sexta-feira, 13 de dezembro de 2013



Manhã e tarde de homenagens ao Rei Luiz Gonzaga, na Virada do Forró

 
Neste dia 13 de dezembro, às seis da manhã, uma alvorada, pelas ruas de Salgueiro, lembrava, à população, o aniversário do cantor Luiz Gonzaga que, se estivesse vivo, estaria completando 101 anos. A Casa do Sanfoneiro começou o dia com uma celebração religiosa realizada pelo Padre Zé Nilton e a maratona de atrações culturais começou, logo em seguida. As homenagens ficaram por conta do Xote das Meninas, apresentado pelas alunas do Dom Malan, o Xaxado das jovens da Escola José Vitorino, o batuque do Grupo de Percussão Raízes do Futuro e a delicadeza do Conjunto de Flautas do Proac, executando sucessos como Asa Branca.

A Roda de Sanfona começou, já ao final da manhã, com Herinho Monteiro, Antonio da Mutuca e Seu Nego do Mestre. No início da tarde, foi a vez da Orquestra Cultura Pernambucana, dos alunos da Escola Urbano Gomes do Sá, com a apresentação Luiz Gonzaga e a Biodiversidade, da Cia de Dança Soul Dance e do Centro de Música Maestro Ivalter.
A partir das 19:00, é a vez de Cláudio Santos, Fábio Carneirinho, Arnaldo Xaréu e Os Federais do Forró, até as seis da manhã do dia 14 de dezembro.
O evento, que aconteceu, pela primeira vez, em 2012, como comemoração ao centenário de aniversário de Luiz Gonzaga, este ano, tem mais um motivo para festejar. O município de Salgueiro, ao lado de Exu, será integrado a o Cais do Sertão Luiz Gonzaga, em Recife, como polo de conexão entre o sertão e o litoral, através do trabalho dos artistas salgueirenses da música e do couro.
O Rei do Baião, através do seu canto, levou as alegrias e tristezas do sertanejo para todo o Brasil. Seca, êxodo rural, religiosidade, a relação do homem da roça com São José - o padroeiro dos agricultores - a espera pela chuva e o desejo de voltar para a terra natal. 
Na Virada do Forró são 24 horas diretas de forró, Ao Vivo, com os sanfoneiros locais, para “pegar o sol com a mão”.
A Casa do Sanfoneiro, inspirada nas salas de reboco da zona rural, é um local de reencontro com o chão de terra batida, para dançar forró - a festa para todos, ‘for all’. É o retorno ao arrasta-pé e à alegria típica dos agricultores e criadores de animais que, no descanso da lida, festejam a simplicidade com música e poesia. No espaço, que fica no pátio da estação ferroviária, em Salgueiro, um forrozeiro e seus tocadores recebem o público, todos os sábados, para uma noite de muita dança. Além de possibilitar a circulação dos sanfoneiros, promovendo sustentabilidade e renda, é um pacto de resistência cultural entre o governo municipal e o povo.

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