segunda-feira, 6 de setembro de 2021
JADIR JOÃO EGIDIO
A grande repercussão da escultura de G.T.O., na década de 1960, estimulou outros artistas de Divinópolis a desenvolver e mostrar seu trabalho. O de Jadir João Egídio possui completa autonomia formal e expressa a sua religiosidade de maneira única. Nele, retratos de homens e mulheres próximos, do seu convívio do dia-a-dia, assumem a gravidade do sofrimento e do silêncio de muitas imagens da escultura românica, afinidade que ele denota sem haver jamais tomado conhecimento desse capítulo da história da arte ocidental.
Jadir passou a meninice na área rural. Em 1960 transferiu-se para a cidade, onde trabalhou como carroceiro até 1977. Nesse ano, sentiu um forte impulso para cortar pequenas toras de madeira e criar objetos e figuras. Desde então, exerce o ofício de escultor, já tendo produzido mais de 500 peças em sua oficina doméstica.
Concentra-se especialmente na escultura de santos, figuras da cultura regional e pessoas próximas do seu afeto. Talha o bloco de madeira com grande vigor, enfatizando suas linhas de força em volumes compactos. Também realiza altos relevos, como Santas Ceias, que levam a marca expressiva e o apuro formal de sua mão.
Em 1986 participou da Sala do Artista Popular n. 22, “Escultores de Divinópolis”, do hoje Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, no Rio de Janeiro. Seu trabalho tem sido objeto de crescente procura pelos grandes centros de arte em São Paulo e no Rio.
“Pequeno dicionário do povo brasileiro" Lélia Coelho Frota.
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