O filme Faroeste Caboclo é uma adaptação feita em cima de uma das músicas mais conhecidas da Legião Urbana, escrita por Renato Russo em 1979, que só foi lançada oficialmente em 1987 no álbum Que País é Este.
Como já é de conhecimento de muitos, a música Faroeste Caboclo narra a conturbada historia de vida e morte de um personagem chamado João de Santo Cristo, um rapaz de origem humilde que nasceu no Nordeste brasileiro. Ainda falando da música, ela nos apresenta a trajetória de João deste a sua pobre e sofrida infância no sertão da Bahia e termina em Brasília, onde posteriormente ele fixa residência.O primeiro serviço de João em Brasília é em uma carpintaria, mas com o tempo e devido às adversidades da vida ele acaba se debandando para o lado escuro da força e se transforma em um dos traficantes mais conhecidos da época.Até que um dia ele se apaixona pela linda Maria Lúcia, daí pra frente sua vida tem uma reviravolta que culmina em um duelo em plena luz do dia, entre João e Jeremias (traficante inimigo de João).
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Coral das Lavadeiras do Jequitinhonha e Carlos Farias convidam Saulo Laranjeira e João Bá
O Coral das Lavadeiras do Jequitinhonha, junto com Carlos Farias, apresenta “Devoção”, seu novo trabalho, um repertório constituído pela presença dos elementos sincréticos da religiosidade popular.
A formação religiosa de culto aos orixás, aos santos, à Virgem Maria e suas confluências com elementos da natureza influenciaram a escolha das canções, como também a maneira como vivem sua fé e exercem sua crença. Os convidados para este lançamento são o ator e cantor Saulo Laranjeira, e o compositor e cantador João Bá.
A formação religiosa de culto aos orixás, aos santos, à Virgem Maria e suas confluências com elementos da natureza influenciaram a escolha das canções, como também a maneira como vivem sua fé e exercem sua crença. Os convidados para este lançamento são o ator e cantor Saulo Laranjeira, e o compositor e cantador João Bá.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Aniversário
Hoje (29/1), o Cultura.PE comemora o aniversário de um dos Patrimônios Vivos do Estado, o artesão ceramista Manuel Eudócio, que mantém forte a tradição caruaruense de fazer do barro matéria prima para a criação de obras de arte.
Representante do estilo ceramista de Mestre Vitalino, Eudócio nasceu no Alto do Moura, em 1931. Sua arte de fazer cerâmica figurativa retrata o cotidiano popular do lugar onde vive, e onde aprendeu quando criança a fazer seus próprios brinquedos de barro, esculpindo cavalos, bois e vacas para brincar.
Inicia efetivamente sua vida de artesão em 1948, quando aprimorou suas técnicas com Mestre Vitalino e desenvolveu um estilo próprio, incorporando elementos do folclore pernambucano em suas cerâmicas.
O seu legado de mais de 50 mil peças de barro representa personagens como Lampião e Maria Bonita, o Trio Nordestino e o Bumba-Meu-Boi. Suas peças compõem coleções particulares e acervos de importantes museus. Eudócio continua em plena atividade, na terra onde nasceu, eternizando uma obra que é a cara do seu povo.
Parabéns, mestre!
Paixão de Cristo de Nova Jerusalém
José Barbosa (Ator que faz o papel de Jesus)
“Cada ano é diferente. A gente vai ficando mais maduro e vai tendo novas percepções que nos ajudam a fazer uma interpretação cada vez melhor. Mas é sempre um desafio interpretar um personagem tão marcante como Jesus em um espetáculo tão grandioso como o de Nova Jerusalém. É emoção de começo ao fim. Minha expectativa, todos os anos, é de que a Paixão de Cristo traga renovação para as pessoas. Que elas voltem diferentes, voltem melhores, meditando sobre a vida e os ensinamentos de Jesus”.
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
NESTE DIA 28 DE JANEIRO (TERÇA FEIRA) ÀS 19h30min, NO CAFÉ COM POESIA DO SESC GARANHUNS,NO AGRESTE MERIDIONAL DE PERNAMBUCO, O POETA E DECLAMADOR WILSON CHINA ESTARA APRESENTANDO O ESPETÁCULO “CORDEL CANTADO E DECLAMADO”, COM AS PARTICIPAÇÕES DO POETA E HUMORISTA SANDOVAL PEREIRA E DO JOVEM POETA FELIPE TIAGO.
SE VC É ADMIRADOR DA MÚSICA DE CANTORIA E DE POEMAS DECLAMADOS NÃO DEVE PERDER ESSA OPORTUNIDADE DE PRESTIGIAR OS ARTISTAS POPULARES, ENTRADA FRANCA.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Mestre Zuza de Tracunhaém
José Edvaldo Batista, o mestre Zuza de Tracunhaém nasceu em 18 de setembro de 1958 em Tracunhaém,cidade situada na Zona da Mata Norte do estado de Pernambuco. O artista trabalha com o barro desde os quatorze anos de idade, tem um estilo próprio de trabalhar e sua peça mais emblemática é chamada xifópaga (Xifópago - adj. e sm. Ter. Diz-se de, ou monstro originado da ligação de dois indivíduos na altura do tórax). Além dessas peças, Mestre Zuza faz santo barroco estilizado para decoradores e arquitetos, painés de barro esculturas.
Gosta de pintar, desenhar, escrever, compor músicas e poesias. Desde os anos de 1975 Mestre Zuza é sócio da COOPERATA e presta serviço ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, administração regional de Pernambuco, ensinando a arte de fazer artesanato de barro a alunos de várias cidades do estado de Pernambuco. O artista também é professor de história formado pela Universidade de Pernambuco (UPE), produtor cultural cadastrado na Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE) e atualmente é diretor de cultura turismo e esportes.
domingo, 26 de janeiro de 2014
CLARISSA GROVE
Ela é dona de uma das vozes mais lindas do país. Canta com uma energia e uma força interpretativa como poucas. Desde os anos 80 que Clarisse Grova está envolvida com a música. A princípio apenas como “backing vocal”, quando participou dos discos de grandes nomes da MPB, ela em seguida assumiu sua carreira solo e lançou seus primeiros discos, ainda em vinil. Clarisse também integrou grupos vocais e fez participação especial em discos de grandes amigos como Tavito e Márcio Lott. Nasceu na cidade de Sao Sebastiao do Rio de Janeiro,sobre um ceu de abril do ano da graca de 1958. Clarissa iniciou seus estudos musicais (teoria e piano clássico) aos sete anos de idade. Na adolescência, participou de corais de jovens cristãos.
Coração Cravo e ferradura (c/ Cristóvão Bastos e Aldir Blanc)
- Import(ânsia)
- Marrento (c/ Felipe Radicetti)
- O tal trem
- O ultimo registro fonografico de Clarissa foi em 2012 quando gravou o CD Que tal? (Clarisse Grova e Afonso Machado) – Rob Digital - CD .Em 2003 gravou o CD Super Lisa,uma producao Independente, Lancou o CD Novos Traços,em 1997,pelo Selo Alma, Estão voltando as flores,em 1996,pela gravadora CID,Em 1985 Clarisse,pela gravadora EMI-Odeon e o LP Compacto simples em 1981, Eu mereço ,pela Copacabana Discos. Clarissa participou do Festival de Carnaval da TV Manchete, Rio de Janeiro.Poeta, Mostra a Sua Cara. Abel Silva e Clarisse Grova. Jazzmania e Rio Jazz Club, Rio de Janeiro.É Poesia e É Canção. Abel Silva e Clarisse Grova. Night's Rio, Rio de Janeiro.Primeiro Festival Latino-Americano de Foz do Iguaçu.Mambembe Vera Cruz. Cia das Ilusões. Clarisse, Altay Veloso e Paulo César Feital. Circuito universitário.Novos e Outros Traços. Teatro da Praia, Rio de Janeiro.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
Artes Cênicas
Devido à grande procura, os ingressos para a peça "Camille Claudel", que será apresentada às 21h desta sexta (24/1), no Teatro Arraial, se esgotaram.
Por isso, a produção do Janeiro De Grandes Espetáculos resolveu abrir uma sessão extra, às 18h. A Central de Vendas dos ingressos funciona das 9h às 16h, no Teatro de Santa Isabel,no Bairro de Santo Antonio.centro do Recife.
Devido à grande procura, os ingressos para a peça "Camille Claudel", que será apresentada às 21h desta sexta (24/1), no Teatro Arraial, se esgotaram.
Por isso, a produção do Janeiro De Grandes Espetáculos resolveu abrir uma sessão extra, às 18h. A Central de Vendas dos ingressos funciona das 9h às 16h, no Teatro de Santa Isabel,no Bairro de Santo Antonio.centro do Recife.
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
Artes cênicas
Hoje (23/1), o espetáculo "Haru - A primavera do aprendiz", chega à cidade de Arcoverde, como parte da programação do Janeiro De Grandes Espetáculos. A partir das 20h, quem for ao Teatro Geraldo Barros (Sesc Arcoverde), vai se deparar com um jovem mágico que, em meio a uma feira, procura a orientação de um sábio mestre para se aperfeiçoar na arte do ilusionismo.
O aprendiz não tem consciência do seu potencial e vai descobrir o encantamento que brota da simplicidade em cada cena, num jogo lúdico onde a mágica é a verdadeira protagonista. Nesse aprendizado mágico que vai além dos livros e das palavras, mestre e aprendiz constroem um universo paralelo, onde a ilusão é a verdade absoluta. "Haru - A primavera do aprendiz" tem incentivo do Governo de Pernambuco, através do Funcultura.
Os ingressos custam R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia entrada), com venda no local, duas horas antes da apresentação.
Artes cênicas
Recriação a partir do texto de Shakespeare, a montagem "O Rei Lear no meu quintal" será apresentada hoje (23/1), no Teatro Rui Limeira Rosal (Sesc Caruaru), às 20h, dentro da programação do Janeiro De Grandes Espetáculos.
Com incentivo do Governo de Pernambuco, através do Funcultura, a peça se passa sob a ótica das irmãs Goneril, Regana e Cordélia, numa trágica competição pelo amor e poder dos seus pais.
Os ingressos custam R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia entrada), com venda no local, duas horas antes da apresentação.
Após um recesso de seis anos, Alceu Valença lança em fevereiro um novo álbum reunindo frevos, maracatus, caboclinhos e cirandas, principais gêneros do carnaval pernambucano. Intitulado “Amigo da Arte”, o disco, que será lançado pela Deck, tem a produção assinada por Paulo Rafael e a masterização de Ricardo Garcia, do Magic Master (Rio de Janeiro). A ilustração da capa é da amiga artista Marisa Lacerda e foi feita originalmente para o convite de casamento de Alceu e Yanê Montenegro.
Nas 13 faixas do novo trabalho estão algumas regravações, como “Nas Asas de um Passarinho” e “Amigo da Arte”, outras faixas que nunca estiveram em discos “oficiais”, como “Ciranda da Aliança” e “Frevo da Lua”, e duas parcerias com Carlos Fernando, a quem dedica o álbum, “Sou Eu o Teu Amor” e “O Homem da Meia-Noite”. Ainda estão no CD “Voltei Recife”, de Luiz Bandeira, e o dueto de Alceu Valença com a cantora portuguesa Carminho na música “Frevo Nº 1”, de Antonio Maria.
Para Alceu, o álbum é um roteiro pelo carnaval de Pernambuco, que “começa com ‘Olinda’, apresentando a cidade antes dos dias de folia, onde reina a paz dos mosteiros da Índia. E termina em “Sonhos de Valsa”, ambientada numa quarta-feira de cinzas. Fala da saudade do carnaval que passou, da saudade lusitana, do banzo afro, mas também do sonho, que é o éter do carnaval” – comenta ele.
A partir do dia 04 de fevereiro o disco estará disponível nos maiores sites de venda digital e o CD será lançado no final do mesmo mês.
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
CANGACEIRO ANTONIO BRAZ
No Rio Grande do Norte, quando o assunto é cangaço, a primeira noção que a maioria das pessoas possuem remete ao ataque de Lampião a Mossoró, a resistência do povo mossoroense ao 13 de junho de 1927, o assassinato de Jararaca e a sua metamorfose em santo popular. Na seqüência, de forma esporádica, alguns recordam as andanças de Antônio Silvino no inicio do século XX, a idéia que este cangaceiro era um homem de honra e a famosa história que o mesmo mandou um dos seus “cabras” comer um litro de sal, após este ter reclamado da comida que uma mulher preparou para o grupo e esqueceu de pôr este condimento. Por fim vem à figura do único grande chefe de um bando de cangaceiros potiguar, Jesuíno Brilhante, homem injustiçado em meio a dilacerantes lutas políticas, enviesadas de épicas lutas com acentuados e tradicionais códigos de honra. ( 1 )
De forma geral, os pesquisadores do tema no Rio Grande do Norte produziram bons trabalhos, que muito ajudaram a esclarecer os aspectos que envolvem os mistérios deste gênero de banditismo social.
Contudo a história é mais ampla, diversificada e pautada de fatos desconhecidos.
As testemunhas destes episódios a muito descansam no solo sertanejo, restando a tradicional tarefa de buscar a história em carcomidas e amareladas páginas de antigos jornais, em documentos oficiais esquecidos em bolorentos e desaparelhados arquivos e na tradição contada de pai para filhos nos alpendres das antigas fazendas do sertão. A busca é difícil, mas a colheita é normalmente compensadora.
Debruçado sobre a coleção do jornal republicano “O Povo”, editado, encontramos uma série de reportagens que apontam a existência do desconhecido cangaceiro Antônio Braz e do seu diminuto bando, que além de uma extrema valentia, é apontado como sanguinário, arrogante e desaforado com as autoridades.
As notícias sobre a atuação de Antônio Braz estão contidas em várias edições deste jornal, entre os dias 23 de novembro de 1889 a 11 de agosto de 1891. ( 2 )
Tudo indica que Antonio Braz era da Paraíba, onde lhe eram creditados oito mortes em sua vida de tropelias, tendo sido condenado a uma pena de 48 anos de detenção, que cumpria na cadeia pública de Pombal. Entre os anos de 1894 e 1895, este cangaceiro fugiu desta detenção, estando há quase cinco anos vagando pelos sertões da região fronteiriça da Paraíba e Rio Grande do Norte, mais precisamente na área ao longo da bacia do Rio Piranhas. ( 3 )
Amedrontava os fazendeiros de Pombal, Catolé do Rocha e Brejo do Cruz, na Paraíba e no Rio Grande do Norte, Serra Negra do Norte e Caicó, mais especificamente a então vila de Jardim de Piranhas, eram seus pontos de atuação.
Antônio Braz era um cangaceiro que as informações da época o classificam como “temível”, pois seu bando fora protagonista de inúmeros assassinatos, roubos, espancamentos e estupros. Andava este bando sempre com um pequeno número de membros, com no máximo quatro a cinco integrantes, entre eles o seu irmão Francisco.
Até mesmo a sua perseguição gerava a velha ação de abuso de poder por parte da polícia. Em 29 de junho de 1889, as páginas de “O Povo”, divulgaram que um grupo de policiais paraibanos vindos de Catolé do Rocha, invadiu por duas ocasiões o território potiguar em caça de Antonio Braz e seu grupo. Na primeira ocasião os policiais haviam praticado uma série de violências, arbitrariedades e até roubos. Na segunda ocasião, na pequena área urbana de Jardim de Piranhas, que nesta época abrigava uma população de 200 almas, ouve um cerrado tiroteio entre os policiais do estado vizinho e os cangaceiros, sendo os policiais obrigados a recuar devido à reação do bando.
Não há maiores detalhes sobre este tiroteio, mas por este período, os aparatos policiais da Paraíba e do Rio Grande do Norte eram formados por pequenos contingentes de homens mal armados, violentos, corruptos e extremamente despreparados, que pouco diferiam dos cangaceiros e bandidos que deviam perseguir.
Tudo indica que Braz encontrou na pessoa do coronel Florêncio da Fonseca Cavalcante, chefe da vila de Jardim de Piranhas, o apoio e proteção que necessitava para suas ações na região. O coronel Florêncio exercia nesta época o cargo de primeiro suplente de juiz municipal de Caicó. Esta ligação entre homens de poder e cangaceiros sempre resultava em sangue e em jardim de Piranhas não foi diferente. Ainda no ano de 1889, Antônio Braz matou na comunidade de Timbaubinha, três quilômetros ao norte da vila, o agricultor Manoel de Souza Franco, que mantinha com o coronel Florêncio, uma questão de posse de terras.
O caso se deu da seguinte forma; o pai de Manoel, Roberto Franco, morrera em 1878 e deixara como herança um pequeno sítio na Timbaubinha. Haviam dívidas contraídas pelo falecido, que foram cobradas pelos credores, entre estes estava o coronel Florêncio, que mesmo sendo suplente de juiz, recorreu a “força d’armas”, utilizando Antônio Braz e seu grupo para resolver a questão.
Pouco tempo depois do tiroteio com a polícia da Paraíba, Braz tentou aniquilar Manoel cercando sua casa e ateando fogo à mesma. Houve reação do agricultor que, ajudado por outros parentes, afugentou os cangaceiros. Como Manuel morava em sua propriedade cercado de familiares, sentia certa segurança, mesmo assim passou a ter muito cuidado em suas saídas. Já Braz e seu grupo, sempre espreitavam perto da propriedade, buscando uma ocasião para desfechar a ação fatal.
No dia 13 de novembro, quando Manoel Franco voltava do roçado, em pleno meio-dia, entrando pela parte traseira da sua casa, foi alvejado com dois tiros e morreu sem reagir. Não satisfeito Braz ainda lhe fez quatro perfurações de punhal. Aparentemente o cangaceiro aproveitou um momento de descuido do agricultor e de sua família para fazer o “serviço”. Após matar Manoel, o assassino ordenou a todos que o corpo deveria ficar estendido no pátio defronte a casa, sem ser enterrado, para “dar o exemplo”.
Os jornais comentavam que a questão entre o coronel e Manoel Franco chegara ao fim e que agora “ninguém se oporá mais ao coronel”, apontando como o mentor do crime.
Diante da repercussão do caso, Antônio Braz e seu grupo seguiram para a região de Catolé do Rocha, onde de passagem pelo lugar “Barra”, deram uma formidável surra em uma mulher.
Passou a existir na região um clima de medo muito forte, onde o jornal denunciava a inércia das autoridades, com uma forte critica para o número pequeno de policiais na região.
A repercussão do assassinato de Manoel Franco e o medo do povo, fizeram com que as autoridades intensificassem as buscas ao bando. O então comandante da polícia, o capitão Olegário Gonçalves de Medeiros Valle, ordena mais empenho dos seus comandados.
Não demorou muito e os policiais tiveram um encontro com o cangaceiro; ao passarem próximos de uma casa as margens do Rio Piranhas, tiveram a surpresa de estar diante de Antônio Braz. Este se encontrava equipado com suas armas, já montado em seu cavalo, não se intimidou com a tropa e fez fogo contra o grupo, recebendo uma chuva de balas em resposta. O cangaceiro fez o segundo disparo e fugiu a galope. Na fuga, Braz encontrou um homem na estrada e lhe ordenou que fosse com o cavalo para Jardim de Piranhas, então o cangaceiro desapareceu na caatinga. Sem maiores opções e temendo o pior, este homem fez o que fora ordenado, nisto a força policial seguia no encalço do bandido, quando viram o homem montado em um cavalo idêntico ao de Braz e fizeram fogo. Para a sorte deste cavaleiro, os policiais atiravam muito mal.
Sentindo o cerco apertar, Antônio Braz e seu grupo buscam abandonar a área do Rio Piranhas, sendo noticiada uma incursão a Paraíba, na região de Piancó, onde se informa, sem maiores detalhes, ter o bando assassinado um homem.
O grupo será visto novamente no Rio Grande do Norte, em 11 de fevereiro de 1890, no lugar “Riacho Fundo”, onde uma tropa policial se depara com o coito do grupo no meio da mata. Ocorre rápida escaramuça, sem vitimas, tendo o bando fugido do local nos seus cavalos sem as selas, roupas e outros utensílios. A polícia persegue os bandidos por quase seis léguas, o que seria uma média de trinta quilômetros, abandonando a perseguição por ter chegado à noite.
O bando passa a agir principalmente na Paraíba, mas a ação policial neste estado se torna mais forte. Em junho de 1890, Braz e seus homens travam um forte tiroteio contra uma patrulha da polícia paraibana, da cidade de Pombal, tendo o grupo perdido alguns animais de montaria.
Rumam então para a fronteira do Rio grande do Norte, na região da cidade de Serra Negra do Norte. Esta cidade potiguar possuía na época um diminuto destacamento de três praças e estes não proporcionariam alguma resistência ao grupo. Na fazenda Jerusalém, do coronel Antônio Pereira Monteiro, tomaram através de ameaças os cavalos deste proprietário, tendo a malta de celerados seguido novamente em direção a Paraíba. A fazenda Jerusalém está atualmente localizada no município de São João do Sabugi.
Mas as tropelias de Antonio Braz e seu bando não param, em 4 de agosto de 1890, na então vila paraibana de Paulista, pertencente a Pombal, este cangaceiro cria uma situação de escárnio para as autoridades, que chega a ser inusitada. Neste dia, neste lugarejo onde habitavam umas 50 almas, Braz conduz preso o bandido que respondia pela estranha alcunha de “Francisco Veado”. Na vila ele obriga dois paisanos a levarem o prisioneiro para o delegado de Pombal, com uma carta para a autoridade, onde dizia que “não estava disposta a deixar livres tantos cangaceiros, que por ora remetia aquele, e que mais tarde... ele próprio iria”. (5)
Parece uma tanto fantasiosa esta última afirmação do jornal, mas a partir desta data, cessam toda e qualquer nota sobre o cangaceiro Antônio Braz e suas atividades.
Esta última notícia data de agosto de 1890, coincidindo com o retorno de chuvas depois de um período de fortes secas entre os anos de 1888 e 1889. É fácil supor que devido ao risco e periculosidades inerentes a atividade de cangaceiro, esta já não fosse tão interessante e a terra molhada vai dispersando o grupo em busca de outras formas de sobrevivência (6).
Infelizmente, não sei como terminou este episódio, ou mesmo a vida de peripécias deste inusitado cangaceiro e seu bando. Não consegui mais nenhuma informação nos jornais da época e nos arquivos existentes em Natal e Caicó.
Sobre o aspecto de atuação territorial, o cangaço de Antônio Braz ocorreu praticamente na mesma área que notabilizou o único potiguar que chefiou um bando de cangaceiros, Jesuíno Brilhante. Já em relação à sua prática como cangaceiro, Antônio Braz era tido como “terrível”, já Jesuíno, segundo os relatos históricos de Henrique Castriciano e Câmara Cascudo (7), era o “gentil homem”, um “homem de valores”, que estava na vida do cangaço pelas injustiças do seu tempo.
Rostand Medeiros- Pesquisador
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
ARLINDA CIRANDEIRA DE ITABAIANA
Arlinda Agostinho Narciso, Arlinda Cirandeira, nasceu em 8 de março de 1935 na cidade de Itabaiana,municipio situado no agreste do estado da Paraiba e faleceu em 31 de setembro de 1999. Foi mestra do pastoril ou lapinha. Comandou os cordões azul e encarnado nas ruas da velha Itabaiana durante a época de Natal. No restante do ano, Arlinda cantava ciranda e sambava na ala das baianas da Escola de Samba Imperatriz. Arlinda tinha uma voz forte, criava suas próprias toadas na ciranda, fazia repentes no coco de roda e preparava com carinho as roupas do anjinho, da contra mestra, camponesa, borboleta, Diana e demais personagens da lapinha. Ganhava a vida comercializando verduras na feira livre. Foi uma das mais autênticas e talentosas do panteão dos nossos artistas populares. Pelos cálculos do folclorista Altimar de Alencar Pimentel, no seu livro “Ciranda de adultos”, a dança da ciranda surgiu em Pernambuco nos anos 1950 e só posteriormente passou à Paraíba. Itabaiana, que fica na fronteira dos dois estados, recebia muita influência cultural de Pernambuco. Deduzimos, então, que Arlinda foi a primeira mestra cirandeira paraibana, já que começou a cantar, dançar e tocar o ganzá da ciranda por volta da década de 1950.
Patrimônio Vivo
A Sociedade Musical 5 de Novembro, mais conhecida como Banda Revoltosa de Nazaré da Mata, completa 99 anos de fundação. Em dezembro último, a banda foi consagrada como um dos mais novos Patrimônios Vivos de Pernambuco - junto a Maestro Ademir Araújo e Lula Vassoureiro. Nada mais merecido devido à história e tradição da Revoltosa.
Idealizada em 14 de janeiro de 1915, a banda recebeu esse nome porque só teve instalação definitiva em 5 de novembro do mesmo ano. Já o apelido surgiu porque seus músicos fundadores eram dissidentes de outras duas bandas de música da cidade, sendo assim chamados “revoltosos”. Em quase um século de contribuição à cultura pernambucana, a Revoltosa de Nazaré da Mata vem se apresentando em vários municípios do estado, além de promover um trabalho de formação de músicos, fazendo perpetuar conhecimento e tradição em vários jovens.
domingo, 19 de janeiro de 2014
Antonio Pereira
Com sua voz inconfundível, cabelos compridos e sandália de couro, se destaca entre os pioneiros da resistência aos ritmos sazonais na Amazônia.
Em 1981, após sair uma empresa do Distrito Industrial, comprou uma pequena caixa de som e resolveu fazer aquilo que gostava: ser cantador. Com um público fiel, lotava as casas noturnas, interpretando Zé Ramalho, Elomar, Milton Nascimento e outros.
Após 4 anos de estrada começou a se juntar com outros músicos e realizar shows, para grandes platéias. Em 1985 participou no CD do projeto “NOSSA GENTE”, com a música de sua autoria “MI CANTO”. Vencedor do V Festival Universitário de Música (FUM/86), com a música de sua autoria “PÁSSARO CANTO E CATIVEIRO”.
Em 1987, com outros cantores amazonenses, fez show em Belém-PA, levando para fora do estado a nossa música. Participou, em 1988, do Festival de Artes e Ciências, na Bahia, com a música “Vida Cabocla” de autoria do paraibano radicado no Amazonas, Pepê Fonnã. O sucesso neste festival lhe abriu espaço para um show, logo em seguida, no tradicional Teatro “Vila Velha”.
Em 89, gravou em fita cassete, 12 músicas de sua autoria e outros. Bastante divulgada pela TV Rio Negro, que estava iniciando suas atividades, além das rádios locais. Com este processo iniciou-se em Manaus, a abertura da nossa música com o rótulo de MPA (Música Popular Amazonense), que o gerou a necessidade de se afastar dos bares e trabalhar de forma profissional, em shows a serem realizados em Manaus e nos Municípios.
Em 1991 venceu o Festival da Canção de Itacoatiara (FECANI), com a música “GAIA” do autor Renato Linhares. Escolhido por membros do DCE e artistas da terra, Pereira representou o Amazonas no festival de Cultura da UNE (União Nacional dos Estudantes) na histórica cidade mineira de Ouro Preto em 92, onde cantou para 20.000 pessoas.
Em 96 gravou seu primeiro CD, nos estúdios da Amazon Record. No ano seguinte, fez shows para divulgação em Rio Branco, Roraima e Fortaleza. 1998, segundo semestre, após planejamento e trabalho em pré-produção, inicia a gravação do segundo CD, estúdio Espelho da lua, com os mais conceituados músicos do Amazonas, lançando em 99 no Teatro Amazonas. Relança seu primeiro CD, com o título “O lago das 7 Ilhas”.
Em 2000, gravou o seu terceiro CD, com o apoio da Fundação Villa Lobos “LENDAS”, com certeza um trabalho que o projetou a nível nacional.
sábado, 18 de janeiro de 2014
ATOR DE SALGUEIRO,PERNAMBUCO,ESTREIA NA TV GLOBO E RELATA ANSIEDADE AO GRAVAR MINISSERIE COM CAUA REYMOND E ISIS VALVERDE
Em sua estreia na televisão - na minissérie "Amores Roubados"-, (REDE GLOBO), o jovem de 22 anos, Jesuíta Barbosa diz não ter o biótipo de galã e foge do clichê "ator de cinema, teatro ou televisão". "Sou muito novo para ter medo de estereótipos. Gosto de encarar projetos novos e estou direcionando minha carreira para o melhor caminho. Dou muito a cara a tapa", afirmou o ator ao UOL.
Apesar da pouca idade, Jesuíta recebeu o troféu Redentor de melhor ator pelo filme "Tatuagem", de Hilton Lacerda, no Festival de Cinema do Rio 2013, além de ter estrelado os longas "Praia do Futuro", de Karim Ainouz (2014) e "Serra Pelada", de Wagner Moura. Longe de achar que sabe tudo, ele espera poder mostrar suas outras faces como ator. "A televisão é uma resposta dos filmes que fiz. Fiz um teste no Recife para minissérie e outro no Rio de Janeiro. O cinema me faz muito bem, pessoalmente e profissionalmente. Quero fazer novela, entender essa linguagem", declarou o ator, que pode estar no remake "O Rebu", da Globo.
Divulgação
A televisão é uma resposta dos filmes que fiz. Fiz um teste no Recife para minissérie e outro no Rio de Janeiro. O cinema me faz muito bem, pessoalmente e profissionalmente
Foi com receio e ansiedade que o jovem chegou para contracenar com Cauã Reymond e Isis Valverde. "Estava ansioso, só os conhecia de ver na TV, mas depois você se desapega da fama e rapidamente começa a contracenar. Vira uma pessoa do cotidiano", disse ele que já foi apontado por Wagner Moura como um dos melhores atores de sua geração.
Sobre o Fortunato, o melhor amigo de Leandro (Cauã Reymond) em "Amores Roubados", o ator adianta que o personagem crescerá na trama e irá expor suas experiências amorosas de uma forma mais densa do que vem sendo apresentado. "O Fortunato é o anjo da guarda do Leandro. Ele está ali para cuidar, mas também para dar uma puxada de braço. Eles vão ficar bem próximos nos próximos capítulos. O Fortunato é um cara 'come quieto'".
Para o ator, "Amores Roubados" tem como objetivo retratar as nuance da palavra paixão, e Leandro é o responsável por mostrar esses sentimentos que envolvem os seres humanos. "São desilusões amorosas. Estamos o tempo todo em processo de mudanças na parte sentimental. Questionamos o certo e o errado a todo momento. Amor se rouba o tempo inteiro. Eu roubo amores o tempo inteiro. A gente toma aquilo que faz bem e deixa uma porcentagem para outro", opinou.
Durante os três meses que passou na Bahia e em Pernambuco gravando a minissérie, Jesuíta viveu uma relação intensa com todo o elenco e com o próprio sertão, seu habitat natural. "Engraçado que apesar de ser de Pernambuco, não conhecia a região do Rio São Francisco. É um deserto com oásis. As imagens do Walter [Carvalho] está mudando a história do sertão, da visão do agreste. Quero levar minha família lá".
Natural de SALGUEIRO (PE), Jesuíta mora em Fortaleza com a mãe e a irmã e "rejeita" o título de galã. Ele explica que fica feliz por não ser assediado nas ruas – "melhor assim". "As pessoas me reconhecem, mas não tem assédio. Não tenho biotipo de galã de televisão. Sou magrinho, franzino. Me acho bonito, mas não galã. Mas se isso acontecer vou ficar feliz", disse aos risos.
Ainda em 2014, Jesuíta começará a filmar "Valeu Boi", de Gabriel Mascaro, e estará nas telonas em "Jonas e a Baleia", de Lô Politi, e na produção inglesa "Trash", de Stephen Daldry, previstos para serem lançados nesse ano.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Carnaval
Fique por dentro dos próximos ensaios de maracatu que vão acontecer no Pina:
Sexta-feira 17/01
Ensaio da Nação Encanto do Pina, às 20h
No Yle Axé Oxum Deym
Sábado 18/01
Ensaio do Maracatu Baque Mulher, às 17h
Na sede do Porto Rico
Ensaio do Maracatu Porto Rico
Neste sábado as 20h
Na sede
Domingo 19/01
Ensaio do Mazuca da Quixaba, às 17h
Na sede do Porto Rico
Segunda Feira 20/01
Ensaio do Maracatu Encanto do Pina, às 20h
No Yle Axé Oxum Deym
Terça-feira 21/01
Ensaio do Maracatu Encanto do Pina, às 20h
No Yle Axé Oxum Deym
Quarta-feira 22/01
Ensaio do Maracatu Porto Rico, às 20h
Na sede
Quinta-feira 23/01
Ensaio do MAracatu Encantinho, às 18h
No Yle Axé Oxum Deym
Yle Axé Oxum Deym- sede da Nação do Maracatu Encanto Do Pina
Rua Oswaldo Machado, 504 - Pina
Nação do Maracatu Porto Rico
Rua Eurico Vitruvio, 483 - Pina
Funcultura
O sorteio do segundo Kit Funcultura do ano traz o livro "Miró até agora", que reúne toda a obra do poeta marginal; "O livro do sol", do fotógrafo pernambucano Gilvan Barreto, que traz imagens não convencionais do Sertão e cd "O rei do coco chegou", de Zé de Teté, coquista de Limoeiro.
O sorteio será realizado nesta sexta-feira (17/01) às 14h. Fique atento ao regulamento com as regras para participar. O kit deve ser retirado na recepção da Fundarpe até o dia 22/01, das 8h às 18h, para isso, o ganhador deve nos enviar, por mensagem privada, seu nome completo e número do R.G.
O livro "Miró até agora", lançado no fim do ano passado é uma publicação realizada pela Fundarpe com coordenação editorial do Interpoética. A obra traz desde o primeiro livro de Miró, de 1985 até suas publicações recentes.São ao todo 11 livros reunidos do poeta peformático, que faz parte da cena boemia recifense.
"O livro do sol", de Gilvan Barreto é uma publicação de 2013, incentivada pelo Funcultura. O livro de fotografias é fruto de uma viagem feita por Gilvan pelo sertão sem roteiro certo, no auge da maior seca dos últimos 60 anos. O fotógrafo traz as contradições da região: as relações entre água e seca, abundância e escassez, fotografia e literatura, o embate entre o homem a natureza, o concreto e o imaginário.
O Cd "O rei do coco chegou", de Zé de Teté também tem incentivo funcultura e é o 10º trabalho do mestre coquista. Trazendo a tradição do coco de roda de Limoeiro, Zé de Teté tem mais de 40 anos de coco e centenas de composições.
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
Cineclube Incentivo #Funcultura
Mestre Zé Maria participará do Ciranda Rural, no Cineclube da Laia,projeto cultural que sera exibido de 8 a 30 de janeiro. Nesta quinta-feira (16/1), na Rua Toquio,S/N, Escola Joao Paulo II, cidade de Camaragibe,na regiao metropolitana do Recife.
Centro Cultural Lia de Itamaracá
O Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura, comprometeu-se na reconstrução do Centro Cultural Estrela de Lia, localizado na Praia das Jaguaribe, em Itamaracá, que desabou, na última quinta-feira em virtude das fortes chuvas que caíram na Região Metropolitana do Recife. Lia foi recebida na tarde desta segunda-feira (13), na Sede Provisória do Governo de Pernambuco, no Centro de Convenções, em Olinda, pelo secretário de Cultura, Marcelo Canuto, e pelo secretário executivo de Articulação Política da Casa Civil, Yves Ribeiro.
O centro, criado pela própria cirandeira em 2006, funciona como um espaço de encontros culturais, recebendo, além da tradicional Ciranda de Lia, um leque de atividades socioculturais gratuitas, a exemplo de oficinas de percussão e de confecção de instrumentos, cerâmica artesanal e shows de artistas locais, entre outros. Lia de Itamaracá é Patrimônio Vivo de Pernambuco.
De acordo com o secretário de Cultura, Marcelo Canuto, já foi destacado um engenheiro para realizar uma avaliação no local e presentar um projeto que resgate o espaço que Lia utiliza para suas apresentações e outras atividades socioculturais. “Recuperar esse espaço é mais que uma obrigação do Governo do Estado por tudo que Lia de Itamaracá representa no cenário cultural pernambucano”, afirmou.