quinta-feira, 31 de janeiro de 2013


Cordel nas Escolas!

FOLHETOS DE CORDEL CONTRIBUEM PARA A MELHORIA DO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

Nos últimos anos, uma ampla quantidade de autores tem voltado seu olhar para a temática da utilização de múltiplas linguagens como suporte didático nos processos de ensino e de aprendizagem. Dito de outra forma, o uso de novos recursos e suportes didáticos, que subsidiam estratégias de ensino inovadoras e diferenciadas. A literatura de cordel é um veículo que permite as pessoas participar da vida do país, como debater a realidade, expressar suas necessidades e aspirações. Retratando tradições, costumes, lendas e acontecimentos; e, trazendo consigo todo um conjunto de manifestações artísticas e culturais.
Especialistas apontam que motivos não faltam para persuadir os professores, das várias disciplinas, a abordar os folhetos de cordel em sala de aula. Em primeiro lugar, por serem escritos em versos compostos segundo um padrão que favorece a realização de leituras em voz alta; segundo, por apresentarem as histórias e as notícias interpretadas de acordo com os valores compartilhados por seu público-alvo. “Também por retratarem a vida de personalidades, os feitos de cangaceiros, as espertezas de heróis e apresentarem adaptações de narrativas eruditas da literatura nacional e estrangeira, como Iracema, de José de Alencar, Romeu e Julieta, de Shakespeare. Não podemos nos esquecer, ainda, de que os folhetos possibilitam a promoção de debates, de dramatizações, de produção e análise de xilogravuras”, acrescentou Maria Sidalina Gouveia, supervisora Pedagógica de Língua Portuguesa do Instituto Qualidade no Ensino (IQE).
Segundo ela, os folhetos de cordel demonstram, com clareza, que os limites entre escrita e oralidade, entre letrados e iletrados, estão muito além da possibilidade de decifração de um código gráfico. “Parte do público tradicional dos folhetos é capaz de reconhecer as palavras escritas em romances eruditos, como os de Machado de Assis, porém essa habilidade não é suficiente para que apreciem o texto, ou seja, para que possam compreendê-lo em sua essência, mas a adaptação da mesma obra para o cordel é perfeitamente compreendida e estimada por esse e pelos demais públicos”, frisou.
Sidalina lembra ainda que é útil investir em uma abordagem comparativa entre os folhetos de diferentes autores e épocas e entre folhetos e outras obras literárias, sobretudo as que foram adaptadas para o cordel. “O intuito desse trabalho não é o de formar poetas, mas leitores, portanto, se a escola contribuir com essa formação, certamente estará cumprindo seu papel. Abrir a sala de aula para a literatura de cordel é uma importante conquista; há que se pensar de que modo efetivá-la tendo em vista a formação de leitores”, analisou a supervisora do IQE. Considerar essa literatura apenas ferramenta que pode contribuir para a assimilação de conteúdos das várias disciplinas escolares não possibilita, de acordo com a especialista, a construção de uma significativa experiência de leitura do gênero textual cordel. Fonte: 180 graus




Os 100 anos de Luiz Gonzaga ganha exposição itinerante no showroom da Copergás,no bairro da Imbiribeira,zona sul da capital pernambucana.São 15 esculturas em barro,madeira e cobre,além de pinturas e fotografias do Rei do Baião assinadas por artistas do Alto do Moura,de Caruaru.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013





CANGACEIRO  JURITI


Manoel Pereira de Azevedo,esse era o nome de pia do cangaceiro Juriti,baiano  do povoado Salgado do Melão, Macururé,município situado no nordeste semi-árido do estado da Bahia, sertão do Raso da Catarina. Manoel chegou ainda muito jovem  no bando de Lampião,com o nome de guerra Juriti,porém o Rei do Cangaço,de imediato,batizou com alcunha de Maçarico,mas o recém chegado cangaceiro rejeita o novo nome por considerá-lo afeminado e impõe a sua vontade de permanecer sendo chamado de Juriti. O capitão Virgulino Ferreira, que sempre admirou homens de personalidade e temperamento fortes,não colocou obstáculo ao pleito do seu novo comandado e a partir daquele momento passaria para o esquecimento o nome  Manoel Pereira de Azevedo para surgir com todo fulgor,o destemido cangaceiro Juriti.
Um jovem louro,magro,gestos elegantes,cabelos lisos e comprido,de boas maneiras,gentil,apesar de perverso e genioso.Foi meteórica a fama que Juriti angariou pelos sertões.A fama de ser um cangaceiro que deixava as mocinhas sertanejas loucas de paixão e a de ser perverso ao extremo. As atrocidades do cangaceiro baiano não foram poucas e ficou  nos corações e mentes do povo do grande sertão.Juriti carregava em seu sentimento e sua alma um extremado pendor para brutais violência;cangaceiro de atitudes monstruosas sentia especial prazer em torturar e matar com requintes animalescos as infelizes vítimas que caiam em suas mãos,como aconteceu com João Machado Feitosa,o rapaz de Poço Redondo que ele após torturá-lo impiedosamente,o assassinou com uma punhalada em seu pescoço. Numa fatídica tarde de domingo na Fazenda Picos, o cangaceiro de Salgado do Melão raptou Maria, filha do vaqueiro Manoel Jerônimo e Aurea,irmã de Delfina da Fazenda Pedra d'água e levou consigo para ser sua companheira nas andanças pelo mundo do cangaço.A menina de Mané de Aurea  deixou seu lar ,seus pais e se jogou no mundo. Os seus sonhos e a sua ilusão era passar a viver nos braços do tão falado e comentado cabra de Lampião. Juriti e Maria sobreviveram ao massacre da gruta do Angico,em 28 de julho de 1938,em terras do estado de Sergipe.Mas a aventura do casal não sobreviveu a morte do rei do cangaço,com a  desintegração dos grupos,Juriti seguiu o caminho de muitos outros,após mandar sua Maria para a proteção do pai e a ajuda do amigo Rosalvo Marinho que a levaram para Jeremoabo,onde ela foi bem recebida e bem tratada pelo Capitão Aníbal Ferreira que deixando o pai surpreso e feliz liberou a sua filha para que com ela retornasse a sua casa e para o aconchego de sua família. Ainda mais,solicitou a ajuda de Maria,do pai e de Rosalvo Marinho para que ambos fizesse com que Juriti e seus companheiro viessem a se entregar. 
Juriti e Borboleta são convencidos pelo velho amigo da fazenda Pedra d'água e também seguem para Jeremoabo para se entregarem ao Capitão Aníbal. Recebem o mesmo tratamento que Maria recebeu.São liberados.Borboleta caiu na lapa do mundo e nunca mais se teve notícias dele.Talvez não esquecendo sua Maria,Juriti se demoram alguns dias  em Canindé Velho de baixo,porém no início de 1939 viaja para  Salvador a capital baiana. Na capital consegue trabalho digno como vigia de uma fábrica. Em 1941 é despedido do serviço e volta para o interior de Sergipe. É seu grande desejo visitar os amigos da Fazenda Pedra d'água,obter noticias de sua antiga companheira e voltar as raízes em Salgado do Melão. Chegou ao último porto do Baixo São Francisco em uma quarta-feira e seguiu para a fazenda de Rosalvo Marinho,onde dormiu.
O seu algoz Sargento Deluz foi avisado da presença do ex cangaceiro na casa do seu cunhado Rosalvo. O sentimento impiedoso do militar não perdoava ex cangaceiros. Juriti teria que pagar todos os atos de violência que praticou na vida do cangaço,e ele seria o juiz que iria condená-lo a morte.
Na manhã de quinta-feira,Juriti conversava com o amigo Rosalvo.Quando foram surpreendidos por Deluz e seus comandados com ordem de prisão a Juriti.O ex cangaceiro ainda sobre a mira das armas dos comandados de Deluz, desafia o militar o acusando de covarde.O militar mesmo sabendo que o ex cangaceiro já tinha em mãos ,a carta de soltura doada pelo capitão Aníbal Vicente Ferreira,comandante geral das forças de combate ao banditismo no nordeste,foi amarrado a uma corda e transportado  para Canindé. Ao chegar em uma comunidade chamada Roça da Velhinha,próximo a fazenda Cuiabá,o sargento,friamente,ordena que se faça uma fogueira e quando o fogo atinge altas chamas Juriti é jogado sem clemência no fogo. Em poucos minutos o cangaceiro de Salgado do Melão foi consumido pelo fogo da violência em que foi algoz e vítima pelo mundo do sertão nordestino.





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 CAVALO MARINHO BOI MATUTO



O  Cavalo Marinho Boi Matuto foi criado em em 1968,por Manoel Salustiano Soares,Mestre Salu,que esteve durante toda a sua vida envolvido com diversas tradições. Recebeu o título honoris causa pela Universidade Federal de Pernambuco. Com seu trabalho musical,percorreu todo o Brasil e diversos países e gravou 4 cds. Fundou com sua família a Casa da Rabeca do Brasil,na Cidade Tabajara,em Olinda,um espaço de apresentações,encontro e oficinas.Era artesão e aprendeu a fazer e tocar rabeca com seu pai,João Salustiano. Foi um dos maiores dançadores de Cavalo Marinho,sua grande paixão.Falecido em 2008,deixou como seu maior legado sua grande família.Composta de talentosos artistas,todos formados por ele nas diversas especificidades de várias tradições,é ela quem dá continuidade a seu trabalho. Pedro Salustiano é quem hoje,junto com sua família,conduz o Cavalo Marinho Boi Matuto. 
 Festival de Cavalo Marinho reúne cores, dança, teatro e música. (Foto: Ana Lira/Divulgação)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013




 MARACATU NAÇÃO ALMIRANTE DO FORTE

Considerado um dos grupos mais sui generis de Pernambuco,o Maracatu Nação Almirante do Forte foi fundado no dia 7 de setembro de 1931,no bairro do Bongi,região sudoeste da capital pernambucana.O grupo surgiu de uma dissidência do Maracatu  de baque solto Cruzeiro do Forte.Fundado pelos familiares de Sr. Teté,como um maracatu de baque solto.Deste modo,além de desfilar com caboclos de lança em seu cortejo,eles utilizam também instrumentos como gonguê,tarol,mineiro,surdo,cuíca e bombo,instrumentos utilizados no maracatu de baque solto. O maracatu Almirante do Forte se transformou em maracatu de baque virado,ou maracatu nação na década de 1960,junto de outros maracatus de orquestra que também mudaram para nação.O Almirante do Forte quando foi fundado cantava ponto de macumba em suas loas e os integrantes acharam por bem que o baque virado tinha mais identidade com os pontos que o baque solto. Esta nação possui um forte carisma,reconhecido por parte dos maracatuzeiros e pessoas interessadas nas culturas populares de pernambuco,por conta de sua tradição e peculiaridades.O Maracatu Nação Almirante do Forte é composto principalmente por pessoas da comunidade do bairro do Bongi,familiares do Sr .Teté(netos,responsáveis pela confecção de instrumentos) ,pessoas de comunidades vizinhas e pessoas de classe média que resolveram colaborar para o fortalecimento do grupo,no trabalho que este desenvolve a partir de seu ponto de cultura O Almirante do Forte,no concurso carnavalesco, tem transitado entre o 1º e 2 º  grupo.

 O maracatu tem fortes ligação com a jurema,sendo D.Menininha,entidade representada  por uma das calungas(bonecas do grupo),a dona e zeladora espiritual da nação. Ela comanda a nação,determina as obrigações,guia espiritual de muitos que fazem o maracatu Almirante do Forte.

 
O maracatu desfila hoje com mais de setenta alfaias(instrumento musical da família dos membranofones,onde o som é obtido através de membrana ou pele),a nação tem aos poucos atraído a atenção de estrangeiros,que já desfilam com a nação em alguns carnavais. O Almirante do Forte tem recebido muitos jovens interessados nos maracatus,não apenas para tocarem  bombos(alfaia),mas para atuarem socialmente de outros modos. Afinal ,O Almirante do Forte desde 2009 é ponto de cultura,recebendo auxilio financeiro do governo federal no intuito de realizar projetos de inclusão social atrelados ao maracatu. Com a verba a sede foi reformada e hoje abriga várias oficinas voltadas para a comunidade, e há um grupo de jovens  que ajuda Sr. Teté na administração do maracatu.
Sede e Ponto de Cultura Maracatu Almirante do Forte-Bongi


domingo, 27 de janeiro de 2013

Avatar Maestro Ademir Araújo






                             MAESTRO  ADEMIR ARAÚJO


Nasceu no aristocrático bairro do Derby,no Recife,pelas mãos do professor José Gonçalves de Lima iniciou-se na música em meados da década de cinquenta.Estudou teoria e solfejo com o professor Otávio Prazeres,e harmonia com os professores Horácio Vilela e Severino Rivoredo no Conservatório Pernambucano de Música.Fez o curso de contra-ponto e fuga com Jaime Diniz .Participou também do curso de música folclórica com o Maestro Guerra Peixe. 
Aos 19 anos compôs o frevo " No ano  2000" que foi inscrito no Concurso de  Frevo na capital pernambucana,onde coube ao Compositor e Musicólogo Valdemar de Oliveira,que  participou da comissão  julgadora,o seguinte comentário: Há ,em No Ano  2000,achados preciosos. O autor se coloca no ângulo de onde ninguém ainda observou  o nosso frevo de rua. Deu-lhe roupagem nova, alçou-o a um nível ainda não atingido...(1964) ".
 Ademir Araújo
Desde então  o Maestro Ademir Araújo deu inicio a pesquisa sobre aspectos de nosso povo,cultura e arte.Tornando-se um artífice em  expressar musicalmente sua compreensão,adquirida,sobre nós mesmos(pernambucanos). Em 1965,1967 e 1968 foi vencedor dos concursos de carnaval promovidos pela Prefeitura Municipal do Recife na categoria maracatu; mas foi também na década de 60,com o frevo,que se fez um mestre. Seu diferencial surgiu através da sofisticação de composições como: Frevo na Tempestade (1966); Pra Frente Frevo(1968);Aí vem os palhaços(1972),E o Frevo Continua...(1977) criaram a imagem de ícone do frevo.Assim deu inicio a respeitada trajetória musical. Durante a década de 70 foi diretor da Banda Municipal do Recife,venceu o Festival de Frevo dos Diários Associados com o frevo de rua "Alô Recife"; foi um dos idealizadores do Projeto Espiral,base para criação do Centro de Criatividade Musical.Compôs " A Grande Abertura do Diário de Pernambuco ",para a Orquestra Sinfônica,Banda Sinfônica e Coro, executada em primeira audição,nas comemorações dos 150 anos de Diário de Pernambuco.
Colaborou com diversas agremiações carnavalesca pernambucanas,que atuam no carnaval de rua,a exemplo de : Coqueirinho de Beberibe,Papagaio Falador(dirigido pelo Mestre Dudu,autor do frevo Farol Apagado)
Em 1980,perticipou, com a Orquestra Popular e com o cantor Claudionor Germano,do lançamento da orquestra volante de frevos,Frevioca,criada pelo pesquisador Leonardo Dantas Silva. No inicio da década foi homenageadop pelo Maracatu Leão Coroado tornando-se sócio Benemérito da agremiação. Foi idealizador re Coordenador de "Curso Ambulante de Música" promovido em parceria com as agremiações carnavalescas de Pernambuco.Fundador da Banda Amigos da Cidade do Recife; E premiado pela Funarte pela participação com duas composições de sua autoria que visava relacionar " O Repertório de Ouro das Bandas de Música do Brasil ". No final da década excusionou com a Orquestra Popular do Recife pela Alemanha durante as comemorações dos 2000 anos da cidade de Bonn;participou ainda de eventos em Hanôuver,Berlim,Uma (Alemanha) e Bruxelas (Bélgica).
Recebe o título " Memória Viva do Recife "; Membro da Comissão Pernambucana de Folclore; fez parte da comitiva brasileira que participou da XVII Festival de La Cultura Caribeñ - Santiago de Cuba,recebeu menção honrosa pela participação no II Festival de Música de Laranjeiras,onde lecionou regência;Membro da Comissão Pernambucana de Folclore;Recebeu o título " Memória Viva do Recife "; Atuou no VIII Encontro Estadual de bandas( Aracaju ) como professor de prática instrumental/Regência no Estado de Sergipe;Coordenador do Curso de capacitação de Instrumentistas de Bandas,evento promovido pelo Governo do Estado juntamente com o Fundo de Amparo ao Trabalhador;Ministrou Curso de Habilitação
de Oficiais da  Policia Militar de Pernambuco;Participou como Capacitor do Projeto " Animação Cultural,Uma Proposta Pedagógica " - Recife - PE;Recebeu Diploma  do Amigo Emérito do Corpo de Bombeiros de Pernambuco.
Em 2001 reuniu condições para lançar seu primeiro CD Música Erudita Pernambucana. Do mesmo modo só em 2005 consegue reunir condições para lançar o primeiro CD da Orquestra Popular do Recife: Olha o Mateus. E foi selecionado para o Projeto Rumos - Itaú Cultural,participando da Coletânea em CD com as composições: Olha o Mateus e Frevo na Tempestade.
Com a música Olha o Mateus,de sua autoria,participa do CD Mauritsstadt Volume 02,em 2007;Também participou com a mesma composição na Coletânia Nordeste Atômico Vol. 1,idealizado pelo produtor japonês Makoto Kubota.Araújo em frente ao mural do artista Lula Cardoso Ayres no Cine São Luiz. Foto: Nando Chiapetta/ DP/ D.A.PressCD " E o Frevo Continua... " segundo trabalho da Orquestra Popular do Recife com repertório exclusivo de frevos-de-rua,em comemoração aos 100 anos do Frevo;Apresentou em agosto de 2007 a Aula-Espetáculo: O Frevo Continua... no Clube do Choro em Brasília;Atuou como arranjador no CD " Fome de Tudo" da Banda Nação Zumbi,do CD " Pedra de Fusão" da Banda Andaluza,do CD " Jornal da Palmeira " do instrumentista Ersto Vasconcelos;Responsável pela Gerência Musical da Plural Projetos,empresa especializada na atuação musical,no  Estado de Pernambuco,Diretor da federação de Bandas de Música de Estado de Pernambuco,Ministrou Curso para Arranjadores,no Festival de Laranjeiras,Sergipe. É Orientador na Oficina Instrumentos Musicais,dentro a Refinaria Cultural,no Sitio da Trindade,promovido pela Secretaria da Cidade do Recife desde 2006;
Atualmente é membro da Academia Pernambucana de música. Participou do lançamento do Carnaval Multicultural do Recife no Rio de janeiro,Brasília e São Paulo. E do  Festival de Jazz do Recife. Figura emblemática da música pernambucana, o Maestro Ademir Araújo foi homenagedo,juntamente com o artista plástico Abelardo da Hora e o radialiosta Hugo Martins no Carnaval do Recife de 2008.Neste mesmo ano, lançou o CD " O Mestre de Banda ". No dia 20 de dezembro de 2012,fez o lançamento do CD  "Os 12 Trabalhos " no Museu do Estado de Pernambuco,no Recife. O CD reflete a trajetória do maestro Ademir,que não só como compositor e regente,mas também como pesquisador,busca compreender a criação,o desenvolvimento e a evolução musical na relação com as culturas populares. O título do CD faz referência ao mito dos doze trabalhos de Hércules e à história,presente em nossa cultura  afro-brasileira,de  Xangô e seus dozes juízes,similar à narrativa grega. Estes mitos permeiam as composições do CD, que passeiam poe doze ritmos da cultura brasileira,com ênfase à pernambucana,como o coco,o frevo,o baião e o maracatu.
.Foto: O maestro Ademir Araújo, também conhecido como Maestro Formiga, faz show de lançamento do CD “Os 12 Trabalhos”, nesta quinta-feira (20/12), na área externa do Museu do Estado de Pernambuco (MEPE). O show é gratuito e tem início às 20h. 

“Os 12 Trabalhos”, que recebe incentivo do Funcultura, reflete a trajetória do  maestro Ademir, que não só como compositor e regente, mas também como pesquisador, busca compreender a criação, o desenvolvimento e a evolução musical na relação com as culturas populares. O título do CD faz referência ao mito dos doze trabalhos de Hércules e à história, presente em nossa cultura afro-brasileira, de Xangô e seus doze juízes, similar à narrativa grega. Estes mitos permeiam as composições do CD, que passeiam por doze ritmos da cultura brasileira, com ênfase à pernambucana, como o coco, o frevo, o baião e o maracatu. 

O Museu do Estado de Pernambuco fica na Av. Rui Barbosa, 960, Graças, Recife – PE.
Conheça também http://www.maestroademiraraujo.com/





sábado, 26 de janeiro de 2013

Ilustração por Hallina Beltrão




Sobre não ver os maracatus retardados... com seus estandartes no ar



Desta vez ninguém vai me procurar na “última chamada”. Não escutarei a sinfonia dos cintos que se desatam simultânea e ansiosamente no primeiro brecar do avião. E no lugar da minha bagagem, apenas o silêncio de uma esteira vazia, naquele vácuo entre os passageiros que já foram e os que estão chegando. E você, meu amor, vai plainar para cima e para baixo pelas ladeiras de Olinda, achando novas paixões e perdendo antigos amores de cinco minutos atrás ao som das furiosas orquestras de metais.

Sem ladeiras para escalar – sendo você a mais íngreme de todas elas – tentarei me resignar com a vida real. Dos prazos, catracas e sinais fechados. Uma rotina de pontuações firmes, sem reticências ou aquela palavra que parou de ser falada no meio do caminho porque teus beijos interromperam meu fluxo de pensamento. Mas sem você, sem fluxo. E sem me interromper de beijos, você me rompe.

Lá longe, experimentando pela primeira vez uma combinação barata de vodca com leite condensado, canela e guaraná em pó, tudo transpira em você. A língua. O doce. Vontade, sexo e purpurina vão escorregando no suor e na saliva. O frevo te embala e te aninha, mas você é tão dele quanto é de todo mundo. Braços abertos sobre os Quatro Cantos. A vida em estado de suspensão, sem tempo ou qualquer interesse de olhar para baixo.

Segurando tua mão – só para que depois você possa se soltar – eu podia te ensinar o Carnaval. Mas estou certa e intranquila que outros farão isso por mim. Muito rápido, você saberá cantar os mais populares refrãos, reconhecerá intuitivamente o valor que tem o Hino do Elefante, entenderá que toda fantasia é estado de espírito e perceberá que Aquecimento Global de verdade só mesmo ali em frente ao MAC de Olinda. E haja arte contemporânea.

Será uma percepção apreendida, o que é completamente diferente daquela herdada. Pessoas te apresentarão os pesos sem medidas do delírio, coisa que quem nasceu pernambucano já carrega no sangue.

Por isso mesmo, teu Carnaval será ainda melhor que o de todo o resto da multidão. Teus olhos cor-de-rosa, amarelo, azul, verde e vermelho vão enxergar tudo pela primeira vez e os amores que encontrasse, no fim, serão apenas um souvenir de viagem. E como eu gostaria de estar dentro de uma dessas embalagens.

Mas não, exilada, respiro o ar que se proíbe no nome: condicionado. Ninguém ao redor entende a angústia de não poder estar no meio da multidão e por mais que se tente explicar, fica muito difícil dimensionar essa ausência para quem processa tudo como um evento para ser visto e não vivido. O espetáculo de assentos marcados na tela da TV, ah vá.

Mas olha só, Carnaval não se degusta, se bebe mesmo. Do mesmo jeito que ele não se namora. Carnaval se ama. Até o último gole, até a última ponta.

A impaciência me consome. As fotos dos amigos que lá estão me corroem. E claro que eles fazem questão de documentar tudo, as fantasias, a maquiagem borrada, as prévias e os durantes (mas certamente nunca os depois). Entrar nas redes sociais se torna um exercício masoquista. Indócil, termino esquecendo de dar bom dia. As ruas fazem barulhos de ruas, nem de longe se escuta um frevo, um maracatu, um bloquinho lírico, um apito que seja. As ruas daqui são inocentes. Elas não sabem de nada.

Entre uma tarefa e outra nesse ar condicionado, subordinado e subjugado, te imagino. E de todas as formas que te dou, só uma é constante: teu sorriso. Aberto, lindo, mais que demais. Um sorriso Caetano, cantando calado aquele frevo axé.

Mas deixe estar. Ano que vem não perco, mentalizo novamente. E você, que já não será mais você, vai esbarrar comigo pela primeira vez. E terá olhos cor de caju maduro, embebido de vodca e açúcar. Vamos cair pelos cantos, colar a pele, fazer juras apaixonadas tendo o sol como testemunha e a lua como cúmplice. E claro, em algum momento, nos perderemos. E acharemos outros. Você, vocês.

É que se, de perto, o Carnaval é a exaltação da vida atravessada pela fantasia, de longe ele é sempre a possibilidade de fantasiar. Com você, meu amor, seja lá quem for. 

 Escrito por Carol Almeida.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Terezinha Lino


MESTRA TEREZA LINO

Ela teve os primeiros contatos com drama(pequenas encenações com diálogos cantados sobre motivos líricos ou cômicos,interpretadas geralmente por mulheres e crianças)ainda na escola primária,através de duas professoras contratadas para dar aulas na comunidade.Corria o ano de 1950 quando o primeiro drama foi encenado sob a coordenação das professoras.Desde então Tereza Lima dos Santos,que nasceu no dia 7 de junho de 1941,na cidade de Beberibe,mesorregião norte do estado do Ceará,vem participando de montagens,criando peças,acompanhando,evidentemente,as altas e baixas do movimento dramista em Beberibe.Em 1992,Tereza Lino passou a integrar um grupo de dramas de suas primas,Umbelina Vieira e Maria Alice Vieira,na localidade de Encruzilhada,município de Fortim. Aos poucos,foi percebendo a importância que o povo dava ao drama e ao trabalho de valorização que os órgãos ligados à cultura vinham fazendo em prol da arte popular de um modo geral. Continuou apresentando-se com outras dramistas  em sua comunidade. O reconhecimento ganhou nível estadual com a inclusão dos dramas do    grupo de Tereza Lino em eventos realizados em Beberibe,Aracati,Guaramiranga e Fortaleza. Entre os vários registros sobre o seu trabalho,destaque-se o realizado através do projeto Secult Intinerante,cujo texto foi publicado no livro " Memória dos Caminhos ",escrito por Oswald Barroso,em 2006.






segunda-feira, 21 de janeiro de 2013


Oficina ‘Editais para criadores e produtores negros’, no Nordeste

Maceió (AL) é a próxima cidade a ser alcançada pela primeira oficina da região

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Publicado em 21 de janeiro de 2013ImprimirAumentar fonte
A oficina “Editais para criadores e produtores negros” será ministrada no 22 de janeiro, em Maceió (AL), das 8, às 17h, no Auditório da Casa da Indústria, no bairro do Farol.
O objetivo da ação é fornecer informações e tirar dúvidas sobre os editais específicos neste eixo temático, lançados pelo MinC, através da Funarte, da Secretaria de Audiovisual (SAv) e da Fundação Biblioteca Nacional.
A Funarte lançou o edital Prêmio Funarte Arte Negra; já a SAv, publicou o edital Edital – Curta-Metragem – Curta-Afirmativo: Protagonismo da Juventude Negra na Produção Audiovisual, e a FBN o edital Edital de Apoio a Pesquisadores Negros. Os três estão com as inscrições abertas.
Na oficina, o edital “Prêmio Funarte Arte Negra” será apresentado por Naldinho Freire, representante da Funarte no Nordeste ,e os Editais da SAv e da FBN por Nilton Valença – Técnico da Representação Regional Nordeste MinC. Esta é a primeira oficina realizada no Nordeste. Os parceiros são: a Fundação Municipal de Ação Cultural de Maceió; a Secretaria de Turismo de Maceió; o Núcleo de Estudos Afrobrasileiros da Universidade de Alagoas – NEAB/UFAL; e a Secretaria de Estado de Cultura de Alagoas.
Para informações sobre os editais, clique abaixo
Oficina “Editais para criadores e produtores negros”
22 de janeiro de 2013, das 8, às 17h
Local: Av. Fernandes Lima, 385, Farol
Maceió, Alagoas
Mais informaçõesCel.: (82) 9905-5067

sábado, 19 de janeiro de 2013




                 SAMBA DE VÉIO, DA ILHA DO MASSANGANO

               " Nessa água que não pára ,de longas beiras" como diria Guimarães Rosa. O rio segue seu curso lento e caudaloso,abraça  a ilha e sua terceira margem, lava a copa das folhagens das ingazeiras em seu eterno mergulho,na ponta da proa a carranca emerge sorridente  sob a guia do exausto barqueiro que volta para o descanso dos justos com o cair da tarde. Quando a lua no céu  dá volta e meia, o batuque vai aonde o ouvir se espande, e a dança vai pela madrugada a dentro, celebrando a tradição de um povo que constrói sua história  em cada batida de pé.E assim a história  se repete na ilha do Massangano,banhada pelas águas do Rio São Francisco,  a 15 kms da cidade de Petrolina.Os relatos do folguedo está nos corações e mentes dos ilhéus como um patrimônio,herdado pelos ancestrais, e brotam em constante depoimentos. " Quando eu era criança, papai tomava conta do samba de véio .Meia-noite o pessoal saía de porta em porta,acordavam os moradores de surpresa e de manhã cedo comiam um bode assado.Quando o samba terminava,todo mundo ia raspar mandioca." Eis a primeira lembrança que a memória de Conceição consegue acolher,  em seus 45 anos de vida. Uma vida pacata e tranquila,que contrasta com o ritmo frenético da dança.Todo ritual inicia com a formação de uma roda,ao som dos cantos(com voz solo e em coro),palmas,pandeiros ,triângulos e,como principal instrumento de percurssão e um dos elementos de identidade,tamboretes feitos de couro de bode,que durante o dia têm a função primordial de servir de assento.Quem vai para o meio da roda sempre improvisa o sapateado,contagiando as pessoas ao redor. O bamboleio sereno do corpo,marcado por um pequeno movimento dos pés,da cabeça e dos braços,acompanha o ritmo da música. No centro da roda quando o movimento vai extenuando,entre dez e vinte segundo o brincante é substituído com uma curiosa umbigada. Na roda do samba não existe platéia e a próxima vitima da umbigada pode ser você. A única saída é cair no samba. Aqui, quando vai nascendo vai logo aprendendo a dançar.Eu entrei com dez anos porque,naquele tempo,nossos  pai não nos levava a lugar nenhum.Eles saiam e nos deixavam presos em casa. com dez anos, eu só saia porque era samba de véio. Se fosse um baile os pais não deixavam.Mais os meninos de hoje... Todos são sambistas". Afirma dona das Dores,que nasceu a 72 anos no porto da cruz,onde se brincava o Samba de véio. E assim os depoimentos se multiplicam na retórica de um povo que através da dança  e tradição descobriu onde móra a felicidade.

William Veras de Queiroz  2010 D.C  Santo Antonio do Salgueiro -PE.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013




ESTAÇÃO DE BARRINHA


A estação ferroviária de Barrinha,distrito de Jaguarari,município da região  norte
do estado da Bahia,é um patrimônio histórico que sofre com a ação impiedosa do tempo e com o descaso dos homens.A pequenina e bela estação que possui uma bonita e centenária estrutura de alvenaria e madeira trabalhada, encontra-se em completo estado de abandono,com estruturas  danificadas e exposta a ação de vândalos. A edificação foi inaugurada no dia 2 de junho de 1894,quando o Governo brasileiro,deu a concessão da linha férrea ao fazendeiro,militar e fidalgo cavaleiro da casa imperial Miguel Maria de Teive e Argolo,o Barão de Paramirim.No ano de 1911 a linha sofreu reforma e teve a bitola reduzida e passou a ser explorada   pela  Compagnie de Chemins de Fer Féderáux de I'Est Brésilien(CCFFEB),empresa de capital franco-belga que explorava as principais  linhas férreas do Estado da Bahia, e que foi encampada no ano de 1935,pelo então Presidente da república Getúlio Dorneles Vargas,criando a Viação Férrea Federal Leste Brasileiro.Em 1975,passou a ser incorporada pela  Rede Ferroviária Federal. No ano de 1996,passou pelo processo de privatização e a ser concessão da Ferrovia Centro-Atlântica,que opera nos nossos dias com tráfego de cargueiros.Na história desta bela estação,consta que em maio de 1934,conforme matéria deste blog(1 de setembro de 2010),foi  base de operação para o translado do corpo de Hortêncio Gomes da Silva,o cangaceiro Arvoredo,que foi assassinado na Serra da Conceição ,próximo a comunidade de Barrinha. O corpo do cangaceiro foi transportado até a estação da  sede do município(Jaguarari) a bordo de um auto de linha(troller) ,e de lá para o cemitério  daquela cidade,onde está sepultado.






quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

                


         DONA SI,REPENTISTA E CANTADEIRA POPULAR  DA TERRA INDÍGENA KIRIRI


Dona Sinforosa,ou, simplismente e carinhosamente Dona Si.É cantadeira popular,repentista lá da Aldeia Lagoa Grande e faz parte do povo Kiriri Canta Galo,localizada no norte do estado da Bahia,município de Banzaê.
Cine PE





                                                   CINE  PE  2013


Brasil,país do futebol e do cinema : este será o tema do Cine PE 2013,de 26 de abril a 2 de maio. O evento contará com mostras paralelas sobre o esporte - priorizando os países que estarão na Copa das Confederações,mesas redondas e jogo beneficiente no dia 1º de maio,reunindo artistas de cinema e TV e ex -jogadores da Seleção Brasileira. O lançamento do Festival será no dia 10 de abril. Alfredo Bertini ainda define se vai rolar no Rio(como ocorreu em 2011) ou em SP,como foi ano passado.


   Lampião lendo o livro "História de Cristo"


 Histórico registro  fotográfico do Sírio Libanês Benjamim Abrahão Botto,onde Virgulino Ferreira da Silva,Lampião,num  momento de fé e concentração,faz  leitura do livro " A  vida de Cristo do escritor Italiano Giovanni Papini. Lampião ganhou o livro no dia 27 de Novembro de 1929,na cidade de Capela,no estado de Sergipe das mãos do comerciante Jakson Alves de Carvalho,com dedicatória e tudo mais.






quarta-feira, 16 de janeiro de 2013







                                                 VIOLA CAIPIRA



Instrumento encontrado por todo Brasil central,especialmente na região do norte de Minas Gerais,interior de São Paulo,Paraná  ,Goiás e arredores  do Distrito Federal,além do Nordeste brasileiro. Em cada região ganha alguma especificidade.  
É comumente vista também tanto como instrumento solista como acompanhando cantores e duplas sertanejas.
Configura-se em peça fundamental no conjunto orquestral que compõe as festas e formas de expressão ligadas às manifestações do catolicismo popular,como as folias-de-reis, ocorrendo também nas brincadeiras de roda,danças tradicionais e momentos de divertimento de grupos tanto na cidade como nas comunidades rurais do país.


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

domingo, 13 de janeiro de 2013






Ulisses Pereira Chaves

Ulisses Pereira Chaves é o ceramista homem mais conhecido do Vale do Jequitinhonha, MG, uma região onde a arte da cerâmica, em sua grande maioria, surge a partir de mãos femininas, como as de Izabel Mendes da CunhaZezinha,Irene Gomes e Noemisa. Ele nasceu em 1924 na localidade de Córrego Santo Antonio, município de Caraí. Ulisses foi um dos primeiros homens a se dedicar à arte da cerâmica no Vale do Jequitinhonha. Ele herdou essa tradição da mãe, Domingas Pereira do Santos, que era filha, neta e bisneta de paneleiras (no Vale do Jequitinhonha as paneleiras são mulheres que se dedicam à cerâmica utilitária). Em seu trabalho Ulisses manteve as mesmas técnicas de modelagem e pintura aprendidas com a mãe. Ele produziu ao longo de sua vida uma obra baseada na cerâmica escultórica antropozoomorfa de grande dimensão. Ulisses faleceu em 2006 aos 84 anos.
A obra de Ulisses foi descrita como expressionista, surrealista, mística, onírica, sobrenatural; dentre outras. Independente da classificação ela é única, original e colocou o nome de Ulisses entre os mais importantes escultores brasileiros do século XX. Suas peças eram confeccionadas com um barro rosa puro e os engobes nas cores vermelho e branco eram usados nos detalhes e grafismos da escultura. Ulisses era analfabeto e assinava suas peças grafando apenas UP. Na maioria delas misturava formas de gente com bichos: Figuras com várias cabeças, estranhos rostos e coisas do gênero, minotauros, lobisomens, pássaros com pés humanos, algumas chegando a medir 1 metro de altura. Os olhos, nas figuras de Ulisses, em forma de grãos de café são únicos entre as peças produzidas no Vale do Jequitinhonha. Segundo a professora e ceramista Lalada Dalglish, estes olhos, que já eram usados na cerâmica mesoamericana pré-colombiana, lembram também esculturas africanas, que é a origem direta da obra de Ulisses.
Os trabalhos de Ulisses integraram várias exposições no Brasil e no exterior, dentre elas a exposição “Brésil, Arts Populaires” (Grand Palais, Paris, 1987) e a Exposição Comemorativa aos 500 anos do Descobrimento do Brasil (São Paulo, 2000). Eles ainda podem ser encontrados em importantes museus e coleções particulares. No Rio de Janeiro, RJ no Museu Casa do Pontal e no Museu do Folclore Edison Carneiro. Em João Pessaa,PB no Centro Cultural de São Francisco.





VÉIO  DO SAMBA DA QUIXABEIRA



Ele nunca deixou o roçado da comunidade de Lagoa da Camisa,pelas terras de "Sun Palo"ou para engolir fumaça no Polo de Camaçari. Francisco (Véio ),sabe que ainda estão rolando os dados,e que seu sonho de ser Pop Star da música popular,ainda não acabou. Véio é um dos vocalistas do Samba da Quixabeira,grupo cultural de Lagoa da Camisa,distrito de Feira de Santana,no interior da Bahia, ele espera pacientemente pelo  dia em que a burrinha da felicidade baterá na sua porta. Enquanto isso não acontece ,cultiva a terra árida,e transforma o sonho da semente em grãos de feijão e milho. Vive numa humilde casa da comunidade com sua prole,tendo em sua volta uma familia e vive na paz. Como tantos da vizinhança,não teve oportunidade de estudar,mas,se contenta com o " talento que Deus lhe deu para cantar".Desde muito cedo  Véio lida no campo com agricultura e com os animais,sua  vida foi toda dedicada as atividades rurais.É nos finais de semana,nas "batas"de Feijão e Milho e nos sambas  de São Cosme,que Francisco vira artista  no samba de roda,nas chulas,nos martelos e outros ritmos executados pelo grupo da Quixabeira. Véio é hiperativo,fala pelos cotovelos,diz que "já apareceu nas televisões do mundo todo",cantou nos palcos de Feira de Santana ,Salvador,cantou com Carlinhos Brown,entrou em estúdio,gravou disco e Cd e perdeu a conta de quantas cidades já se apresentou  com a Quixabeira. Acredita que já era para ter outra condição econômica,mas, apesar de ainda esperançoso e consciente,sabe que amanhã pode acontecer tudo ,inclusive nada. E assim segue a vida cantando para afastar a tristeza que não frequenta a comunidade da Lagoa da Camisa.

William Veras de Queiroz - 2010 D.C - Santo Antonio do Salgueiro-PE.

sábado, 12 de janeiro de 2013


JANEIRO DE GRANDES ESPETÁCULOS

Programação das apresentações em Caruaru
Parceria com o SESC Pernambuco
Teatro Rui Limeira Rosal (SESC Caruaru - Av. Rui Limeira Rosal, s/n, Petrópolis. Tel. 3721.3967)

Bambolenat
Compañía Sombras de Arena – Buenos Aires/Argentina
Dia 10 de janeiro (quinta), às 20h.
Duração: 1h | Indicação: a partir dos 6 anos.
Ingresso: R$ 20,00 e R$ 10,00.
Idioma: não verbal.

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O Desejado – Rei D. Sebastião

Centro de Criatividade Póvoa de Lanhoso e Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco (Apacepe) – Póvoa de Lanhoso / Portugal e Recife / PE / Brasil.
Dias 11 e 12 de janeiro (sexta e sábado), às 20h.
Duração: 1h20 | Indicação: a partir dos 12 anos.
Ingresso: R$ 20,00 e R$ 10,00.

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Canastrões

Gracindo JR Produções – Rio de Janeiro/RJ
Dia 13 de janeiro (domingo), às 20h.
Duração: 1h20 | Indicação: a partir dos 12 anos.
Ingresso: R$ 40,00 e R$ 20,00.

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Re-Sintos

Muovere Cia. de Dança – Porto Alegre/RS
Dia 18 de janeiro (sexta), às 20h.
Duração: 50min | Indicação: a partir dos 12 anos.
Ingresso: R$ 20,00 e R$ 10,00.

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Um Inimigo do Povo

Grupo de Teatro Cena Aberta do SESC Caruaru – Caruaru/PE
Dia 19 de janeiro (sábado), às 20h.
Duração: 2h30 | Indicação: a partir dos 14 anos.
Ingresso: R$ 20,00 e R$ 10,00.

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Visão

Cia. Olhares de Dança – Caruaru/PE
Dia 20 de janeiro (domingo), às 20h.
Duração: 45min | Indicação: livre.
Ingresso: R$ 20,00 e R$ 10,00.

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A Árvore dos Mamulengos

Dia 22 de janeiro (terça), às 20h.
Ingresso: gratuito.
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O Sol Feriu a Terra e a Chaga se Alastrou

Dia 23 de janeiro (quarta), às 20h.
Ingresso: gratuito.
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Darkness Poomba e Awake

Modern Table – Seul/Coreia do Sul
Dia 25 de janeiro (sexta), às 20h.
Duração: 53min | Indicação: a partir dos 12 anos.
Ingresso: R$ 20,00 e R$ 10,00.

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O Animal na Sala

Companhia Linhas Aéreas – São Paulo/SP
Dia 26 de janeiro (sábado), às 20h.
Duração: 1h15 | Indicação: a partir dos 12 anos.
Ingresso: R$ 20,00 e R$ 10,00.

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Labirinto de Amor e Morte

Centro de Criatividade Póvoa de Lanhoso – Portugal
Dia 27 de janeiro (domingo), às 20h.
Duração: 55min | Indicação: a partir dos 12 anos.
Ingresso: R$ 20,00 e R$ 10,00

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013


Programação das apresentações em Olinda
Parceria com a Prefeitura Municipal de Olinda/Secretaria de Cultura

Bolero de 4
João Rafael e Luiz de Abreu – Salvador/BA
Dia 12 de janeiro (sábado), às 16h, no Alto da Sé (Olinda/PE).
Duração: 16min | Indicação: livre.
Ingresso: gratuito.

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De Artista e Louco Todo Mundo Tem Um Pouco

Associação de Teatro de Olinda/ATO – Olinda/PE
Dia 12 de janeiro (sábado), às 16h30, no Alto da Sé (Olinda/PE).
Duração: 35min | Indicação: livre.
Ingresso: -

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Luiz Lua Gonzaga

Grupo Magiluth – Recife/PE
Dia 13 de janeiro (domingo), às 16h30, no Pátio do Mosteiro de São Bento (Olinda/PE).
Duração: 1h | Indicação: livre.
Ingresso: -

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Besteiras (As Aventuras de um Giullare Moderno)

Cia. Circo Godot de Teatro – Filottrano/Itália e Recife/PE/Brasil
Dia 19 de janeiro (sábado), às 16h30, no Alto da Sé (Olinda/PE).
Duração: 50min | Indicação: livre.
Ingresso: -

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Sua Incelença, Ricardo III

Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare – Natal/Rio Grande do Norte
Dia 26 de janeiro (sábado), às 18h, no Pátio do Mosteiro de São Bento (Olinda/PE).
Duração: 1h15 | Indicação: livre.
Ingresso: