PEDRO OSMAR
Cantor.Compositor.Músico. Instrumentista. Cantor. Poeta. Artista Plástico.Pedro Osmar Gomes Coutinho,nasceu em Joao Pessoa ,capital do estado da Paraiba,no dia 29 de junho de 1954
Desde a infância, o contato com o folclore nordestino e brasileiro como um todo e as influências da cultura de sua região natal, especialmente as personagens da poética popular, foram fundamenais para sua definição pela carreira musical.Sua família era envolvida com música, de forma amadora. Seu tio, João Baliza, tocava bandolim e saía em noitadas musicais com seu pai.Ambos eram operários da construção civil. Ainda menino, frequentava os saraus que as famílias da Rua da Paz, de seu bairro, (Jaguaribe)diariamente organizavam.Na adolescência, pelos anos 1960, além da música local, também gostava de ouvir os Beatles; aos poucos, foi contatando a música de experimentação, ouvindo as composições do maestro Pedro Santos, (músico paraense radicado na Paraíba) ao participar do coral Madrigal em João Pessoa. Passou, então, a se interessar pelo estudo e prática das concepções de música contemporânea.Por volta de 1973, foi estudar música,inicialmente na COEX-UFPB. Logo descobriu não ser sua vocação o rigor acadêmico na interpretação de obras consagradas. Decidiu, então, adotar a experimentação e a vivência livre com a música.Nos anos 1960, ingressou no movimento da poesia marginal, participando do Grupo Sanhauá, tornando-se ativa personagem da chamada "geração mimeógrafo". Por essa, época, suas atividades poéticas escolares logo se expandiram para recitais em ruas e associações. Desde então, participa de manifestações artísticas paraibanasEm 2004 se mudou para São Paulo (Santo André), para estabelecer contato com os músicos de la.
Vital Farias,Elba Ramalho e Catia de Franca
Em 1970, participou do 4o. Festival Paraibano de Música Brasileira. Nessa ocasião, conheceu Cátia de França, Carlos Aranha, Vital Farias,Jadiel de Assis, Zéwagner, Ivan Santos, entre outros. A partir daí, iniciou a carreira profissional. Em 1974, criou, com seu irmão Paulo Ró, o grupo de resistência cultural paraibano, o Jaguaribe Carne de Estudos, com a finalidade de vivenciar a "Música livre", aprofundar pesquisas musicais, produzir situações de arte-educação, dialogar com outros artistas e outras expressões artísticas e incentivar manifestações culturais,com alcance popular, na cidade de João Pessoa, tendo como um dos pontos fundamentais a preocupação com a politização e a conscientização. Dessa forma, o grupo trabalhou em conjunto com ONGs, partidos de esquerda, pastorais da igreja e grupos anarcopunks, surgindo desse trabalho projetos como a Coletiva de Música da Paraíba (1976), o Musiclube (1981), o projeto Fala Bairros (1982) e o Movimento dos Escritores Independentes (1984). O núcleo do grupo Jaguaribe Carne de Estudos sempre foi Pedro Osmar e Paulo Ró. A esse núcleo uniram-se diversos músicos, por períodos variados. A atuação desses outros músicos sempre se deu em função de suas disponibilidades momentâneas. Passaram pelo grupo: Chico César, Escurinho, Jorge Negão, Jório Silva, Mazinho Baterista, a família Medeiros, Marcelo Macedo, Totonho, Sérgio Túlio, Dida Fialho, Adeildo Vieira, Milton Dornellas, entre outros. Grande parte dos artistas paraibanos conhecidos, como (Chico César, Totonho, Milton Dornellas,Adeildo Vieira, Jaguaribe Carne, Sérgio Túlio, Dida Fialho, etc.) iniciaram seus trabalhos dentro desses movimentos.
Os discos gravados pelo grupo se inserem nesse contexto de produção. Em 1992, lançaram a fita cassete "As estrelas cantam Pedro Osmar". Em 1993, o grupo gravou o LP "Jaguaribe- Carne Instrumental", que teve várias capas diferentes, feitas artesanalmente por diversos artistas nordestinos. Nesse período, fizeram uma série de apresentações pelo nordeste. Pedro Osmar se refere a esse período como " fase de uma música para dois violões. Em 1995, gravaram o CD "Signagem", com experimentação vocal; em 1997, o CD "Viola Caipira", com experimentações violeiras; o CD "Novóide",com percussão para instrumentos não convencionais, foi gravado no carnaval de 1998. Depois veio o CD "O piano confeitado", com experimentações ao piano, "Jardim dos Animais" e "Dez cenas de reviola" (revisão do disco "Viola caipira". Em 2001, participou na elaboração do projeto "Cantata Popular", série de 3 CDs, de produção coletiva independente, que registrou o atual universo da música popular na Paraíba. A série tem colaboração de Pedro Osmar no projeto gráfico dos três volumes e na seleção dos artistas. Como compositor e cantor, participa do 1º volume da série, com a música "Aos que se foram", além de ter composições cantadas por outros intérpretes.
Os discos gravados pelo grupo se inserem nesse contexto de produção. Em 1992, lançaram a fita cassete "As estrelas cantam Pedro Osmar". Em 1993, o grupo gravou o LP "Jaguaribe- Carne Instrumental", que teve várias capas diferentes, feitas artesanalmente por diversos artistas nordestinos. Nesse período, fizeram uma série de apresentações pelo nordeste. Pedro Osmar se refere a esse período como " fase de uma música para dois violões. Em 1995, gravaram o CD "Signagem", com experimentação vocal; em 1997, o CD "Viola Caipira", com experimentações violeiras; o CD "Novóide",com percussão para instrumentos não convencionais, foi gravado no carnaval de 1998. Depois veio o CD "O piano confeitado", com experimentações ao piano, "Jardim dos Animais" e "Dez cenas de reviola" (revisão do disco "Viola caipira". Em 2001, participou na elaboração do projeto "Cantata Popular", série de 3 CDs, de produção coletiva independente, que registrou o atual universo da música popular na Paraíba. A série tem colaboração de Pedro Osmar no projeto gráfico dos três volumes e na seleção dos artistas. Como compositor e cantor, participa do 1º volume da série, com a música "Aos que se foram", além de ter composições cantadas por outros intérpretes.
O CD "Vem no vento", de 2004, é uma síntese de todo trabalho realizado até o momento pelo Jaguaribe- Carne de Estudos e conta com participações de Xangai, Elomar, Zeca Baleiro, Chico César, Escurinho, Thomas Rhorer, Célio Barros, entre outros.
Articulando vários campos artísticos, Pedro Osmar tem diversos textos publicados, como alguns folhetos e apostilas de circulação estadual, entre eles, "Quem é palhaço aqui?", montado pelo ator Edilson Dias, em 1978. Depois,"Rock da pior qualidade" e "Em sentido contrário às máquinas", esse último montado pelo Grupo Prefácio, em 1992, ainda, "Argh!" e "Fogo Prestes", montado pelo Grupo de Teatro dos seis, em 1998; "Cartas de amor de Isidora para João Pantanha". (alguns deles foram publicados na Revista Víbora de Brasília e A Franga de Natal). Também escreveu livros como:"Rinocerontes na Sala", "Cantigas de Junho" e "Textos do equívoco e outras taras".
Participa do intercâmbio que envolve os poetas do movimento processo e arte correio: Paulo Brusck & Daniel Santiago (Recife), Jota Medeiros e Falves Silva (Natal) e Unhandeijara Lisboa (João Pessoa) com quem viaja pelo mundo em exposições coletivas e publicações internacionais. Acredita na literatura como suporte para o experimento de outras linguagens, como a música e as artes visuais.
Participou de vários salões de arte em João Pessoa, Recife e Natal. Sendo figura constante em assuntos relacionados à cultura na Paraíba e responsável por importantes movimentos culturais em João Pessoa, foi convidado, em 200l, a conceder entrevista no estúdio de telejornalismo na UFPB, na qual, deixou registrado naquela Universidade, sua trajetória, e sua visão sobre as artes, em especial a música popular. Apontado por muitos como guerrilheiro cultural, sua produção como poeta e compositor busca a experimentação e a plena liberdade da expressão artística. Mas, nem sempre suas composições partem de uma experiência aleatória. É o caso de diversas composições suas, como as gravadas: Zé Ramalho, Chico César, Jarbas Mariz, Elba Ramalho, Amelinha, Lenine,Cátia de França, Milton Dornellas, Xangai, o grupo Cabrueira, Vital Farias, Zé Ramalho, entre outros.É também integrante da ONG e do Projeto Malagueta, que trabalha com o objetivo de divulgar o acervo histórico, turístico e culturale musical da Paraíba, tendo parceria com órgãos como o SESC da Paraíba, o Governo do Estado, e a Secretaria de Educação e Cultura, entre outros. Em 2006, participou do disco "Do Cariri pro Japão", lançado por Jarbas Mariz, na faixa Instrumental "Bate Coxa", que é toda feita de percussão corporal, batida nas coxas, literalmente, e é uma homenagem ao Grupo Barbatuques. Em 2008, lançou com o paulista Loop B, (Lourenço Prado Brasil), músico experimental que produz música eletrônica brasileira, usando sucata como percussão, o CD "Farinha digital", pela gravadora Tratore. O projeto foi patrocinado pela Petrobrás, tendo parte da tiragem enviada gratuitamente para instituições culturais, universidades e bibliotecas. O trabalho traz composições que registram o encontro e a parceria da improvisada dupla, como "Suíte negona", "Que carro de boi é esse?", "Nordeste indiano", "Pirão de viola", e "Uma espada ou tosse".
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