MAESTRO ADEMIR ARAÚJO
Nasceu no aristocrático bairro do Derby,no Recife,pelas mãos do professor José Gonçalves de Lima iniciou-se na música em meados da década de cinquenta.Estudou teoria e solfejo com o professor Otávio Prazeres,e harmonia com os professores Horácio Vilela e Severino Rivoredo no Conservatório Pernambucano de Música.Fez o curso de contra-ponto e fuga com Jaime Diniz .Participou também do curso de música folclórica com o Maestro Guerra Peixe.
Aos 19 anos compôs o frevo " No ano 2000" que foi inscrito no Concurso de Frevo na capital pernambucana,onde coube ao Compositor e Musicólogo Valdemar de Oliveira,que participou da comissão julgadora,o seguinte comentário: Há ,em No Ano 2000,achados preciosos. O autor se coloca no ângulo de onde ninguém ainda observou o nosso frevo de rua. Deu-lhe roupagem nova, alçou-o a um nível ainda não atingido...(1964) ".
Desde então o Maestro Ademir Araújo deu inicio a pesquisa sobre aspectos de nosso povo,cultura e arte.Tornando-se um artífice em expressar musicalmente sua compreensão,adquirida,sobre nós mesmos(pernambucanos). Em 1965,1967 e 1968 foi vencedor dos concursos de carnaval promovidos pela Prefeitura Municipal do Recife na categoria maracatu; mas foi também na década de 60,com o frevo,que se fez um mestre. Seu diferencial surgiu através da sofisticação de composições como: Frevo na Tempestade (1966); Pra Frente Frevo(1968);Aí vem os palhaços(1972),E o Frevo Continua...(1977) criaram a imagem de ícone do frevo.Assim deu inicio a respeitada trajetória musical. Durante a década de 70 foi diretor da Banda Municipal do Recife,venceu o Festival de Frevo dos Diários Associados com o frevo de rua "Alô Recife"; foi um dos idealizadores do Projeto Espiral,base para criação do Centro de Criatividade Musical.Compôs " A Grande Abertura do Diário de Pernambuco ",para a Orquestra Sinfônica,Banda Sinfônica e Coro, executada em primeira audição,nas comemorações dos 150 anos de Diário de Pernambuco.
Colaborou com diversas agremiações carnavalesca pernambucanas,que atuam no carnaval de rua,a exemplo de : Coqueirinho de Beberibe,Papagaio Falador(dirigido pelo Mestre Dudu,autor do frevo Farol Apagado)
Em 1980,perticipou, com a Orquestra Popular e com o cantor Claudionor Germano,do lançamento da orquestra volante de frevos,Frevioca,criada pelo pesquisador Leonardo Dantas Silva. No inicio da década foi homenageadop pelo Maracatu Leão Coroado tornando-se sócio Benemérito da agremiação. Foi idealizador re Coordenador de "Curso Ambulante de Música" promovido em parceria com as agremiações carnavalescas de Pernambuco.Fundador da Banda Amigos da Cidade do Recife; E premiado pela Funarte pela participação com duas composições de sua autoria que visava relacionar " O Repertório de Ouro das Bandas de Música do Brasil ". No final da década excusionou com a Orquestra Popular do Recife pela Alemanha durante as comemorações dos 2000 anos da cidade de Bonn;participou ainda de eventos em Hanôuver,Berlim,Uma (Alemanha) e Bruxelas (Bélgica).
Recebe o título " Memória Viva do Recife "; Membro da Comissão Pernambucana de Folclore; fez parte da comitiva brasileira que participou da XVII Festival de La Cultura Caribeñ - Santiago de Cuba,recebeu menção honrosa pela participação no II Festival de Música de Laranjeiras,onde lecionou regência;Membro da Comissão Pernambucana de Folclore;Recebeu o título " Memória Viva do Recife "; Atuou no VIII Encontro Estadual de bandas( Aracaju ) como professor de prática instrumental/Regência no Estado de Sergipe;Coordenador do Curso de capacitação de Instrumentistas de Bandas,evento promovido pelo Governo do Estado juntamente com o Fundo de Amparo ao Trabalhador;Ministrou Curso de Habilitação
de Oficiais da Policia Militar de Pernambuco;Participou como Capacitor do Projeto " Animação Cultural,Uma Proposta Pedagógica " - Recife - PE;Recebeu Diploma do Amigo Emérito do Corpo de Bombeiros de Pernambuco.
Em 2001 reuniu condições para lançar seu primeiro CD Música Erudita Pernambucana. Do mesmo modo só em 2005 consegue reunir condições para lançar o primeiro CD da Orquestra Popular do Recife: Olha o Mateus. E foi selecionado para o Projeto Rumos - Itaú Cultural,participando da Coletânea em CD com as composições: Olha o Mateus e Frevo na Tempestade.
Com a música Olha o Mateus,de sua autoria,participa do CD Mauritsstadt Volume 02,em 2007;Também participou com a mesma composição na Coletânia Nordeste Atômico Vol. 1,idealizado pelo produtor japonês Makoto Kubota.CD " E o Frevo Continua... " segundo trabalho da Orquestra Popular do Recife com repertório exclusivo de frevos-de-rua,em comemoração aos 100 anos do Frevo;Apresentou em agosto de 2007 a Aula-Espetáculo: O Frevo Continua... no Clube do Choro em Brasília;Atuou como arranjador no CD " Fome de Tudo" da Banda Nação Zumbi,do CD " Pedra de Fusão" da Banda Andaluza,do CD " Jornal da Palmeira " do instrumentista Ersto Vasconcelos;Responsável pela Gerência Musical da Plural Projetos,empresa especializada na atuação musical,no Estado de Pernambuco,Diretor da federação de Bandas de Música de Estado de Pernambuco,Ministrou Curso para Arranjadores,no Festival de Laranjeiras,Sergipe. É Orientador na Oficina Instrumentos Musicais,dentro a Refinaria Cultural,no Sitio da Trindade,promovido pela Secretaria da Cidade do Recife desde 2006;
Atualmente é membro da Academia Pernambucana de música. Participou do lançamento do Carnaval Multicultural do Recife no Rio de janeiro,Brasília e São Paulo. E do Festival de Jazz do Recife. Figura emblemática da música pernambucana, o Maestro Ademir Araújo foi homenagedo,juntamente com o artista plástico Abelardo da Hora e o radialiosta Hugo Martins no Carnaval do Recife de 2008.Neste mesmo ano, lançou o CD " O Mestre de Banda ". No dia 20 de dezembro de 2012,fez o lançamento do CD "Os 12 Trabalhos " no Museu do Estado de Pernambuco,no Recife. O CD reflete a trajetória do maestro Ademir,que não só como compositor e regente,mas também como pesquisador,busca compreender a criação,o desenvolvimento e a evolução musical na relação com as culturas populares. O título do CD faz referência ao mito dos doze trabalhos de Hércules e à história,presente em nossa cultura afro-brasileira,de Xangô e seus dozes juízes,similar à narrativa grega. Estes mitos permeiam as composições do CD, que passeiam poe doze ritmos da cultura brasileira,com ênfase à pernambucana,como o coco,o frevo,o baião e o maracatu.
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