Tanque de Anil, no Rio de Janeiro. Ela tinha muitos projetos,entre eles gravar um documentário sobre sua vida e, um terceiro disco de sua instável carreira. Não se deve subestimar nunca a força de uma sertaneja. Além de enfrentar a mãe e o machismo da sociedade nordestina, Chiquinha sempre carregou o peso de ser irmã do cabra mais respeitado de suas bandas, não só o rei de seu instrumento, mas o inventor do baião: Luiz Gonzaga (1912-1989). Dos nove filhos de dona Santana e seu Januário,restava Chiquinha e Muniz,(mãe de Joquinha Gonzaga),que faleceu a 22 dias atrás.  Ela  sabia da  responsabilidade  por ser a única representante dos Gonzaga, e por manter vivos o forró e o baião." O que eles tocam por aí não tem nada a ver com forró: é música sem tradição, feita para mulher tirar a roupa.” Chiquinha não dava  nome aos bois, mas ela se referia claramente à banda Calypso e a grupos similares, que fazem imenso sucesso misturando ritmos nordestinos com música pop. “Eles vendem o peixe dizendo que é forró, mas não é, não”, diz, encerrando o assunto. Ela só conseguiu tocar sanfona quando Luiz Gonzaga, já famoso e liderando as paradas de sucesso de Rio e São Paulo, resolveu levar toda a família de Exu para o Rio de Janeiro. Se viajar do sertão pernambucano para qualquer cidade do sul do Brasil ainda hoje é uma aventura, imagine no começo da década de 1950. O percurso da família consumiu 18 dias.Luiz Gonzaga,Generoso,disposto a arrumar trabalho para a família inteira, Gonzagão criou o grupo Os Sete Gonzagas, formado por ele, o pai e mais cinco irmãos, incluindo, mesmo sob os protestos de dona Santana, a jovem Chiquinha Gonzaga. Ela seguiu os passos do pai, mestre da sanfona de oito baixos, e adotou imediatamente o instrumento. Fizera o certo, já que Januário, sentindo o peso da cidade grande, decidiu voltar com parte da família para Exu. “O grupo fez sucesso por dois meses. Meu irmão tinha feito a parte dele, ajudado, mas depois cada um tinha de fazer o tinha de fazer o seu futuro”, conta Chiquinha. E o de Chiquinha foi ao altar. Casada, futura mãe de três filhos, ela deixou a vida artística para virar dona de casa. Tocar sanfona, apenas para o divertimento dos filhos – um deles, Sérgio, hoje acompanha a mãe em seus shows. Só nos anos 70 a sanfoneira voltou a viver de música. O pai de Oswaldinho do Acordeon, afilhado de Chiquinha, havia aberto uma casa de forró no bairro do Brás, em São Paulo, e fez questão de convidar a comadre para animar os bailes. Na época, o próprio Luiz Gonzaga enfrentava um período de baixa popularidade (todos os artistas de rádio acabaram sendo “vitimados” pelo advento da bossa nova e, depois, da jovem guarda) e acabara de ser resgatado pelos tropicalistas Caetano Veloso e Gilberto Gil – Caetano regravou Asa Branca  e Gil, 17 Légua e Meia. Com o baião de volta às paradas, a casa de forró do pai de Oswaldinho vivia lotada, e Chiquinha por um bom tempo alimentou os três filhos com seu fole de oito baixos. Pronde tu vai? Acostumada aos altos e baixos da carreira, Chiquinha foi levando a vida. Já havia aposentado a sanfona quando recebeu o convite para gravar um depoimento no filme Viva São João, de Andrucha Waddington, lançado em 2001. Durante as filmagens acabou fazendo amizade com um velho fã de Gonzagão, aquele mesmo que anos antes contribuíra para o ídolo voltar ao trono de Rei do Baião. Gilberto Gil insistiu para que Chiquinha gravasse seu primeiro disco. O compositor baiano não só produziu o álbum Pronde Tu Vai, Luiz?, gravado em 2002, como participou de duas faixas. “Gil me ajudou muito, muito mesmo. Ele gostava mesmo de meu irmão, de verdade”, lembra, emocionada. Apadrinhada pelo tropicalista, conseguiu agendar alguns shows pelo país. Quando a sanfoneira completou 80 anos, em 2005, seu filho Sérgio conseguiu que ela gravasse o segundo disco, Chiquinha Gonzaga 8 e 80, uma brincadeira com o número de baixos de sua sanfona (instrumento raramente utilizado pelos sanfoneiros de hoje) e sua idade. “Quando você acha que ela vai desistir, aposentar de vez, ela se anima e volta para a estrada como se fosse uma menina”, diz Sérgio. Chiquinha Chiquinha não vê a hora de sarar das feridas causadas pelo atropelamento – ela ainda sente dores nas costas e nos braços – para voltar à estrada. Em julho do ano passado, participou da homenagem a Luiz Gonzaga organizada pela Secretaria da Cultura de São Paulo. Chiquinha, representando o Rei do Baião, recebeu a Ordem do Ipiranga, a mais alta honraria do governo.

segunda-feira, 14 de março de 2011



PASSARINHO: EX  CANGACEIRO DE LAMPIÃO

                       
Marcos de Lima (Passarinho) nasceu em Santa Cruz da Baixa Verde, outrora distrito de Triunfo-PE, em 22 de setembro de 1903. Começou cedo no cangaço com idade de 16 anos em 1919, ainda no comando do cangaceiro Sinhô Pereira (Lampião ainda não havia formado o seu bando).
Posteriormente, Sinhô Pereira confia entregar o comando a Lampião e vai embora para Goiás onde seus familiares tinham propriedades, isso mais ou menos por volta de 1921. Logo em seguida, são formados novos grupos de cangaceiros para dar sustentação ao grupo de Lampião.
Passarinho entra num desses grupos comandado por Cícero Costa, ou Ciço Costa (um Paraibano) que agia na região de Conceição de Piancó PB. Eles e Ciço Costa participaram do bando de Lampião em várias ocasiões. Esse seu chefe imediato era um grande conhecedor de farmácia natural, o médico do bando.
Muitas pessoas acham que Passarinho conviveu diretamente com Lampião. Não, ele teve vários encontros com o rei do cangaço, inclusive participando de alguns ataques como na propriedade de José Trajano, localizada no município de Conceição PB, com o seu chefe tomando-lhe rifle e dinheiro em 06 de Julho de 1921.
Existiram dois Passarinhos no cangaço, por isso que algumas publicações citam: Passarinho l e Passarinho 2, (era costume quando algum morria ou era preso, se colocar o nome de outro que estava chegando e com semelhança ao mesmo, batizar de fulano l e fulano 2, e este Passarinho é claro e evidente foi o nº l.
Nessa vida tirana, Passarinho viveu 3 anos e 7 meses no cangaço, até quando foi preso em 24 de dezembro de 1923. Foi recolhido a cadeia de *Princesa e sendo condenado pelo júri local a 29 anos e 9 meses de prisão.
Fora preso e condenado por haver assassinado naquele ano, mais precisamente no dia 17 de dezembro do corrente ano, num local chamado Caracol do município de Conceição do Piancó PB, Raimundo Nogueira a quem roubara-lhe sua roupa e algum dinheiro. Seis dias após o acontecido, o irmão de Raimundo surpreende Passarinho nas adjacências da povoação de Patos, município de Princesa.
Passarinho estava justamente com as roupas do seu irmão Raimundo, este saca de uma arma e atinge Passarinho. O seu companheiro Juriti, num vacilo de Raimundo, por trás dá-lhe uma pancada na cabeça e termina o ato dando-lhe várias facadas. Passarinho, ferido, entra na povoação gritando: - Acabam de matar um homem e me feriram também, (pra ver se enganava os soldados). Banhado de sangue dos ferimentos, recebe voz de prisão, não por obediência a lei, pois era valente, mas pelos disparos recebido.
Recebendo ameaças de morte é transferido para João Pessoa onde cumpriu 7 anos e 9 meses de prisão. Vem pra Campina Grande, depois Pocinhos (é quando conhece sua futura esposa dona Petronilha, mais conhecida por dona Pitu.
Casa-se em Campina Grande e vem morar em Areial, pois dona Pitu tinha familiares residindo aqui. Não teve filhos, mas criou um filho adotivo (Arinaldo) do qual ganhou três netos (uma mulher e dois homens ).
Em Areial, viveu por mais de sessenta anos. Faleceu no dia 15 de agosto de l998, aos 95 anos, e seus restos mortais estão no cemitério local. Sua esposa dona Petronilha Maria de Araújo, nasceu no dia 23 de setembro de 1917 e faleceu em 19 de Agosto de 2004 em Areial, aos 86 anos e onze meses, e seu sepultamento também foi no cemitério local.

Por Eudes Donato

domingo, 13 de março de 2011


ELETROCACTUS E O CALANGO ELETRÔNICO

   Esta é a  mais  Manguebeat das Manguebeat bandas do Ceará,fazendo o que os malungos pernambucanos fizeram na década passada com o saudosos Chico Science e Fred 04 com fusões de guitarras distorcidas com elementos dos ritmos do folguedo popular. Assumindo compromisso com o resgate da música da terra dos verdes mares,com instrumentos tradicionais do bom e velho rock holl a trupe reproduz sons caracteristico da música  regional no convés de um velho navio.
Em meio à polifonia oriunda da mescla entre a música regional e a universal, a banda Eletrocactus elegeu o maracatu cearense como estandarte de sua proposta sonora. Ritmo de batidas fortes e arrastadas, o maracatu cearense diferencia-se dos tipos de maracatu encontrados em outros estados nordestinos e em Portugal por expressar a tristeza dos escravos, servindo como canal de efusão dos sentimentos de um povo, ao invés de figurar como entretenimento ou fuga de uma dor.
  Para a banda Eletrocactus, bradar o maracatu aos quatro-cantos é fazer girar as engrenagens do processo de conscientização da juventude local sobre a verdadeira música cearense, conduzir os jovens às suas origens e incentivá-los a cantar com sua própria voz. Música cearense, sentimento cearense... O maracatu está para o Ceará, assim como está o frevo para Pernambuco, ou o jazz para New Orleans. O maracatu cearense é a meta-música local: ao cantar o Ceará, fala de si mesma.
 Existe uma música verdadeiramente cearense? Este é o questionamento latente em cada acorde entoado pelos músicos da banda Eletrocactus, cujas canções trilham caminhos em busca de uma música cearense que dialogue amistosamente com as mais díspares tendências da música regional, brasileira e mundial.

William Veras de Queiroz -Fevereiro 2011 D.C- Santo Antonio do Salgueiro-PE.

quinta-feira, 10 de março de 2011

domingo, 6 de março de 2011


Boizinho

       O Sábado de Carnaval de Salgueiro,foi de Zé Pereira.Que contou com participação de um cortejo cultural pelo corredor da folia. O cortejo que teve a presença da Orquestra de Frevo Imperial ,batuqueiros do Maracatú Nação Salgueirense e o boizinho,estes últimos ligados aos programas sociais da juventude no  municipio. O cortejo deve ter continuidade nos dias de Momo da provincia,que tem o louvavel  intuíto de resgatar e preservar os folguedos populares tão ausentes das folias dos nossos dias no sertão.
                                                    Batuqueiros do Maracatú Nação Salgueirense

sábado, 5 de março de 2011


Milhares  de  raios
Do sol de fevereiro
A lua vai no céu azul
E o frevo na poeira de prata
Milhares de olhares
Brilhando nas ladeiras
Taí um carnaval que eu vou
E ainda posso acreditar
Que todo mundo é um rei
Hoje é o dia de graça
Queria ver o nosso amor
Sorrindo da tristeza que passa
Minha corôa de rei
Meu coração de pirata
Olinda,Rio,Salvador
Cadê você 
nessa poeira de prata...

sexta-feira, 4 de março de 2011


                   
        A IRREVERÊNCIA ESTÁ NO AR


           O desfile das  Virgens de Salgueiro, que acontece a mais de  vinte anos,trás nesta sexta-feira, a grata certeza que o carnaval começou.Vestidas de Carmem Miranda,Ana Maria Braga e outras personalidades do mundo feminino,elas invadirão as ruas da nossa provincia,com muita alegria e irreverência. Este ano  o concurso,terá sete categorias: Melhor fantasia,fantasia luxuosa, original,malamanhada,melhor grupo,melhor conquistador e sapeca. Os primeiros colocados de cada categorias receberam faixas decorativas e troféus.
Exclusivo para homens fantasiados de mulher, os foliões abusam da criatividade. De acordo com o presidente do bloco, Claudionor Cavalcante, para entrar na diversão, os homens se vestem com trajes característicos tirados do guarda-roupa feminino de várias gerações,  na busca de se transformarem na mais ‘bela virgem‘ da cidade. “A diversidade de customização das virgens é um destaque do desfile. Há os que preferem apenas colocar uma peruca, já outros realmente investem na produção com fantasias inusitadas e maquiagem impecável”, disse.

quinta-feira, 3 de março de 2011


Synara Veras,a bela flabelista do Bloco da Saudade

 

Quem me vê sempre parado,
Distante Garante que eu não sei sambar...
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar



Eu tô só vendo, sabendo,
Sentindo, escutando e não posso falar...
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar

Há quanto tempo desejo seu beijo
Molhado de maracujá...
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar


E quem me ofende, humilhando, pisando,
Pensando que eu vou aturar...
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar


E quem me vê apanhando da vida,
Duvida que eu vá revidar...
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar


Eu vejo a barra do dia surgindo,
Pedindo pra gente cantar...
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar


Eu tenho tanta alegria, adiada,
Abafada, quem dera gritar...
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar...
   QUANDO O CARNAVAL CHEGAR
                              Chico Buarque de Holanda