“Doce Pernambuco”. Este é o título do novo livro do antropólogo Raul Lody lançado pela Cepe Editora. O livro faz uma viagem pela memória histórica e cultural das doçarias pernambucanas, mostrando a relação da criação dos pratos com outras culturas. Você pode encontrá-lo nas lojas da CEPE no Cais do Sertão, Mercado Eufrásio Barbosa e MEPE (Museu do Estado de Pernambuco). Um livro para comer com os olhos!
sexta-feira, 31 de maio de 2019
Festival São João Sinfônico
31 de maio de 2019, 20h - 01 de junho de 2019, 22h
Programação
dia 31 de maio de 2019
16:15 - concerto-aula (entrada franca - retirar o ingresso uma hora antes na bilheteria do teatro)
20h - Quarteto de clarinetes "sopros de PE"
20:40 - Orquestra de Câmara de Pernambuco e Maciel melo
participação especial do sanfoneiro Beto Hortis e dos bailarinos Josy caxiado e Tico Caxiado
dia 01 de junho de 2019
16:15 - concerto-aula (entrada franca - retirar o ingresso uma hora antes na bilheteria do teatro)
20h - quinteto de metais " Grupo Instrumental Brasil - GIB"
20:40 - Jackson Sinfônico com Orquestra de Câmara de Pernambuco e Silvério Pessoa
participação especial do sanfoneiro Júlio Cesar Mendes e dos bailarinos Josy caxiado e Tico Caxiado
Local: Teatro Luiz Mendonça
valor do ingresso: R$40,00 inteira e R$30,00 meia
vendas: sympla.com.br e passa disco
informações: 81 999882349
SOBRE O PRODUTOR
Carla Navarro Produção Cultural
A empresa Carla Navarro Produção Cultural dedica-se à produção de espetáculos desde 2011, atuando também com a produção e acompanhamento de artistas dos seguimentos de música, dança, teatro e circo. Criada pela produtora homônima, a empresa surgiu como uma extensão do trabalho de Carla navarro, que já atua no mercado desde 1999. Em sua história estão atividades expressivas em sua terra natal, Recife, como a produção do Festival Internacional de Mágica, do São João Sinfônico, da Cantata Bandeira
quinta-feira, 30 de maio de 2019
75 Anos da morte de Corisco
Por: Liandro Antiques..
"Vamos sambar minha gente até o sol raiá, que já mataram Corisco e balearam Dadá"...
Não poderia deixar passar em branco uma data como essa, muito importante para a história de Barra do Mendes.
Em 25 de maio de 1940, há exatamente 75 anos, era capturado na Fazenda Pacheco, distante 10 km da sede do município de Barra do Mendes, o Cangaceiro Corisco e sua mulher Dadá.
Corisco, Dadá, Rio Branco, Florência e a menina Zefinha, chegaram na Fazenda do Velho Zé Pacheco, dia 23 de maio, uma quinta-feira e nessa mesma noite faleceu Leogera, filha do dono da casa.
Na sexta-feira, dia 24, Corisco e Dadá acompanharam o cortejo fúnebre até a Vila de Barra do Mendes, onde Leogera foi sepultada no “Cemitério Novo”.
No sábado, dia 25, Corisco, que estava arranchado na casa de farinha da propriedade, encomenda a Zé Antonio Pacheco, um homem, já de 41 anos de idade, e não um rapaz como contam, que lhe trouxesse da feira livre do Arraial de Barro Alto, os mantimentos necessários para seguirem viagem, pois dizia ele que eram romeiros com destino a Bom Jesus da Lapa. Acontece que no Barro Alto, Zé Antonio se depara com a volante do Tenente Zé Rufino, que indaga acerca dos “romeiros, e ao receber informação precisa de onde estavam, intimida Zé Antonio e outros a o levarem a dita localidade. Já chega atirando, sem dar chance de fuga. Dadá é baleada no pé e Corisco alvejado por uma saraivada de tiros, ficando imobilizado no local.
Não morreu na hora. O outro casal, Rio Branco e Florência, estavam na Lagoa do Soldado lavando roupa, por isso ao ouvirem a “pipoca” aproveitam a distância e fogem, indo parar em...
A volante leva Corisco e Dadá, mas o cangaceiro morre na estrada e é sepultado em Miguel Calmon. Dadá é operada e levada para Salvador, onde morreu já idosa.
Durante muito tempo, se ouviu muitas histórias acerca da permanência de Corisco em Barra do Mendes, o que na verdade não passam de invencionices do nosso povo sertanejo. Ora, se eles não ficaram nem 72 horas por aqui, como daria tempo para tantas aventuras contadas? E como fugitivos, o que mais queriam eram garantir ao máximo o anonimato, dariam tanta chance para estarem em evidência?
O certo é que, em terras de Barra do Mendes, teve fim um dos mais avultados movimentos do nordeste brasileiro, O CANGAÇO. Aqui tombou o vingador de Lampião, o Diabo Loiro.
No entanto, não obstante a importância do fato, o local onde tudo isso aconteceu, a Fazenda do Velho Zé Pacheco, continua lá, sem nenhum marco, sem nenhuma identificação. Não existe mais vestígio algum da casa de farinha. Os atuais donos da propriedade, uma neta do Velho Zé Pacheco e seu esposo, sempre recebem muito bem as pessoas que lá vão em busca de conhecer o local, mas nada mais podem fazer além disso.
Ao longo desses 75 anos, nada fora feito por nenhuma esfera governamental afim de preservar e de garantir as futuras gerações o direito ao acesso daquilo que lhe é garantido por Lei.
Nossa história carece de mais estudo, merece mais atenção!
Liandro Antiques
Fonte: Lampião Aceso.
Por: Liandro Antiques..
"Vamos sambar minha gente até o sol raiá, que já mataram Corisco e balearam Dadá"...
Não poderia deixar passar em branco uma data como essa, muito importante para a história de Barra do Mendes.
Em 25 de maio de 1940, há exatamente 75 anos, era capturado na Fazenda Pacheco, distante 10 km da sede do município de Barra do Mendes, o Cangaceiro Corisco e sua mulher Dadá.
Corisco, Dadá, Rio Branco, Florência e a menina Zefinha, chegaram na Fazenda do Velho Zé Pacheco, dia 23 de maio, uma quinta-feira e nessa mesma noite faleceu Leogera, filha do dono da casa.
Na sexta-feira, dia 24, Corisco e Dadá acompanharam o cortejo fúnebre até a Vila de Barra do Mendes, onde Leogera foi sepultada no “Cemitério Novo”.
No sábado, dia 25, Corisco, que estava arranchado na casa de farinha da propriedade, encomenda a Zé Antonio Pacheco, um homem, já de 41 anos de idade, e não um rapaz como contam, que lhe trouxesse da feira livre do Arraial de Barro Alto, os mantimentos necessários para seguirem viagem, pois dizia ele que eram romeiros com destino a Bom Jesus da Lapa. Acontece que no Barro Alto, Zé Antonio se depara com a volante do Tenente Zé Rufino, que indaga acerca dos “romeiros, e ao receber informação precisa de onde estavam, intimida Zé Antonio e outros a o levarem a dita localidade. Já chega atirando, sem dar chance de fuga. Dadá é baleada no pé e Corisco alvejado por uma saraivada de tiros, ficando imobilizado no local.
Corisco agoniza gravemente ferido.
Não morreu na hora. O outro casal, Rio Branco e Florência, estavam na Lagoa do Soldado lavando roupa, por isso ao ouvirem a “pipoca” aproveitam a distância e fogem, indo parar em...
A volante leva Corisco e Dadá, mas o cangaceiro morre na estrada e é sepultado em Miguel Calmon. Dadá é operada e levada para Salvador, onde morreu já idosa.
Durante muito tempo, se ouviu muitas histórias acerca da permanência de Corisco em Barra do Mendes, o que na verdade não passam de invencionices do nosso povo sertanejo. Ora, se eles não ficaram nem 72 horas por aqui, como daria tempo para tantas aventuras contadas? E como fugitivos, o que mais queriam eram garantir ao máximo o anonimato, dariam tanta chance para estarem em evidência?
O certo é que, em terras de Barra do Mendes, teve fim um dos mais avultados movimentos do nordeste brasileiro, O CANGAÇO. Aqui tombou o vingador de Lampião, o Diabo Loiro.
No entanto, não obstante a importância do fato, o local onde tudo isso aconteceu, a Fazenda do Velho Zé Pacheco, continua lá, sem nenhum marco, sem nenhuma identificação. Não existe mais vestígio algum da casa de farinha. Os atuais donos da propriedade, uma neta do Velho Zé Pacheco e seu esposo, sempre recebem muito bem as pessoas que lá vão em busca de conhecer o local, mas nada mais podem fazer além disso.
Um retrato artístico de José Pacheco
Ao longo desses 75 anos, nada fora feito por nenhuma esfera governamental afim de preservar e de garantir as futuras gerações o direito ao acesso daquilo que lhe é garantido por Lei.
Nossa história carece de mais estudo, merece mais atenção!
Liandro Antiques
Fonte: Lampião Aceso.
quarta-feira, 29 de maio de 2019
Acontece neste momento, no Espaço Pasárgada, o Seminário ‘100 anos de Carnaval de Manuel Bandeira’ com os pesquisadores, André Cervinskis e Ângelo Monteiro. A ação faz parte do ‘ Encantamento de Pasárgada’, projeto incentivado pelo #FUNCULTURA que acontece desde 2018. A programação segue até amanhã, com seminário, recitais, exibição de filmes e exposição fotográfica. Confira todos os detalhes no link http://abre.ai/encantamentodepasargada
O Prêmio Hermilo Borba Filho vem a cada ano destacando novos escritores pernambucanos. Nesta quarta-feira, (29), às 15h, no Espaço Pasárgada, a Secult/Fundarpe e a @cepeeditora vão divulgar lista de vencedores com uma cerimônia aberta ao público. Nesta 6ª edição, a premiação contou com a participação de 162 obras inscritas da Região Metropolitana, Zona da Mata, Agreste e Sertão.
terça-feira, 28 de maio de 2019
MESTRE CHICO BELO
Francisco Alves de Freitas,este é o nome de batismo do Mestre Chico Belo,nasceu no ano da graça de 1948, na pequenina cidade de Caridade, município encravado no Sertão do Canindé,norte do estado do Ceará.
Ouviu muito cedo o toque do martelo no couro e fez oficio desta arte herdada pelo pai e pelo avô. Desenvolveu o artesanato em couro e pelas mãos o couro curtido vira selas ,arreios,botas,sandálias,cintos,chicotes e toda indumentárias do vaqueiro nordestino. Caprichoso,perfeccionista.,assim é o Mestre Chico Belo no oficio do couro e do curtume. Certamente por considerar o seu trabalho uma arte, não falta esmero e delicadeza na produção de sua obra. O reconhecimento da sua arte veio mesmo que tarde,através da secretaria de cultura do estado do Ceará com o titulo de Mestre da Cultura Cearense.
Ouviu muito cedo o toque do martelo no couro e fez oficio desta arte herdada pelo pai e pelo avô. Desenvolveu o artesanato em couro e pelas mãos o couro curtido vira selas ,arreios,botas,sandálias,cintos,chicotes e toda indumentárias do vaqueiro nordestino. Caprichoso,perfeccionista.,assim é o Mestre Chico Belo no oficio do couro e do curtume. Certamente por considerar o seu trabalho uma arte, não falta esmero e delicadeza na produção de sua obra. O reconhecimento da sua arte veio mesmo que tarde,através da secretaria de cultura do estado do Ceará com o titulo de Mestre da Cultura Cearense.
segunda-feira, 27 de maio de 2019
Pela primeira vez um filme brasileiro leva o Prêmio do Júri no Festival de Cannes. #BACURAU faz história e consagra o cinema feito em Pernambuco. Parabéns, Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, além de toda a equipe! Viva o cinema e a cultura brasileira! Viva Pernambuco!!!
domingo, 26 de maio de 2019
CLODO FERREIRA
Nascido em Teresina em 1951, Clodo Ferreira pertence a uma família que manteve a tradição de iniciar os nomes com a mesma letra: Climério, Clésio, Cleonice, Cristina, Clélia e Cleane - somente a irmã adotiva Heloisa fugiu à regra. A partir de 1962, a família mudou-se para Brasília, começando pelos irmãos mais velhos, vindo todos para a nova capital em meados da década, quando o artista ainda era um adolescente. Logo no princípio, ainda morando na cidade-satélite de Taguatinga, no Distrito Federal, participou de programas de auditório na televisão numa dupla que interpretava repertório da Jovem Guarda. Por breve tempo, foi guitarrista-base do conjunto Quadradões (embrião do futuro grupo Placa Luminosa), que em seu LP de estreia, em 1968 registrou suas primeiras composições: Que um dia e Ao entardecer, esta última parceria com Clésio. Em seguida, passou a se apresentar nas festas familiares e de amigos com a irmã Cristina.
A próxima mudança levou o compositor a morar na Asa Norte do Plano Piloto de Brasília, onde conheceu, em 1968, o compositor Zeca Bahia, seu parceiro mais frequente nos dez anos que se seguiram. Três anos depois sua composição “Suzana” (c/ Romildo e Olímpio) foi gravada pelo grupo Matuskela. O mesmo grupo defendeu suas músicas Placa luminosa (c/ Zeca Bahia) e Sino, sinal aberto, classificadas em primeiro e segundo lugares no II Festival de Música do CEUB. Começa aí o reconhecimento de sua história como compositor.
Após se graduar em Comunicação, mudou-se para São Paulo em 1976, onde conviveu com Rodger e Teti, integrantes do grupo Pessoal do Ceará. Dessa convivência com Rodger, resultaram inúmeras parcerias, como “Ponta do lápis”, lançada por Fagner e Ney Matogrosso. Paralelamente, tornou-se parceiro de Fagner com a canção Corda de aço, incluída no LP Raimundo Fagner. Ainda neste ano, participou do programa Mambembe, a vez dos novos (TV Bandeirantes), ao lado dos dois irmãos, surgindo o trio Clodo, Climério, Clésio, que permaneceu por duas décadas.
Batizado com o título de São Piauí, o primeiro LP do trio (1977), produzido por Ednardo, trazia a música Cebola cortada(c/Petrúcio Maia), lançada simultaneamente por Fagner no LP “Orós” e depois regravada pela MPB-4 e Milton Nascimento. Também naquele ano, a canção Velho demais (c/ Zeca Bahia) foi incluída na trilha sonora da novela “Sem lenço, sem documento”, na interpretação do grupo Placa Luminosa.
Sue maior sucesso Revelação (c/ Clésio) está no LP “Eu canto – Quem viver chorará” (1978), de Fagner. A canção, conhecida nacionalmente, foi incluída na trilha sonora da novela “Cara a Cara” (TV Bandeirantes/1979) e teve regravações de Simone, Wando, Razão Brasileira e Engenheiros do Hawaii.
O segundo LP de Clodo, Climério e Clésio - Chapada do Corisco – é de 1978, ano em teve mais oito novas músicas gravadas por diversos artistas. Dois anos depois, o grupo realizou o LP Ferreira, onde aparece a canção Por um triz, de autoria do trio, também registrada por Nara Leão, que dedicou aos três a única composição de sua autoria, em parceria com Fagner e Fausto Nilo - Cli, Clê, Clô. Na época, a composição Meio dia (c/ Fagner) recebeu uma gravação de Zizi Possi.
A década de 1980 multiplicou a quantidade de novas canções gravadas por intérpretes nacionais: Dominguinhos, Guadalupe, Amelinha, Ângela Maria, e Cláudia. Com os irmãos, criou a trilha sonora do filme A difícil viagem.
Iniciando a fase independe, o trio produziu o LP Profissão do sonho. Em 1991, Clodo viu a música “Querubim” (c/ Dominguinhos) incluída na compilação “Forró etc. – Music of the Brazilian Nordest” - produzida por David Byrne. Em seguida, vieram os LP independentes Clodo, Climério, Clésio e Afinidade, o último do trio, de 1993.
Sua carreira individual, entretanto, só começou em 1998 com o CD Corda de aço, uma mostra de seus maiores sucessos e trazendo a até então inédita Mentira da saudade. Nos dois anos seguintes, participou das edições anuais do projeto Temporadas Populares, com Tom Zé e depois com Zé Ramalho da Paraíba. Logo depois, saiu o único CD do trio - Tiro certeiro – reunindo gravações da fase independente.
O segundo CD - Gravura – foi lançado em 2002, todo de músicas inéditas. Paralelamente, Revelação fez parte do longe metragem Eu não conhecia Tururu, da atriz e diretora Florinda Bolkan.
Ainda em 2002, passou a se dedicar ao estudo da obra do sambista carioca Sinhô, cujo repertório apresentou no Clube do Choro, resultando no terceiro CD solo Clodo Ferreira interpreta Sinhô, de 2005, com 13 composições do compositor carioca, num trabalho de natureza histórica. Além das atividades acadêmicas ligadas à música popular, Clodo publicou artigos, livros e realizou pesquisas, sendo doutor em História Cultural. Atualmente, é aposentado pela Universidade de Brasília, onde lecionou por 25 anos.
No final do ano 2015, lançou o mais recente CD – Clodo Ferreira - mantendo o estilo familiar, seus filhos Pedro Ferreira e João Ferreira têm participado de seus discos e shows.
sábado, 25 de maio de 2019
Cavalgada à Pedra do Reino celebra cultura popular no Sertão pernambucano
Festa em São José do Belmonte conta com apoio do Governo de Pernambuco
Uma das grandes inspirações do Movimento Armorial, a 27ª edição da Cavalgada à Pedra do Reino encanta a população pernambucana até o próximo domingo (26) com uma tradicional programação lúdica e religiosa. A iniciativa conta com apoio do Governo do Estado de Pernambuco, por meio da Secult-PE/Fundarpe e Setur/Empetur, e é uma realização da Associação Cultural da Pedra do Reino, em parceria com a Prefeitura de São José do Belmonte. Todas as atividades são gratuitas.
Um dos destaques da programação será a missa de abertura, no Sítio da Pedra do Reino, em homenagem aos mortos no Movimento Sebastianista da Pedra do Reino. Outra atração são duas exposições em cartaz: “Mostra de Artes Sobre a Pedra do Reino” e “A Pedra do Reino e o Sebastianismo na Chapada do Araripe”, com curadoria de Alemberg Quindins.
A programação conta também com as tradicionais festividades que atraem visitantes de toda região. Dentre elas, destacam-se a Cavalhada e a Cavalgada à Pedra do Reino, na qual os cavaleiros participantes mais uma vez anunciarão o legado do Rei Desejado, evocando a figura do rei D. Sebastião. Além disso, encontro de poetas, cantadores, recitadores e mesas de glosas irão acontecer até o próximo domingo (26).
Para Gilberto Freyre Neto, secretário estadual de Cultura, esta é uma importante manifestação cultural do sertão pernambucano. “Quando a gente observa este evento percebemos os motivos tão ricos que inspiraram boa parte da literatura de Ariano Suassuna. A Cavalgada da Pedra do Reino cumpre mais uma vez a missão de fortalecer os laços de cada território com sua própria tradição, valores e costumes”, opina.
Segundo Marcelo Canuto, presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, a Secult-PE e Fundarpe, assim como todos os anos, mais uma vez irão apoiar a festividade com a contratação de artistas. “São grupos como bandas de pífano, de forró pé de serra, aboiadores e outros da região que vão abrilhantar ainda mais este importante evento do nosso Estado”.
Quase diariamente, haverá apresentações de boa música regional e números de dança. Banda de Pífanos do Mestre Ulisses, os grupos de forró pé de serra Serra Talhada e Zé de Balbina, e a dupla Neto Barros e Nilsinho Aboiador são alguns dos nomes que prometem colocar o público para forrozar. Em São José do Belmonte, na Praça Sá Moraes, será montado ainda um polo gastronômico, para a comercialização dos produtos das associações rurais do município.
Confira na íntegra a programação apoiada pelo Governo de Pernambuco:
Quinta-feira (23/5)
Local: Castelo Armorial
19h30 – Abertura da “Mostra de Artes Sobre a Pedra do Reino”. A mostra ficará aberta ao público até o dia 25 de maio, sempre a partir das 8h
Local: Castelo Armorial
19h30 – Abertura da “Mostra de Artes Sobre a Pedra do Reino”. A mostra ficará aberta ao público até o dia 25 de maio, sempre a partir das 8h
Sexta-feira (24/5)
Local: CASA DA CULTURA (Praça Sá Moraes, ao lado da Igreja matriz de São José)
19h30 – Abertura da exposição: “A Pedra do Reino e o Sebastianismo na Chapada do Araripe. Curador: Alemberg Quindins
Local: CASA DA CULTURA (Praça Sá Moraes, ao lado da Igreja matriz de São José)
19h30 – Abertura da exposição: “A Pedra do Reino e o Sebastianismo na Chapada do Araripe. Curador: Alemberg Quindins
Local: Pátio de Eventos
22h – Apresentações de diversas atrações musicais
23h50 – Banda Cavaleiros do Forró
22h – Apresentações de diversas atrações musicais
23h50 – Banda Cavaleiros do Forró
Sábado (25/5)
Local: Praça Sá Moraes
8h – Apresentação de Banda de Pífanos do Mestre Ulisses
8h às 12h – Feira de artesanato e culinária das Associações Rurais do município; Feira de artesanato dos artesãos locais da zona urbana;
8h30 – Apresentação da dança de São Gonçalo do Sítio Tamboril
9h30 – Apresentação do Reisado do Mestre João Cícero
10h – Apresentação dos declamadores Júnior Baladeira e Cícero Moraes
11h – Apresentação de Violeiros, Repentistas Francinaldo e Zé de Liveira
12h – Apresentação da Bacamarteiros da Pedra do Reino, queima de fogos e apresentação da Associação de Bacamarteiros da Pedra do Reino;
12h30 às 14h – Grupo “Forró Pé de Serra Talhada”;
Local: Praça Sá Moraes
8h – Apresentação de Banda de Pífanos do Mestre Ulisses
8h às 12h – Feira de artesanato e culinária das Associações Rurais do município; Feira de artesanato dos artesãos locais da zona urbana;
8h30 – Apresentação da dança de São Gonçalo do Sítio Tamboril
9h30 – Apresentação do Reisado do Mestre João Cícero
10h – Apresentação dos declamadores Júnior Baladeira e Cícero Moraes
11h – Apresentação de Violeiros, Repentistas Francinaldo e Zé de Liveira
12h – Apresentação da Bacamarteiros da Pedra do Reino, queima de fogos e apresentação da Associação de Bacamarteiros da Pedra do Reino;
12h30 às 14h – Grupo “Forró Pé de Serra Talhada”;
Local: O Carvalhão
7h – Grupo “Forró Pé de Serra Talhada”
8h30 – Banda de Pífanos do Mestre Ulisses
9h – Grupo de dança de São Gonçalo do Tamboril
10h – Grupo de Reisado do Mestre João Cicero
11h – Francinaldo e Zé Oliveira (violeiros e repentistas)
12h – Grupo de Bacamarteiros da Pedra do Reino
14h – Banda Filarmônica São José; Banda de Pífanos do Mestre Ulisses; e Grupo Cavalhada Zeca Miron
15h – Apresentação da Cavalhada “Zeca Miron”- Local: Estádio “O Carvalhão”;
7h – Grupo “Forró Pé de Serra Talhada”
8h30 – Banda de Pífanos do Mestre Ulisses
9h – Grupo de dança de São Gonçalo do Tamboril
10h – Grupo de Reisado do Mestre João Cicero
11h – Francinaldo e Zé Oliveira (violeiros e repentistas)
12h – Grupo de Bacamarteiros da Pedra do Reino
14h – Banda Filarmônica São José; Banda de Pífanos do Mestre Ulisses; e Grupo Cavalhada Zeca Miron
15h – Apresentação da Cavalhada “Zeca Miron”- Local: Estádio “O Carvalhão”;
Local: Pátio de Eventos
22h30 – Fulo de Mandacaru
23h55 – Vilões do Forró
22h30 – Fulo de Mandacaru
23h55 – Vilões do Forró
Domingo (26/5)
Local: Igreja Matriz
4h – Alvorada com banda filarmônica e queima de fogos
5h – Banda Filarmônica São José e Banda de Pífanos do Mestre Ulisses
5h30 – Bênção aos cavaleiros em frente à Igreja Matriz de São José e Coroação do Rei e da Rainha da Cavalgada. Participação do Coral Renascer do Sítio Campos e Campinas
6h30 – Saída dos cavaleiros com destino ao Sítio Histórico da Pedra do Reino.
Local: Igreja Matriz
4h – Alvorada com banda filarmônica e queima de fogos
5h – Banda Filarmônica São José e Banda de Pífanos do Mestre Ulisses
5h30 – Bênção aos cavaleiros em frente à Igreja Matriz de São José e Coroação do Rei e da Rainha da Cavalgada. Participação do Coral Renascer do Sítio Campos e Campinas
6h30 – Saída dos cavaleiros com destino ao Sítio Histórico da Pedra do Reino.
Local: Sítio Areinhas
7h30 – Café da manhã na Fazenda Areinhas;
Apresentação de grupo de forró pé de serra de Zé de Balbina
9h30 – Bate-sela (Parada para descanso), no Sítio Batingas
Apresentação de grupo de forró pé de serra de “Pá”
7h30 – Café da manhã na Fazenda Areinhas;
Apresentação de grupo de forró pé de serra de Zé de Balbina
9h30 – Bate-sela (Parada para descanso), no Sítio Batingas
Apresentação de grupo de forró pé de serra de “Pá”
Local: Pedra do Reino
11h30 – Chegada dos cavaleiros ao sítio histórico da Pedra do Reino
11h às 16h – Apresentação de Raniere e Banda e da dupla de aboiadores Neto Barros e Nilsinho Aboiador.
16h30 – Encerramento do evento
11h30 – Chegada dos cavaleiros ao sítio histórico da Pedra do Reino
11h às 16h – Apresentação de Raniere e Banda e da dupla de aboiadores Neto Barros e Nilsinho Aboiador.
16h30 – Encerramento do evento
sexta-feira, 24 de maio de 2019
quinta-feira, 23 de maio de 2019
MESTRE JORGE DO ESTANDARTE
Nasceu Jorge dos Santos na histórica São Cristóvão, cidade situada na região metropolitana de Aracaju,no estado de Sergipe,no dia 27 de fevereiro de 1935. Aprendeu folclore na vivência com a família, pai, tio e avô que eram brincantes do Reisado, da Taieiras, da Chegança e do Batalhão, tradicionais manifestações da cultura brasileira, sem esquecer os blocos de Carnaval. Nos anos 1950, já coordenava a saída do Bloco Tira-teima, patrocinado pela fábrica têxtil Sam Christovam S. A. Morou no Rio de Janeiro entre os anos de 1960 e 1989, período em que trabalhou em duas escolas de samba: Acadêmicos do Salgueiro e Bafo de Onça.
De volta à terra natal, dedicou-se às tradições cívicas, religiosas e festejos culturais. Conhecido na cidade como Jorge do Estandarte em razão dos riquíssimos estandartes de alto valor artístico que produz. Coordena o Grupo União do São Gonçalo, que tem sede na própria residência, na sede de São Cristóvão, onde acontecem ensaios regulares de Reisado, Samba de Coco e Batalhão de São João.
quarta-feira, 22 de maio de 2019
Você sabia que passar “Uma Noite no Museu” já é possível? Pois é! OCais do Sertão realiza o projeto desde ano passado e faz personagens do conteúdo expositivo ganharem vida. Arretado! E o melhor de tudo isso é que, no elenco, estão alunos da rede pública de ensino. A#NoitenoMuseu do #CaisdoSertão acontece hoje (21), às 18h com entrada gratuita. A imaginação vai acontecer de olhos abertos. Vale muito!
As inscrições de propostas para compor a programação de atividades da 12ª Semana do Patrimônio estão abertas e seguem até o dia 14 de junho. Produtores, instituições culturais, escolas, artistas, pesquisadores, professores, estudantes e pessoas interessadas na temática do patrimônio podem propor atividades a serem realizadas durante a Semana nos equipamentos culturais do Estado. As atividades devem ser relacionadas às temáticas do patrimônio cultural, nas diversas áreas e linguagens. A 12ª Semana do Patrimônio acontecerá de 12 a 17 de agosto e terá como tema ‘Territórios Educativos e Culturais: Diálogos Possíveis’. Todos os detalhes você confere em nosso site.
terça-feira, 21 de maio de 2019
Antonio de Dedé
A arte de Antonio de Dedé, apesar de ter sido “descoberta” no âmbito da arte popular há poucos anos, remonta à infância. Começou a fazer suas peças aos oito anos de idade. Fazia seus próprios brinquedos de madeira e lata e os vendia pela vizinhança. Depois começou a receber encomendas dos terreiros de umbanda próximos: Os bonequinhos, era assim: chegava uma pessoa que trabalhava nessas casas de mãe de santo e “ah, faz um bonequinho pra eu botar lá?”, aí eu fazia. Fazia Saravá, Ogum, Preto-Velho. Fazia. E eles levavam pra botar lá. Só que pagavam. Eu não fazia de graça não, conta o artista.
Antonio de Dedé, Sagrado Coração de Maria, madeira policromada. Reprodução fotográfica Galeria Pontes (www.galeriapontes.com.br), São Paulo, SP.
Antonio de Dedé contava que sua “descoberta” no mundo da arte popular se deu muito naturalmente e em dois momentos distintos. Desde muito tempo suas peças eram expostas em uma estante na sala de casa; as pessoas que passavam por ali sempre davam uma “esticada” para ver o que tinha lá e se deparavam com suas peças. Sua fama foi correndo pela vizinhança até que um dia um galerista de Maceió, tendo ouvido falar dele em uma visita à Lagoa da Canoa, bateu à sua porta: Aí ele chegou: “o senhor é o Antônio de Dedé?” eu disse: “sou sim, senhor.” E ele: “rapaz, eu vim à procura do senhor. E atrás de mim vem um bocado de gente que está rodando aí.” Eu digo: “ah, mas o senhor encontrou foi agora! O que deseja?” “Eu vim aqui pra saber se o senhor tem condição de fazer umas peças pra mim. Se você é interesseiro de fazer umas peças.” Eu disse: “que peças?” E ele: “peças de artesanato. Fazer escultura de madeira.” Aí eu digo: “ah, faço sim.” “Tem alguma coisa pra me mostrar aí?” Aí digo: “aqui tem umas amostrazinhas aí, só não sei se você agrada.” Aí ele pegou, mas, quando ele viu, já escolheu logo. Ele disse: “essa daqui já vou comprar. Já dá pro meu trabalho.” Eu disse: “ já?” Ele disse: “É. Tem como o senhor fazer melhor?” E eu: “tem. Faço melhor. Faço do jeito que o senhor quiser. Faço melhor, faço menor, faço maior.” E ele disse: “ah! É dessas que eu quero. Faz maior?” “Faço.” “Pois tá certo, vou levar essa”, contava Antonio. O artista e o comprador mantiveram um “contrato” de exclusividade durante algum tempo. Segundo o artista, o preço era baixo, mas compensava porque se tratava de uma venda regular. O acordo com esse comprador foi rompido pelo seu sumiço por vários meses, deixando a produção de meses “encalhada”. A segunda “descoberta” foi feita por um casal de galeristas residente em Maceió: Dalton Costa e Maria Amélia. O encontro com eles se deu mais ou menos da mesma forma que o primeiro, assim como o acordo de venda estabelecido entre eles. Na galeria do casal em Maceió há um amplo acervo de peças de Antonio de Dedé; ali essas peças foram sendo não somente comercializadas, mas também foram sendo amplamente divulgadas entre os visitantes. Esta divulgação passa pela inserção do nome de Antonio de Dedé no mundo da arte popular à criação de novos agentes e meios de mostrar e escoar seu trabalho.
Antonio de Dedé, Iemanjá, madeira policromada. Reprodução fotográfica autoria desconhecida.
A principal característica da obra de Antonio de Dedé é a expressividade do entalhe e a dramaticidade evidente em cada peça. Elas transmitem ao expectador sentimentos variados: da angustia ao humor irônico. São recriações inusitadas do mundo em que vive: animais, santos católicos e figuras humanas são as peças mais encontradas. Elas possuem cores e tamanhos variados, de 50 centímetros a dois metros de altura. O artista contava que não teve um aprendizado formal em arte; aprendeu sozinho observando seu pai trabalhar a madeira na “arte da carpintaria”. Desse olhar cotidiano trouxe a inspiração para criar a sua obra e a escrever sua própria história no mundo da arte brasileira. Antonio de Dedé atribuía sua habilidade a um dom; uma dádiva recebida, algo que veio da vontade de recriar o trabalho do pai.
Antonio de Dedé, título desconhecido, madeira policromada. Reprodução fotográfica Galeria Pontes (www.galeriapontes.com.br), São Paulo, SP.
Antonio de Dedé tem obras em importantes coleções particulares e museus pelo Brasil. Ele participou de exposições pelo Brasil e no exterior e suas peças são comercializadas em importantes galerias de arte em cidades como Maceió, Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Considerado Patrimônio Vivo de Alagoas desde 2015, Antonio de Dedé faleceu no dia 16 de junho de 2017 em Arapiraca-AL, aos 63 anos.
Antonio de Dedé, São Jorge, madeira policromada. Acervo Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre, RS.
Considerado Patrimônio Vivo de Alagoas desde 2015, Antonio de Dedé faleceu no dia 16 de junho de 2017 em Arapiraca-AL, aos 63 anos.
Fonte:
REIS, D. Catálogo da exposição “Expressões na madeira: família Antônio de Dedé”, Sala do Artista Popular, Centro Nacional do Folclore e Cultura Popular, Rio de Janeiro, RJ, 2010.
Antonio de Dedé, título desconhecido, madeira policromada. Reprodução fotográfica Galeria Pontes (www.galeriapontes.com.br), São Paulo, SP.
Antonio de Dedé, título desconhecido, madeira policromada. Reprodução fotográfica Galeria Pontes (www.galeriapontes.com.br), São Paulo, SP.
Antonio de Dedé, Santo Antonio, madeira policromada. Acervo Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre, RS.
Antonio de Dedé, Santo Antonio, madeira policromada. Acervo Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre, RS.
Antonio de Dedé, banco de duas cabeças, madeira policromada. Reprodução fotográfica Galeria Estação (www.galeriaestacao.com.br), São Paulo, SP.
Antonio de Dedé, título desconhecido, madeira policromada. Reprodução fotográfica Galeria Pontes (www.galeriapontes.com.br), São Paulo, SP.
Antonio de Dedé, título desconhecido, madeira policromada. Acervo Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre, RS.
Antonio de Dedé, N. S. Aparecida, madeira policromada. Acervo Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre, RS.
Antonio de Dedé, Sereia, madeira policromada. Acervo Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre, RS.
Grupo escultórico de Antonio de Dedé. Acervo Galeria Karandash, Maceió, AL.
Conjunto de obras de Antonio de Dedé. Reprodução fotográfica: Projeto Sertões.
Antonio de Dedé, título desconhecido, madeira policromada. Acervo Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre, RS.
Antonio de Dedé, N. S. Aparecida, madeira policromada. Acervo Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre, RS.
Antonio de Dedé, Sereia, madeira policromada. Acervo Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre, RS.
Grupo escultórico de Antonio de Dedé. Acervo Galeria Karandash, Maceió, AL.
Conjunto de obras de Antonio de Dedé. Reprodução fotográfica: Projeto Sertões.
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