Marconi Notaro
Depois de falar dos filhos prodígios de Lula Cortês, Satwa e Paêbirú, quero falar agora de outro músico brasileiro, que ao lado de Cortês, Ave Sangria, Lailson e Zé Ramalho, representou a música psicodélica recifense na década de 70. O poeta, compositor e músico Marconi Notaro, que participou desse momento inusitado e pouco divulgado da música brasileira.
A psicodelia misturada com ritmos nordestinos foi gravada no seu trabalho mais conhecido,Marconi Notaro no Sub Reino dos Metazoários. O psicodélico e exótico disco já começa com“Desmantelado” canção criada nos áureos tempos do Teatro Popular do Nordeste, com Notari, Robertinho de Recife, Zé Ramalho e Lula Côrtes. “Made in PB” é um rock clássico, ótimo resultado da parceria de Notaro e Zé Ramalho. Em meio a improvisos de estúdio, poesias brilhantemente escritas e citadas por Notaro como em “Não tenho imaginação pra mudar de mulher”, e grooves hipnóticos na maioria das outras canções do disco, o resultado acaba unicamente sonoro e poético.
O lendário álbum, com a capa feita por Lula Côrtes, foi gravado em 1973, pela gravadora Rozenblit, até hoje é pouco ouvido mas sempre citado por colecionadores e especialistas. Outro criativo e único momento da história da música brasileira que acabou na escuridão, ofuscado e esquecido no tempo. Notaro com 7 livros publicados morreu em 2000, longe das notícias.
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