foto do bando de Arvoredo
CANGACEIRO ARVOREDO
A madrugada mal acabou, o novo dia de súbito nasceu no cume da Serra da Conceição nas terras de Jaguarari, município do norte da Bahia.Num dia agora distante,do mês de maio de 1934,o cangaceiro Hortêncio Gomes da Silva (Arvoredo) seguiu na direção do novo dia,e do seu último sol. No exercício de liderança do bando,ele desceu a serra nas proximidades do povoado de Barrinha em busca de água para seus comandados que a dois sóis se escondiam na serra. O destino não avisou aos dois jovens o João Biana e Cicero José Ferreira (Xisto),que madrugaram procurando uns jumentos que haviam desaparecidos da propriedade rural da família. No meio da mata: a surpresa,o medo,um grande pesadelo,pela frente o temível cangaceiro Arvoredo, que os obrigou à segui-lo, e ordenando os dois reféns a adentrar pela mata fechada. No temor de serem levados ao acampamento e serem mortos pelo bando,os dois irmãos não encontraram outra alternativa a não ser enfrentar o bandoleiro,João com um canivete e Xisto com um facão entraram em luta corporal e rolaram pelo chão, Xisto tentou fugir,mas foi ameaçado de morte por João. Durante a luta o cangaceiro estava pesado,todo aparatado. levou a pior e acabou dominado e desarmado e levando várias perfurações de canivete. Os rapazes abandonam o cenário da luta,porém,precisavam levar alguma prova para policia. Quando voltam encontram Arvoredo de joelhos,suplicando a Nossa Senhora para não morrer. Mas, depois de arrancar-lhe o patuá que carregava no pescoço,ele foi sangrado a golpe de facão. Como prova cortaram a mão do cangaceiro e levaram para a tropa da policia que se encontrava no povoado de Barrinha. Na companhia dos dois rapazes a policia foi até o local do crime e lá encontrando o corpo,levaram até a estação do povoado e em seguida a sede do município em Jaguarari a bordo de um alto de linha(Troller) da Companhia Ferroviária Leste Brasileiro. O corpo de Arvoredo foi sepultado no cemitério velho de Jaguarari(Próximo ao cruzeiro). Com a morte de Arvoredo,os matadores receberam uma recompensa de 4 contos de réis,a liderança do grupo ficou com o destemido cangaceiro Calais,que também infernizou por aqueles sertões e vingou a morte do chefe matando familiares dos rapazes.
William Veras de Queiroz 2010 D.C -Santo Antonio do Salgueiro-PE.
Na realidade, o cangaço nunca se acabou. Apenas muda de figuras. Como aconteceu neste caso, acontecem também em outros. Um chefe se vai e outro assume ao seu lugar e a cada vez, mais a violência aumenta. Hoje em dia, o cangaceiro mudou de figura, mas que ainda existem muitos a aprontar as façamhas... mas tudo tornou-se em história, ainda que lavada de sangue... são fatos que nos chamam a atenção...
ResponderExcluirAntonio Cícero da Silva(Águia), é escritor e poeta, filho da cidade de São José do Belmonte/PE.
Só para ajudar... Não era João da Biana, mas João Biana... na verdade João Biana da Silva, irmão de Chiquinho Biana.
ResponderExcluirA imagem acima não é o bando ou subgrupo do Arvoredo. Este tinha seu subgrupo formado somente por ele, como líder, Calais, Jurema, Juremeira e Nevoeiro.
Abraços
Revisão do comentário... A filha do matador do cangaceiro, em contato comigo, afirmou que o nome correto do pai era João Biano da Silva... Que João Biana é alteração posterior.
ResponderExcluirAbraços