terça-feira, 1 de dezembro de 2009

GREGÓRIO BEZERRA, A HISTÓRIA DE UM VALENTE ( O FILME)


As gravações do longa-metragem , dirigido por Claúdio Barroso,um Paulistano,que mora a vinte na Veneza Americana, e produzido por Germano Coelho(Camará Filmes),começou a ser gravado no Palácio do Campo das Princesas,no Recife. Conta a história do velho comunista,que com idade de 4 anos trabalhava na lavoura de cana para ajudar a família; com oito perdeu os pais. O pai aos sete anos de idade ,e a mãe aos 9 anos, Gregório Lourenço Bezerra,nasceu em 13 de maio de 1900,na cidade de Panelas no agreste Central de Pernambuco. aos dez anos de idade chega ao Recife de bondes e lampiões a gás,onde se torna menino de rua e passa a vender jornais até descobrir o sindicato da construção civil. Em 1930 ele se filia ao Partido Comunista,depois de já ter sido preso,solto e de ter servido o exército. No Rio de Janeiro conhece Luiz Carlos Prestes,de que se torna amigo e parceiro de luta, e pouco tempo depois é eleito deputado federal em Pernambuco.Mas em 1947 Gregório é vitima de uma cilada que o obriga a cair na clandestinidade. Depois de nove anos circulando no país como anônimo e defendendo as causas dos trabalhadores,ele volta ao Recife em 1957. O filme retrata a vida de um ativísta político a partir desse ano até 1964,quando é preso novamente,dessa vez pela ditadura militar.Gregório morreu em 1983 em São Paulo,mas deixou um legado social e político que passa a ser revisto na telona. Quando volta ao Recife em 1957 ele se legaliza perante o Exército e se engaja na campanha de Miguel Arraes para o governo do estado. até que Gregório tem um estalo e volta para a zona da mata sul,onde repassa todo aprendizado dos anos de clandestinidade. Além de Olinda,Recife e Fernando de Noronha onde esteve preso, o filme deverá ser rodado em cidades como Água Preta,Palmares,São Benidíto do sul e Igarapeba. Orçado em 3,9 milhões,os produtores continuam captando recursos,por ser um filme de época o orçamento ficou apertado. A cena em que o comunista é torturado em praça pública pela ditadura não poderá,por exemplo ser gravada na praça de Casa Forte,cenário original do triste episódio,por conta da atualidade da arquitetura que circunda a praça. A tortura será uma das últimas cenas,será filmado em frente a Prefeitura de Olinda. " O roteiro é muito forte e a idéia é fazer do filme uma aventura política,uma persequição policial. Gregório sempre foi persequido,seja por latifundiário,usineiro,militares ou americanos", fala o cineasta sobre sua mais nova obra.

William Veras de Queiroz 2009 D.C - Santo Antonio do Salgueiro- PE.

Um comentário:

  1. Venho acompanhando notícias sobre este filme, pretendo assistir quando estrear. Também conheci um Sr. de nome Gregório meu prof. de física I (nunca fui boa nesta disciplina), uma vez quando cursava artes-gráfica pedi a ajuda ao meu amigo que escreveu este texto na resolução de uma questão, que estava encasquetando os neurônios, sei que não vai lembrar. Mas, o referido prof. também foi perseguido na época da ditadura militar, contou-me que estava um dia em sala de aula quando o prenderam, rasparam-lhe os cabelos, foi levado pra local desconhecido, lembro que em uma de nossas conversas relatou este acontecimento com o Sr. Gregório Bezerra, meu prof. homem bom, estava eu aperriada, pois havia ficado para fazer 3ª verificação de aprendizagem, tanto em sua disciplina quanto na de cálculo 2, então ele falou: Rose estude apenas para cálculo 2 e vem fazer a prova de física a lápis e o que não lembrar eu completo, precisava de 7, ele me colocou 7,5. É..., encontramos pessoas de bem em nossas vidas que não fazem das amarguras vividas um momento de rancor, para transferir aos outros. Lembremos dos Gregórios!

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