quarta-feira, 3 de outubro de 2012

                                                                    Foto de Elomar — http://www.flickr.com/photos/laphotografia/47242291/sizes/l/
                                                                     


A PÁTRIA VÉIA DO  SERTÃO DE ELOMAR


 Nos primeiros dias de setembro,Elomar Figueira Mello,lançou no Teatro Escola Lírica Mineira,na Fazenda Casa dos Carneiros,em Vitória da Conquista,onde possui duas pequenas fazendas,cria cabras e carneiros e compõe.No concerto,pré-anuncia o último disco que encerra a fase de canções. Elomar se dedica ultimamente à criação de recitais,concertos e ópera.Ensaiando o Riachão do Gado Brabo reúne canções inéditas de Elomar,como Naquela favela e Samba do jurema - no estilo clássico dos sambas -,além de obras que integram a trilha sonora de suas peças teatrais e outras que foram gravadas ainda na década de 1970,mas que chegaram a ser lançadas,como o robot e a mulher imaginária.Ensaiando o Riachão do  Gado Brabo além do titulo do concerto é o nome de uma composição de Elomar. Nesta apresentação,o músico divide o palco com o maestro,violonista e compositor João Omar de Carvalho Mello,seu filho.No palco em que a companha o pai,ele também apresenta parte de seu recém-lançado disco solo João Omar interpreta  Elomar: peças para violão solo. Baiano nascido na Fazenda Boa Vista,em Vitória da Conquista,Zona da Mata,Elomar cresceu nas fazendas  dos avós no Sertão,que só deixou quando foi estudar ma capital e para onde regressou logo depois de formado em arquitetura.É nesse universo ancestral que vai buscar as bases para seu extenso trabalho. Na sua peculiar e bela união entre o regional e erudito,Elomar já compôs antifonas,óperas,galopes estradeiros,concertos de violão,piano e saxofone. Debruçado sobre o imaginário e a realidade do homem sertanejo, a obra de Elomar retoma temas religiosos e medievais,retratando o homem sertanejo dentro da paisagem sócio-histórica que  marca essa gente,embalado por um olhar romântico. Elomar está recluso em sua fazenda há a tempos.Pelo pricipio que defende que a obra é mais importante do que o artista,embora não pare de produzir,o cantador  optou por se afastar dos grandes centros e se dedica apenas  ao seu trabalho e à vida junto à natureza e do universo que tanto ama: A Pátria véia de Sertão.

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