domingo, 31 de outubro de 2021
EUGENIO LEANDRO
Toda a sua família é de Limoeiro do Norte, Vale do Jaguaribe, CE. Por causa da seca, seus pais procuravam a capital, onde ficavam até as coisas melhorarem. Eugênio Leandro nasceu numa dessas idas para Fortaleza, em 25 de outubro de 1958, mas lá ficou apenas até os dois meses, voltando para Limoeiro do Norte, onde nasceram seus 11 irmãos. Toda a sua formação deu-se no interior, ouvindo cantadores de viola, vaqueiros aboiadores, cantadores de feira, cordelistas. Fica em Limoeiro cerca de vinte anos, quando em 1978 volta para Fortaleza, onde cursa Direito pela Universidade Federal do Ceará, formando-se em 1983. Nesse período, participa ativamente da vida cultural da capital, ingressando em expressivos grupos de cultura da época, sempre ligado ao movimento estudantil, clubes e associações de classe, movimento de trabalhadores, numa época difícil da política brasileira, tempos da abertura, onde a sociedade luta pelo resgate da democracia, da cidadania. Nesse clima de luta, num país avesso a oportunidades, principalmente no mercado da música, tomado pelas multinacionais do disco, rádio estritamente comercial, sem oportunidades, segue a filosofia da produção alternativa, independente, marginal. Faz seu próprio disco, com apoio do movimento social organizado em 1984. Com o parceiro Dílson Pinheiro, organizam duas músicas de cada e viajam para Natal, RN, onde fazem um compacto. A tiragem é de apenas mil cópias, que se esgotam em dois meses. Não reeditam. Eugênio Leandro parte para a carreira solo.
Além dos discos solos, produziu as antologias Compositores e Intérpretes Cearenses e Tempo Trabalho e Cotidiano, além do CD O Peixe, de Abidoral Jamacaru e o Álbum Branco de Nonato Luiz, interpretanto The Beatles, pela Kuarup.
Discografia:
Além das frentes (1986)
Catavento (1990)
A cor mais bonita (1995)
Castelo Encantado (2002)
À hora dos magos (2008)
FONTE: http://musicabrasileira.org/eugenioleandro/indice.html
sexta-feira, 29 de outubro de 2021
Grupo João Teimoso retorna aos palcos com programação em dosa dupla
O Grupo João Teimoso, neste final de outubro, terá dois dias de apresentações nesta sexta-feira (29) e sábado (30). No dia 29, às 15h, haverá o Sarau das Artes nos Jardins do Teatro do Parque. Em seguida, às 20h, o grupo apresenta a peça Retratos de Chumbo no mesmo local. Já no sábado (30), será realizada outra apresentação da peça no Teatro Barreto Junior, ambos no Recife.
Em abril deste ano o grupo comemorou seus 20 anos de fundação no mês de abril, e em agosto passado foi a vez de comemorar os 12 anos do Sarau das Artes. Por conta da pandemia, as comemorações foram todas transmitidas pela internet e, apenas em setembro, o grupo teatral voltou aos palcos, com uma temporada no Teatro Fernando Santa Cruz, em Olinda.
A peça “Retratos de Chumbo, As Rosas que Enfrentaram os Canhões“, tem texto baseado em muita pesquisa, entrevistas e depoimentos de pessoas que viveram estes anos sombrios de nossa história. Já o Sarau das Artes, faz parte do Movimento Guerrilha Cultural, criado pelo João Teimoso, com o intuito de ser uma confraternização com as artes, formando plateia e realizando difusão, unido todas as artes. Nos últimos anos, já foram realizadas mais de 230 edições em locais como a Rua do Hospício, Teatro Apolo, Centro Cultural Correios, Torre Mallakoff, Rua da Guia e Bar Burburinho.Serviço:
Peça “Retratos de Chumbo, As Rosas que Enfrentaram os Canhões”
Sexta (29), 20h | Teatro do Parque
Sábado (30), 20h | Teatro Barreto Júnior
Ingressos: R$ 20 (valor único)
Sarau das Artes
Sexta (29), 15h | Teatro do Parque
Gratuito
quinta-feira, 28 de outubro de 2021
Estrela Brilhante de Nazaré da Mata percorre Estado com sua aula espetáculo
O Maracatu de Baque Solto Estrela Brilhante de Nazaré da Mata pegou a estrada, nesta segunda-feira (25), para levar a aula espetáculo “Maracatu de Baque Solto Estrelha Brilhante no Terreiro da Escola” a várias cidades das quatro Regiões de Desenvolvimento do Estado. A iniciativa conta com incentivo do Governo de Pernambuco, por meio do Funcultura, e é voltada para alunos das escolas de referências (EREM), nos municípios de Nazaré da Mata, Olinda, Floresta e Taquaritinga do Norte.
As aulas espetáculos acontecerão até a próxima quarta-feira (27) e terão como mediadores o Mestre Bi e o ator e dançarino Helder Vasconcelos, folgazões, músicos e percussionista do maracatu. Já o roteiro e direção é do produtor cultural Alexandre Veloso.
As aulas mostrarão os vários aspectos do maracatu de baque solto, como a música, a dança, personagens e momentos diferentes da brincadeira, como o ensaio, a chamada dos caboclos e cortejo do carnaval. Haverá também ações de acessibilidade com Libras.
Confira a programação:
OLINDA
Segunda (25/10), Às 9h30
EREM Colégio Estadual de Olinda
NAZARÉ DA MATA
Segunda (25/10), às 15h
EREM Dom Vieira
FLORESTA
Terça (26/10), às 15h
EREM Cap. Nestor Valgueiro
EREM Dep. Afonso Ferraz
TAQUARITINGA DO NORTE
Quinta (27/10), às 9h30
EREM Severino Cordeiro de Arruda
quarta-feira, 27 de outubro de 2021
QUINTAL DO BANDEIRA DISCUTE A POESIA DO SERTÃO PERNAMBUCANO NESTA QUINTA(28)
Acontece nesta quinta-feira (28), às 19h, mais uma edição do Quintal do Bandeira, série de encontros virtuais organizados pelo Espaço Pasárgada, equipamento cultural gerenciado pela Secult-PE/Fundarpe. O tema da vez é Poesia Popular, Veredas do Sertão, abordando a poesia cotidiana do Sertão Pernambucano, com inserts de gravações de poetas do Sertão do Pajeú e do Cariri. A transmissão será realizada pelo canal: youtube.com/SecultPE.
A live será apresentada por Marília Mendes, gestora do Espaço Pasárgada, e contará com a participação de dois convidados: O primeiro é Jorge Filó, poeta, escritor, produtor cultural, palestrante e declamador da poética do sertão nordestino, da arte dos repentistas. Carrega participações no longa-metragem O Silêncio da Noite é Que Tem Sido / Testemunha das minhas amarguras, na série Ouro Velho, Mundo Novo e na série Saudade.
Para enriquecer ainda mais este encontro, Petrônio Lorena também participará do bate-papo. O diretor, roteirista, produtor cinematográfico e músico dirigiu os longas-metragens documentário “Sapato 36”, “ O Silêncio da Noite é que tem sido testemunha das minhas amarguras”, “O Gigantesco Imã”. Petrônio também canta e compõe para o coletivo musical “Petrônio e as Criaturas”.
“A gente espera proporcionar um encontro do Recife com o Sertão Pernambucano, mesmo que virtualmente, e conhecer um pouco mais do seu cotidiano poético, vivendo essa relação que tem como elo de ligação a poesia.” Comentou Marília Mendes, apresentadora e mediadora da live.
Fonte : portalculturape
domingo, 24 de outubro de 2021
CANGACEIRO CAJUEIRO
Residente nas cercanias da Serra do Reino em Belmonte, o célebre cangaceiro “Cajueiro” tinha como nome de batismo José Pereira Terto, sendo filho de Manoel Terto Alves Brasil e de Antônia Pereira da Silva (Totonha). Amplamente conhecido no mundo do cangaço, Cajueiro foi o homem da mais elevada confiança de seus primos Sinhô Pereira e Luiz Padre.
Conta-se que em princípios do século XX, Cajueiro havia levado uma sova de um soldado por nome Cipriano de Souza, porém, ao chegar em casa, sua mãe dona Totonha Pereira não o abençoou.
Dias depois, Cajueiro resolveu assassinar o seu agressor e ao retornar para casa, foi abençoado por sua genitora. Depois deste fato, o mesmo resolveu ingressar no cangaço ao lado dos primos Sinhô Pereira e Luiz Padre.
Em 1919 foi para o Planalto Central com Luiz Padre. Retornando ao Pajeú no ano de 1922, Cajueiro foi de fundamental importância no estratagema de Sinhô Pereira, Luiz Padre e Ioiô Maroto que culminou no ataque a Belmonte no dia 20 de outubro de 1922, onde foi assassinado o coronel Luiz Gonzaga Gomes Ferraz, próspero comerciante daquela cidade sertaneja.
Cajueiro deixou seu nome marcado na história como um dos homens mais experientes do cangaço, muito valente e moralista.
Ascendentes de Cajueiro:
Lado materno:
Mãe; Antônia Pereira da Silva (Totonha, falecida em 06/05/1946 aos 80 anos de idade), filha do primeiro casamento de Dona Dé (Maria José Pereira da Silva) com o major Joaquim Pereira da Silva Tintão (este filho do Comandante Superior Manoel Pereira da Silva). Dona Dé era filha de Josefa Pereira da Silva (Dona Zefinha do Serrote) e de Joaquim Nunes da Silva. Portanto, Cajueiro era bisneto de Dona Zefinha do Serrote (Josefa Pereira da Silva) e também bisneto do Comandante Superior Manoel Pereira da Silva. O Barão do Pajeú era tio avô de Cajueiro.
Lado paterno:
Pai; Manoel Terto Alves Brasil, filho de José Alves dos Santos e de Carolina Jocelina (ou Marcionila) da Silva, esta filha do Padre Francisco Barbosa Nogueira e de Quitéria Pereira da Cunha da fazenda Cipó em Serra Talhada. Portanto Cajueiro era bisneto do Padre Francisco Barbosa Nogueira (este neto de Manoel Lopes Diniz fundador da fazenda Panela D’Água em Floresta).
Em virtude de umas querelas familiares onde residia, na fazenda Cipó em Serra Talhada, o casal José Alves dos Santos (Cazuza Cego) e Carolina Marcionila da Silva (filha do Padre Francisco Barbosa Nogueira e de Quitéria Pereira da Cunha), comprou em 1881, na Freguesia de Belmonte, uma propriedade na fazenda Campo Alegre, cercanias da Serra do Reino (cuja vendedora foi dona Jacinta Pereira de Souza), onde passou a residir. Este casal deixou nove filhos dentre os quais o Sr. Manoel Terto Alves Brasil que casou com Antônia Pereira da Silva (Totonha, filha do major Joaquim Pereira da Silva Tintão e Maria José Pereira da Silva, Dona Dé), pais de Cajueiro: José Pereira Terto.
Valdir José Nogueira,pesquisador e escritor
Pres. da Comissão Local do Cariri Cangaço
São José de Belmonte, Pernambuco
NOTA DO PESQUISADOR SOUSA NETO: Em 1923 ao chegar em Minas Gerais, Cajueiro ou Joaquim Araújo da Silva, nome adotado naquelas paragens torna-se amigo pessoal do Cel. Farnesi Dias Maciel, irmão do Presidente Olegário Maciel. Foi da guarda pessoal do Governador Olegário onde na revolução de 1930 deu total proteção a esse que junto aos primos JOSÉ ARAÚJO e FRANCISCO ARAÚJO, formaram um pelotão para guardar o Palácio do governador que esteve sob iminente ataque das forças getulistas.
Para ilustrar mais um pouco a bela matéria do nosso valoroso amigo Valdir José Nogueira, vejam abaixo a certidão de óbito do célebre Cajueiro. Atente para o detalhe: ele faleceu exatamente três meses e nove dias após Sinhô Pereira.
No Livro do cartório ambos os óbitos estão na mesma página. Outro detalhe, nasceram no mesmo ano 1896.
Abraço a todos! Depois contarei o resto.
Valdi José Nogueira
Pesquei no Sítio do coroné Severo
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