Manoel da Marinheira
Manoel Cavalcanti de Almeida, mais conhecido como Manoel da Marinheira, foi um dos mais importantes escultores brasileiros que fez história na pequena Boca da Mata, Alagoas, a 68 Km de Maceió. Ele nasceu em 1917 e desde muito pequeno ajudava seu pai no trato da madeira, fazendo pequenos brinquedos para ele próprio. Seu pai, além de trabalhar na roça, fazia santos e figuras de animais em madeira. Foi aos 14 anos de idade que Manoel pegou escondido uma ferramenta do seu pai e fez sua primeira escultura, um coelho. Foi assim que tudo começou. Segundo seu filho André, o nome Marinheira começou com o avô, pai de Manoel. “Ele chegou em um navio e não quis mais sair daqui. Sua avó ficou conhecida como a Marinheira e quando meu pai nasceu, passou a ser o Manoel da Marinheira”.
Foi trabalhando com a madeira que Manoel da Marinheira sustentou sua família. Usando como matéria-prima troncos de jaqueira, Marinheira conseguiu confeccionar durante anos de labuta centenas de peças, retratando animais da fauna brasileira, quase sempre em grandes proporções, com destaque para os felinos. O talento do artista fez com que suas obras o tornassem conhecido nacionalmente.
Essa visibilidade começou no final da década de 60 quando o empresário Jorge Tenório passou a residir em Boca da Mata e a colecionar suas peças. Na década de 70, quando o fotógrafo Celso Brandão e o artista plástico Fernando Lopes conheceram o escultor, também passaram a se interessar pelos seus trabalhos e a divulgá-los junto a artistas e intelectuais. Da obscuridade em que vivia às luzes da capital foi um salto. Manoel da Marinheira encarava essa mudança com naturalidade, gratidão e muito trabalho. Foi o prazer pela arte de domar a madeira que fez com que o artista trabalhasse até quando a vista lhe permitiu. Felizmente esse percurso foi longo e a extensa produção do escultor é hoje disputada por museus e colecionadores de todo o país.
Essa visibilidade começou no final da década de 60 quando o empresário Jorge Tenório passou a residir em Boca da Mata e a colecionar suas peças. Na década de 70, quando o fotógrafo Celso Brandão e o artista plástico Fernando Lopes conheceram o escultor, também passaram a se interessar pelos seus trabalhos e a divulgá-los junto a artistas e intelectuais. Da obscuridade em que vivia às luzes da capital foi um salto. Manoel da Marinheira encarava essa mudança com naturalidade, gratidão e muito trabalho. Foi o prazer pela arte de domar a madeira que fez com que o artista trabalhasse até quando a vista lhe permitiu. Felizmente esse percurso foi longo e a extensa produção do escultor é hoje disputada por museus e colecionadores de todo o país.
Manoel da Marinheira, Leão, madeira. Reprodução fotográfica "Em nome do Autor", Proposta Editorial, SP.
Casado por duas vezes, o artista teve 20 filhos, dos quais cinco - André, Antonio, Maria Cícera, Manuel e Severino - seguiram o seu ofício. Quem quiser conferir a obra de Manoel da Marinheira pode ir ao museu que leva seu nome, situado no balneário Águas de São Bento, na Fazenda Bento Moreira, em Boca da Mata. O acervo possui cerca de 700 peças, que pertencem à coleção do empresário Jorge Tenório.
Fonte:
- Lima, Beth & Lima, Valfrido. Em Nome do Autor. Proposta Edital, São Paulo-SP, 2008.
- Dantas, Carmen Lúcia. Gazeta de Alagoas, Caderno B, Edição de 28 de maio de 2003.
Nenhum comentário:
Postar um comentário