A atriz Paloma Bernardi recebeu o convite para a #PaixãodeCristo no Natal do ano passado. Em entrevista, Paloma se disse emocionada com a oportunidade de representar Maria.
terça-feira, 31 de março de 2015
Manuel Eudócio, arquivo Fundaçao Joaquim Nabuco - Recife-PE
Manuel Eudócio Rodrigues, o mestre Eudócio, nasceu na comunidade do Alto do Moura, bairro da cidade de Caruaru-PE, no dia 28 de janeiro de 1931, membro de uma família de ceramistas que trabalhava na produção de peças utilitárias, como panelas, jarros, potes, etc. Foi assim, no seio de sua família, seu primeiro contato com o barro, que naquela época era usado por ele para fazer seus próprios brinquedos, um costume muito comum entre as crianças do interior.
Foi em 1948 que Manuel Eudócio conheceu o mestre Vitalino, quando este se mudou de Sítio Campos para o Alto do Moura. Manuel Eudócio tornou-se então discípulo do mestre Vitalino e juntamente com seu cunhando Zé Caboclo começou a produzir esculturas em barro natural. Sempre fez todo tipo de peça: Lampião, Maria Bonita, cangaceiros, médico operando doente, casamento na roça, dentista extraindo dente etc., mas nunca escondeu sua preferência pelo boi, uma das primeiras peças feitas pelo mestre; o boi se tornou ao longo dos anos um ícone da sua obra. Além dessas peças individuais, Manuel Eudócio naquela época já reproduzia no barro os folguedos populares da regiao, como o maracatu e o bumba-meu-boi, que o mestre também denomina reisado ou cavalo-marinho.
O bumba-meu-boi do mestre Eudócio, composto por 28 peças, é um conjunto de impressionante impacto visual, com figuras muito elaboradas que revelam o gestual de cada brincante. É um conjunto que referencia o reisado que o próprio mestre participava como brincante; figurou como Segundo Galante e seu irmao como Jaraguá. “ (...) Naquela época, o reisado começava de noite e ia até o amanhecer. A gente só parava para tomar café ou vinho na casa de alguém. Hoje, não sei de mais nenhum reisado aqui em Caruaru (...) Era uma brincadeira sem a gente ter interesse. Só porque a gente gostava de brincar" revela o mestre.
Manuel Eudócio com Zé Caboclo e mestre Vitalino, arquivo Museu do Folclore do Rio de Janeiro
Hoje o mestre Eudócio aos 79 anos, possui mais de 200 figuras diferentes; ele se mantém pacientemente dedicado ao ofício de transformar o barro com a mesma simplicidade que herdou da sua família e dos ensinamentos do seu mestre Vitalino. “(...) Gosto de trabalhar, todos os dias. Se não estou pegando no barro, preciso fazer alguma coisa. Não sei ficar parado”. Manuel Eudócio é o único artista vivo remanescente da primeira geração da cerâmica figurativa do Alto do Moura, reconhecido pela Unesco como maior centro de arte figurativa das Américas.
As peças de Manuel Eudócio depois de manipuladas em barro úmido são queimadas em um forno a lenha que ele mantém no quintal de sua casa, depois são decoradas com tinta a óleo, brilhosa ou fosca. A família o ajuda e tem na nova geração a esperança de continuidade. Dos nove filhos de Manuel Eudócio, dois deles – Carlos e José Ademildo trabalham na arte de moldar o barro.
Seu trabalho alcançou um grande reconhecimento nacional, especialmente nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, além de Pernambuco. No exterior, conquistou clientes alemães, franceses, portugueses e norte-americanos. Foi uma peça sua, Família de retirantes, que o presidente Lula escolheu como presente para o Papa Bento XVI em uma visita sua ao Vaticano. Para o mestre Eudócio foi uma grande surpresa, já que o mesmo ficou sabendo da escolha do presidente apenas pela televisão.
Em agosto de 2005, o artista foi homenageado com uma exposição individual – Manuel Eudócio: Patrimônio Vivo, realizada na Sala do Artista Popular do Museu do Folclore do Rio de Janeiro e neste mesmo ano foi homenageado na FEBRARTE (Feira Brasileira de Artesanato) no Recife com uma exposição intitulada – Manuel Eudócio, um cronista do seu tempo.
Em 2002 Manuel Eudócio foi um contemplado com o título de “Patrimônio Vivo de Pernambuco”, através da Lei estadual nº 12.196 de 2 de maio de 2002.
Obras do mestre Eudócio fazem parte de acervos permanentes de museus como:
1. Museu do Homem do Nordeste - Recife
2. Museu do Barro - Caruaru
3. Museu Casa do Pontal - Rio de Janeiro
4. Museu do Folclore do Rio de Janeiro
5. Museu de Arte Popular - Recife
6. Museus Castro Maya - Rio de Janeiro
6. Museus Castro Maya - Rio de Janeiro
Aos 79 anos, morador do Alto do Moura, continua em plena atividade, seguindo sua rotina de artista do barro desde os primórdios. Ele mantém uma loja em sua própria residência, onde comercializa suas peças, as quais podem ainda ser encontradas em lojas e galerias de arte de todo o Brasil.
Contato com Manuel Eudócio:
Rua Mestre Vitalino, 151, Alto do Moura
55040-010, Caruaru-PE
Tel: (81) 3722-7732
Fonte de pesquisa:
BARBOSA, Virgínia. Manuel Eudócio.Pesquisa Escolar On-Line, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <. Acesso em: 22/11/2010
Revista Raiz, numero 04 – O homem de Barro.
segunda-feira, 30 de março de 2015
Foto: José Rodrigues/Divulgação
E é esse mote que dá um tom à exposição fotográfica O Sertão de Zé do Mestre que será aberta neste segunda-feira(30) em uma ala da Upae-Salgueiro. A exposição faz parte das atividades comemorativas do primeiro aniversário da unidade de saúde inaugurada em março de 2014 pelo ex-governador Eduardo Campos. Na terça-feira à tarde, os funcionários participam de uma celebração católica.
O projeto já passou pelo Recife e pelo Museu do Couro, em Salgueiro, agora ficará durante uma semana em uma ala no prédio da Upae-Salgueiro, por onde passam mais de 100 pessoas a cada dia de atendimento (segunda à sexta-feira), todos pacientes pré-agendados para consultas e exames. Nessa etapa itinerante, a exposição que tem a curadoria e expografia assinada pelo design Ticiano Arraes, contará com mais de 20 fotografias que retratam diversos momentos da trajetória do vaqueiro.
A cada imagem das fotografias feitas pelo fotógrafo José Rodrigues, o visitante vai conhecer a rotina e maestria de Zé do Mestre começando pelo dom que desenvolveu sem frequentar escola de artes para produzir peças de couro, atividade que aprendeu com os pais e repassou para os filhos, a exemplo de Irineu do Mestre que já assinou peças para várias personalidades políticas e artísticas do país. Algumas de suas peças foram expostas no exterior.
Zé do Mestre é um personagem importante para a história de Salgueiro, um talento reconhecido por várias gerações", diz Vanessa Sá, coordenadora da Upae-Salgueiro
O talento do artesão que já está com mais de 80 anos, tem atraído visitantes à Cacimbinha para conhecer de perto a arte que vem sendo repassada às novas gerações. Foi lá onde o mestre içou uma rocha em homenagem a seu pai com quem aprendeu o ofício de cortar e moldar o couro. A rocha esta enraizada no solo árido, apontada para o alto e próxima a baraúna onde seu pai mostrava o caminho que percorreu quando foi à cidade comprar a primeira peça de couro com a missão de iniciar o trabalho para garantir o sustento da família.
Zé do Mestre é responsável pela criação de peças que traduzem com evidência o universo do vaqueiro a partir de suas indumentárias como gibão, perneira, chapéu, bota, luva, guarda-peito, chicote e corda de relho para amarrar o boi. Personalidades a exemplo de Ariano Suassuna, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Roussef, Eduardo Campos, Gilberto Gil, Dominguinhos, entre outras, já foram presenteados com as peças saídas da Cacimbinha.
A exposição na Upae, organizada pela Secretaria de Cultura do município, foi concebida com o objetivo de criar um espaço de reflexão sobre o sertão, seus modos e costumes, a lida com o gado e a figura do vaqueiro, a partir da vida e da obra do artesão do couro e fica acetra até o dia e de abril. De acordo com a coordenadora geral da Upae-Salgueiro, Vanessa Sá, a exposição fica disponível aos visitantes sempre no horário de funcionamento da unidade.
“Zé do Mestre é um personagem importante para a história de Salgueiro, um cidadão da área rural, de um talento reconhecido por várias gerações. Essa exposição busca compartilhar sua trajetória através das imagens, com aqueles que ainda não tiveram acesso às fotografias ou sequer conhecem sobre sua história de grande contribuição cultural não só para região mas para Nordeste”, acrescenta Vanessa Sá.
domingo, 29 de março de 2015
Joésia Ramos
A cantora e compositora Joésia Ramos, nasceu em Aracajú - Sergipe, em 1959, apaixonada por música desde sempre, apareceu no cenário musical sergipano no ano de 1981, quando participou do 1º FSMPB, desde então vem produzindo canções nos mais variados ritmos e estudando as suas raízes, na busca de uma linguagem que expresse a sua cultura e o seu tempo. Com dedicação especial a musicar poesias, tem gravados:
Em 1984 LP Êta Nóis (em São Paulo), onde participa com duas faixas, Amor Roxo e Barcos e Beijos, ao lado das amigas Luli e Lucina, Ney Matogrosso, Jean e Paulo Garfunkel, Bené Fonteles, Miltinho Edilberto e a Marta Strauch.
O 1° CD "De Passagem", gravado em Aracaju em 1997; em 1999, dirige e grava algumas faixas do CD" Grupo Imbuaça 20 anos de Teatro de Rua", para quem compõe trilhas faz 20 anos. Em 2001 grava o CD"Noites de Forró" (Joésia com o forró da rabeca).
Com composições gravadas por diversos cantores sergipanos, como o Rubens Lisboa, Chico Queiroga e Antônio Rogério e ainda Amorosa, e por artistas como a Lucina (RJ), Penha Pinheiro (SP), e o grupo, Saísse e os bois (RJ).
Desde o ano de 2001, faz o Forró Rabecado, onde mistura suas composições à dos mestres da cultura popular: Luiz Gonzaga, Jackson do pandeiro, Dominguinhos e Alceu, Marinês e Elba e por aí vai a noite... O Forró Rabecado, é de natureza lírica e extremamente dançante e foi criado com o espírito dos bailes e das festas de terreiro.
FONTE: Brasil de dentro
sábado, 28 de março de 2015
Projeto 'O Recife Assombrado' passa novamente pelo espaço cultural
A Casa da Cultura, equipamento cultural localizado no Bairro de São José, está no roteiro do projeto Recife Mal Assombrado, da Secretaria de Turismo e Lazer da Prefeitura do Recife. No antigo Cais da Detenção, há relatos da lenda do Boca de Ouro, um ser misterioso que, sob as vestes de boêmio, esconde um misto de zumbi e demônio.
sexta-feira, 27 de março de 2015
Família Alves no Cabo de Santo Agostinho
Com mais de 110 anos de tradição, o Circo Alves arma seu picadeiro nesta sexta-feira (27), na Pracinha da Charneca, localizada no Cabo de Santo Agostinho, para celebrar com o público o Dia Nacional do Circo e do Artista Circense. No espetáculo, os 16 integrantes da Família Alves apresentarão os números que têm encantado adultos e crianças por onde passam: trapézio, corda, malabares, monociclo, tecido, lira e, claro, muito diversão e humor com os três palhaços da companhia. A entrada para apresentação é gratuita e começa às 20h30.
Circo Alakazam em Toritama
Quem estiver na cidade de Toritama, nesta sexta-feira (27), poderá conferir gratuitamente a apresentação do Circo Alakazam, no bairro do Valentim, às 20h30. O espetáculo, que integra a programação promovida pela Secult-PE/Fundarpe, em comemoração ao Dia Nacional do Circo e do Artista Circense, contará com os números de mágica, malabarismo, aramismo, pirofagismo, passeio aéreo e pêndulo espacial.
Para celebrar mais um 27 de março, Dia Nacional do Circo e do Artista Circense, o Governo do Estado, através da Secult-PE e Fundarpe, vai promover atividades em nove municípios pernambucanos. A programação, inteiramente gratuita, inclui apresentações nos circos itinerantes espalhados na Região Metropolitana e também no interior do Estado, na sexta-feira (27), e, no domingo (29), uma Mostra Circense, com vários números, na Avenida Alfredo Lisboa - Bairro do Recife.
Exposição fotográfica Pernambuco Vivo
Nesta sexta (27), um grupo de estudantes e deficientes visuais estará visitando a mostra em cartaz na Casa do Patrimônio de Igarassu. A atividade será guiada pelo Setor de Educação Patrimonial da Fundarpe, visando estimular a curiosidade dos participantes sobre os Patrimônios Vivos de Pernambuco, nos seus distintos campos de atuação.
Museu do Barro de Caruaru recebe exposição ‘Mãos e Fé na Arte do Barro’
Com a chegada da Semana Santa, o MUBAC, equipamento cultural localizada no Agreste de Pernambuco, se prepara para receber nesta sexta-feira (27) a exposição ‘Mãos e Fé na Arte do Barro’. A mostra foi produzida por mais de 30 artesãos do Alto do Moura, em Caruaru, e ficará aberta ao público até o dia 4 de maio.
quinta-feira, 26 de março de 2015
Clima descontraído nos bastidores da #PaixãodeCristo2015. Bate-papo entre os atores Humberto Martins, que fará Pilatos, e Igor Rickli, intérprete do papel de Jesus. Faltam só dois dias para Nova Jerusalém recontar a história que mudou o Mundo!
Abril Pro Rock 2015 divulga programação completa
Este ano alcançando a histórica marca de 500 shows, o Festival Abril Pro Rock divulgou, nesta manhã, a programação completa da sua 23ª edição, que acontece nos dias 24 e 25 de abril, no Chevrolet Hall. Nomes comoPato Fu (MG), RATOS DE PORAO oficial (SP), Pitty (BA), Kalouv (PE), Edu Falaschi (Ex-Angra), Far From Alaska (RN), DEAD FISH OFICIAL(ES), Cambio Negro HC (PE) estão na grade do festival, que tem o incentivo do Governo de Pernambuco.
Além disso, o APR 2015 também promoverá uma noite especial, em homenagem ao udigrudi pernambucano, com Ave Sangria, Paulo Diniz, Flaviola, Caapora , Aninha Martins e Almério, que se apresentam no dia 18 de abril, no Baile Perfumado .
quarta-feira, 25 de março de 2015
Marcos de Nuca
Marcos Borges da Silva, o Marcos de Nuca, nasceu em Tracunhaém, cidade situada na Zona da Mata Norte do estado de Pernambuco. Ele é filho do mestre Nuca de Tracunhaém e um dos herdeiros de sua obra. Depois que o mestre Nuca ficou impossibilitado de trabalhar por conta de um acidente vascular cerebral, Marcos (o primogênito) e seu irmão Guilherme ficaram responsáveis por dar continuidade à obra do pai.
Marcos iniciou sua vida de artista ao lado do pai quando tinha apenas 12 anos de idade. Aprendi muitas coisas com ele e com a minha mãe, Maria de Nuca. Ela quem inventou os cabelos cacheados dos leões e mandou meu pai fazer. Essa obra acabou ficando conhecida no mundo todo, conta Marcos. Inspirado no estilo do pai criou peças próprias, como os leões em pé e sentado, galinhas, peixes e jarros com cara de leão. A gente está continuando, diz Marcos. Os Leões, obras conhecidas e vendidas em todo Brasil, apresentam características como: cacheados, escamas, tranças e listas. Segundo Marcos, os detalhes acentuam a beleza das peças.
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