terça-feira, 27 de outubro de 2009

CANUDOS, A TRAGÉDIA SERTANEJA

( FIM)
A Quarta expedição Bate as portas do Arraial do Belo Monte,com ela, corporações de vários estados da federação,o cerco a canudos durou seis meses,do alto da favela era incessantes os disparos da matadeira(canhão de 32 mm)que bombardeiou por longos 3 meses a população Canudense que resistia heroicamente nos escombros do arraial,a frente das tropas estava o arrogante Gal.Arthur Oscar, a campanha de Canudos que durou um ano,custou a vida de 20 mil sertanejos e 5 mil soldados. contra os canudenses pesava o crime de afrontar a república.o dia primeiro de outubro,foi considerado o dia da carnificina da guerra de Canudos,1500 canudenses foram mortos(entre mulheres e crianças) e 500 soldados foram abatidos pelos jagunços do Conselheiro,neste dia ninguém pediu misericórdia,ninguém concedeu misericórdia.as péssimas condições sanitárias fez com que a variola também participasse do massacre, a marcha dos feridos até Monte Santo deixou muitos pelos caminhos,acometidos pela sede e fome, agonizavam no mais completo abandono.ninguém ligava, ninguém cuidava de enterra-los, a atmosfera ressequida do sertão conservou por meses aquelas múmias malfadadas pelas estradas.Antonio Conselheiro muito debilitado não resisitiu a desidratação e faleceu. era mesmo o fim. deixou uma bela carta aos Canudenses,contradizendo a fama de leigo: MEU POVO DE BELO MONTE,É CHEGADO O MOMENTO DE ME DESPEDIR DE VÓIS,QUE PENA,QUE SENTIMENTO TÃO VIVO OCASIONO EM MINHA ALMA, A VISTA DO MONTE BENÉVOLU,GENEROSO E CARINHOSO COMO ME TEM TRATADO,PENHORANDO-ME ASSIM BASTANTEMENTE COM QUANTO EM ALGUMAS OCASIÕES PROFERI PALAVRAS EXCESSIVAMENTE RIGIDA COMBATENDO A MALDITA REPÚBLICA ,REPREENDENDO OS VICIOS E MORRENDO O CORAÇÃO E O SANTO TEMOR E AMOR DE DEUS,TODAVIA NUM CONCEBO NUTRIR PELO MINIMO DESEJO DE MACULAR VOSSA REPUTAÇÃO.ADEUS AVES,ADEUS ÁRVORES,ADEUS CAMPOS.ACEITAI A MINHA DESPEDIDA QUE BEM DEMOSTRA AS GRATAS RECORDAÇÕES QUE LEVO DE VÓIS QUE JAMAIS SE APAGARAM DA LEMBRANÇA DESSE PEREGRINO QUE ASPIRA ANCIOSAMNTE A VOSSA SALVAÇÃO E O BEM DA IGREJA.
O massacre a Canudos não engrandeceu o Exército Brasileiro,a campanha de canudos foi um crime contra sertanejos que encontraram no campo místico a solução para suas mazelas que até hoje o perseguem, o poder dos homens e poderosos não compreenderam os canudenses, e assim desencadeiaram uma sangrenta guerra fraticída,que até hoje mancha a história do Brasil república.


William Veras de Queiroz - Santo Antonio do Salgueiro-PE.

sábado, 24 de outubro de 2009



CANUDOS, A TRAGÉDIA SERTANEJA


( MEIO )


No ano de 1897 o Arraial de Canudos Chegou a ter 25000 Habitantes a segunda maior cidade da Bahia depois de Salvador,ocupando uma área de 400000 m2,num amontoado de casas de taípas,formando uma gigantesca favela,sua população vivia da agricultura de subsistencia,onde todos os bens de produção eram compartilhado entre os Canudenses.num tipico exemplo do que foi a primeira sociedade socialista Brasileira,porém a tão sonhada paz dos errantes penitentes sertanejos não estava nas terras do Belo Monte, duas expedições do exército Republicano bateram as portas da terra sagrada do Bom Conselheiro,apesar das duas derrotas das forças regulares,muitos sertanejos pagaram com suas vidas o preço da incompreesão de uma emergente república que não conhecia suas mazelas sociais e que mandaria em qualquer dia de qualquer manhã a terceira expedição que também sería derrotada pelos canudenses na companhia do arrogante Coronel Moreira Cezar.
Sob o céu de todos azuis,num distante 3 de março de 1897 é erguido o sino da igreja nova de canudos e naquela fatidica manhã sertaneja,Conselheiro proferiu seu descontentamento: Meus irmãos eu cheguei perseguido e a pérseguição continua,aqui neste papel(Diário de Noticias) os demonios da república disse que nosso Belo Monte é conspiração estrangeira,que veio gente européia para treinar nosso povo para a guerra, guerra que nós não começamos,disseram que nós iriamos invadir a casa dos outros no Juazeiro,a gente não foi lá,mas eles vinheram na maldade de tirar nossa morada.eu disse que ia haver quatro fogo,teve o primeiro não passaram de Uauá,teve o segundo a mão de Deus também parou eles na porta do Belo Monte, e agora vem o terceiro fogo,com um coronel principe dos demonios e mil demonios,na intenção de tomar nossa morada.disse que esse homem atanasador das almas,gosta de cortar a cabeça dos seus inimigos,levando um monte a sepultura. isso é gente ou é o cão,é o filho do cão,é o pai do cão.
O Coronel Moreira Cezar e o coronel Tamarindo não explicaram o dia e a noite caiu sobre suas tropas,que encontraram a morte nas terras do sertão Nordestino.
William Veras de Queiroz - Santo Antonio do Salgueiro-PE.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

CANUDOS, A TRAGÉDIA SERTANEJA.
( PRINCIPIO )
"Surge na Bahia, o anacoreta sombrio,cabelos crescidos até os ombros,barbas inculta e longas,face descaveirada,olhar fulgurante,monstruoso dentro de um abito azul de brim americano,abordoava o clássico bastão em que se apoia o passo dos peregrinos" assim foi descrito por Euclides da Cunha,o Cearense de Quixadá, Antonio Vicente Mendes Maciel,que por volta de 1860 inicio longa peregrinação pelos sertões nordestino,pregou a palavra de Deus durante tres décadas,reformou cemitérios e construiu igrejas,consolidou enorme prestigio entre a população sertaneja,apesar da oposição da igreja católica e das elites dominantes,quando a república foi proclamada,em 1889, Antonio conselheiro insurgiu-se contra ela, e assim abreviou a saga de Canudos,tornando uma tragédia sem prescedentes na história do Brasil que viu a pungente guerra fraticida do chão sagrado do arraial do Bom Jesus Conselheiro. e assim,num dia distante,sob o sol escaldante da fazenda velha de canudos onde o rio vaza-barris morria de sede,o cajado foi lançado sobre a terra árida e distante do Belo Monte.e assim em junho de 1893,tudo começou,com a palavra Antonio Conselheiro: Meus irmãos,andei por mais de mil léguas por esses sertões,mas agora o tempo das andanças acabou.aqui,nesta terra, Deus,eu fundo nosso império do Belo Monte,quem quiser ficar,fique.mas trate de trabalhar,orar e viver do respeito,mas tomem tenencia,a perseguição virá no rumo dos passos meus,primeiro vem a enchente,depois a semente,quando os soldados anti-cristo chegarem as águas dos rios seram de leite prá nós,sangue prá eles,a poeira deste chão vira fubá prá nós.e espinhos prá eles. o sertão vai virar praia e a praia vai virar sertão.eu disse:haverá quadro fogos,os tres primeiros serão meus,o quarto eu deixo na mão do Bom Jesus.
William Veras de Queiroz -Santo Antonio do Salgueiro-PE.
Amanhã,CANUDOS,A TRAGÉDIA SERTANEJA. (O MEIO )

sábado, 17 de outubro de 2009

O POETA CANTADOR LANÇA SEU SEGUNDO DVD

Enquanto Vida eu tiver,enquanto a vida me quer/em cima da terra embaixo do céu, fazendo uma serra caber num papel,cantando o que eu puxo da inspiração,enchendo o meu bucho de acorde e canção,trancando as palavras no curral da rima,trancando as palavras no curral da rima,tornando escravas,tão livres e tão fina,colhendo meus versos com mãos de poeta,correndo na reta de um bom cantador,plantarei meu canto,no canto que entoa ,serei o enquanto da imaginação,terei nos baiões nas cantigas e loas,os sons e a proa da minha canção...
este é o poeta cantador Francisco FLÁVIO Furtado LEANDRO.a maior revelação da música nordestina dos últimos tempos,transbordando poesia nas suas canções,que hoje (17/10/09) lança o seu segundo DVD´, no seu Bodocó,lá no pé da chapada do araripe. apartir das 2100h no modulo esportivo da sua cidade, com participação do Clã Brasil,Fabio carneirinho,Leninho,Joãozinho do Exú e tantos outros, a festa vai até o dia clareiar, viva o poeta cantador Flávio Leandro.

William Veras de Queiroz-Santo Antonio do Salgueiro-PE.

terça-feira, 13 de outubro de 2009



VATES E VIOLA, O QUE É BOM PRESTA.


Nos idos anos 80, quando eu ainda gravitava na Veneza Americana,entre a livro 7 ,beco da fome, teatro do parque e DCE da rua do hospicio,por lá era comum encontrar com figuras da cena cultural pernambucana,lá também era nincho de agitadores sociais,porraloucas,cordelistas,loucos e poetas malditos.por aqueles antros figuras carimbadas eram Braúlio Tavares,Juarez Correia,Zeh Rocha,Tito Livio e entre tantos outros os hermanos da paraíba,Miguel Marcondes e Paulo Romero,que faziam o circuito alternativo de teatros ,livrarias e faculdades.ainda não tinham um projeto coletivo musical e cada um cantava sua dor,"o amor , o desengano e a tristeza infinita dos amantes " o Vates e Violas não orbitava naquela cena musical.talvez um projeto do porvir dos meninos de Zé de Cazuza,poeta da cidade do Prata ,lá nas profundas do sertão paraibano. porém no ocaso do século passado esse grupo musical que tenta resgatar ou digamos,preservar as canções e prosas que até então viviam contidas nos sentimentos e memórias dos caririzeiros da paraíba. as canções na voz de Miguel Marcondes e as vezes em duo com o mano véio que executa percussão e declama prosas.o grupo tem uma ritmica invejável,composto por oito craques do instrumental e que fazem acontecer. o som do V & V causa um tremendo incomodo,pois não dar prá dançar e perder de vista o palco e instrumantal do grupo,um show de bola. o último CD do Vates que se tem noticias é de 2003, O QUE É BOM, PRESTA. um disco autoral e cheios de nuanças e recheado de baiões,gravado no Recife,no Luthier estúdio e que foi dirigido pelos hermanos.uma trova de viola dá o ponta pé inicial e em seguida vem o fumaça de pirão,um baião com muito som de violas.,a música pionia,faz a apresentação daquele trabalho. o Vates foi mais uma das atrações do projeto Pernambuco nação cultural da Fundarpe,que aportou nas noites frias de junho da estação do forró,para alegria de todos e felicidade geral da nação Sertaneja.

William Veras de Queiroz-Sto. Antonio do Salgueiro-PE.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009



UM REQUIEM AO COMANDANTE


Um tiro,um disparo, numa sala fria e insalubre de um lugar pobre e distante da amazonia Boliviana,acabava nossas ilusões e nossos pobres sonhos antigos.numa pedra fria ,de um agora distante 8 de outubro de 1967,sobre os olhares incredulos dos camponeses da provincia de Valegrande,um homem moribundo, sujo e solitario, abandonado pelos camaradas e pela sorte. era motivo de orgulho e trófeu para a guarda nacional Boliviana e para os ianques, lá estava morto o comandante guerrilheiro e médico Argentino, Ernesto Che Guevara,uma tragédia,um equivoco,pois não é matando o corpo de um homem ,que elimina sua história e a luta de um povo.

William Veras de Queiroz- Santo Antonio do Salgueiro-PE.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

VITALINO, O DEUS DO BARRO.
No principio o barro, com suas mãos hábeis e calejadas ele fez sua imagem e semelhança e seus discípulos no alto do moura,disseram amém. e assim se fez do seu reino de Caruarú o maior centro de artes figurativas das Américas. são muitos os caminhos que nos levam a Vitalino Pereira dos Santos,vetor da cultura popular Nordestina,um homem pobre e analfabeto, o mais conhecido é o caminho do artista-artesã a esculpir em barro seus bonecos e a nossa vida,ele próprio esculpido em sua secura,com mãos e veias latentes,como as de Moisés de Michelangelo,expoente e expostas,mãos de trabalho mais do que de arte.de trabalhador mais do que artista. a sua magreza estava nas criaturas que gerava a semelhaça do criador. conhecido como um homem puro e bondoso,foi precursor de uma nova profissão que tantas oportunidades e empregos a familias inteiras ainda geram no seu reino da feira de caruarú. Vitalino era um cronista social,cronista da sociedade em seu torno e em seu tempo.cronista no sentido de escritor,não com palavras,papéis e lápis. mas com imagem,água, barro e forno, a narrar o cotidiano matuto. nas figuras dos retirantes da seca, a banda de pifanos, o ladrão de bode,a fiadeira,o médico,o advogado.dentista,o professor e as múltiplas profissões. apesar do infortúnio que o cercava,ele era um otimista, nas pessoas descritas em suas figuras de barro,fazia elogio do despojamento e da simplicidade,muito além e distante,do que a critica da pobreza.Nos bois ,fazia o oposto. fazia elogios a pujança e opulência. seus bois não vinha da seca.eram e são bois majestáticos,orgulhosos,ufanistas.bois vigorosos,de papadas empinadas. e assim foi o Deus do barro do agreste pernambucano,que no seu centenário tão magramente comemorado fica aqui o registro de quem um dia fez a história de seu povo e seu tempo com a água e o barro. viva o Mestre Vitalino ,no seu planeta azul de Caruarú.

William Veras de Queiroz-Santo Antonio do Salgueiro-PE.






















































quinta-feira, 1 de outubro de 2009


GRACIAS A LA VIDA QUE ME HA DADO TANTO...
Quando esteve em Salgueiro,durante os festejos juninos,então abordado pelo réporter da TVWebSalgueiro.foi interrogado sobre o seu lado espiritual e religioso,e de pronto respondeu que só era agradecimentos,tornou-se religioso,porém o que mais fazia era agradecer pela profissão que tanto ama,realmente faz o que gosta e que tudo isso era motivo de agradecimento pelos 40 anos de estrada.muito simpático Raimundo Fagner, atendeu a todos com prestesa e descansou por dois dias num hotel da cidade. e assim se passaram 40 anos de carreira deste Cearense,caçula de uma prole de 5 rebentos de Seu Zé Fares e Dona Francisca,filho de imigrante Libanês com uma sertaneja do alto sertão Cearense,na sua pequena Orós,no vale do rio Jaguaribe, ele ganhou um concurso infatil numa rádio da cidade aos 6 anos de idade.quando partiu para a terra da luz (Fortaleza),foi decidido a enfrentar a carreira de músico e no ano da graça de 1968 ganhou um festival de MPB do Ceará,ao lado de Balchior,Ednardo,Rodge Rogério e Jorge Mello,formou o pessoal do Ceará.fez uma excusão por longos 45 dias a bordo de onibus onde chegou até Buenos Aires,com um grupo de teatro e música coordenado por Cristina Capela. em Brasilia em 1970 fez Arquitetura. mas decidiu pela música.hoje,reside em Fortaleza,como empreendedor,tem Hotéis e uma emissora de rádio na sua pequena Orós (rádio som das águas FM).durante a apresentação na estação do forró(Salgueiro) fez um belo show,com uma banda afinada,interagiu com o público,ganhou um chapéu de couro dos promotores do evento,dançou, e ainda arriscou uns passos de Michael Jackson,onde fez homenagem e a quem o chamou de menino o pop star e dedicou a canção canteiros ao astro americano.
William Veras de Queiroz-Sto. Antonio do Salguerio-PE.