sexta-feira, 14 de junho de 2019





Mestre Zé de Obakossou (In Memorian)


“Quando a eternidade falar
mais alto e eu estiver
bem distante, espero
que cada um cumpra
com o seu dever e os
meus ensinamentos”.
Foto: Danielle Pereira
O nome de registro é José Augusto dos Santos, mas por todos é conhecido por Zé de Obakossou. Por orientação espiritual, o mestre Zé de Obakossou viajou a Salvador e Rio de Janeiro em busca do aprendizado da Nação Ketu. No retorno a Sergipe, abriu casa em Aracaju, em 1951, e desde então começou um trabalho de difusão e iniciação junto à comunidade dos orixás (Xangô e Oxóssi) e seus respectivos festejos. Ele inaugurou o Axé no Rio de Janeiro, Jardim Leal, Duque de Caxias, em 1963; no conjunto Eduardo Gomes, São Cristóvão, também o Axé Ilé Obá Abassá Odé Bamirê (1986).
Na posição de candomblecista ciente do cuidado ecosófico (cuidado com o espírito,  com os outros e com o meio ambiente), promoveu mudanças em alguns ritos. Uma delas foi evitar uso de plásticos, garrafas e até cerâmica (aguidás) nas oferendas sempre colocada nas margens de rios, nas matas e estradas. Por esta razão é que foi convidado como palestrante para compartilhar suas ideias de preservação da natureza na ECO-92, realizado no Rio de Janeiro, Aterro do Flamengo, em 1992.
O mestre Zé de Obakossou morreu no dia 24 de outubro de 2006 no aeroporto Galeão (Tom Jobim), Rio de Janeiro, em meio a este que foi o grande esforço da sua vida: difundir a cultura Ketu. Ele jogou búzios, lançou cd de canções africanas, publicou o livro “A vida de um babalorixá” e iniciou cerca de 5 mil filhos na Nação Ketu.

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