terça-feira, 31 de maio de 2011

Lavadeiras de Almenara



LAVADEIRAS DE ALMENARA

  Adélia Barbosa da Silva, Ana Isabel da Conceição, Emília Maria de Jesus, Juracy Lima da Silva, Mirian Fernandes Pessoa, Santa de Lourdes Pereira, Sebastiana Dias Silva, Tereza Fernandes Souza Novais e Valdenice Ferreira dos Santos,são  integrantes do grupo que interpretam cantigas aprendidas nas beiras do Rio Jequitinhonha, na cidade de Almenara, cidade mineira situada no vale do Jequitinhonha,norte de Minas Gerais, além de modinhas, sambas de roda e batuques. As canções também retratam o cotidiano, ou seja, o trabalho de ribeirinhos, canoeiros e lavadeiras bem como as brincadeiras e a relação entre índios, negros e portugueses durante a colonização em Minas Gerais. O coral viaja por todo o país, tem também passagens internacionais com apresentações em Portugal e Espanha e já foi pauta de reportagens e documentários em redes de TV brasileiras, como TV Brasil  e Rede Globo. O coral também vem sendo considerado parte integrante do patrimônio cultural imaterial da região do Vale do Jequitinhonha. O coral surgiu em 1991 após o cantor, compositor e pesquisador cultural Carlos Farias ter incentivado as lavadeiras de Almenara a formar um grupo, pois, além das difíceis condições de vida das lavadeiras, antigas canções, inseridas no cotidiano das mulheres, poderiam desaparecer.A pesquisa de coleta de canções entoadas pelas mulheres surgiu em 1985 pelo próprio Carlos Farias. O trabalho teve aceitação, e elas começaram participaram de festivais no Vale do Jequitinhonha - o Festival da Cultura Popular do Vale do Jequitinhonha, em Minas Novas, e no 7º FESCAL – Festival da Canção de Almenara.  Seu repertório inclui batuques, sambas, chorinhos, afoxés, frevos, cantigas de roda, modinhas, chulas de terreiro e toadas de origem desconhecida. A temática também envolve cânticos de trabalho, lúdicos e de louvação, de influência africana, indígena e portuguesa, uma mistura que revela a miscigenação que forma música brasileira. As apresentações passaram a acontecer em todo o território nacional, ou seja, o grupo "saiu da beira do rio para espalhar sua memória sonora pelos palcos" com o show Batendo roupa, cantando a vida, palestra Conversa de Lavadeira e a cerimônia de Bênção das Águas. Nessa trajetória, o grupo já se apresentou com outros artistas como Milton Nascimento.
De 1994 a 1998, o grupo foi coordenado por Tânia Grace Almeida. Em outubro de 1999 as lavadeiras fizeram parte da gravação de um CD coletivo em Teófilo Otoni, o Por Cima das Aroeiras, juntamente com outros grupos culturais do Vale do Jequitinhonha. Em março de 2002, o coral participou do 3º Festival de Arte, Criatividade e Recreação (FACR), na Ilha da Madeira, em Portugal. Em 2003, o grupo já registraria seu trabalho no CD-livro Batukim Brasileiro, formado por 13 canções e com recursos obtidos pelas leis estadual e federal de incentivo à cultura. Em 2005, foi lançado outro álbum, Aqua – A música das lavadeiras do Jequitinhonha, com encarte trilíngue e textos de Olavo Romano e Déa Trancoso. Também houve participações de Rubinho do Vale e Pereira da Viola. O álbum é formado por músicas entremeadas de histórias, casos, sentimentos e lembranças nem sempre boas ou líricas, a experiência e a poesia de suas vidas. Em 2009, representaram o Brasil no Festival Internacional de Folclore no Peru. Em 2010, o coral recebeu a Ordem do Mérito Cultural 2010, concedida pelo Ministério da Cultura (Minc) do governo brasileiro. O ministro da Cultura, Juca Ferreira, justificou o prêmio ao dizer que "foram escolhidas pessoas que exprimem a nossa tradição, a nossa vanguarda, as diferentes correntes de criação cultural e artística do nosso povo".  Segundo a pesquisadora Samara Rodrigues de Ataíde em dissertação apresentada na Universidade Federal do Rio de Janeiro, as lavadeiras entoam os episódios do cotidiano por meio de um eu lírico, "uma voz feminina, que está lavando roupa, conversando com suas amigas, ou com sua mãe, a narrar diversas situações em que é protagonista". A pesquisadora concluiu que os versos destas canções permitem o diálogo com o sincretismo da religiosidade popular brasileira ao adotar elementos da diversidade e absorver a riqueza do folclore e da cultura da região onde as lavadeiras habitam. Ainda segundo a pesquisadora, as cantigas conservam traços autóctones "de uma identidade brasileira fragmentada e diluída em tempos de massificação cultural".

domingo, 29 de maio de 2011

Mestre Totonho

O  LUTHIER  DO  SERTÃO  


Ele nasceu em 13 de fevereiro de 1960 no distrito de São Felix,municipio de Mauriti,cidade situada na mesoregião do sul cearense,microregião do Barro.Seu nome de pia é Antonio Gomes da Silva. Mestre Totonho, pequeno agricultor, divide seu tempo entre os trabalhos na roça e numa oficina improvisada no quintal de sua casa, onde ele constrói violinos, violoncelos, contrabaixos e violas. Começou a se interessar pela arte depois que conheceu o maestro italiano e fabricante de violinos Augusto Lombardi, numa viagem a São Paulo. Na sua oficina já passaram alguns jovens com  intuito de aprenderem a profissão de Luthier,  Manifestação artística que engloba a construção e restauração, de modo artesanal, de instrumentos de corda com caixa de ressonância, tal como a violino, viola, violoncelo, contrabaixo. Mestre Totonho,é incansavel  na  incessante procura de inseminar esta  arte tão rara no sertão nordestino.
                                                           

sexta-feira, 27 de maio de 2011

quarta-feira, 25 de maio de 2011

                                             



                                POETA APOLÔNIO ALVES DOS SANTOS

         

 
Nasceu em Serraria-PB, aos 20 de setembro de 1926. Em seus documentos, no entanto, consta como nascido em Guarabira-PB, cidade para onde foi levado e onde foi criado desde a infância por seus pais, Francisco Alves dos Santos e Antonia Maria da Conceição. Começou a escrever folhetos aos vinte anos.
Seu primeiro romance foi Maria Cara de Pau e o Príncipe Gregoriano, que, não podendo publicar, vendeu
a José Alves Pontes, lá mesmo em Guarabira. A venda se efetuou em 1948, mas o romance só foi impresso no ano seguinte.Em 1950, tentando melhorar de vida, foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou na construção civil como pedreiro ladrilheiro, e, em 1960, foi trabalhar na construção de Brasília, mas sempre escrevendo e vendendo seus folhetos.
É dessa época sua obra A construção de Brasília e sua inauguração, que se esgotou pouco tempo depois de publicada. Em 1961, logo após a inauguração de Brasília, voltou ao Rio de Janeiro. Passou os últimos anos em Guarabira, Paraíba, vindo a falecer em 1998, em Campina Grande.
Escreveu cerca de 120 folhetos, sendo os principais : O herói João Canguçu, Façanhas de Lampião. O aventureiro do Norte, Epitácio e Marina, O pau de arara valente, O pistoleiro da vila, Olegário e Albertina entre o crime e o amor e O noivo falso engenheiro.
Folhetos lançados pela Editora Luzeiro : A moça que se casou 14 vezes e continuou donzela, A morte de Leandro : saudades, O herói João Canguçu.




































sábado, 21 de maio de 2011

                                           



                                                     CANGACEIRO BARRA NOVA






                        O nome do distinto era Manoel Mauricio,pouco ou quase nada se sabe  daquele bandoleiro das "selvas nordestina". Era fiel escudeiro do rei do cangaço,alagoano do municipio de Agua Branca,foi morto pelo tenente  Zé Rufino. Barra Nova entrou muito moço para o cangaço pelos mesmo motivos que levaram tantos outros para o mundo da criminalidade. Injustiça social,vigança e falta de pespectiva de vida para os jovens do semi-árido. O historiador e escritor do cangaço  João de Souza Lima,corre atrás de apoio institucional para o seu projeto de gravar um documentário sobre a história de Barra Nova. Independente de apoio institucional ou não  ele dará o ponta pé inicial no seu projeto em meados do mês de Junho. No povoado de Alto dos Coelho,municipio de Agua Branca,ele encontrou remanescentes do cangaceiro  e  muita informações que enrriquecerá a biografia até então desconhecida  de Manoel Mauricio. É nesse povoado do sertão alagoano que móra o senhor João Mauricio,filho do personagem principal da  trama e o sobrinho do cangaceiro,José Aldino. O filho João Mauricio,guarda  até os dias de hoje o bornal que Barra Nova usava no dia da sua morte,a reliquia foi doada pelo seu algoz,Tenente Zé Rufino,que presenteou João Mauricio nos anos 60. Agora resta esperar pela história que a tela e a memória contará dos dias de chumbo dos panteras negras do sertão nordestino.

Willian Veras de Queiroz  - Maio de 2011 D.C -Santo Antonio do Salgueiro - PE. 

quarta-feira, 18 de maio de 2011



JOAQUIM  MULATO, O PENITENTE

Joaquim Mulato é um homem calmo,de pele fina,queimada pelo sol ,com marcas do vitiligo nas mãos,espirituoso,de voz baixa,mas forte.Decurião da Ordem dos Penitentes em Barbalha, munícipio da região do Cariri, sul do estado do Ceará. O posto significa ser líder da Ordem e conduzir, com a cruz na mão, cerca de 15 homens no acoite, na purgação da carne pelas lâminas de ferro do cacho, instrumento de suplício. A autoflagelação é feita sob a entoação de benditos cantados por Joaquim e Severino, segundo na hierarquia da Ordem, com trechos respondidos pelos que estão se penitenciando. Nasceu no sítio Cabaceiras, Barbalha, dia 3 de março de 1920. O pai, o agricultor Pedro Mulato de Souza, “remediado”, casou com uma mulher mais velha que ele, Maria Velosa da Conceição, e tiveram dezesseis filhos (...)
onta a crônica que a religiosidade sertaneja foi marcada pelos missionários capuchinhos, que aqui estiveram no século XVIII. A Tônica era a ameaça do fogo do inferno. Daí se reforçou esse maniqueísmo que tem origens mais fundas, e, mesmo nas escrituras, “a invenção do demônio,” é posterior ao Gênesis. A Penitência, no dizer de Joaquim Mulato, foi introduzida pelo Padre Ibiapina, sobralense, homem da elites, bacharel em direito, que abriu mão de tudo para cuidar dos pobres, criar casas de caridade no sertão. De onde saíram beatas, e disseminar um catolicismo triunfante. Moldado pela Contra-Reforma, com base na “ Missão Abreviada”, e que teria trazido os benditos, ainda hoje entoados pelos penitentes do sitio Cabaceiras(...) Contam que Rosemberg Cariry, quando fazia imagens do grupo, nos anos 80, teria sugerido a utilização de umas tochas para iluminar o ritual. A flagelação à noite teria pouco impacto. E as tochas embebidas em gasolina davam um tom dramático que combinava com a severidade da cerimônia (...)
O Juazeiro tem um mistério que... não sei não.Não tem opinião muito favorável sobre o beato José Lourenço, repetindo o senso comum de que ele “botava os bestas pra trabalhar de graça” e a acusação do assédio sexual, repetida, inclusive, por Câmara Cascudo, em plena euforia do Estado Novo de Vargas.
Já com Conselheiro é mais tolerante: “era monarca, contra a República”.
O Silêncio é entrecortado pelos carros que passam em alta velocidade. Sobre as laterais do oratório, imagens inconclusas, que um dia serão cortadas com canivetes, ferros, a madeira ferida, como é ferido seu corpo de penitente, lavado com sal para purgar a Humanidade inteira.                                                  

sábado, 14 de maio de 2011



                                      TICUQUEIROS


Com um estilo voltado para a música de raiz, surge em março de 2001 os TICUQUEIROS, tentando captar e expressar através da música, o multicolorismo e a grandiosa diversidade rítmica das manifestações populares, algumas delas já inexistente na Zona da Mata.


Fundindo elementos dessas diversas manifestações com as influências de cada um dos sete integrantes, surgem sons incorporando instrumentos eletrônicos com instrumentos rústicos das brincadeiras da região, e apresenta instrumentos de sopro, tradição da cidade onde a banda se formou, Nazaré da Mata, e também das cirandas e maracatus. Assim o grupo expressa de forma inusitada a simplicidade do povo que compõe as manifestações com as quais estamos em constante e energizante contato, e que estão sempre presentes nas tradicionais festas de interior.
Os TICUQUEIROS, ou tiradores de ticuca, transmitem as energias desde a enxada batida em trilho de trem de manhã cedo, até as rodas de coco, de ciranda, das sambadas de maracatu, dos blocos rurais e do forró.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

                              
                  Zenilton será homenageado no São João de Salgueiro 2011

       Programação - Estação do Forró

            Pátio da antiga estação ferroviária de Salgueiro




                                                 Dia 23
                                                 Zenilton
                                                 Danielzinho Itabaina
                                                 Flávio Leandro
                                                 Nordestinos do Forró
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                                                 Dia 24
                                                 Josildo Sá
                                                 Maciel Melo
                                                 João Bandeira
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                                                  Dia 25
                                                Joquinha Gonzaga
                                                Os Três do Cariri
                                                Raniere e Banda
                                                Capim Com Mel
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                                                  Dia 26
                                               Epitácio Pessoa
                                               Clã Brasil
                                               Jameckson e Banda
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                                                  Dia 27
                                               Gaviões do Forró
                                               Luiz e Davi
                                               Danilo Pernambucano
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                                                   Dia 28
                                                Kinho Callou
                                                Flávio José
                                                Território Nordestino
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                                                       Dia 29
                                                Antônio Da Mutuca
                                                Waldonis
                                                Jorge e Mateus

terça-feira, 10 de maio de 2011



 LUCAS EVANGELISTA, O MESTRE DA VIOLA E DO CORDEL

Mestre João Lucas Evangelista, ainda na infância  em Crateús,cidade encravada às margens do rio Poti,no sertão Cearense, teve contato com a Literatura de Cordel através de seus pais que gostavam de cantar e recitar histórias tradicionais. Cordel: Poesia popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos rústicos com estrofes (as mais comuns) de dez, oito ou seis versos. Os cordelistas recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados geralmente de viola.Residindo em Fortaleza iniciou a vida de vendedor de folheto de cordel e violeiro, fazendo a sua primeira apresentação na Praça dos Leões. Depois, na companhia do irmão, Pedro Evangelista, também poeta e repentista, passou a cantar em outras praças da capital, daí para o interior e outros estados. Publicou centenas de folhetos de cordel, alguns pelo CECORDEL, na década de 90. Também gravou centenas de canções e poemas de cordel. Hoje boa parte de sua produção poética está gravada em discos, fitas K-7 e Cds. A origem popular de suas canções levaram cantores como Frank Aguiar e grupos como Calango Aceso, Mastruz com Leite a gravarem suas músicas e poemas. Boa parte de suas histórias em Cordel foram publicadas pela Editora Luzeiro que tem distribuição nacional. Atualmente vem se apresentando ao lado da veleira Luzia Dias já tendo, com ela, gravado alguns CD's .
                                       

domingo, 8 de maio de 2011

                                         

 ALLEXA ENCANTOU NO PROJETO SEIS E MEIA

 A cantora baiana Allexa,que nasceu na cidade de Senhor do Bonfim e que virou recifense por adoção,foi ovacionada pela platéia que foi ao Teatro Santa Isabel,na abertura do Projeto Seis e Meia. Allexa,fez a abertura do show de Luiz Melodia,ela que na música só anda em boa companhia,desta vez não foi diferente,teve o auxilio luxuoso do mestre Bozó e de um grupo super afinado com a diva. Com um repertório muito bom,onde desfilou composições próprias e de outros autores e poetas.Destaque para a bela versão de A Mesma Rosa Amarela,uma parceria do poeta Pernambucano Carlos Pena Filho e o compositor Capiba.Com uma excelente performace de palco,a menina do piemonte norte baiano,mais parecia uma deusa africana com voz angelical. O CD de estréia de Allexa está no forno e, é grande o seu engajamento na pré- produção do trabalho fonográfico. O disco terá composições do maranhense Zeca Baleiro ,  inéditas de outros autores e composições autorais. A próxima apresentação de Allexa,será no Teatro Luiz Mendoça,mais precisamente no Parque Dona Lindú,na zona sul da Manguecéia desvairada.

William Veras de Queiroz 2011 D C -Durante as novenas do mês de Maio em Santo Antonio do Salgueiro-PE.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

                                                 




                                                     GERALDO  JÚNIOR



O Cineasta Rosenberg Cariry,descreve a região do Cariri cearense  como  um oásis, o verde coração do semi-árido nordestino, com uma grande quantidade de grupos e mestres de cultura popular tradicional; Reisados, lapinhas, pastoris, bandas cabaçais, forró pé-de-serra, maracatu, coco, maneiro-pau, embolada e cantoria. Centro geográfico com eqüidistância para as principais capitais do Nordeste, desde meados do século XVII até os dias de hoje, continuam a chegar multidões sertanejas, em um fluxo constante, atraídas pela fertilidade e pela sagração do território como espaço mítico.
O trabalho do cantor e compositor Geraldo Júnior desenvolve-se nesse contexto como um aglutinador das artes populares, utilizando elementos tradicionais como ferramenta para fundir e resignificar todas essas linguagens através de uma leitura contemporânea.
A misticidade que gira em torno do imaginário popular, é apresentada nos diversos aspectos que envolvem o espetáculo, performances munidas de figurino característico que representam suas tradições, lendas, folguedos, história e personagens locais. Seguindo numa trajetória evolutiva, desde o “Dr. Raiz” - 2005 e “Calendário (O Tempo e o Vento)” – 2007, sempre processando e assimilados outras influencias a partir da sua identidade cultural, o cantor e compositor Geraldo Junior em seu novo show e álbum homônimo, “Warakidzã – Senhor do Sonho” - 2010, apresenta-se maduro e equilibrado entre todas as suas mais diversas e contrastantes influencias, que vão desde as tradicionais até as mais contemporâneas. A formação da banda conta com teclado, bateria e guitarras, alem da sanfona, viola, rabeca, flautas e percussões. Timbres e efeitos sugerindo um clima um tanto psicodélico.  No repertório, canções inéditas que estão sendo gravadas, músicas do Dr. Raiz e do Calendário, canções de compositores da região como: Patativa do Assaré, Abdoral Jamacaru, Luiz Fidélis, Dudé Casado e Ermano Morais, e ainda, a referencia às músicas dos grupos de cultura popular tradicional. Com performances de teatro e dança entremeando as músicas tudo isso com os arranjos da nova formação do grupo. m sua trajetória ganhou festivais e apresentou-se em várias regiões do país.

Janinha Brito/Crato-Ceará



















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quinta-feira, 5 de maio de 2011

                                                    

  ANTONIO TEODORO DOS SANTOS,O POETA GARIMPEIRO

Todos sabem - ou deveriam saber - que Antônio Teodoro dos Santos, o Poeta Garimpeiro, foi o grande desbravador da Literatura de Cordel em São Paulo. Portanto, se hoje conseguimos falar com mais propriedade sobre cordel em espaços diversos, em parte devemos a ele essa abertura. Dito isso, é preciso reconsiderar algumas coisas: Teodoro, nascido em 1916, em Jaguarari,cidade encravada na micro-região de Senhor do Bonfim,no sertão baiano.Bateu às portas da recém fundada Editora Prelúdio no início dos anos 1950. Lá, se instalou e produziu centenas de folhetos, alguns ainda republicados e com público cativo, casos de JOÃO SOLDADO e LAMPIÃO, O REI DO CANGAÇO. É autor, também, de VIDA E TRAGÉDIA DO PRESIDENTE GETÚLIO VARGAS, que vendeu, num mês, a impressionante marca de 280 mil exemplares e chamou a atenção de pesquisadores como Raymond Cantel e Orígenes Lessa.  Teodoro teve um poema musicado pela maior dupla caipira de todos os tempos, TONICO E TINOCO, o que foi possível pela aproximação que havia entre a música do interior de são Paulo e a poesia popular do Nordeste, na editora Prelúdio. Era, segundo os que o conheceram, um tipo engraçado de um bom humor a toda prova.   O tempo passou e veio a parte mais triste da história: a bebida. Apesar de inúmeros sucessos e do dinheiro ganho nos tempos áureos do cordel em São Paulo, foi, pouco a pouco, se afastando e sendo afastado da Prelúdio. Mesmo assim, emplacou sucessos, como o circunstancial A CONQUISTA DA LUA, de 1969.       Em 1972, ensaiou a volta: de paletó, gravata e com um caderno embaixo do braço, procurou o diretor da prelúdio, Arlindo Pinto de Souza. O caderno continha aquela que ele considerava sua obra definitiva: OS GAFANHOTOS DO FIM DO MUNDO, um poema apocalíptico tão ao gosto dos bons poetas e do público. Na editora, no bairro do Brás, foi recebido friamente. Arlindo, que devia tanto a Teodoro, sequer se dignou a olhar o conteúdo do caderninho.    De volta à casa humilde onde morava com a esposa e seis filhos, Teodoro trancou-se no quarto e chorou. Chorou e chorou. A partir daquele dia, não foi mais o mesmo. Vivia em estado depressivo e bebia cada vez mais. Acreditava ouvir vozes. Numa ocasião, foi internado à força, num hospital em Santo André, onde ficou dois meses.  Viveu os últimos dias de sua vida em Senhor do Bonfim, na Bahia. Faleceu em 23/10/1981, perto da sua cidade natal (Jaguarari-BA), onde estava residindo desde 1979, segundo informação de sua filha, Maria Lúcia dos Santos, que vive em Poá, Grande São Paulo. Teodoro morreu sem encontrar a pedra preciosa que buscara durante toda a existência, para aliviar a penúria em que viveu boa parte da vida.
Mal sabia ele que havia encontrado uma jóia ainda mais rara, a POESIA, que lhe conferiu o que foi negado a muitos autores de vida abastada: a imortalidade literária.

quarta-feira, 4 de maio de 2011


                                                             
NOME

CASTELO ARMORIAL

Em São José do Belmonte,cidade situada no sertão central de Pernambico, está sendo construído um Castelo Armorial, baseado no Movimento Armorial criado em 1970, por um grupo de artistas e intelectuais pernambucanos, liderados pelo escritor paraibano Ariano Suassuna.  O idealizador e construtor do castelo é o empresário e pesquisador Clécio de Novaes Barros, de 42 anos, que há dois anos começou a tornar realidade um sonho de mais de 10 anos, de construir em Belmonte um espaço físico que pudesse reunir, em forma de arquitetura e escultura, todos os elementos do Movimento Armorial: onças aladas, pássaros exóticos, canhões e armas, entres outros personagens que fazem parte do imaginário da cultura popular nordestina.O castelo conta atualmente com 1.500 metros de área construída e uma altura equivalente a um prédio de seis andares, totalmente financiado com recursos próprios.O castelo conta com quatro torres, duas delas na parte de trás da construção, representando os cristão e os mouros, uma referência direta das Cruzadas, no período medieval.
À frente do castelo há uma torre central que representa o “Reino Encantado de Dom Sebastião”, tendo como figura principal o “Rei Quaderma” ou “ Rei Vaqueiro”, da obra de Ariano Suassuna.
No último andar estão instalados vários cenários, entre eles uma casa de farinha, bodega, cabaré, cartório, escola, barbeiro, sapateiro, casa de taipa e outros elementos que compunham a vida de uma cidade pequena no inicio do século passado.O local será destinado a eventos e visitação pública e contará também com fotos e informações sobre a história de Belmonte.Aos poucos está sendo concluída, tentando reproduzir as figuras e para isso tem contado com a ajuda dos escultores da cidade de Tracunhaem, zona da mata pernambucana, famosa pelas suas esculturas em barro.Pra dar conta do volume do serviço, o empresário contratou quatro oficinas, que estão dando forma aos personagens armoriais.

terça-feira, 3 de maio de 2011

 
 Danielzinho Itabaiana-Juazeiro-Bahia,Vencedor do 3° Festval da Sanfona de Salgueiro


Antonio da Mutuca,vencedor da Categoria 8 baixos-Salgueiro-PE


Carlinhos de Limoeiro do Norte -Ceará.