Hoje, nosso quadro que reforça o protagonismo negro conta a história do compositor e carnavalesco João Santiago dos Reis. Nascido no bairro recifense da Torre, em março de 1928, João Santiago, em parceria com seu pai, José Felipe, transformou situações curiosas em alegres marchas de bloco, em sua maioria, inspiradas no dia-a-dia da agremiação do seu coração: o Batutas de São José. Fez curso no Conservatório de Música de Pernambuco, e posteriormente, organizou uma orquestra que projetou diversos músicos, entre os quais, José Bartolomeu, Edson Rodrigues e José Amaro. Em 1973, o Quinteto Violado gravou o “Hino dos Batutas de São José”, um dos seus maiores sucessos. Desenvolveu atividades em variados blocos, fez arranjos para o Inocentes do Rosarinho e dirigiu a orquestra do Bloco Rebeldes Imperial. João Santiago não é tão lembrado como deveria, mas a energia dos blocos de pau e corda, que faz transcender o lirismo nas ruas das cidades, gritam, a plenos pulmões, versos escrito pelo compositor negro que carregou consigo a alma dos nossos frevo, a voz da nossa principal referencia, o frevo.
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