sexta-feira, 8 de dezembro de 2017










É TEMPO DE  PASTORIL PROFANO

  Dezembro chegou ,e com ele as cores e o canto dos pastoris que invadem o estado,e pedem licença para passar,louvando a chegada do Menino Deus e do Natal,dando viva ao azul e o encarnado. A Zona da Mata ,Agreste e Sertão se vestem de verdejante paisagem nos campos, para o baile do Menino Deus. Na periferia da capital pernambucana, a tradição do Pastoril Profano segue seu ciclo. A frente um velho safado,comanda o folguedo com suas pastoras semi -nuas,loas picantes , canções de duplo sentido e gestos obscenos.Como espetáculo popular,o pastoril perdeu muito de sua popularidade e hoje encontramos poucos grupos que animam os bairros nos tablados montados nas praças,ou como dizem: "não há mais pastoril de ponta -de -rua", com sua alegria irreverente. E naturalmente,perdeu a sua função social.

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E assim, a tradição vem se perdendo no tempo com o desaparecimento dos grandes expoentes  desta manifestação cultural,que  foram  grandes atores mambembes: Amaro Canela de Aço,Velho Faceta,Catota,Galo Velho, Cebola,Velho Baú,Futrica, e  o
Velho Barroso.

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 A renovação de novos quadros de pastoris em Pernambuco é  inexpressiva, a última do conhecimento geral,é a do multiartista Walmir Chagas,que incorpora o Velho a mais de 20 anos,com seu Patoril do Velho Mangaba e as Pastoras Endiabradas. Mas, ainda que os fenômenos econômicos e sociais tenham interferido para a decadência dos pastoris,  é bom lembrar a resistência do Velho Xaveco e suas Pastoras,lançando discos e realizando espetáculos  em teatros.A tradição do pastoril profano é mais expressiva no estado da Paraíba,onde o folguedo não se restringe ao  Ciclo Natalino,e fica em  atividade por todo ano. 

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