sexta-feira, 26 de junho de 2015



Siba apresenta “De Baile Solto” no Recife

Estreia no ‪#‎Recife‬ a turnê do disco “De Baile Solto”, o novo álbum do músico Siba. Os shows acontecem nesta sexta (26) e sábado (27), às 21h, no Teatro de Santa Isabel.
Quer assistir? Ainda dá tempo! Os ingressos ainda estão à venda na bilheteria do teatro e no site eventick.

quinta-feira, 25 de junho de 2015


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ovo livro de Sabino Bassetti

Lampião - O cangaço e seus segredos 

Através do e-mail sabinobassetti@hotmail.com vocês poderão estar adquirindo o mais recente trabalho de José Sabino Bassetti intitulado "Lampião - O Cangaço e seus Segredos".

O Livro, como o próprio título já diz, trará em suas páginas alguns segredos e informações, sobre o cangaço e seu representante maior, até então desconhecidas da grande maioria dos simpatizantes e estudiosos do assunto.

Um trabalho que foi desenvolvido através de pesquisas sérias e comprometidas com a verdadeira história, baseado em depoimentos e declarações de testemunhas oculares dos acontecimentos.

O Livro custa apenas R$ 40,00 (Quarenta reais) com frente já incluído, e será enviado devidamente autografado pelo autor, para qualquer lugar do país.
Não perca tempo e adquira já o seu.

Texto: Geraldo Junior

terça-feira, 23 de junho de 2015




 Tradições juninas em terreiro de candomblé

O 7º Acorda Povo, promovido pelo Centro Cultural Cambinda Estrela, aconteceu nesta segunda-feira (22) com o tradicional Xirê para Xangô. Durante o cortejo pelas ruas do bairro de Campina do barreto, no‪#‎Recife‬,  aconteceu as apresentações do grupo Coco dos Pretos e da Mestra Ana Lúcia.



Nota de Pesar | Mestre Antonio Teles

No último sábado, 20 de junho, partiu do nosso convívio mais um mestre da cultura popular pernambucana. Antonio Teles começou a brincar Cavalo Marinho pelos terreiros de Condado, na mata norte do estado, aos 12 anos de idade. Como rabequeiro, animou por 25 anos as apresentações do Cavalo Marinho do Mestre Biu Alexandre.
Reconhecido por seu amor às tradições populares e por fazer questão de repassar seus conhecimentos às novas gerações, Mestre Antonio realizou em 2004 seu grande sonho ao fundar o Cavalo Marinho Estrela Brilhante.
Esforços e trajetórias de mestres como Antonio Teles tornaram possível o reconhecimento do nosso Cavalo Marinho como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Que sua vida, sua sabedoria e dedicação sigam inspirando a todos nós, apaixonados pela cultura pernambucana!
Obrigado, Mestre! A brincadeira vai continuar!

segunda-feira, 22 de junho de 2015

   
         Procissão dos Santos Juninos

O pátio da Igreja do Morro da Conceição, no ‪#‎Recife‬, recebeu neste domingo (21), a partir das 17h, a concentração da tradicional procissão em homenagem aos santos São João, Santo Antônio, São Pedro e São José. 
Durante o cortejo, que seguiu até o Sítio Trindade, no bairro de Casa Amarela, o público foi contemplado apresentações de quadrilhas juninas, bacamartes e a Banda Vereda Tropical.



Pense numa festa bonita! A 5º Caminhada do Forró inaugurou ontem os festejos juninos em ‪#‎Arcoverde‬. Forrozeiros convidados pelo projeto 'Cultura Livre nas Feiras', da Secult-PE e Fundarpe, garantiram a animação por lá!

sábado, 20 de junho de 2015


Ô coisa boa é São João! Em ‪#‎Arcoverde‬, a festa começa oficialmente amanhã, com a 5ª Caminhada do Forró. Como não podia deixar de ser, o projeto Cultura Livre nas Feiras, da Secult-PE e Fundarpe, vai marcar presença e ajudar na animação por lá!


Amalá de Xangô – O Banquete do Rei
No Terreiro de Mãe Amara, a tradição do amalá irá celebrar com programação cultural neste sábado (20), os seus 70 anos de fundação. A festividade terá além da tradicional mostra de culinária ancestral, apresentações dos grupos Balé Nagô Ajó e Grupo Raízes, além de rituais dedicados a louvação de orixás. 

sexta-feira, 19 de junho de 2015



O projeto “Do Buraco ao Mundo: segredos, rituais e patrimônio de um quilombo-indígena” lança os seus primeiros resultados em áudio, vídeo e fotografias nesta quinta-feira (18/06), durante o “Seminário Quilombos, estudos antropológicos e regularização territorial”, no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Pernambuco. O projeto de formação cultural é realizado junto à comunidade Tiririca dos Crioulos, considerada um “quilombo indígena” e localizada na zona rural de Carnaubeira da Penha, no Sertão Pernambucano.

IMAGEM: Casal de preto-velho do Centro Espírita Preto-Velho Canzuá do Velho Xangô, um dos museus da comunidade. Crédito da foto: Cícera Francisca / Direitos Reservados

Exposição 'O Sertão de Zé do Mestre'



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                                                  A MATINADA


Este e o nome do evento cultural que sera realizado no dia 01 de Julho, no Teatro de Santa Isabel,no centro do Recife: A Matinada - reunião dos mestres de coco de roda Bio Caboclo, Zé de Teté, Galo Preto, Ciço Gomes e Adiel Luna.

Salve o coco de improviso!
 

quinta-feira, 18 de junho de 2015



                                                            José Heitor

José Heitor da Silva é um dos mais importantes e conhecidos escultores da zona da Mata Mineira, que em 2011 completou 50 anos de atividade artística. Ex-ferroviário, o mineiro de Além Paraíba, que além de escultor é poeta e restaurador, foi um dos primeiros artistas negros que tiveram suas obras integradas ao acervo do Museu de Arte Negra - MAN, criado por Abdias Nascimento no Rio de Janeiro em 1966. O talento de escultor foi descoberto em uma noite chuvosa quando ainda garoto, sozinho em sua casa, começou a fazer esculturas de crianças para lhe fazerem companhia e aplacarem o medo. Depois do ocorrido começou a se divertir esculpindo os amigos reais durante as brincadeiras, até que incentivado por uma professora, passou a aperfeiçoar os traços utilizando madeira. José Heitor desde então, constrói e reforma imagens sacras e imagens de personagens da cidade em tamanho natural como a famosa “Carijó”, esculpida por ocasião do centenário da cidade, em 1983.

Ainda muito jovem teve que “atravessar o Rio Paraíba” para ter seu trabalho reconhecido e foi em um posto de gasolina que viu sua arte ganhar o país através da BR-116. Contou que levava suas esculturas para expor no posto e lá ficava esperando que surgisse um apreciador. Rosário Fusco, poeta cataguasense e um dos criadores da Revista Verde, foi um dos que reconheceram o valor de sua arte ajudando a divulgá-la. Quando fala da comercialização de suas esculturas, José Heitor é enfático: “Minhas esculturas são como filhos tem valor, mas não tem preço. Então, quando exponho com o intuito de comercializá-las peço aos donos das galerias que deem os preços. Não posso vender meus filhos”.


Certa vez Abdias Nascimento escreveu sobre José Heitor: "...ele representa o autodidata e mágico criador; mais parece um artista transviado em Além Paraíba (Minas). Cada peça que esculpe tem o compromisso de ato litúrgico e de função comunitária. E geralmente realizadas em proporções monumentais, sobre um caminhão, no carnaval, suas esculturas passeiam processionalmente pelas ruas da cidadezinha, como parte integrante das escolas de samba. E no desfile, ao suor do artista, se somam à peça o pó, a luz, o calor, o cheiro e a alegria do seu grupo. Os "sonhos" de José Heitor se apóiam em rigoroso sentido de volume e mantêm o ritmo cruzado polimetria e polirritmia de que nos falam os estudiosos da arte africana. José Heitor trabalha o cedro, o vinhático e outras madeiras que seus amigos, sua tribo, lhe conseguem. Nunca visitou a África, nunca freqüentou escola ou meio artístico. Ele confirma outra frase de Mário Barata: '...de todo o continente americano só em nosso país se conservaram, de maneira evidente, as técnicas e concepções plásticas africanas."

Obras de José Heitor em exposição no Museu de Arte Negra - MAN no Rio de Janeiro

José Heitor tem obras hoje pertencentes aos acervos do Museu do Folclore - no Rio, do Museu de História e Ciências Naturais - de Além Paraíba, e de colecionadores particulares. Já participou de mostras e exposições em localidades da região, como Cataguases, Angustura, Volta Grande, Estrela Dalva, Pirapetinga e Além Paraíba - algumas das quais as mantêm expostas em logradouros públicos ou em templos religiosos.

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quarta-feira, 17 de junho de 2015


 
Essa festa acontece há mais de 100 anos e lá podemos encontrar um dos mais tradicionais Coco de Praia de Pernambuco. A brincadeira começa as 20 horas e não tem hora para acabar. 
Segue as datas das sambadas.

terça-feira, 16 de junho de 2015




Hoje é dia de lembrar com ainda mais saudade e carinho do Mestre Ariano! Nosso grande defensor da cultura popular brasileira faria 88 anos neste 16 de junho.

segunda-feira, 15 de junho de 2015



A última vez em que estive com Fernando foi a menos de seis meses, em minha casa, no Rio. Ele chegou junto com outro grande amigo, Ronaldo Bastos, e foi uma noite como há muitos anos não acontecia. Passamos horas lembrando de histórias, canções, amigos e, principalmente, a amizade que nos guiava em todos estes anos em que passamos juntos. Eu já sabia que Fernando estava com um problema de saúde, mas em nenhum momento falamos disso naquela noite. Não precisava. Fernando esteve ao meu lado nos acontecimentos mais importantes da minha vida. E isso já era o suficiente a ser lembrado.
Em meu último show, em Santos, no dia 5 de junho, uma jornalista pediu para eu contar uma história, qualquer uma. Não sei como, mas automaticamente comecei a falar do Fernando, e de quando eu estava em São Paulo, e fiz três músicas no mesmo dia: “Pai Grande”, “Morro Velho” e “Travessia”, esta última, a que levei para Fernando Brant fazer a letra em Belo Horizonte. O resto é história.
Sem ele, as coisas não teriam acontecido desta maneira. Nenhuma palavra do mundo é capaz de descrever o quanto eu sou agradecido por ele ter feito parte da minha existência.
Obrigado Amigo, muito obrigado;
(BH, 13\06\2015)
SAUDADES DO POETA MANOEL XUDU: 

30 ANOS DE SUA PARTIDA
NOSSA MENTE POÉTICA ABRIU A TRILHA
PRESTAR UMA HOMENAGEM AGORA VAMOS
AO POETA DE SÃO JOSÉ DOS RAMOS
QUE BRILHOU NO NORDESTE E INDA BRILHA
NASCEU EM TRINTA E DOIS, QUE MARAVILHA
PRA CANTAR LIVRE COMO UM PASSARINHO
O SEU NOME EM NEGRITO E COM ALINHO
FOI PRIMEIRO NO ROL DOS SOBERANOS
EM ABRIL QUE PASSOU FEZ TRINTA ANOS
QUE MORREU MANOEL XUDU SOBRINHO
VINTE E SETE DE ABRIL FOI NESSA DATA
ÚLTIMO SÁBADO DO MÊS O TRISTE DIA
QUE MORREU O PRÍNCIPE DA POESIA
COMO OITENTA E CINCO TEM NA ATA
CANTOU NOS PALACETES PARA A NATA
E ALEGROU AOS HUMILDES NO BARZINHO
ATUOU PELO NORDESTE TODINHO
ORGULHANDO OS SEUS FÃS PARAIBANOS
EM ABRIL QUE PASSOU FEZ TRINTA ANOS
QUE MORREU MANOEL XUDU SOBRINHO
ELEVOU O NORDESTE COM SEU VERSO
SOBRE PLANTA, ROCHEDO, CÉU E MAR
NUVEM, ATMOSFERA, FOGO E AR
ÁGUA, CONSTELAÇÃO E UNIVERSO
ABRANDOU MUITO CORAÇÃO PERVERSO
TRANSFORMANDO LEÃO EM CORDEIRINHO
FOI A LUZ FLORESCENTE NO CAMINHO
ATÉ DE REPENTISTAS VETERANOS
EM ABRIL QUE PASSOU FEZ TRINTA ANOS
QUE MORREU MANOEL XUDU SOBRINHO
SEU REPENTE ENCANTOU AUTORIDADES
DO SERTÃO, LITORAL E PAJEÚ
A PELEJA DELE E ZEZÉ LULU
TROUXE A PROVA DAS SUAS QUALIDADES
VIAJOU POR CENTENAS DE CIDADES
MAS JAMAIS ESQUECEU DO SEU CANTINHO
TODO PÁSSARO RETORNA PRA SEU NINHO
E ASSIM TAMBÉM SÃO SERES HUMANOS
EM ABRIL QUE PASSOU FEZ TRINTA ANOS
QUE MORREU MANOEL XUDU SOBRINHO
SALGADO DE SÃO FELIX HOJE É QUEM TEM
FRAGMENTOS DOS SEUS RESTOS MORTAIS
SÃO JOSÉ VEM LUTANDO MAS NÃO TRAZ
MAS SE DEUS PERMITIR UM DIA VÊM
BEBEU MUITO E NÃO QUIS OUVIR NINGUÉM
MORREU VÍTIMA DESSE VÍCIO MESQUINHO
COM EXCESSO QUEM BEBE CANA E VINHO
A BEBIDA ENFRAQUECE SEUS TUTANOS
EM ABRIL QUE PASSOU FEZ TRINTA ANOS
QUE MORREU MANOEL XUDU SOBRINHO
O SEU PAI APOIOU SUA CARREIRA
COM A MÃE DONA MARIA UMBELINA
E COM NITA UMA MOÇA DE CARPINA
MANOEL SE CASOU A VEZ PRIMEIRA
JÁ DINALVA A SEGUNDA COMPANHEIRA
VIU SEUS ÚLTIMOS MOMENTOS DE PERTINHO
QUANDO VIVO XUDU TOCOU SEU PINHO
DESDE AS PRAÇAS ÁS TENDAS DOS CIGANOS
EM ABRIL QUE PASSOU FEZ TRINTA ANOS
QUE MORREU MANOEL XUDU SOBRINHO
SITUADA NA MICRORREGIÃO
DE SAPÉ, SÃO JOSÉ FOI SUA TERRA
O POETA NASCEU NO PÉ DA SERRA
PERTENCENTE A FAZENDA RIACHÃO
SUA MÃE FOI MARIA, O PAI FOI JOÃO
E LHE CRIARAM COM AMOR E COM CARINHO
TEVE APOIO DE AMIGO E DE VIZINHO
E A PRESENÇA CONSTANTE DOS SEUS MANOS
EM ABRIL QUE PASSOU FEZ TRINTA ANOS
QUE MORREU MANOEL XUDU SOBRINHO
OS GIGANTES SE RENDEM AS POESIAS
DE IMPROVISO QUE O PRÍNCIPE XUDU FEZ
MORREU QUANDO TINHA CINQÜENTA E TRÊS
E UM MÊS E MAIS DEZESSETE DIAS
FOI UM ÍDOLO DA FAMÍLIA CAXIAS
QUE LHE OUVIU COM SEBASTIÃO MARINHO
OLIVEIRA, OTACÍLIO E CANHOTINHO
VILANOVA E COM TODOS OS CAETANOS
EM ABRIL QUE PASSOU FEZ TRINTA ANOS
QUE MORREU MANOEL XUDU SOBRINHO

sábado, 13 de junho de 2015



          ABDIAS CAMPOS


Nascido em Olho D’Água dos Caboclos, próximo à localidade de Amparo, no sertão do Cariri,no estado da Paraíba, Abdias Campos se considera um predestinado à literatura. “Fui trazido ao mundo pela parteira Zefa Canário, nasci ouvindo versos numa região toda de poetas. Quem saiu daquelas terras virou médico, advogado, engenheiro. Quem ficou, foi vaqueiro, fazendeiro. Mas todos continuam poetas”, diz Abdias, que foi para Recife estudar Administração de Empresas. Chegou a tentar empregar seus conhecimentos em uma fazenda que herdou. “Eu agi como poeta, não como administrador. Derrubei cercas, abri estradas e acabei vendendo tudo para fazer meu primeiro LP”, conta. E poeta, escritor e compositor. Ao longo de uma carreira de mais de 20 anos tem mergulhado na sua própria vivência de artista popular e realizado de forma contemporânea e original uma leitura do seu fazer artístico, focado na educação.

Tem 06 CDs gravados, 04 de música (Do canto da Juriti ao Baque da Ondas, Pedra de Amolar, Rama e Cantoria de Fé); 01 de poesia de cordel (Literatura de Cordel Cantada e Declamada) e um CD audiolivro infantil (Meu Cordelzinho de Histórias), dirigido à Educação Infantil e aos primeiros anos do Ensino Fundamental, com sugestões pedagógicas para professores.


É autor de aproximadamente 100 títulos em cordel e de diversos artigos sobre cultura popular, publicados pelo Instituto Brasileiro Arte e Cultura - IBAC.

Abdias também já ministrou diversas oficinas e palestras, por instituições como: FUNARTE - MINC, UFPE,, FUNDAJ, SESC/SC, SENAC/PE, FUNDARPE, AESA, UPE, UEPB, Fundação de Cultura do Recife, Secretarias de Educação de Pernambuco, do Recife e de cidades do interior.

Trabalhou como ator na minissérie A Pedra do Reino, da obra de Ariano Suassuna, levada ao ar pela Rede Globo em 2007. Ainda em 2007 fez a narração, em cordel, do filme de animação Até o Sol Raiá, dos diretores Fernando Jorge e Leanndro Amorim.



                    Sertão do Moxotó

O Ponto de Cultura Orquestra Sertão, em ‪#‎Arcoverde‬, recebe neste sábado (13) a feira Centelha de Arte. No evento, o público poderá adquirir a preços populares artesanatos em couro e madeira, além de artes visuais produzidas em tecidos e telas. A iniciativa também visa contribuir com ações beneficentes na região.



"O cangaceirismo manteve uma relação estreita com o coronelismo, principalmente no período em que teve Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, como líder de bando cangaceiro. Lampião, o mais imponente dos líderes do cangaço, ainda hoje provoca muitas discussões e inquietações entre os que lhe estudam, herói para alguns, bandido para outros. O fato é que, se nos afastarmos dos conceitos engessados por parte da historiografia, donde o fanatismo, admiração ou mesmo um viés mercadológico, poderemos analisá-lo tendo como premissa o contexto social e político no qual viviam estes bandoleiros de forma mais científica e ou imparcial. Mesmo em se tratando de uma realidade sociocultural e política diferente da que vivemos, é possível tal analise, desde que façamos o esforço de nos despirmos de conceitos e preconceitos."

Juliana Pereira em Coroneis e Cangaceiros; no Cariri Cangaço

sexta-feira, 12 de junho de 2015



                           Premiado em dose dupla!

Alceu Valença ganhou dois prêmios ontem na cerimônia de entrega doPrêmio da Música Brasileira. Arrancou risos quando entrou agachado no palco para receber o troféu de Melhor Cantor na categoria Regional pelo CD "Amigo da Arte". Depois voltou ao lado do maestro Rodrigo Toffolo para receber o troféu de Melhor Disco na categoria MPB pelo álbum "Valencianas", gravado com a Orquestra Ouro Preto,
A cerimônia será exibida em especial pelo Canal VIVA nesse sábado, dia 13 de junho, às 22h

fotos: Alexandre Moreira





Ontem à tarde(quarta-feira 10/06), lembrei-me da primeira vez que subi ao palco. Eu tinha 5 anos e participei de um festival de música infantil no Cine Teatro Rex em São Bento do Una. Subi numa cadeira, cantei É Frevo, Meu Bem de Capiba e perdi o concurso para um garoto que interpretou a espanhola Granada. Ainda me recordo de ver papai, mamãe e titia Ademilda na plateia. As luzes da ribalta me hipnotizaram e eu, perdedor do festival, quis chamar a atenção da minha família. Enquanto Miquelito recebia merecidamente a comenda, eu dava dezenas de cambalhotas no palco para delírio e risadas do público.
Ontem à noite, as portas do Teatro Municipal do Rio de Janeiro abriram-se para o Prêmio da Música Brasileira. Eu concorri em duas categorias: melhor cantor regional e melhor álbum de MPB. O clima ali não era de disputa e sim de comunhão em torno da diversidade da nossa música. Abracei Melodia que há muito não via! Falei com Gilberto Gil, sorridente e gentil. Sentei-me perto de Martinho da Vila que estava ao lado da adorável Mart’nália, sua filha. Acenei para Erasmo Carlos e sorri para Beth Carvalho sentada numa frisa. Lucy Alves, Jorge Vercílio, Gabi Amarantos, Daúde, Elba Ramalho, abraços, abraços, abraços.
Maria Bethânia, a homenageada, como uma diva, entrou em cena. Começou a premiação e de repente ouvi o meu nome como vencedor na categoria cantor regional. O menino de São Bento acordou dentro de mim. Subi ao palco e impelido pela loucura da criança, me agachei e andei de quatro pés. O Municipal estava tão cheio quanto ao Cine e Teatro Rex e eu, dessa vez, era vencedor com o meu regionalismo que na infância me tirara o prêmio.
Retorno ao meu lugar na plateia e assisto ao desfile de grandes astros da nossa música na homenagem à Bethânia: Lenine, Caetano, Chico Cesar, Arnaldo Antunes, Adriana Calcanhotto, Nana e Dori Caymmi, Zélia, Mônica Salmaso e tantos outros nomes que fazem parte desta luminosa constelação. Mais uma vez, escuto meu nome sendo anunciado ao lado do Maestro e amigo Rodrigo Toffolo, regente da Orquestra Ouro Preto. Valencianas recebeu o prêmio de melhor álbum de MPB. Dessa vez, deixei o menino traquina de São Bento dormindo!

quinta-feira, 11 de junho de 2015



FILHO DO LENDÁRIO VAQUEIRO RAIMUNDO JACÓ VIVI EM SITUACÃO  DE MISÉRIA NO SERTÃO DO ARARIPE

 Raimundo Jacó, famoso por ser primo de Luiz Gonzaga e ter sido cantado em suas composições, também ficou conhecido nacionalmente por ser homenageado todos os anos na missa do vaqueiro na cidade de Serrita,no sertao pernambucano.
O que poucos sabem é que um dos seus filhos; Francisco Pereira Jacó, vive esquecido em situação de miséria, numa casa de taipa no sitio olho d'água, município de Bodocó a 640 km da capital Recife.

O Senhor Francisco é viúvo e vive na companhia de um filho que tem problemas de saúde. Dorme em uma rede de balanço por não possuir cama, além disso, corre risco constante de adquirir doença de chagas, pois o inseto barbeiro habita nas brechas das paredes de sua casa.


O filho de Raimundo Jacó revelou para nossa equipe que se alimenta dignamente quando as pessoas que moram próximo levam comida e que para ir às festividades em homenagem a seu pai na cidade de Serrita, ele precisa pedir ajuda aos amigos para passagem e despesas extras.
Com o olhar tristonho, o senhor Francisco se despediu da nossa equipe, pedindo que lembrássemos dele e levasse ao conhecimento da população e principalmente das autoridades, sua situação, para que o mesmo obtivesse alguma ajuda, pelo menos para a construção de uma moradia digna.


 Por Elismar Rodrigues

quarta-feira, 10 de junho de 2015



Para já entrar no clima do ‪#‎SãoJoãoPE2015‬, vamos conhecer um pouco da quadrilha junina Raio de Sol?! Emoticon smile Originada no bairro de Águas Cumpridas, em ‪#‎Olinda‬, ela estará abrilhantando suas apresentações com o tema "A corda".



Quem nunca esticou o pescoço na palhoça para assistir a uma quadrilha junina que atire o primeiro traque de massa. Poucos sabem, mas a parte cênica do espetáculo tem sido cada vez mais valorizada por estes grupos, que investem em cenários criativos e enredos bem humorados para prender a atenção da plateia. Nesse quesito, a quadrilha Raio de Sol, de Águas Cumpridas, Olinda, já virou especialista. Em 2014, deu um show de ousadia ao colocar os personagens para atuar em cima de carros alegóricos.
Com cinco títulos pernambucanos, cinco nacionais e um documentário sobre a sua trajetória, o grupo junino deve o seu sucesso à dedicação dos brincantes, que cresceram na quadrilha. Um dos exemplos é Leila Nascimento, que começou a dançar na Raio de Sol aos 12 anos e interpretou Maria Bonita ano passado (foto principal). Nesse São João, ela será a noiva e conta que a peça deve surpreender o público mais uma vez. "A noiva não tem noivo garantido. Vai ter que disputar num concurso", adianta Leila, que também é coreógrafa da quadrilha. Com o tema "A corda", a Raio de Sol vai deixar o enredo do São João ainda mais divertido.

Prepare-se, que tá chegando mais um São João incrível em Pernambuco.

terça-feira, 9 de junho de 2015



LIRINHA – O LABIRINTO E O DESMANTELO

CAPA

“transformarei a ferida
numa orquídea de luz mineral”
(Lirinha, em “Ser”)
Processar as dores. Curar as feridas. Lavar os velhos rancores. Depuração parece uma palavra bem associada ao novo disco de Lirinha que acaba de vir à tona neste 2015. Temos aí um salto corajoso rumo ao incerto: abismo ou labirinto. Lirinha reúne fragmentos e nos traz a experiência de retorno daquele homem, artista que não interrompe a caminhada para dizer. Fala em movimento. É outro. Desmantelado, re-montado: nos amores, nas artes, na (des)aventura de ser.
Em O labirinto e o desmantelo (2015) Lirinha acentua a escolha já trilhada a partir deLIRA, disco lançado em 2011. Com feição ainda mais harmonizada estão, no disco de agora, a poeticidade cortante, os efeitos eletrônicos, os tons de suspensão mística. Acertadíssima a parceria com Pupillo, que assina a produção musical. O Lirinha destemido, corajoso na sustentação dos caminhos escolhidos se apresenta para desafiar as classificações e desmantelar a identificação nítida dos gêneros musicais. São dez canções muito bem irmanadas. Em todas elas fica evidente um hibridismo que torna a audição do disco uma deliciosa brotação de inusitados.
Por exemplo, em “Pra fora da terra” dá para perceber um flerte erudito. A partir disso, ouvimos delicadezas que nos fazem lembrar os antigos realejos desaparecidos das ruas. Num flash, dois mundos irmanados. E nessa mesma canção surge o sopro contemporâneo sintetizado, a guitarra que arranha delicadamente. Lembranças, em círculo, bailam, ressoam em palavras, em sons. Nessa faixa temos também uma poeticidade que causa a intensa sensação de circularidade, no sentido de fluidez, de movimentação de energias renovadoras: “lavo com água corrente/ teu poço dos velhos rancores”. Grata surpresa, bela aparição do inesperado.
A canção “O labirinto e o desmantelo” nos faz lembrar as incursões experimentais de Lula Côrtes & Lailson no lendário disco Satwa (1973). Fica esse gosto de nitidez mística bem ao modo setentista, o que, sem muito esforço, traz também à cena o Pedro Santos de Krishnanda (1968). Lirinha vem para compor uma densa tríade, mas sem o compromisso das filiações. Ele se apresenta deixando visível – aqui e acolá – os (in)discretos fios que o ligam às experimentações dos mestres, mas o faz com um modo muito seu, com os elementos do momento de agora, remontando e transgredindo. Já havia esse anúncio no disco anterior, LIRA, com a canção “Adebayor”, mas nessa segunda experiência vemos um Lirinha mais evidente no desafio de encenar uma dicção própria, resultado das siderações que ele constrói.
Se em LIRA fomos surpreendidos com a participação de Ângela Rô Rô na faixa “Valete”, nesse segundo disco temos a presença de Céu na canção “Filtre-me”. Extremidades mediadas por Lirinha. Em ambas as canções a intensidade. Essa conexão com artistas pernambucanos não é novidade para a cantora/compositora Céu, ela já havia participado de discos de Siba, Otto, Nação Zumbi. De alguma maneira essa presença fica sendo um desafio que pendula entre o conhecido e o não esperado. Aqui, dividindo os vocais com Lirinha, Céu compõe uma bela fusão e algo muito sinérgico se acentua mesmo no momento em que ambos entoam: “quando passa em mim a tua voz/ tão cercada de poeira/ não esqueço o filtro do amor”. A música se confunde com a espinhosa maciez da experiência amorosa.
Lirinha por Caroline Bittencourt
Lirinha / Foto: Caroline Bittencourt
Uma imponente tuba vai abrir caminhos na canção “Mergulho”. Digo caminhos porque essa música nos deixa com a sensação de deslocamento, atenta contra a nossa possível imobilidade. “Mergulho” é mesmo um passeio para o qual eu não estava preparada, apesar das surpresas que tive ao escutar as músicas anteriores. É nesse momento do disco que Lirinha nos leva para as profundezas. Profundezas do corpo, das vontades. Aí, palavras e musicalidade indicam amplidões sem pudor algum. A ânsia é tanta que o trânsito é por lugares inesperados: “agora o plano é te fazer feliz/ correr os tubos do teu coração/ provar além/ cicatrizar o chão/ e sonhar/ andar nos fios que ligam às estrelas/ capacidade de mudar as coisas”. É o corpo ou é a amplidão? Essa é uma canção imensa, aliás, em todo o disco dá para perceber que a alquimia de Lirinha aproveita bem tudo o que é vasto. “Mergulho” é também um intenso eco, tenho morado nessa música (e ela em mim) desde a primeira vez.
“Odin” é uma canção aguda. Por in-coincidência encerra o disco. Nesse momento Lirinha requisita quem está do outro lado da margem, ou seja, nós, para perguntar “quem sabe encontrar/ alta forte felicidade”. A Combustão das experiências particulares. Essa equação sempre será difícil de ser resolvida quando se tratar de arte. A essa altura, muita coisa irmanada, não dá para dizer que o disco é hermético ou é um relato sonoro do particular porque, ouvindo com atenção todas as dez canções, já sentimos (e nos sentimos) “a planta pisada/ o cais retorcido/ farol mergulhado/ um balde de sonhos no fundo da casa/ onde o mar se tornou salgado”. Já somos o coro que acompanha a voz de Lirinha. Quando essa última canção se conclui, fica a ação imediata de escutar a sequência novamente, sem maiores preocupações com o tempo do relógio. O disco dá uma impressão de ciclo que se renova, de círculo que se movimenta.
É um disco tão amplo que somente ao escrever este texto fui perceber que todas as faixas, juntas, totalizam 35 minutos. Nas vezes em que escutei tive a sensação de que a experiência havia ultrapassado os ponteiros, juro que imaginei que o disco durava mais de uma hora, juro. Isso é que me deixou impressionada: Lira, sabedor de que está dentro e fora das lógicas do mercado fonográfico, insere músicas com menos de 4 minutos de duração, mas implanta expansões em cada uma delas. Nessa aventura sensível fiquei desorientada de cronômetros. E assim não dá para detalhar o disco faixa a faixa, melhor convidar outros seres para colocar na roda as suas impressões. Aí só o contato direto com a musicalidade de Lirinha poderá mover as sensibilidades.
Esse disco “O labirinto e o desmantelo” deve ser incluído no repertório das nossas urgências. Não duvido. Deixo apenas um aviso (até desnecessário): é para escutar de peito aberto, inútil mover-se (ainda) pelo saudosismo dos tempos do Cordel do Fogo Encantado. Aqui encontraremos um outro artista, porque é outro o homem e outros são os tempos não marcados por apagamentos, mas pela ânsia de descobertas.
Agora, cinco discos depois, o que podemos dizer da trajetória de Lirinha é o seguinte: ele é o outro que não sepultou o mesmo. Com o entendimento de que se faz impossível apagar as origens, fico muito mais instigada em descobrir como esse ser-tão dialoga com paragens diversas e alimenta as inquietações artísticas. E para inconcluir a questão, vem o eco: “que lugar é esse labirinto / desse nosso desmantelo?”

Daniela Galdino - Poeta,performer,produtora cultural e docente da UNEB