sexta-feira, 21 de novembro de 2025
COCO TORÉ PANDEIRO DO MESTRE INICIA PRIMEIRA CIRCULAÇÂO NACIONAL
No ano em que celebra 25 anos de trajetória, o grupo pernambucano Coco de Toré Pandeiro do Mestre realiza, pela primeira vez, uma circulação nacional. A agenda começa hoje (19) e vai até o dia 30 de novembro com apresentações em São Paulo e Belo Horizonte. O projeto conta com incentivo do Governo de Pernambuco, da PNAB (Política Nacional Aldir Blanc), da Secretaria de Cultura de Pernambuco e do Governo Federal – Ministério da Cultura.
A circulação começa hoje na icônica Casa de Francisca, em São Paulo, às 21h30, com participações especiais da cantora e compositora Alessandra Leão e do cantor e compositor Mestre Nico Manipueira. No dia 22, o grupo se apresenta às 20h no Baticum Tendinha Cultural, um importante espaço cultural de Belo Horizonte.
O circuito retorna à capital paulista em 26 de novembro, às 20h, no Ocupação Fervo, em evento que também reúne o grupo Filpo e a Feira, responsável por um repertório autoral presente nos discos Contos de Beira D’Água, Morada do Vento e Clareira, disponíveis nas plataformas de streaming.
O encerramento será no Sesc Campo Limpo, em 30 de novembro, às 17h. A Circulação Nacional SP–BH 2025 é uma realização da Terno da Mata Produções (PE) e da Ticuqueira Arte e Cultura (SP), com apoio do Sesc Campo Limpo e da Humaitá Cultura (BH).
A roda sagrada do tempo
Criado em agosto de 2000, o Coco de Toré Pandeiro do Mestre construiu uma composição autoral influenciada pelos cantos e danças dos rituais do Toré, milenar sistema de crenças e ritualísticas dos povos indígenas do nordeste brasileiro.
O primeiro álbum, “Coco de Toré” (2007), produzido por Nilton Junior e gravado por Gera Vieira no Estúdio Carranca, no Recife, tornou-se referência e contou com participações de Zé Neguinho do Coco, Grupo Bongar, Siba, Tiné e dos povos indígenas pernambucanos Fulni-ô e Pankararu.
Quinze anos depois, o grupo lançou “Água da Flor da Corrente” (2022), novamente produzido por Nilton Junior, com gravação, mixagem e masterização realizadas no estúdio Mundo Novo, em Olinda, sob o comando do lendário dub master pernambucano Buguinha Dub. O trabalho recebeu participações de Renata Rosa, Maciel Salu, Mestre Anderson Miguel e do Coco dos Pretos.
Para Nilton Junior, a circulação é o resultado de um processo longo e contínuo: “Essa circulação é a primeira colheita de uma semeadura realizada ao longo dos últimos quinze anos. Em idas e vindas entre Pernambuco e o eixo Sul–Sudeste, difundi nossa produção autoral por meio de aulas-espetáculo, oficinas e sambadas de coco, preparando o caminho para o Pandeiro do Mestre. Agora é o momento de saber se o plantio foi bem feito. Chego no sudeste acompanhado por esse coletivo que vive comigo, no Recife, as dinâmicas constantes de aprendizado, amadurecimento e auto identificação etno-artística.”
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