quarta-feira, 31 de julho de 2019
Após 25 anos, o álbum ‘Da Lama ao Caos’ será regravado em fita cassete amarela. Considerado um marco na carreira da Chico Science e @nacaozumbioficial, o projeto contém 11 faixas, dentre elas, sucessos que marcaram época como “A Cidade”, “A Praieira” e “Rios, Pontes e Overdrives”, misturando o que existe de melhor do maracatu, rock, hip-hop e funk com letras que sempre abordaram as questões sociais. O relançamento é uma parceria da Polysom com a Sony Music. Os cassetes chegarão às lojas no início de agosto. Uma ótima notícia para os fãs de Chico e da Nação Zumbi, hein?
terça-feira, 30 de julho de 2019
Destinos diferentes
A família de Lampião em Juazeiro do Norte,CE
Por: Leandro Cardoso
Muita gente não sabe, mas a família de Lampião viveu em Juazeiro do período de 1923 a 1927, com a permissão do Padre Cícero. Na segunda década do século passado, por duas vezes, a família Ferreira teve que se mudar em razão dos entreveros com o vizinho José Alves de Barros, o Zé de Saturnino. Na primeira vez, obedecendo a um pacto de acomodação arbitrado pelo Coronel Cornélio Soares de Vila Bela, mudaram-se para a Vila de Nazaré (hoje Carqueja–PE).
Na segunda vez, demandaram à cidade alagoana de Mata Grande, ocasião em que morreram os genitores de Lampião, José Ferreira (vítima da volante de José Lucena Maranhão) e Dona Maria (vítima de um ataque cardíaco).
Em 1922, o jovem cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, já definitivamente com o pé fincado no cangaço, assume a chefia do bando do célebre Sinhô Pereira, que deixava o Nordeste em fuga para Goiás.
A família Ferreira, sem possibilidade de retornar para Vila Bela, procura abrigo em Juazeiro do Norte. Com a morte dos pais, João Ferreira (o único dos irmãos que não entrou para o cangaço), assume a chefia da família. Após conversa com o Padre Cícero, recebe permissão para se estabelecer em Juazeiro com as irmãs, cunhados, primos (os Paulo) e sobrinhos.
Na passagem de Lampião por Juazeiro do Norte, em 1926, foram tiradas várias fotografias da família. Na célebre foto da família reunida (que é vista acima), vemos na extrema esquerda sentado, Antônio Ferreira e na extrema direita, Lampião; a segunda sentada da direita para a esquerda é Dona Mocinha (tendo seu marido, Pedro Queiroz, atrás de si); ao lado direito de Pedro está João Ferreira; do lado esquerdo de João está Ezequiel (que depois entraria para o cangaço com o vulgo de Pente Fino); e, finalmente, o segundo da direita para a esquerda, em pé, é Virgínio (seria o futuro cangaceiro Moderno, chefe de grupo), casado com uma irmã de Lampião, que logo morreria de parto em Juazeiro.
Na ocasião da foto, Dona Mocinha (Maria Ferreira de Queiroz) estava recém-casada com Pedro e, nas várias ocasiões em que a entrevistei, ela sempre externou a enorme benevolência do Padre Cícero, e que todos da família se sentiam seguros em Juazeiro. Dona Mocinha, hoje com 96 anos, única remanescente viva dos irmãos e irmãs de Lampião, mora em São Paulo e foi diversas vezes entrevistada por mim. Contou-me que aprendeu a dançar com Virgulino tocando “harmônica” no terreiro da fazenda “Passagem das Pedras”, em Vila Bela, e que o irmão vivia na casa da avó, Dona Jacosa Lopes. Refere-se aos irmãos sempre com muito carinho, dizendo que o mais fechado era Antônio e o mais brincalhão era Livino Ferreira. E, em todas as vezes que conversamos, sempre externou a excelente acolhida que a família teve em Juazeiro, e gratidão de todos ao Padre Cícero. Tanto é que seu primogênito é afilhado do Padre Cícero.
Rememora com muita satisfação dos familiares de João Mendes de Oliveira, de quem se tornaram amigos. Dona Mocinha casou em Juazeiro com Pedro Queiroz e só deixou a Meca nordestina quando a polícia pernambucana intimou seu marido em Vila Bela, e o prendeu arbitrariamente. Então, Dona Mocinha (e parte da família), teve que deixar Juazeiro em 1927 para residir em Serra Talhada.
Para finalizar, deixo minhas homenagens à Dona Mocinha, que hoje, quase centenária e lúcida, é um repositório vivo da história recente do Brasil e de Juazeiro do Norte, uma vez que foi expectadora de camarote de um dos períodos mais interessantes e polêmicos da nossa história recente, além de ser testemunha inconteste do desprendimento e da bondade incondicionais do Padre Cícero Romão Batista.
Por: Leandro Cardoso
Muita gente não sabe, mas a família de Lampião viveu em Juazeiro do período de 1923 a 1927, com a permissão do Padre Cícero. Na segunda década do século passado, por duas vezes, a família Ferreira teve que se mudar em razão dos entreveros com o vizinho José Alves de Barros, o Zé de Saturnino. Na primeira vez, obedecendo a um pacto de acomodação arbitrado pelo Coronel Cornélio Soares de Vila Bela, mudaram-se para a Vila de Nazaré (hoje Carqueja–PE).
Na segunda vez, demandaram à cidade alagoana de Mata Grande, ocasião em que morreram os genitores de Lampião, José Ferreira (vítima da volante de José Lucena Maranhão) e Dona Maria (vítima de um ataque cardíaco).
Em 1922, o jovem cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, já definitivamente com o pé fincado no cangaço, assume a chefia do bando do célebre Sinhô Pereira, que deixava o Nordeste em fuga para Goiás.
A família Ferreira, sem possibilidade de retornar para Vila Bela, procura abrigo em Juazeiro do Norte. Com a morte dos pais, João Ferreira (o único dos irmãos que não entrou para o cangaço), assume a chefia da família. Após conversa com o Padre Cícero, recebe permissão para se estabelecer em Juazeiro com as irmãs, cunhados, primos (os Paulo) e sobrinhos.
Lampião e familiares em Juazeiro do Norte
Na passagem de Lampião por Juazeiro do Norte, em 1926, foram tiradas várias fotografias da família. Na célebre foto da família reunida (que é vista acima), vemos na extrema esquerda sentado, Antônio Ferreira e na extrema direita, Lampião; a segunda sentada da direita para a esquerda é Dona Mocinha (tendo seu marido, Pedro Queiroz, atrás de si); ao lado direito de Pedro está João Ferreira; do lado esquerdo de João está Ezequiel (que depois entraria para o cangaço com o vulgo de Pente Fino); e, finalmente, o segundo da direita para a esquerda, em pé, é Virgínio (seria o futuro cangaceiro Moderno, chefe de grupo), casado com uma irmã de Lampião, que logo morreria de parto em Juazeiro.
Na ocasião da foto, Dona Mocinha (Maria Ferreira de Queiroz) estava recém-casada com Pedro e, nas várias ocasiões em que a entrevistei, ela sempre externou a enorme benevolência do Padre Cícero, e que todos da família se sentiam seguros em Juazeiro. Dona Mocinha, hoje com 96 anos, única remanescente viva dos irmãos e irmãs de Lampião, mora em São Paulo e foi diversas vezes entrevistada por mim. Contou-me que aprendeu a dançar com Virgulino tocando “harmônica” no terreiro da fazenda “Passagem das Pedras”, em Vila Bela, e que o irmão vivia na casa da avó, Dona Jacosa Lopes. Refere-se aos irmãos sempre com muito carinho, dizendo que o mais fechado era Antônio e o mais brincalhão era Livino Ferreira. E, em todas as vezes que conversamos, sempre externou a excelente acolhida que a família teve em Juazeiro, e gratidão de todos ao Padre Cícero. Tanto é que seu primogênito é afilhado do Padre Cícero.
Rememora com muita satisfação dos familiares de João Mendes de Oliveira, de quem se tornaram amigos. Dona Mocinha casou em Juazeiro com Pedro Queiroz e só deixou a Meca nordestina quando a polícia pernambucana intimou seu marido em Vila Bela, e o prendeu arbitrariamente. Então, Dona Mocinha (e parte da família), teve que deixar Juazeiro em 1927 para residir em Serra Talhada.
Para finalizar, deixo minhas homenagens à Dona Mocinha, que hoje, quase centenária e lúcida, é um repositório vivo da história recente do Brasil e de Juazeiro do Norte, uma vez que foi expectadora de camarote de um dos períodos mais interessantes e polêmicos da nossa história recente, além de ser testemunha inconteste do desprendimento e da bondade incondicionais do Padre Cícero Romão Batista.
O autor com Dona Mocinha
O autor é médico, cordelista, escritor, residente em Teresina, PI – Foto
Fonte: Lampiao Aceso,
quarta-feira, 24 de julho de 2019
Maria Josefa da Conceição,conhecida como Maria de Tiê tem 58 anos,dos quais 41 anos são dedicados aos fazeres e saberes da dança do coco e do maneiro-pau na comunidade Quilombola dos Souza.localizada no Sitio de Vassourinha,zona rural do município de `Porteiras.
Suas toadas e emboladas de coco divulgam as tradições e práticas culturais próprias sw seu povo. como forma de reconhecimento e valorização da transmissão entre as gerações dos saberes de raiz cultural africana e afro-brasileira,esta advinda da singularidade história e cultura repassada pelo seu pai, o Mestre Luiz Manoel de Souza,que foi mestre de reisado,embolador de coco e Maneiro-Pau.
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terça-feira, 23 de julho de 2019
Alex Botega nasceu no dia 19 de novembro de 1968 em Itapaci, no Vale do São Patrício, Goiás. Artista com formação acadêmica iniciou seus estudos na Escola de Arte Osvaldo Verano em Anápolis. Atualmente vive em Pirenópolis, onde mantém seu ateliê.
O trabalho de Botega é inspirado nos costumes e na cultura do povo goiano. Suas obras são realizadas de forma primitiva, uma opção do artista que une a tradição e a técnica dos paneleiros com a liberdade da forma expressa em sua arte. São peças com cores fortes e vibrantes que transmitem alegria, beleza e simplicidade. São mulheres com vestidos de chita colorida, algumas delas debruçadas na janela (as namoradeiras goianas), carros de boi e figuras e personagens do imaginário do artista.
Alex Botega, Mascarado, cerâmica policromada. Reproduçao fotográfica do blog "Arte Popular Brasileira" (http://botega.blogspot.com/).
Alex Botega, Áurea, cerâmica policromada. Reproduçao fotográfica do blog "Arte Popular Brasileira" (http://botega.blogspot.com/).
Alex Botega, carro de boi, cerâmica policromada. Reproduçao fotográfica do blog "Arte Popular Brasileira" (http://botega.blogspot.com/).
Alex Botega, título desconhecido, cerâmica policromada. Reproduçao fotográfica do blog "Arte Popular Brasileira" (http://botega.blogspot.com/).
O trabalho de Botega já foi exposto em várias cidades brasileiras como Anápolis, Goiânia e Brasília. Representou a Arte Popular Brasileira em 2007 na Embaixada do Brasil em Manágua, na Nicarágua. Participou da XII CarboArte no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, com exposição do seu trabalho e oficina.
Contato com Botega:
Email: botega3@hotmail.com
Tel: (62) 9251-0739
Tel: (62) 9251-0739
Alex Botega, título desconhecido, cerâmica policromada. Reproduçao fotográfica do blog "Arte Popular Brasileira" (http://botega.blogspot.com/).
Alex Botega, Nana, cerâmica policromada. Reproduçao fotográfica do blog "Arte Popular Brasileira" (http://botega.blogspot.com/).
Alex Botega, Dona Ita e Seu Alaô, cerâmica policromada. Reproduçao fotográfica do blog "Arte Popular Brasileira" (http://botega.blogspot.com/).
Alex Botega, Casal do café, cerâmica policromada. Reproduçao fotográfica do blog "Arte Popular Brasileira" (http://botega.blogspot.com/).
Alex Botega, Santa Dica, cerâmica policromada. Reproduçao fotográfica do blog "Arte Popular Brasileira" (http://botega.blogspot.com/).
segunda-feira, 22 de julho de 2019
Róseo Moraes falou a Revista Cruzeiro...
"Eu não matei Delmiro Gouveia"
Reportagem de Antônio Sapucaia com fotos de Paulo Cavalcante publicada na revista O Cruzeiro de 23 de março de 1968 com o título original Cinquenta anos depois: “Eu não matei Delmiro Gouveia”.
“Eu não matei Delmiro Gouveia e até hoje ignoro o motivo pelo qual me apontaram como responsável por este crime que não cometi. Não guardo rancores de ninguém, mas, apesar de haver cumprido a pena que me foi imposta, só morrerei tranquilo se antes ver a Justiça apontar o verdadeiro assassino de “seu” Delmiro.”
Quem diz isso é um homem de cabeça branca, 72 anos de idade, e que esteve preso na Penitenciária de Maceió durante 14 anos, 9 meses e 15 dias, após ter sido condenado a 30 anos de prisão. Chama-se Róseo Morais do Nascimento e, juntamente com José Inácio Pia (Jacaré) e Antônio Félix, foi processado e condenado como autor do assassinato de Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, acontecimento que repercutiu em todo o Brasil, particularmente no Nordeste, onde era tido como um rei, sobretudo pelo seu espirito realizador e pioneiro.
Róseo é um homem que não sabe rir, e em cada palavra que pronuncia deixa transparecer a revolta de injustiçado. Não acusa, apenas se defende. Fala com assombrosa segurança, sobretudo quando alude a datas, e não cai em contradição, mantendo sempre uma conversa equilibrada.
Embora não tenha ainda batido à porta da Justiça, protestando inocência e pedindo que seja restaurada a verdade, Róseo está disposto a fazê-lo o mais breve possível e, já agora, reúne elementos para a batalha judicial. Diz que não quer morrer e deixar essa herança para os filhos e netos — a de ser apontado como criminoso —, quando vive de consciência tranquila, embora constrangido e inconformado. O crime realmente existiu, entretanto — diz ele —, eu e compadre Jacaré, que morreu inocente, nada tivemos com ele. Apenas fomos vítimas de um erro forjado, que tanto prejuízo nos causou, deixando em liberdade o verdadeiro matador de Delmiro. E muita gente boa sabe disso, embora teime em fazer segredo — acrescenta, em tom de revolta.
Para a luta que vai travar, conta principalmente com o apoio e incentivo de uma filha com quem vive — Laurentina Morais do Nascimento —, que diz incisivamente: “Cedo ou tarde, todos irão saber que meu pai é inocente. Se ele morrer antes de tudo ser devidamente esclarecido, continuarei a luta, pois, apesar dos pesares, ainda acredito na Justiça. E estou certa de que a verdade verdadeira há de aparecer de qualquer modo, doa a quem doer”.
Consta que no dia 10 de outubro de 1917, exatamente uma quarta-feira, Delmiro Gouveia encontrava-se lendo jornais no alpendre de sua essa, quando, inesperadamente, apagaram-se as luzes e, logo a seguir, foram ouvidos três tiros, deflagrados contra Delmiro. Residindo a uns 50 metros da casa de Delmiro, o capitão Firmino Rodrigues, tão logo ouviu os tiros, correu para lá e à margem da calçada, viu que três homens altos corriam; e indagou:
— Rapazes, que tiros foram esses?
Um deles respondeu:
— Foi tapa em cara de homem…
O desaparecimento de Delmiro Gouveia, denominado “Rei do Sertão”, repercutiu no Brasil inteiro, particularmente no Nordeste, onde ocasionou terrível abalo social e econômico. Dotado de larga visão administrativa, foi o primeiro homem a aproveitar a força hidrelétrica da Cachoeira de Paulo Afonso e foi quem primeiro usou automóvel nas terras sertanejas, semeando civilização onde outrora apenas existiam terras sáfaras e esturricadas. Até hoje, positivamente, não se sabe quem foi o responsável (ou responsáveis) pela sua morte. Dizem uns que a iniciativa partiu de trustes estrangeiros, outros afirmam que se trata de um crime com raízes em vingança por questões amorosas, dentre outras versões.
Do mesmo modo, há dúvida quanto aos verdadeiros mandatários. Róseo Morais do Nascimento, por exemplo, diz que nada teve com o fato e chegou até a ser insinuado pelo capitão Pedro Nolasco, da Policia de Alagoas, a afirmar que a Iniciativa do assassinato havia sido do coronel José Rodrigues, então residindo em Piranhas, e um dos inimigos de Delmiro.
— “O pior é que eu e Jacaré — acrescenta Róseo — nem sequer conhecíamos o coronel José Rodrigues. Entretanto, depois de termos sido barbaramente seviciados e espancados, e prevendo que íamos mesmo morrer, resolvemos confessar um crime que não praticamos, apesar dos nossos depoimentos serem cheios de contradição, como não poderia deixar de ser.”
Sobre Delmiro Gouveia, Róseo diz que era um dos melhores homens deste mundo. Gostava da ordem e do respeito e jamais teve a menor queixa dele. “Seria melhor — diz ele — que a metade do povo de Alagoas tivesse morrido, mas que o “seu” Delmiro estivesse vivo!”
Conta que trabalhou na Fábrica da Pedra durante um ano, tendo saído de lá simplesmente porque “o ordenado não dava para ganhar minha vida”.
Róseo Morais do Nascimento narra com riqueza de detalhes que no dia 10 de outubro de 1917, exatamente no dia em que Delmiro Gouveia foi assassinado, ele se encontrava em Japaratuba (Sergipe), juntamente com Jacaré, pois, viajando de trem de Propriá para Aracaju, rumo à Bahia, dormiram naquela localidade em virtude de um desarranjo no comboio, que pernoitou ali. E Róseo invoca o testemunho do coronel Manuel de Sousa Brito (Neco de Brito), proprietário de uma fábrica de tecidos em Propriá, onde ele e Jacaré trabalharam e pediram demissão no dia 9 de outubro, por causa do salário, que era insuficiente. E lembra, também, vários outros testemunhos, além de haver exposto documentos ao capitão Nolasco, quando preso, provando a sua inocência, documentos estes que foram rasgados sob a alegação de que nada valiam.
Recorda ainda que, ao ser interrogado pelo juiz que presidia ao inquérito, o capitão Firmino Rodrigues, que vira os matadores de Delmiro correndo após o crime, afirmara incisivamente que os três indivíduos não pareciam de maneira alguma com nenhum dos réus presentes. Mas as suas declarações de nada valeram.
— “Trabalhei 50 anos, até que vim a descobrir o verdadeiro matador de “seu” Delmiro”, declara Róseo. “Trata-se de Herculano Soares Vilela, filho de Antônio Soares Vilela, morador na Serra dos Cavalos, município de Água Branca. E muita gente boa e importante aqui do Estado sabe disto, embora não queira assumir a responsabilidade de publicar a verdade.”
Esta declaração de Róseo foi confirmada ao repórter pelo sr. Cícero Torres, ex-deputado estadual e ministro aposentado do Tribunal de Contas do Estado, acrescentando que realmente fora Herculano o assassino, uma vez que os seus irmãos moram numa propriedade sua, em Água Branca, e não negam o fato. Adiantou mais que a dita confissão havia sido feita pelo próprio Herculano, antes de morrer, tendo a família guardado o segredo. O sr. Cícero Torres é filho do dr. Miguel Torres, à época Juiz de Direito de Água Branca, que não quis funcionar no processo, tendo sido substituído pelo dr. Nestor dos Santos Selva.
Sabe-se, por outro lado, que a causa do assassinato teria sido um espancamento sofrido por Herculano por parte de Delmiro Gouveia.
Embora não tenha ainda constituído advogado, Róseo Morais do Nascimento e sua filha Laurentina estão no firme propósito de recorrer à Justiça, requerendo a revisão do processo. Já estão reunindo material e — afirmam — “Só descansaremos quando vermos tudo colocado em pratos limpos”. Acrescentam que, apesar de pobres, não estão preocupados com a indenização que o Estado possa lhes pagar. O mais importante para Róseo e a família é a questão moral, é tirar-lhe a pecha de criminoso, quando está de consciência tranquila e certo de que nenhum crime cometeu.
No contato mantido com o repórter, Róseo evoca sua vida carcerária, onde tivera um comportamento digno de nota. Salienta o indulto a que teve direito, dadas as suas qualidades pelo que, posteriormente, se tornou funcionário público estadual, lendo sido nomeado servente e depois contínuo, servindo no Palácio do Governo. Ao se aposentar, no ano de 1963, recebeu do governador da época major Luís de Sousa Cavalcanti, a seguinte comunicação: “Maceió, 7 de março de 1963. Sr. Róseo, participo-lhe que, atendendo a seu pedido acabo de assinar o ato de sua aposentadoria pelo que agradeço sua valiosa colaboração prestada ao Estado durante tentos anos de bons serviços. Na oportunidade apresento-lhe meus votos de felicidade. Atenciosamente, Luís Cavalcanti, Governador”.
Publicada originalmente no Portal História de Alagoas
Fonte: Lampiaoaceso.
Reportagem de Antônio Sapucaia com fotos de Paulo Cavalcante publicada na revista O Cruzeiro de 23 de março de 1968 com o título original Cinquenta anos depois: “Eu não matei Delmiro Gouveia”.
“Eu não matei Delmiro Gouveia e até hoje ignoro o motivo pelo qual me apontaram como responsável por este crime que não cometi. Não guardo rancores de ninguém, mas, apesar de haver cumprido a pena que me foi imposta, só morrerei tranquilo se antes ver a Justiça apontar o verdadeiro assassino de “seu” Delmiro.”
Quem diz isso é um homem de cabeça branca, 72 anos de idade, e que esteve preso na Penitenciária de Maceió durante 14 anos, 9 meses e 15 dias, após ter sido condenado a 30 anos de prisão. Chama-se Róseo Morais do Nascimento e, juntamente com José Inácio Pia (Jacaré) e Antônio Félix, foi processado e condenado como autor do assassinato de Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, acontecimento que repercutiu em todo o Brasil, particularmente no Nordeste, onde era tido como um rei, sobretudo pelo seu espirito realizador e pioneiro.
Róseo é um homem que não sabe rir, e em cada palavra que pronuncia deixa transparecer a revolta de injustiçado. Não acusa, apenas se defende. Fala com assombrosa segurança, sobretudo quando alude a datas, e não cai em contradição, mantendo sempre uma conversa equilibrada.
Recorrerá à Justiça
Embora não tenha ainda batido à porta da Justiça, protestando inocência e pedindo que seja restaurada a verdade, Róseo está disposto a fazê-lo o mais breve possível e, já agora, reúne elementos para a batalha judicial. Diz que não quer morrer e deixar essa herança para os filhos e netos — a de ser apontado como criminoso —, quando vive de consciência tranquila, embora constrangido e inconformado. O crime realmente existiu, entretanto — diz ele —, eu e compadre Jacaré, que morreu inocente, nada tivemos com ele. Apenas fomos vítimas de um erro forjado, que tanto prejuízo nos causou, deixando em liberdade o verdadeiro matador de Delmiro. E muita gente boa sabe disso, embora teime em fazer segredo — acrescenta, em tom de revolta.
Para a luta que vai travar, conta principalmente com o apoio e incentivo de uma filha com quem vive — Laurentina Morais do Nascimento —, que diz incisivamente: “Cedo ou tarde, todos irão saber que meu pai é inocente. Se ele morrer antes de tudo ser devidamente esclarecido, continuarei a luta, pois, apesar dos pesares, ainda acredito na Justiça. E estou certa de que a verdade verdadeira há de aparecer de qualquer modo, doa a quem doer”.
O assassinato de Delmiro
Consta que no dia 10 de outubro de 1917, exatamente uma quarta-feira, Delmiro Gouveia encontrava-se lendo jornais no alpendre de sua essa, quando, inesperadamente, apagaram-se as luzes e, logo a seguir, foram ouvidos três tiros, deflagrados contra Delmiro. Residindo a uns 50 metros da casa de Delmiro, o capitão Firmino Rodrigues, tão logo ouviu os tiros, correu para lá e à margem da calçada, viu que três homens altos corriam; e indagou:
— Rapazes, que tiros foram esses?
Um deles respondeu:
— Foi tapa em cara de homem…
O desaparecimento de Delmiro Gouveia, denominado “Rei do Sertão”, repercutiu no Brasil inteiro, particularmente no Nordeste, onde ocasionou terrível abalo social e econômico. Dotado de larga visão administrativa, foi o primeiro homem a aproveitar a força hidrelétrica da Cachoeira de Paulo Afonso e foi quem primeiro usou automóvel nas terras sertanejas, semeando civilização onde outrora apenas existiam terras sáfaras e esturricadas. Até hoje, positivamente, não se sabe quem foi o responsável (ou responsáveis) pela sua morte. Dizem uns que a iniciativa partiu de trustes estrangeiros, outros afirmam que se trata de um crime com raízes em vingança por questões amorosas, dentre outras versões.
Do mesmo modo, há dúvida quanto aos verdadeiros mandatários. Róseo Morais do Nascimento, por exemplo, diz que nada teve com o fato e chegou até a ser insinuado pelo capitão Pedro Nolasco, da Policia de Alagoas, a afirmar que a Iniciativa do assassinato havia sido do coronel José Rodrigues, então residindo em Piranhas, e um dos inimigos de Delmiro.
— “O pior é que eu e Jacaré — acrescenta Róseo — nem sequer conhecíamos o coronel José Rodrigues. Entretanto, depois de termos sido barbaramente seviciados e espancados, e prevendo que íamos mesmo morrer, resolvemos confessar um crime que não praticamos, apesar dos nossos depoimentos serem cheios de contradição, como não poderia deixar de ser.”
Sobre Delmiro Gouveia, Róseo diz que era um dos melhores homens deste mundo. Gostava da ordem e do respeito e jamais teve a menor queixa dele. “Seria melhor — diz ele — que a metade do povo de Alagoas tivesse morrido, mas que o “seu” Delmiro estivesse vivo!”
Conta que trabalhou na Fábrica da Pedra durante um ano, tendo saído de lá simplesmente porque “o ordenado não dava para ganhar minha vida”.
O álibi
Róseo Morais do Nascimento narra com riqueza de detalhes que no dia 10 de outubro de 1917, exatamente no dia em que Delmiro Gouveia foi assassinado, ele se encontrava em Japaratuba (Sergipe), juntamente com Jacaré, pois, viajando de trem de Propriá para Aracaju, rumo à Bahia, dormiram naquela localidade em virtude de um desarranjo no comboio, que pernoitou ali. E Róseo invoca o testemunho do coronel Manuel de Sousa Brito (Neco de Brito), proprietário de uma fábrica de tecidos em Propriá, onde ele e Jacaré trabalharam e pediram demissão no dia 9 de outubro, por causa do salário, que era insuficiente. E lembra, também, vários outros testemunhos, além de haver exposto documentos ao capitão Nolasco, quando preso, provando a sua inocência, documentos estes que foram rasgados sob a alegação de que nada valiam.
Recorda ainda que, ao ser interrogado pelo juiz que presidia ao inquérito, o capitão Firmino Rodrigues, que vira os matadores de Delmiro correndo após o crime, afirmara incisivamente que os três indivíduos não pareciam de maneira alguma com nenhum dos réus presentes. Mas as suas declarações de nada valeram.
O verdadeiro criminoso
— “Trabalhei 50 anos, até que vim a descobrir o verdadeiro matador de “seu” Delmiro”, declara Róseo. “Trata-se de Herculano Soares Vilela, filho de Antônio Soares Vilela, morador na Serra dos Cavalos, município de Água Branca. E muita gente boa e importante aqui do Estado sabe disto, embora não queira assumir a responsabilidade de publicar a verdade.”
Esta declaração de Róseo foi confirmada ao repórter pelo sr. Cícero Torres, ex-deputado estadual e ministro aposentado do Tribunal de Contas do Estado, acrescentando que realmente fora Herculano o assassino, uma vez que os seus irmãos moram numa propriedade sua, em Água Branca, e não negam o fato. Adiantou mais que a dita confissão havia sido feita pelo próprio Herculano, antes de morrer, tendo a família guardado o segredo. O sr. Cícero Torres é filho do dr. Miguel Torres, à época Juiz de Direito de Água Branca, que não quis funcionar no processo, tendo sido substituído pelo dr. Nestor dos Santos Selva.
Sabe-se, por outro lado, que a causa do assassinato teria sido um espancamento sofrido por Herculano por parte de Delmiro Gouveia.
Revisão criminal
Embora não tenha ainda constituído advogado, Róseo Morais do Nascimento e sua filha Laurentina estão no firme propósito de recorrer à Justiça, requerendo a revisão do processo. Já estão reunindo material e — afirmam — “Só descansaremos quando vermos tudo colocado em pratos limpos”. Acrescentam que, apesar de pobres, não estão preocupados com a indenização que o Estado possa lhes pagar. O mais importante para Róseo e a família é a questão moral, é tirar-lhe a pecha de criminoso, quando está de consciência tranquila e certo de que nenhum crime cometeu.
Detento bem-comportado
No contato mantido com o repórter, Róseo evoca sua vida carcerária, onde tivera um comportamento digno de nota. Salienta o indulto a que teve direito, dadas as suas qualidades pelo que, posteriormente, se tornou funcionário público estadual, lendo sido nomeado servente e depois contínuo, servindo no Palácio do Governo. Ao se aposentar, no ano de 1963, recebeu do governador da época major Luís de Sousa Cavalcanti, a seguinte comunicação: “Maceió, 7 de março de 1963. Sr. Róseo, participo-lhe que, atendendo a seu pedido acabo de assinar o ato de sua aposentadoria pelo que agradeço sua valiosa colaboração prestada ao Estado durante tentos anos de bons serviços. Na oportunidade apresento-lhe meus votos de felicidade. Atenciosamente, Luís Cavalcanti, Governador”.
Publicada originalmente no Portal História de Alagoas
Fonte: Lampiaoaceso.
sábado, 6 de julho de 2019
Herdou de sua mãe o dom de cantar. D. Sebastiana gostava de cantar as músicas de Cascatinha e Inhana em dupla com o pequeno Luiz. Aprendeu a tocar violão aos seis anos com sua tia Bicida e sanfona com seu padrinho Artur. Desde cedo participava das cantorias da família em volta das fogueiras na Vila Santa Catarina...
Assim ele conta um pouco de sua vida...
Cresci em São Paulo, na Vila Santa Catarina atrás do Aeroporto de Congonhas, onde o lazer preferido era ir ao aeroporto ver os aviões chegarem e decolarem nos idos anos 60. Esse era o passeio preferido dos paulistanos que moravam ao redor do romântico aeroporto. Naquele tempo era como se a gente vivesse no interior, pois não havia quase luz de rua e volta e meia tinha gente em volta de uma fogueira: meus tios com violão, cavaquinho, sanfona, flauta, batata doce, quentão e a seresta ia até altas madrugadas, e eu só espiava e sonhava com músicas de Francisco Alves, Orlando Silva, Ataúlfo Alves, Dalva de Oliveira, Caubí Peixoto, Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Ângela Maria, Cascatinha e Inhana etc...
Concluí o ginásio no GEBI no Jabaquara, que ficava atrás da garagem de ônibus da CMTC e acompanhava nas aulas a Dona Lourdinha de Pirajú, minha professora de música. Incentivado por ela participei do primeiro festival da 2ª Delegacia de Ensino do Estado de São Paulo com o samba “Meu sonho na avenida” feito em parceria com Joel e Paulinho: ganhamos o 2º lugar com apresentação do nosso grupo Semente.
Não parei mais. Continuei nos festivais estudantis. Concluí o colégio no C .E. Quirino Ferreira na Vila Guarani e fui fazer o cursinho no Anglo Latino na Tamandaré, na Liberdade. Queria ser engenheiro, mas, na hora do intervalo a gente tinha o som no DA supervisionado pelo Barba (prof. Jonas) produtor dos shows da turma e que shows!
Lá conheci verdadeiros bambas da nossa música como o Joel Nunes, Mineiro, Dudah Lopes, Mariô, Pércio e Marcio Marote,Fernando Carvalho, Mexerica do grupo Canto a Canto, Nico Rezende, Ulisses Rocha, José Lopes, Claudia etc...1976 era o auge da MPB e eu já estava totalmente envolvido, tomado pela música de Chico, Milton, Simone,Taiguara, Gil, Geraldo Vandré, Caetano,Edu Lobo, Gonzaguinha, Ivan Lins, Elis, Clara Nunes, Vinícius, Tom Jobim, Egberto Gismonti etc...e não tinha ainda percebido que ali estava o meu caminho.
Entrei na Metodista (Instituto Metodista de Ensino Superior) para fazer Publicidade e Propaganda. No show de calouros fui chamado ao palco pelo Tom Zé, atendendo aos reclamos da minha turma da faculdade e meio sem jeito acenei com as mãos mas, não subi ao palco por timidez.
Daí não teve jeito, abandonei os estudos no 4º ano, sob protestos da minha mãe e da Tia Hélia, minha segunda mãe, e segui com a música até os dias de hoje. E não me arrependo, pois tudo o que tenho e sei foi a música que me deu e me ensinou.
Lula Barbosa iniciou sua carreira artística no início dos anos 70, quando formou o grupo Semente ainda garoto com apenas 15 anos. Venceu vários festivais estudantis muito em voga naquela época. Com o grupo Semente abriu shows de Isaurinha Garcia, Adoniran Barbosa e Paulinho da Viola no Sesc Interlagos. Mais tarde nos anos 80 abandonou o último ano de Publicidade e Propaganda no Instituto Metodista em São Bernardo e começou a cantar profissionalmente nos bares da noite de São Paulo, nos barzinhos, como se dizia antigamente, na época fértil da MPB e da vida noturna no bairro do Bixiga em São Paulo. Cantou durante alguns anos numa das casas mais famosas e badaladas casas da época, o Boca da Noite, na Rua Santo Antônio, no coração do Bixiga, ao lado de Filó Machado, Geraldo Cunha, Celso Miguel e outros e também no Vou Vivendo, Beleléu Chope e Arte, Gente Amiga, Pianos Bar, Barzileirinho, Violão Chopp e Cia, O Porão, e Vozes da Terra, em Santana.
Lula Barbosa compõe para diversos intérpretes da MPB; já fez músicas em parceria com Cesar Camargo Mariano, Eduardo Gudin, Thaís Andrade, Fabio Jr, Mario Lucio Marques, Filó Machado D. Pedro Casaldáglia, Abílio Herlander, Miriam Mirah, Jica, Salgadinho, Adriano Stuart, Marcos Rezende, Irineu de Palmira, Canarinho, Celso Prudente, Eduardo Neves, Joãozinho Gomes, Natan Marques, Vanderlei de Castro e Álvaro Gomes entre outros grandes letristas e poetas. Tem mais de 500 composições gravadas por nomes como Roberto Carlos, Jessé, Fábio Jr., Thobias da Vai Vai, Pierre Onásis, Altemar Dutra Jr., Emmanuel, A 4 Vozes, Olodum, Miriam Mirah, Grupo Catavento, Célia, Jane Duboc, Christian e Ralph, Jair Rodrigues, O Terço, Sérgio Reis, Tarancón, Tania Libertad (México), Pedro Fernández (México), Tito Gomez (Porto Rico), Jim Porto (Italia), Amaya Uranga (Espanha), Katinguelê, Negritude Jr., Só pra Contrariar, Peninha e muitos outros.
Lula Barbosa também atua no campo da publicidade, como intérprete de premiados jingles da publicidade e propaganda brasileira, dentre eles Kaiser (Aquarela do Brasil), Brahma Chopp (Vai de Branco prá Dar Sorte), Fiat (Canção do Exílio), Telesp Celular (Andança), Itaú (Amanhã), Varig, Gol Linhas Aéreas, Banco do Brasil, Bamerindus, Vale do Rio Doce, Bota Sete Léguas, Ticket Restaurante e muitos outros.
Lula Barbosa já fez várias trilhas para documentários em vídeo para a Verbo Filmes. Destacam-se Canção para Zumbi (em parceria com D. Pedro Casaldaglia), Mãos Vazias, Nossa Senhora Aparecida, Ameríndia etc...
Lula participou em abril de 2005 da Caravana 3 da nova edição do Projeto Pixinguinha. Juntamente com Mônica Salmaso e Lui Coimbra fizeram shows em Anápolis, Brasília, Teresina, São Luis, Belém, Santarém, Macapá e Boa Vista. Eles foram acompanhados pelos músicos Benjamin Taubkin (piano), Carlos Bernardo (violão), Luiz Guello (percussão), Murilo O’Reilly (percussão), Natan Marques (violão), Teco Cardoso (sopros) e Zeca Assumpção (baixo). Em todas as cidades visitadas eles tiveram um sucesso fabuloso de público e despertaram um grande interesse da imprensa e da mídia locais.
Lula Barbosa já fez shows em várias unidades do SESC, teatros, Feiras, Clubes, Bares, Convenções, e participa em parceria de projetos culturais com vários artistas da MPB, participando de Festivais de Música ora concorrendo como intérprete ou compositor, ora como jurado, ou como artista convidado para os shows de encerramento. Suas participações mais importantes foram no Festival dos Festivais em 1985 com Mira Ira (2º lugar e melhor arranjo) e no último Festival da Globo em 2000 com Brincos (prêmio de aclamação popular).
Em 2008 retomou o trabalho em parceria com Miriam Miràh e Mário Lucio Marques, formando a Tribo Mira Ira. Gravaram o CD Viajar e fizeram shows de lançamento no interior do estado de São Paulo, com um projeto patrocinado pelo Programa de Ação Cultural da Secretária de Cultura.
Nos últimos anos Lula tem participado intensamente do projeto Sarau Chama Poética idealizado e produzido por Fernanda Almeida Prado. Eles fazem apresentações na Casa das Rosas, Museu da Língua Portuguesa, Biblioteca de São Paulo e SESCs.
Em 2011, Lula completa 30 anos de carreira e já está com dois novos CDs que serão lançados ao longo do ano.
sexta-feira, 5 de julho de 2019
Raimunda Rodrigues Teixeira,Nasceu em 1946, no território da Tribo Tapeba, em Caucaia,município da região metropolitana de Fortaleza, é líder de seu povo, ocupando a função de pajé, sendo considerada a primeira mulher indígena a ocupar o papel de pajé numa etnia indígena no Ceará.
Sua comunidade está estimada, atualmente, numa população de oito mil indígenas da etnia Tapeba, que vivem na margem do rio Ceará, em Caucaia. D. Raimunda mantém os costumes indígenas vivos através de sua memória e seus ensinamentos acerca das lendas, culinária, ervas, rituais e costumes. A Mestra Pajé Raimunda Tapeba é uma representante valente e incansável dos indígenas do Ceará.
De cambiteiro, cortador de cana e agricultor chegou a pedreiro e barbeiro, num tempo em que, nos anos 60, de dia labutava na construção civil e à noite, na cerâmica. Para aumentar o orçamento, também se virava nas artes da barbearia. Há mais de quarenta anos radicado em Tracunhaém, José Joaquim da Silva não calculava que conquistaria alguma fama com os gigantescos santos de barro, pois sequer tinha parentes envolvidos com a arte cerâmica quando optou pelo ofício. Hoje 5/7, é o aniversário de mestre Zezinho de Tracunhaém, um dos mais antigos ceramistas vivos na cidade, tem obras espalhadas pelo mundo, em museus, igrejas, coleções particulares. Patrimônio Vivo de Pernambuco, desde 2017, sua obra tem figurado em inúmeros salões de arte, coroando décadas de habilidades manuais e invenção. Parabéns, mestre!
FIG 2019: Governo do Estado anuncia as atrações do maior Festival de Cultura do Brasil
A 29ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns acontece de 18 a 27 de julho, com mais de 20 polos distribuídos pela cidade. Investimentos do Governo do Estado chegam a R$ 8,5 milhões.
Está lançada a programação cultural mais aguardada de Pernambuco. O Governo do Estado inicia a contagem regressiva para o Festival de Inverno de Garanhuns, maior evento artístico do País, integralmente realizado com recursos governamentais. Coordenado pela Secretaria de Cultura e pela Fundarpe, o FIG 2019 conta ainda com apoio da Cepe Editora, Sesc e Sebrae, e parceria com a Prefeitura de Garanhuns. Confiraaqui a programação completa.
De 18 a 27 de julho, o público poderá conferir a programação nos palcos, nas praças, nos parques, nos pavilhões, no teatro, no cinema e na catedral, pelas ruas e em diversos outros espaços da cidade, totalmente lotada de turistas e visitantes que vêm curtir, além do frio, sua programação imperdível. Além das milhares de pessoas que serão aguardadas nos 21 polos montados, o FIG 2019 vai registrar uma enorme audiência em todo o país por meio de transmissões em pelo menos cinco emissoras de TV, uma dezena de emissoras de rádio e inúmeros canais web.
O Governo do Estado não está medindo esforços financeiros, de pessoal, equipamentos e ações para garantir o sucesso da 29ª edição do FIG. Além da Secretaria de Cultura e Fundarpe, mais de uma dezena Secretarias e órgãos estaduais estão envolvidos, como as Secretarias de Defesa Social, Saúde, Educação e Desenvolvimento Social, Criança e Juventude; Política de Prevenção às Drogas, Turismo, Mulher, Desenvolvimento Urbano e Habitação, Infraestrutura e Recursos Hídricos; Meio Ambiente e Sustentabilidade, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, DER, Detran, Polícia Cientifica e o Conservatório Pernambucano de Música.
Essas instituições governamentais estão levando serviços diversos, garantindo ações efetivas em diversas áreas, como segurança, saúde e infraestrutura. São ações voltadas para apoiar a população e os turistas durante os 10 dias do FIG, garantindo que esse, que é considerado o maior festival multiartistico do Brasil tenha sucesso mais uma vez.
Seguindo a tradição, o festival elege um grande homenageado e, em sua 29ª edição, a vez é do paraibano Jackson do Pandeiro, cujo centenário de nascimento é celebrado este ano. A obra de Jackson é uma influência definitiva para a música brasileira, nos mais variados gêneros e estilos. A homenagem a Jackson será uma tônica no FIG, não só com um tributo no Palco Dominguinhos, mas também em espaços como a Praça da Palavra, onde haverá o lançamento do livro Jackson em Quadrinhos, do escritor Fernando Moura, biógrafo de Jackson. A Praça da Palavra, por sua vez, também elege um homenageado, que este ano é o escritor, poeta, cineasta, tropicalista Jomard Muniz de Britto.
A força do FIG está não apenas no entretenimento que promove – shows, concertos, espetáculos, exposições, cursos, seminários e encontros diversos -, mas também no fato de ser uma vitrine do que de mais atual está sendo produzido pelos artistas nacionais, das mais variadas linguagens da arte. Na música, este ano o FIG traz nomes como Alcione, Elba Ramalho, Lenine, João Bosco, Roberta Miranda, Fafá de Belém, Eddie, Tony Garrido, Zélia Duncan, Céu, Otto, Jards Macalé, Ave Sangria, entre outros, espalhados seis polos musicais: Palco Mestre Dominguinho, Palco Pop, Palco Forró, Palco Instrumental, Palco da Cultura Popular, além do Som na Rural e dos projetos Virtuosi na Serra e do Conservatório Pernambucano de Música na Catedral de São Pedro.
Outra linguagem que tem um público cativo durante os 10 dias do festival é artes cênicas. A programação para quem acompanha teatro, dança e circo movimenta a cidade. Logo na abertura, na quinta-feira (18), teremos o espetáculo O Som e A Sílaba, do consagrado diretor Miguel Falabella. A encenação ocorre no Teatro Luís Souto Dourado, local que recebe duas peças por dia a partir da sexta (19).
No polo de circo, uma novidade que deve agradar é a duplicação das sessões durante os fins de semana. Ampliando a única sessão, que antes atraia diariamente duas mil pessoas, a organização pretende atender a demanda de quem não consegue espaço na lona.
“Temos algumas boas novidades no FIG deste ano, como a volta das sessões no cine Eldorado, bem como mais sessões de circo, e a programação especial para infância e famílias que estamos chamando de Figuinho. Estamos promovendo os ajustes e correções necessárias para que o povo possa usufruir de um festival da melhor qualidade, com produção de Pernambuco e fora do estado e padrão nacional de referência, para que a gente leve para Garanhuns o que tem de melhor na cultura, nesses dez dias de evento. Um festival de inverno à altura da cultura pernambucana e da cidade de Garanhuns. E o FIG também trata disso, de formação de plateias. Será minha primeira vez no FIG como organizador e estou muito entusiasmado com o que está proposto”, comenta o secretário de Cultura, Gilberto Freyre Neto.
“O FIG é fruto de um criterioso processo de curadoria, que começa numa convocatória pública e finaliza numa grade de programação que atinge públicos diversos, desde os que querem os artistas mais aclamados, aos que desejam acompanhar a produção mais alternativa da música, das artes cênicas, da dança, do cinema, ou das famílias com crianças, que têm no FIG não apenas uma opção para as férias para os filhos, mas a chance de colocá-los, desde cedo, em contato com a produção cultural e artísticas do país. Por isso, é um motivo de muita alegria para nós do Governo de Pernambuco, a cada ano, realizar o festival de Inverno de Garanhuns”, ressalta Marcelo Canuto, presidente da Fundarpe.
DESTAQUE DO FIG 2019
MESTRE DOMINGUINHOS – Principal palco do FIG, vai receber as apresentações de Elba Ramalho (sexta, 19), Zélia Duncan (sábado, 21), Karina Buhr, Letrux, Céu (domingo, 22). Segunda, noite do brega com Kitara e Priscila Sena entre as principais atrações. A terça (23) tem show de Roberta Miranda. Otto e Lenine estão na quarta (24).
PALCO POP – O Pop é o lugar para se ficar antenado nas novidades da música contemporânea, sem esquecer de quem tem um trabalho consolidado. Exemplo do icônico Jards Macalé, que vem com banda nova lançando Trevas, após quase vinte anos canções inéditas. Cacá Machado é um violonista paulista (e pesquisador musical) que vem se destacando com seu repertório de sambas, choros e valsas, presentes no disco novo, Sibilina, que vem sendo festejado por onde é tocado. Do Recife (mas morando hoje em SP), Diomedes Chinaski mostra porque seu rap conquistou rapidamente o gosto de milhares de jovens pelo País. E assim segue o palco Pop, com Igor de Carvalho, Banda Eddie, Ave Sangria, Francisco El Hombre e tantos outros artistas. Se você gosta de conhecer as novidades da música, é pra lá que tem que ir.
FORRÓ – A cultura nordestina diz que festa boa só acaba com um bom rala bucho. O palco do forró celebra todos os anos, no FIG, essa nossa tradição. Tem ainda a missão de consagrar o gênero como uma música para todas as épocas do ano. Gennaro, Dudu do Acordeon, Josildo Sá, Bia Marinho, Quinteto Violado, entre outros, levam seus shows para lá, este ano.
INSTRUMENTAL – Considerado o polo mais charmoso do FIG, o palco localizado no Parque Ruber van der Linden recebe uma programação para quem curte música instrumental. Entre os dias 23 e 27 de julho, o público vai poder conferir apresentações dos músicos Henrique Annes (PE) e João Camarero (SP), uma apresentação especial com o Maestro Duda, além da banda Kalouv .
CATEDRAL – A Catedral de Santo Antônio segue como polo para apreciação de instrumentistas e cantores que chegam a Garanhuns com as programações do Conservatório Pernambucano de Música (CPM) e o Festival Virtuosi, parceiros do FIG. Das atrações sob a curadoria do CPM, destacam-se Ayrton Montarroyos, João Bosco e um tributo ao cantor e compositor Luiz Vieira.
FORMAÇÃO – Voltadas para diversos públicos, as oficinas formativas do festival iniciam na segunda (22), indo até a sexta (26). Serão 13 cursos nas áreas de profissionalização (iluminação, sonorização, direção de palco e roadie, direção artística e cinema de animação), aperfeiçoamento (produção cultural e documentação) e sustentabilidade (aproveitamento de alimentos e dobraduras para ecogastonomia). As capacitações ocorrem na Casa dos Saberes, na unidade da Funase e na comunidade quilombola de Castainho.
SOM NA RURAL - Caminhando pelo Parque Euclides Dourado, você pode se deparar com um veículo do século passado, mas completamente adaptado aos novos tempo. O estilo colorido e mambembe do Som na Rural mistura gêneros que tem atraído cada vez mais público A programação por lá já abre na sexta-feira (19), a partir das 18h, e segue até o sábado (27). Entre as atrações confirmadas estão a banda punk Devotos e a cantora Sofia Freire.
CINEMA – A programação do Cine Eldorado volta este ano com sessões a partir da sexta-feira (19) e destaque para exibições diurnas voltada para infância e família. À noite, produções pernambucanas e nacionais para quem está em Garanhuns mas quer “fugir” da programação dos palcos.
PRAÇA DA PALAVRA - Este ano, a Praça da Palavra recebe o nome de Jomard Muniz de Brito, homenageado do espaço. Por lá, recitais, contações de histórias, debates, lançamentos de livros. Estandes de venda de livros e lounge de leitura para visitantes. No sábado, Jomard participa de uma mesa com Maria Alice Amorim (PE) e Sthephany Metódio (PE). Ainda neste dia o público confere o lançamento do Livro Planet Hemp, Mantenha o respeito, com Pedro de Luna (SP). No domingo, é a vez da poeta pernambucana do Slam das Minas, Bell Puã, lançar o livro Lutar é crime. E durante toda semana, muitos lançamentos importantes, debates e conversas imperdíveis.
ARTES CÊNICAS – Abrindo a programação do FIG 2019 no Teatro Luis Souto Dourado teremos o espetáculo O Som e A Sílaba, de Miguel Falabella. A peça foi escrita especialmente para artistas Alessandra Maestrini e Mirna Rubim, que além de atrizes são cantoras com vivência no mundo lírico. No polo de circo, uma novidade que deve agradar é a duplicação das sessões durante os fins de semana. Ampliando a única sessão, que antes atraia diariamente duas mil pessoas, a organização pretende atender a demanda de quem não consegue espaço na lona.
PATRIMÔNIO – Três ações voltadas para a preservação do patrimônio cultural compõem a programação do Festival de Inverno de Garanhuns 2019: Um encontro sobre a Salvaguarda dos Reisados de Pernambuco; A oficina Educação Patrimonial, voltada para elaboração de Inventários Participativos; e uma exposição sobre a Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco (2008-2019). A mostra apresentará um pouco deste evento criado em 2008 e que reúne mostras, oficinas, jogos, visitas, celebrações e ocupações de espaços públicos sobre a preservação do patrimônio. A exposição ficará à mostra na Praça Souto Filho (ao lado da Praça da Palavra), de 19 a 27 de julho. A visitação é de segunda à quinta-feira, das 14h às 20h; e sexta a domingo, das 10h às 20h.
GASTRONOMIA – A gastronomia do agreste pernambucano é destaque na programação do FIG e traz nesta 29ª edição, através da culinária, uma discussão sobre a sustentabilidade neste setor. São dezenas de atividades espalhadas por Garanhuns e no Quilombo Castainho, entre lançamento de livros, mesas e debates, e palestras sobre assuntos como reaproveitamento integral dos alimentos e soluções sustentáveis para merenda escolar.
FIGUINHO – A 29ª edição do FIG apresenta uma novidade voltada para o público infanto-juvenil em 2019: O Figuinho, que vai contar com uma série de atividades voltadas para a garotada. Em toda a programação do Festival haverá um selo do Figuinho indicando quais atrações são direcionadas para a criançada. Além do circo, do Outras Palavrinhas e das apresentações de teatro-infantil, haverá pela tarde uma programação inédita no Palco Pombo/Instrumental nos dois sábados (20 e 27 de julho) do Festival, com atrações musicais, apresentações de teatro e brincadeiras infantis.
ARTESANATO – A parceria com o Sebrae está garantindo mais uma edição do Armazém das Artes e Negócios. Este ano, serão 75 estandes ocupados pelos artesãos selecionados pelo Sebrae ou por meio de um edital convocatório promovido pela Secult/Fundarpe para ocupação de espaços ou convidados. Vários representantes de mamulengos, como a associação de Glória do Goitá, o Patrimônio Vivo Zé Lopes, pontos de cultura, além de diversos artesãos independente. O pavilhão funciona entre os dias 18 a 27 de julho, com horários estendidos nos fim de semana.
A Ç Õ E S D O G O V E R N O N O F I G
SEGURANÇA - O Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) chega, em 2019, à sua 29ª edição e, com o intuito de garantir que os moradores e turistas curtam o evento de forma tranquila e segura, a Secretaria de Defesa Social (SDS) conta com um plano estratégico especial para a região, que será colocado em prática entre os dias 18 e 27 de julho.
Neste período, a Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), responsável pelo policiamento ostensivo e preventivo, ativará 2.403 postos de trabalho, o que garantirá reforço na segurança de todos os polos de festa, como a Praça Mestre Dominguinhos e o Parque Euclides Dourado. Neste primeiro, será montada uma Plataforma de Observação Elevada (POE), que será responsável pelo videomonitoramento nos locais de shows e apresentações.
Também fortalecendo o trabalho preventivo, o Corpo de Bombeiros montará plataformas elevadas na Praça Mestre Dominguinhos, assim como terá viaturas de prontidão no local. Ao todo, 180 postos de trabalho serão ativados pela unidade para garantir à segurança de quem for conferir a festa nos palcos de evento. Além disso, o 6º Grupamento do Corpo de Bombeiros, localizado em Garanhuns, estará de prontidão para dar apoio aos profissionais em campo. Antes da festa, o Centro de Atividades Técnicas (CAT) estará empenhando profissionais nas atividades prévias para autorização das estruturas que participarão das festividades.
Para o atendimento a população, a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) terá um reforço de 240 postos de trabalho durante e o período e montará uma Delegacia Móvel na Praça Mestre Dominguinhos. No local, poderão ser realizados boletins de ocorrências. Já os casos que precisem de confecção de TCO´s e lavratura de prisão em flagrante serão encaminhados para a estrutura física montada no Posto de Comando Interligado ou para a Delegacia de Plantão da 134ª Circunscrição Policial.
Por fim, o trabalho da Polícia Científica será realizado normalmente na Unidade Regional de Polícia Científica de Garanhuns, inaugurada no ano passado. O serviço, que funciona 24 horas, já realiza perícias criminais em local de crime, drogas, balística e identificação veicular, assim como perícias médico-legais em vivos: traumatologia e sexologia forense, além de identificação criminal e elaboração de retrato falado.
CONSERVATÓRIO - Entre os dias 18 e 27 de julho, será realizada a 29ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG). A festa, que conta com dezenas de polos espalhados pela cidade, mantém a tradição e contará com várias apresentações do Conservatório Pernambucano de Música (CPM) para embelezar ainda mais o evento. Toda a programação do CPM será realizada na Catedral de Santo Antônio, sempre às 16h e 21h.
Na quinta-feira (18), a partir das 21h, o Conservatório estreia nesta edição do FIG com um tributo a Luiz Vieira, trazendo atrações como Altemar Dutra Jr., Claudette Soares, Eliana Pittman e Márcio Gomes. Na sexta (19), às 16h, a Orquestra de Câmara de Pernambuco se apresenta ao lado da solista Carmen Monarcha, sob a regência do maestro José Renato Accioly. Mais tarde, o cantor Ayrton Montarroyos leva aos presentes o show ‘Mergulho no nada”.
A programação segue durante todo o final de semana, tendo no sábado (20) os shows de Sagrama e Antônio Nóbrega, às 16h, e encerrando a noite de espetáculos do CPM com Alexandre Caldi e Quarteto Encore, com o show “Buarqueanas”. No domingo (21), a Orquestra de Câmara volta a se apresentar, desta vez com o coro de Câmara do CPM e Liberi Cia Artística. A apresentação também será comandada por José Renato Accioly. Leila Pinheiro fecha o dia com um show às 21h.
A primeira semana é encerrada, na segunda-feira (22), com Sheyla Costa, trazendo o espetáculo intitulado ‘Na pele de Elis’, onde apresenta os principais sucessos da cantora Elis Regina. Ela será acompanhada pela Orquestra Matéria Prima. À noite, Leonardo Neiva (canto) e Leo Mancini (violão e guitarra) presenteiam o público com um show acústico.
Nos últimos dias do Festival de Inverno de Garanhuns, o Conservatório Pernambucano de Música Leva Duo Siqueira Lima para apresentação na sexta-feira (26), enquanto Boca Livre e João Bosco fecham a participação do CPM no sábado (27).
SAÚDE – No período da 29ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), o foco das ações da Secretaria Estadual de Saúde será a prevenção e a vigilância em Saúde. Com o intuito de inibir a combinação do álcool e direção, haverá a presença permanente da Operação Lei Seca de 17 até o dia 28 de julho.
O Programa Estadual de IST/Aids levará testagens rápidas de HIV, sífilis e hepatites para Garanhuns, entre 18 e 27/07. A ação será realizada no ônibus do projeto Prevenção para Tod@s e terá capacidade para acolher até 100 pessoas por dia. Além disso, a 5ª Gerência Regional de Saúde (Geres) vai montar na Praça Mestre Dominguinhos, o Chalé da Saúde com ações educativas em parceria com os municípios da área de abrangência da Regional. De segunda a quinta, a testagem será das 15h às 20h, no Parque do Eucalipto. De sexta a domingo, das 20h às 24h (local a definir). Ao todo, cerca de 12 profissionais atuarão na estratégia, que tem custo estimado de R$ 50 mil.
Em outra ação educativa da Secretaria Estadual de Saúde, haverá uma intervenção para chamar a atenção de condutores e motociclistas sobre os acidentes de trânsito.
A 29ª Edição do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) contará com reforço da Operação Lei Seca (OLS). Durante todos os dias do festival, blitze simultâneas serão montadas próximas aos locais onde ocorrem os principais shows. Os horários de ação serão adequados ao fluxo do movimento do Festival, dando prioridade às ações de fiscalização e educação, para diminuir os índices de acidentes de trânsito.
A OLS ainda vai distribuir materiais educativos (panfletos, bafômetros descartáveis e adesivos) referentes à prevenção aos acidentes com transportes terrestres. Durante o Festival, duas equipes, com 22 profissionais, atuarão permanentemente em Garanhuns.
A Secretaria vai instalar o Chalé da saúde, na Praça Mestre Dominguinhos, onde os profissionais do Comitê Regional de Prevenção aos Acidentes de Moto (CRPAM) da 5ª Gerência Regional de Saúde e dos municípios que compõem a Regional irão atuar em ações educativas de prevenção aos acidentes com transportes terrestres. Cerca de 30 pessoas vão atuar por noite na iniciativa.
Durante o mês de julho, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) promove um mutirão para a realização de cirurgias de catarata, garantindo o tratamento gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS), com a oferta de 2.750 procedimentos aos pacientes pernambucanos. Em Garanhuns, os procedimentos serão realizados na Unidade Pernambucana de Atenção Especializada (UPAE) do município. A expectativa é que a unidade, realize 700 cirurgias extras durante o mutirão.
DESENVOLVIMENTO SOCIAL – Com o objetivo de garantir os direitos da criança e adolescentes, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, ganha as ruas de Garanhuns com a campanha Criança é pra ser cuidada e protegida. Entre os dias 18 a 27 de julho, a cidade contará com ações do programa Atenção Redobrada, que é focado no enfrentamento ao abuso e exploração sexual, consumo indevido de bebidas alcoólicas, trabalho infantil, situação de rua, entre outras violações com o público infantil. Para isso, a SDSCJ realizou uma parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, além de conselhos tutelares.
A expectativa da SDSCJ é realizar ações em 100 estabelecimentos comerciais de Garanhuns e distritos, abrangendo bares, hotéis, postos de gasolina, restaurantes e supermercados. Esse trabalho tem o objetivo de promover a conscientização dos comerciantes em relação à proibição de venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos, ao trabalho infantil e à violência sexual contra crianças e adolescentes.
Em articulação com o município, a SDSCJ também garantiu a realização de uma blitz social que será realizada junto à Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Operação Lei Seca e Secretaria de Saúde de Pernambuco.
Antes do início das festividades, será realizada uma oficina com os técnicos municipais a temática Prevenir para Proteger: Fortalecendo o Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes.
Durante o mês de julho, a Caravana do 13º do Bolsa Família, coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, estará nos municípios do Agreste Meridional. Pelo menos nove cidades receberão informações do programa nos dias 22,24,25 e 26 de julho, esclarecendo detalhes sobre a iniciativa. A Caravana vai passar por Brejão, Bom Conselho, Capoeiras, Caetés, Angelim, São João, Lagoa do Ouro, Correntes e Saloá.
A Secretaria Executiva de Segmentos Sociais vai promover uma série de ações com o objetivo de fortalecer os segmentos da sociedade. Entre elas, um debate sobre a criminalização da homofobia pelo STF, uma ação educativa de conscientização sobre o envelhecimento da população e as violações contra pessoa idosa, além de rodas de diálogo com comunidades quilombolas de Garanhuns.
PREVENÇÃO ÀS DROGAS – O Festival de Inverno de Garanhuns 2019 contará com servidores, técnicos e arte-educadores oferecendo informações, cidadania e muita atitude frente ao álcool e outras drogas. A Secretaria de Políticas de Prevenção à Violência e às Drogas preparou várias ações dos seus principais programas para os dias de música, cultura e frio. O Programa Atitude estará nas ruas, o Juventude Presente promoverá um Papo Reto com os mais jovens e o Programa Governo Presente articulará uma Ação de Cidadania, na cidade.
O Programa Atitude terá equipes nas ruas em dias estratégicos nas duas semanas do FIG. Os técnicos do Atitude nas Ruas fazem contato com os jovens para oferecer informações de saúde, distribuição de preservativos masculinos e femininos, gel lubrificante e panfletos que apresentam o Programa Atitude: uma iniciativa de acolhimento, redução de riscos e de danos entre os usuários de drogas lícitas e ilícitas. O Atitude nas Ruas estará nos palcos Mestre Dominguinhos, Pop, Instrumental e no palco do Forró.
A secretaria de Políticas de Prevenção à Violência e às Drogas também promoverá ações da campanha de controle de venda de bebidas alcoólicas para crianças e adolescentes. Essas ações procuram dar publicidade à proibição legal de vender, dar ou oferecer álcool para consumo a adolescentes e a crianças. As ações vão ocorrer em bares, restaurantes, quiosques e outros pontos de venda de bebidas alcoólicas. Outras ações programadas são as blitze educativas de prevenção à violência e às drogas.
O Juventude Presente programa uma rodada de diálogos sobre prevenção à violência, tipo Papo Reto. O formato Papo Reto é um modelo de troca de informações, no qual os adolescentes, jovens e militantes das causas juvenis são convidados a dialogar sobre um assunto. O modelo tem mão dupla no fluxo das informações. Ele serve para o Governo de Pernambuco difundir suas políticas de prevenção à violência e às drogas para a juventude e também é o momento de ouvir os posicionamentos dos cidadãos com menos de 30 anos de idade.
O Governo Presente vai realizar, no sábado (dia 20), uma Ação de Cidadania: um mutirão de serviços do Estado, em parceria com a Prefeitura de Garanhuns e de empresas privadas interessadas em difundir seus serviços. Ação de Cidadania costuma reunir, a partir das 8h, pouco mais de 100 serviços, como emissão de 2ª via do RG, CPF, certidão de nascimento, casamento e óbito. Informações sobre mediação de conflitos, esclarecimento de direito do consumidor, registro no Benefício de Prestação Continuada (BCP) e inscrição no Programa Bolsa Família, para citar os serviços mais procurados. Há vários serviços e difusões de informações relacionadas à saúde, como exames de mamografia, colo de útero, aferição de pressão sanguínea, teste de glicemia no sangue, HIV e sífilis. Empresas como a Compesa e a Celpe têm na Ação de Cidadania um posto de negociação de dívidas.
TURISMO - A Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco, por meio da Empetur, promove diversas ações para o trade turístico e público final durante o 29º Festival de Inverno de Garanhuns. O evento acontece dos dias 18 a 27 de julho, em Garanhuns, no Agreste pernambucano.
A Diretoria de Estruturação do Turismo (DET) da Empetur realizará duas ações. Entre elas, será feito um trabalho de sensibilização do trade turístico local sobre a importância do Cadastur. O cadastro nacional reúne todas as empresas devidamente licenciadas pelo Ministério do Turismo para prestarem serviços e a atividade turística.
Ainda sob a responsabilidade da DET, o CAT Móvel, unidade itinerante do Centro de Atendimento ao Turista viajará a Garanhuns, oferecendo atendente bilíngue para orientar o público sobre as principais rotas do Estado. O CAT atuará durante todo o FIG, disponibilizando material promocional dos destinos, incluindo folhetos da Rota 232, Rota 104, Rota da Confecção, Rota Rural e a folheteria Roteiros Turísticos. Serão distribuídos ainda mapas do Recife e do Litoral Sul e Norte de Pernambuco, em português, inglês e espanhol.
Na área da promoção turística, serão promovidas ações em diversas áreas da cidade, incentivando a interação do público. O objetivo é estimular a interação do público com a nova campanha de divulgação do turismo, Bora Pernambucar. Haverá sinalização especial ao longo da BR 232 e 423, além da presença de walkmídias (promotores com imagens dos destinos acopladas às costas), distribuindo adesivos e folheteria. Também será feita publicidade com mídia em TV, rádio e internet, sobre destacando o FIG – Maior festival de cultural do Brasil, com o mote da nova campanha.
MULHER – O Festival de Inverno de Garanhuns – FIG 2019 – entra para o cenário nacional como o maior festival de cultura do Brasil. A Secretaria da Mulher de Pernambuco – SecMulher-PE - vai estar na região e em Garanhuns com ações nas áreas de segurança pública, inclusão da mulher no mercado de trabalho, atendimento na Ouvidoria da Mulher e visitação nos Organismos Municipais de Políticas Públicas para as Mulheres.
Nos dias 23, 24 e 25 de julho, a campanha Violência contra a Mulher não dá Frutos estará nos municípios de Garanhuns, Brejão e Bom Conselho levando atendimento jurídico, psicossocial e rodas de diálogo para as mulheres das comunidades rurais. A unidade móvel, mais conhecida como ônibus lilás, realiza a roda de conversa, na manhã do dia 23, na Comunidade de Castainho e à tarde estará no Distrito de Miracica. Já no dia 24, a visita será feita à Comunidade de Santa Rita (manhã) e Sítio da Baixa Verde (tarde). O último município que receberá as profissionais será a Comunidade Sítio Jerimum (tarde).
Na ação de inclusão das mulheres no empreendedorismo, a SecMulher em parceria com a AD-Diper/Centro do Artesanto de Pernambuco, estará com grupos de mulheres artesãs das regiões próximas e de Garanhuns comercializando as peças produzidas que refletem a cultura da cada município.
No FIG 2019, as mulheres terão atendimento especializado através da Ouvidoria da Mulher que atende pelo 0800-281.8187. A ouvidora Sileide Oliveira participa da unidade de atendimento, de 18 a 21 de julho, recebendo as mulheres e realizando as consultas. A Ouvidoria da Mulher é um canal de comunicação entre a população e a SecMulher. Através dele as pessoas podem fazer solicitações, denúncias, reclamações e sugestões.
A secretária da Mulher do Estado, Silvia Cordeiro e equipe vão visitar 16 prefeituras da região e os Organismos Municipais de Políticas Públicas para as Mulheres. A visita tem o objetivo de fortalecer as políticas públicas cada localidade através de reuniões de alinhamento.
INFRAESTRUTURA – A PE-177, uma das principais rodovias do Agreste Meridional do Estado, está recebendo, desde o início de junho, ações de requalificação através do Programa Caminhos de Pernambuco, como capinação, recuperação asfáltica e limpeza dos dispositivos de drenagem. Estão sendo contemplados os trechos do Km 0,0 ao Km 6,0, e do Km 12,5 ao Km 18,5, sentido Quipapá/Garanhuns. O trabalho de requalificação asfáltica está com 35% de execução.
A iniciativa está sendo executada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), sob a coordenação da Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos, com prazo de conclusão previsto para primeira quinzena do próximo mês de julho. As ações vão melhorar a trafegabilidade na rodovia, proporcionar mais segurança e conforto aos usuários, além de facilitar o escoamento da produção agrícola e da bacia leiteira.
Na questão do abastecimento de água durante o FIG, a Compesa garante a distribuição diária para quase todos os bairros de Garanhuns.
DESENVOLVIMENTO URBANO – O Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco – Detran-PE, por meio da Diretoria de Engenharia e Fiscalização de Trânsito, vai levar para o Festival de Inverno de Garanhuns, a Operação Prevenção, sob o título “Segundo que salvam vidas”. Como prevenção, será disponibilizado pelos agentes de trânsito o etilômetro para as pessoas que estão participando das festividades façam o teste de alcoolemia “Antes de Pegar o veículo”, para pegar a estrada, e, caso seja constatado o uso do álcool, os agentes solicitaram aos motoristas que passem a chave do carro para quem não bebeu.
Além disso, os agentes de trânsito estarão dando dicas de segurança no trânsito, alertando sobre o perigo da mistura fatal de álcool e direção; condução de veículo falando ou manuseando o celular; uso correto de cadeirinha, acento de elevação e bebê conforto; uso do cinto de segurança por todos os ocupantes do veículo; uso correto dos equipamentos de segurança na condução de motos; e as condições dos pneus e do sistema elétrico dos veículos e a maneira correta de acondicionamento das bagagens.
Paralelo a isso, técnicos da Diretoria de Operações estarão com o Detran Itinerante, acompanhado da Coordenadoria de Educação para Trânsito, que consiste em um equipamento com todos os serviços disponibilizados em uma loja do shopping. O ônibus é climatizado e conta com três guichês de atendimento, gerador próprio e computadores com acesso a internet para fazer o atendimento interligado com a base de dados do Detran-PE, onde estão sendo oferecidos serviços de emissão da Nada Consta; Renovação e 2ª via da CNH; Captura de Imagem; emissão de taxas, multas e agendamento de serviço.
MEIO AMBIENTE – A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) estão levando para a programação do FIG 2019 vídeos sobre as Unidades de Conservação de Pernambuco, exposição fotográfica de animais silvestres, contação de histórias e cordel e dicas de consumo consciente.
Uma das ações que vai levar conscientização ambiental para quem vai curtir o festival são vídeos que serão exibidos nos palcos mostrando a importância de reduzir a utilização de plástico, como ele polui o meio ambiente e como podemos ajudar nessa redução. Os vídeos serão exibidos em vários horários, durante todo o período do festival, que vai de 18 a 27 de julho. A exposição fotográfica “Animais Silvestres: Eles precisam de nós”, revela como o tráfico de animais, a caça, a criação indevida dessas espécies é prejudicial para a biodiversidade brasileira. A mostra será realizada na Galeria Galpão, de 18 a 27 de julho.
Outra atração que vai mostrar ao público a beleza das áreas protegidas do estado é o cine ambiental. Serão seis curtas-metragens sobre as Unidades de Conservação Pernambucanas. A exibição no Cine Eldorado será de 19 a 26 de julho, todos os dias às 10h30, e nos dias 19 e 23 de julho, também haverá exibição às 21 horas.
O público infantil também será contemplado com a contação de história “Herói de sete cores”, que pretende encantar o público com as aventuras de uma das espécies de aves do Nordeste Brasileiro: o pintor-verdadeiro. Ainda tem declamação de cordel “Lixo: e eu com isso?”, que mostra de forma lúdica como todos podem contribuir com a redução de resíduos e ajudar o meio ambiente. As apresentações serão na Praça da Palavra, sempre às 15 horas.
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