sexta-feira, 1 de novembro de 2019


JUAZEIRO: OS CONGOS É A MARCA DA RESISTÊNCIA

Os Congos de Juazeiro, um grupo religioso que preserva o culto a Nossa Senhora do Rosário, historicamente ligado ao povo negro em várias regiões do Brasil. O grupo sai em cortejo pelas ruas da cidade de Juazeiro no dia de Nossa Senhora do Rosário (último domingo de outubro), no dia de Finados (02 de novembro) e nos dias em que são convidados para visitação a algumas casas do município.

UM LÍDER, UMA REFERÊNCIA DE VIDA

José Pereira Filho é um simpático e enérgico senhor conhecido como “Govéi dos Congos”. Trata-se de uma pessoa que, literalmente, assume a posição de sujeito e que singularizou-se como líder da história religiosa de um grupo de pessoas na cidade de Juazeiro-Ba, conduzindo uma tradição afro-brasileira herdada de maneira direta do avô. 
São as forças da continuidade garantindo a existência de um laço que resiste ao tempo e envolve um grupo de pessoas do presente com outras do passado dentro de uma mesma tradição identitária.

A ORIGEM

existência desse tipo de religiosidade em muitos lugares do Brasil e especialmente neste caso é, certamente, uma herança das tradições africanas, cuja religiosidade e visão de mundo cultiva uma relação viva com os antepassados.
“A vida não transcorre, no entanto, apenas no mundo visível (ayê) dos homens. O universo africano correlaciona o sagrado e o profano. Sagrado e profano são interdependentes, como tudo o mais. Há portanto, uma correlação entre o mundo dos “vivos” e o mundo dos “mortos”. O mundo dos homens e o mundo dos antepassados. Cada qual possui seu tempo. Mas ambos os tempos, não obstante, correlacionam”.

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