De caráter bienal e com um olhar singular para formação de plateias no Agreste, construção de novas referências cinematográficas e comprometimento com a inclusão, o ANIMACINE – III Festival de Animação do Agreste se destaca pela sua capacidade de mobilizar pautas urgentes, como a regionalização do audiovisual, a inclusão de pessoas com deficiências, afirmação de pautas contra a censura e a favor da igualdade de gênero e raça, a discussão sobre preservação e memória e a ampliação do desenho animado como arte e mercado.
Este ano o festival divulga sua programação completa de filmes, oficinas, mesas,masterclasses, debates e lançamentos (a inauguração do Museu de Cinema de Animação Lula Gonzaga, em Gravatá; première de filmes como Café, Um Dedo de Prosa, do diretor Maurício Squarisi e o inédito videoclipe Eu o declaro meu inimigo, da banda Devotos). Incentivado desde a primeira edição em 2013 pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), o ANIMACINE acontece entre os dias 6 e 12 de dezembro nas cidades pernambucanas de Caruaru, Gravatá e Bezerros.Confira a programação completa no site www.animacine.com.br
Mostrando crescimento e amadurecimento com robustez, dos 118 trabalhos inscritos na última edição em 2015, o ANIMACINE registrou salto recorde no número de produções recebidas este ano: foram 1.827 títulos de 96 nacionalidades. Dessas, foram selecionados 110 filmes de 21 países, que serão exibidos em sessões competitivas e convidadas.
“O ANIMACINE é a celebração de todas as ações do Ponto de Cultura Cinema de Animação, em Gravatá, desenvolvido nos últimos anos com a realização de oficinas e mostras. A ideia é regionalizar o melhor da produção nacional e internacional e propor novos olhares para o público residente no agreste pernambucano”, comenta o realizador Tiago Delácio, coordenador geral do festival.
Com a capacidade de conectar o artístico, o profissional, a formação e o entretenimento, usando as novas ferramentas da animação em Pernambuco, o 3º ANIMACINE traz, ainda uma programação especial no centenário da animação brasileira. Além de todas as sessões das mostras competitivas ocorrerem no Armazém da Criatividade em Caruaru, o festival irá inaugurar o MUCA – Museu de Cinema de Animação Lula Gonzaga, em Gravatá, batizado com o nome do idealizador do ANIMACINE. O espaço, de 90 metros quadrados, dedicado à animação pernambucana, abrigará mostras permanentes, oficinas, acervos e exibições de filmes do Nordeste e de outros estados e países.
“Sempre valorizei a cultura do Nordeste com seus mamulengos, xilogravuras, bonecos de barro etc no universo da animação. E meu foco é ajudar a construir novos desenhistas e plateias. O MUCA reúne esses dois pilares, o regional e a formação, com o objetivo de se tornar uma referência no País”, justifica o realizador Lula Gonzaga, Patrimônio Vivo de Pernambuco.
Projetado com o objetivo de preservar a história do cinema de animação no Brasil, o MUCA – Museu de Cinema de Animação Lula Gonzaga foi construído com parte do investimento por meio de crowdfunding, e abertura marcada no centenário da animação brasileira. A escolha da cidade-sede também não foi casual: Gravatá está encravada no centro do Agreste, polo da tradição das artes figurativas reconhecida pela Unesco.
Outros destaques da programação desta edição são o lançamento do vídeo-clipe Eu o declaro meu inimigo, da banda Devotos, a exibição do projeto do Ponto de Cultura Cinema de Animação, feito em rotoscópia por mais de 150 animadores e dirigido por Marcos Buccini e Tiago Delácio; o relançamento da primeira animação pernambucana, o filme Vendo/Ouvindo (1972), de Lula Gonzaga e Fernando Spencer, em cópia restaurada 2k (DCP); além da presença de grandes nomes da animação nacional, como Otto Guerra, José Maia e Maurício Squarisi.
Jan Ribeiro
Jan Ribeiro
Patrimônio Vivo de Pernambuco, o cineasta Lula Gonzaga inaugura durante o festival o MUCA – Museu de Cinema de Animação, sediado em Gravatá
Inauguração do Museu de Cinema de Animação Lula Gonzaga (MUCA) – Neste sábado, dia 09 de dezembro, às 14h, na programação do III ANIMACINE – Festival de Animação do Agreste, Pernambuco vai ganhar mais um equipamento cultural. A 84 quilômetros do Recife, no município de Gravatá, Lula Gonzaga inaugura um improvável museu de cinema de animação. O Museu de Cinema de Animação Lula Gonzaga (MUCA) será um espaço dedicado à formação técnica e preservação de obras, como também para propagar a magia das imagens em movimento anteriores ao cinema.
O local inicialmente seria a sede do Ponto de Cultura Cinema de Animação, projeto que forma jovens e crianças e já realizou mais de 200 oficinas em escolas, universidades, centros culturais, comunitários, acampamentos, igrejas, terreiros e festivais. “Mas quando descobrimos a quantidade de filmes em película, equipamentos de cinema, desenhos e cartazes que Lula foi guardando durante os últimos 40 anos, percebemos que o cinema de animação em Pernambuco precisava de um espaço de memória e preservação”, fala Tiago Delácio, filho de Lula e representante da Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA) no estado.
Lula Gonzaga recebeu o título de Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco; além dele, apenas Fernando Spencer ligado ao audiovisual receberam esse título. “Meu sonho é mostrar que existe uma animação pernambucana, nordestina. Grande parte das pessoas só tiveram acesso ao padrão americano ou japonês, por isso o brasileiro não é representado e isso é perigoso. O desenho animado direcionado as crianças é o primeiro formador de opinião e de uma identidade coletiva”, diz Lula Gonzaga.
O museu começou a sair do papel quando o animador e artista plástico Bruno Cabús entrou no projeto e apresentou um conceito de interatividade ao espaço que permite compreender melhor como funciona a ilusão do movimento. “A expografia foi toda pensada para um passeio na história dos objetos óticos do período pré-cinema, passando pelas técnicas de animação”, cometa Bruno. “A ideia é que as pessoas possam tocar, ver, girar os objetos. Tem também um momento para animar o próprio desenho, além de um espaço para exposição de artistas e filmes. O museu está sempre em construção”, conclui.
Cabús ao lado do artesão Edilson Oliveira esculpiram na madeira desenhos de Lula nos aparatos mágicos. Assim, o visitante irá conhecer um Taumatrópo, equipamento cilíndrico com uma figura de um lado e outra imagem do outro lado que girando dará um efeito; Fenaquistoscópio, que consiste num disco preso pelo centro com um arame ou uma agulha grossa de forma a poder-se fazê-lo girar rapidamente; e o Zootrópo ou Daedalum, um cilindro oco tendo rasgadas nas bordas superiores um certo número de fendas espaçadas regularmente uma das outras.
O público também conhecerá o processo quase artesanal de produção do filmes. Antes de existir a computação gráfica e software como o After Effects, o Motion, ou Toon Boom, a captação de imagens era usada com a truca de animação (animation stand) que é composto de uma mesa de luz com uma câmera de animação (para registros de um quadro por vez) na vertical, apontando para a superfície horizontal da mesa. Nessa superfície, são colocados acetatos contendo as ilustrações que, depois de registradas quadro a quadro, permitem criar a animação.
Outra relíquia preservada é o curta-metragem “Vendo/Ouvindo” (Super8, 1972), a mais antiga animação existente da filmografia pernambucana. O primeiro trabalho artístico de Lula Gonzaga (em parceria com Fernando Spencer e Firmo Neto) e um dos primeiros filmes do ciclo do Super-8 em Pernambuco agora conta com uma versão digital restaurada em DCP 2K. O processo de digitalização de “Vendo/Ouvindo” incluiu eliminação de riscos, restauração de som e correção de cor no sistema Da Vinci só foi possível a partir de recursos próprios e produção de André Dib (pesquisador e crítico) e Tiago Delácio.
O MUCA foi concluído em parte via crowdfunding (financiamento coletivo), em que 55 parceiros apoiaram financeiramente o espaço, o que ajudou a agregar mais parceiros. “Como uma grande família, cineastas de todo o país escrevem para ajudar de alguma forma, alguns doam filmes, outros desenhos, outros maquetes e bonecos de filmes com a técnica de stop motion”, diz Rafael Buda, produtor do espaço. E conclui “o apoio foi fundamental para incluir a rampa de acesso e banheiro para pessoas com deficiência, adaptação da armação técnica para iluminação e instalação das peças da exposição”, completa Buda.
Lançamento do videoclipe do Devotos – Em primeira mão, o 3º Animacine – Festival de Animação do Agreste lança, no próximo sábado (09/12), o videoclipe da banda pernambucana Devotos para a música “Eu o declaro meu inimigo”, feito em animação. A exibição será gratuita às 19h, no Parque da Cidade em Gravatá e terá a presença dos integrantes da banda Cannibal, Neilton e Celo Brown.
O clipe é uma produção do Ponto de Cultura Cinema de Animação e é dirigido pelo animador Marcos Buccini (professor da UFPE e diretor do laboratório Maquinário, de animação da Universidade) e co-dirigido por Tiago Delácio, realizador e coordenador do Animacine.
“Quando Lula Gonzaga nos pediu para produzir o clipe do Devotos, convidei Buccini que é um admirador da banda, e imediatamente topou”, comenta Tiago Delácio. “Primeiramente pensamos na técnica de rotoscopia com os alunos do Maquinário, mas as pessoas começavam a conhecer o projeto e pedir pra participar, comecei a convidar outros artistas”, diz Buccini.
Feito de forma colaborativa por 127 animadores de todo o País, o vídeo é construído sob a técnica da rotoscopia, dispositivo que permite criar desenhos a partir de capturas de filmagens reais. A gravação com o vocalista Cannibal e cia aconteceu na casa do guitarrista Neilton (estúdio da banda) e mostra o cotidiano pelo Alto José do Pinho, na zona norte do Recife. A faixa faz parte do novo disco do icônico grupo de punk rock hardcore, ainda sem nome.
Colaboraram no clipe animadores e artistas de várias origens, desde os renomados César Coelho e Aída Queiroz (fundadores do ANIMAMundi), Victor-Hugo Borges (criador e diretor da série de animação “Historietas Assombradas”, atualmente exibida no Cartoon Network), Maurício Squarisi (um dos expoentes da animação brasileira, de Campinas-SP), José Maia (mestre da animação nascido no Rio Grande do Sul), o pernambucano André Rodrigues (da animação “Mundo Bita”), entre outros, até artistas plásticos (Lourival Cuquinha e Galo de Souza) até iniciantes. Crianças também participaram com desenhos, entre elas a filha de 10 anos de Cannibal.
Cada artista convidado recebeu seis frames e a missão de animar um frame com meio segundo de filmagens. A criação era livre, porém sob duas condições: que o desenho fosse em preto, branco e vermelho (cores do Santa Cruz, time do tricolor Cannibal) e tivesse alguma ligação com a imagem original.
“No clipe do Devotos, cada artista fez os frames totalmente diferentes dos outros artista. Não houve uma combinação prévia, o que gerou sequências caóticas entre si, porém harmônicas em relação ao conteúdo do clipe. Gosto muito dessa estética caótica, uns fizeram em estilo mais cartum, outro mais realista. Teve gente que imprimiu e desenhou por cima, outros usaram carvão, stopmotion e até bordado. O resultado é incrível”, comenta Buccini, que dirigiu, em parceria com Rodrigo Édipo, o videoclipe da banda pernambucana Volver (Você que pediu), ganhador de dois prêmios e participante em seis festivais.
O lançamento do clipe “Eu o Declaro Meu Inimigo” na programação do Animacine consolida e descentraliza a produção da animação na região. O clipe faz parte do projeto Músicas Animadas, idealizado por Lula Gonzaga e produzido pelo Ponto de Cultura Cinema de Animação, que vem realizando clipes em animação de outros Pontos. Já foram produzidos outros clipes, dos Pontos de Lia de Itamaracá, do Côco de Umbigada, dos Bacamarteiros do Cabo de Santo Agostinho, do Boi da Macuca, dentre outros.
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O cineasta Otto Guerra, um dos maiores nomes da animação no Brasil, é um dos homenageados do III ANIMACINE
Homenagens – Em sua terceira edição, o ANIMACINE presta tributo aos 100 anos da animação brasileira. Um dos destaques será a retrospectiva histórica dos principais filmes de animação, entre eles Macaco Feio, Macaco Bonito (1928), de Luiz Seel e João Stamato, o mais antigo curta de animação brasileiro com a cópia preservada. Também ganham homenagem pelo festival os animadores Otto Guerra, um dos maiores nomes do gênero no País, e o cineasta e professor Maurício Squarisi, coordenador do Núcleo de Cinema de Animação de Campinas (SP).
A série de homenagens se estende desde o cartaz oficial do ANIMACINE, criado pela ilustradora e animadora Erica Maradona e Otto Guerra, até a um conjunto de mostras retrospectivas, uma delas com os principais curtas de Otto Guerra (incluindo seu primeiro curta-metragem, O Natal do burrinho, lançado em 1984 com Lancast Motta e José Maia), e outra com um apanhado histórico da animação do País.
“A princípio, o convite pra fazer o cartaz foi feito a Otto. Mas como é impossível, pra quem me conhece, ouvir falar em Agreste e não lembrar de mim, ele me chamou pra fazermos juntos. Misturamos símbolos que lembram a região onde o festival acontece com o momento político mundial que estamos vivendo, em que temos o tempo todo que resistir e tourear os retrocessos pra continuar fazendo filmes”, fala Erica Madona sobre o processo de criação da identidade visual do ANIMACINE 2017.
Reestreia da primeira animação pernambucana – Uma das novidades da 3ª edição do ANIMACINE é a exibição, após quatro décadas, do curta-metragem Vendo/Ouvindo(1972) em versão digital restaurada em DCP 2K. Trata-se da mais antiga animação existente da filmografia pernambucana. É também o primeiro trabalho artístico de Lula Gonzaga (em parceria com Fernando Spencer e Firmo Neto) e um dos primeiros filmes do ciclo do Super-8 em Pernambuco. O processo de digitalização de Vendo/Ouvindo foi coordenado por André Dib (pesquisador e crítico) e Tiago Delácio (realizador e filho de Lula Gonzaga) e incluiu eliminação de riscos, restauração de som e correção de cor no sistema Da Vinci. A animação será exibida em DCP 2K no ANIMACINE, após passar em junho deste ano pela primeira vez na 12ª Mostra de Cinema de Ouro Preto (Minas Gerais), um dos maiores encontros preservacionistas do país, no ANIMAMundi (Rio e São Paulo) e na sessão especial de encerramento do X Janela Internacional de Cinema do Recife, mês passado.
De acordo com Lula Gonzaga, Vendo/Ouvindo é uma crítica simbólica à censura imposta pelo regime militar. “O cara podia ver e ouvir, mas não podia falar. Tem gente que entendeu, tem gente que não entendeu. Disseram que era um filme ‘udigrudi’, mas funcionou bem”, diz Lula. “É uma animação simples e direta, com todas as características de um filme underground”, escreveu o pesquisador e animador Marcos Buccini, no artigo A Saga de Lula Gonzaga: pioneiro da animação pernambucana. “Sua natureza experimental começa pelo processo de criação: material reaproveitado, poucos recursos e pouco tempo de feitura; passa pela animação e grafismos minimalistas; e chega ao resultado que preza muito mais pela ideia de contestação do que pelo primor técnico”.
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Cena do filme “Morning Routine”, de An-Wu Li (China)
Mostras competitivas – As mostras do ANIMACINE – III Festival de Animação do Agreste estão divididas em 16 panoramas, incluindo uma nova seção de filmes latino-americanos, a Mostra Simón Bolívar. A curadoria é formada pela professora de cinema da UFPE e pesquisadora Amanda Mansur (nacional) e pelo jornalista e crítico de cinema André Dib (internacional).
A Mostra de Formação Lula Gonzaga reunirá filmes e vídeos realizados em oficinas e cursos de animação, com realização coletiva ou individual, que tenham como objetivo o aprendizado e o primeiro contato com as técnicas de animação dos realizadores.
Já a Mostra Jota Borges agregará filmes e vídeos nacionais de realizadores e produtores profissionais ou estudantes. Os destaques vão para Plantae, de Guilherme Gehr,Animais, de Guilherme Alvenaz, e Tango, de Francisco Gusso. “Neste ano uma das nossas maiores surpresas foi a quantidade de filmes brasileiros com duração de mais de dez minutos. São filmes de animação longos, levando em conta que dependendo da técnica, trabalhar com animação é da ordem das 24h para produzir 1 segundo. Gostaria de destacar ainda a variedade de estilos e a qualidade estética dos filmes inscritos”, avalia a curadora da mostra nacional, Amanda Mansur.
Novidade desta edição, a Mostra Simón Bolívar, voltada à seleção de filmes latinoamericanos, exibirá filmes como Fronteira (Frontera, Equador, 2017), de Fabián Guamaní Aldaz; Cinzas (Cenizas, Argentina, 2017), de Luciana Digiglio, e O Umbral (El umbral, México, 2017), de Jan Darío Rodríguez Swiecichowski.
Por último, a Mostra Vitalino será formada por filmes internacionais convidados pela curadoria do festival. Entre os destaques, estão o polonês Periquita (Cipka, 2016), de Renata Gasiorowska; The box (Turquia, 2016), de Merve Cirisoglu Cotu; Inflated Head(Baadsar, Irã, 2016), de Leila Hosseini, e I am the Wind (EUA, 2017), de Erik Hendin.
“A programação internacional aponta para um panorama do que há de mais recente na produção contemporânea, não apenas pela abrangência geográfica, mas por reunir uma diversidade de técnicas, modalidades e principalmente, visões de mundo. Alguns filmes circularam em festivais estrangeiros; outros, são descobertas, em sua maioria, feitos por jovens realizadores dedicados a observações do cotidiano, crítica de costumes, elaboração de mundos paralelos, de formas figurativas e abstratas, experimentais e narrativas, tendo em comum a busca pelo prazer estético característico do cinema de animação”, afirma o curador da mostra internacional, André Dib.
Premiação – Uma das novidades é a criação de júri oficial composto por mulheres do audiovisual pernambucano. São três integrantes convidadas pela organização: Chris Quarema, Renata Claus e Karina Monteiro. Ao todo, haverá oito categorias de premiação: Melhor Curta, Melhor Curta Formação, Melhor Curta Escolha do Público, Melhor Roteiro, Melhor Concepção Sonora, Melhor Direção de Arte, Melhor Curta Infantil e Melhor Técnica de Animação.
Todos os filmes premiados receberão certificado e troféu: Melhor Curta Nacional, Melhor Curta Internacional, Melhor Curta Latino-americano, Melhor Curta Formação, Melhor Escolha do Público, cada um no valor de R$ 1 mil, totalizando 5 mil em prêmios.
Oficinas – As oficinas serão realizadas em paralelo às mostras competitivas. No total, são 80 vagas distribuídas igualmente para quatro oficinas (as inscrições vão até este sábado, dia 25). Na “Princípios do Toon Boom Harmony”, o animador e ilustrador André Rodrigues (conhecido pelo trabalho com o desenho “O Mundo de Bita”) irá aproximar interessados em acessar o mercado de animação a partir desse software, possibilitando exemplos práticos na construção de personagens rigados (em técnica 3D).
Na oficina “Flipbook abstrato: Animação para quem não desenha”, voltada a iniciantes, Otto Guerra, um dos principais cineastas da animação no país, e o diretor de animação José Maia oferecem noções da técnica do flipbook feito a partir de pinturas ou desenhos abstratos.
Para a inscrição, os interessados devem enviar e-mail parafestivalanimacine@gmail.com, com o título “inscrição + nome da oficina”. Devem incluir, no corpo do e-mail, o nome completo, idade, contatos (telefone e e-mail) e uma carta de intenção com até 10 linhas sobre a participação na oficina, bem como um breve histórico sobre a atuação em animação.
Outras duas oficinas serão ministradas a grupos de escolas e entidades. Uma delas é “Animeco – a construção da animação através do stop motion”, orientada pelo artista plástico e fotógrafo Bruno Cabús, entre os dias 11 e 12 de dezembro, a alunos da Escola Técnica Estadual (ETE) Maria José Vasconcelos de Bezerros. E a oficina “Animação para crianças e jovens com deficiência” será oferecida, em parceria com a APAE de Caruaru, com o diretor Mauricio Squarisi, um dos homenageados desta edição do festival, dias 6 e 7 de dezembro.
Abertura: 100 anos da animação – A abertura oficial do ANIMACINE – III Festival de Cinema de Animação do Agreste, no dia 6 de dezembro, às 14h, no Armazém de Criatividade em Caruaru, será genuinamente brasileira. Valorizando nomes nacionais fortes do gênero, os homenageados desta edição – Otto Guerra e Maurício Squarisi – participam da mesa “100 anos da Animação” junto com o realizador Lula Gonzaga. A mediação do debate será feita pelo coordenador Tiago Delácio.