CANGACEIRO ZÉ BAIANO
Pouco ou quase nada existe da biografia deste cangaceiro,conhecido pelos sertões como o "Pantera Negra." Zé Baiano era um negro,forte,nariz achatado,queixo comprido,cabelos ruins e maltratados,que usava óculos e tinha uma voz grossa, era considerado um monstro impiedoso,foi o mais terrivel cangaceiro do bando de Lampião.Nasceu em Chorrochó, municipio não tão distante da nossa provincia, cidade situada na mesorregião do São Francisco da Bahia. O dito-cujo,bancou o "corno brabo"apos ter ficado sabendo da traição amorosa da sua companheira, a qual ele assassinou a pauladas,passou a conduzir um ferro de ferrar gado com as iniciais JB para ferrar as mulheres que encontra-se pela frente,com requintes de crueldade. Com fama de impiedoso,o famigerado "ferrador de mulher" era tido como um dos mais ricos do bando-formado por Damudado,Chico Peste e Acelino,nos vilarejos onde chegavam cometiam estrupos,atrocidades,saqueavam e de uma certa vez, impôs sua própria lei no distrito de Alagadiço ,que fica a 8 quilometros da sede do municipio Sergipano de Frei Paulo. Virgulino Ferreira,Lampião, esteve em Alagadiço por quatro vezes e deixou por lá em 1934,o capanga Zé Baiano,destemido cangaceiro que tomou posse das terras compreendidas entre os municipios de Frei Paulo,Ribeiropoles,Carira e Pinhão,em Sergipe e Paripiranga,na Bahia.Alagadiço era um pequeno distrito,porém, tinha uma posição privilegiada e, por não ter destacamento reforçado da policia,favorecia o trânsito do cangaço de um lado a outro de Sergipe.Assim,Lampião circulava sem maiores problemas na região.Em 1932,ele retornou ao povoado.Desta vez não molestou ninguém.apenas levou alguns perteces dos moradores.Um ano depois,Virgulino entrou novamente em Alagadiço e foi diretamente à casa de Antonio de Chiquinho querendo obter informações da volante que pretendia acabar com seu bando. O ciclo de terror de Zé Baiano,naqueles sertões, estava com os dias contados,quando em 1936,o comerciante Antonio de Chiquinho cansado da persequisão da volante - chegou até a ser preso e da desconfiança dos cangaceiros,tramou um plano para elimimar o bando do impiedoso "ferrador." E foi numa entrega de alimentos,solicitada pelo Baiano, que o comerciante convidou alguns conterrâneos,para,juntos darem fim ao bando. No dia 7 de julho de 1936,os seis amigos conseguiram dar cabo aos quatro temiveis bandoleiros na Lagoa Nova(localidade de Alagadiço),a cabeça do distinto foi decepada. Os conterranêos mantiveram o feito em sigilo durante cerca de quinze dias,temendo a represália de Lampião contra o povoado. Antonio de Chiquinho, certo de que Lampião voltaría a Alagadiço para se vingar da morte do seu amigo,não escafedeu-se do doce-lar,preveniu-se do embate e perfurou as paredes de sua casa,tendo assim visão melhor da rua para atirar quando ele aparecesse.Porém,escapou fedendo de morrer,para sua sorte, Virgulino deixou para lá o acerto de contas graças a Maria Bonita,que o alertou sobre a presença de um canhão no povoado,onde cabia um menino dentro acocorado - um minicanhão que, inclusive, está guardado no acervo do historiador Antonio Porfirio.
William Veras de Queiroz
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