terça-feira, 5 de dezembro de 2017

quarta-feira, 11 de agosto de 2010




 BENJAMIN ABRAHÃO,O RETRATISTA OFICIAL DE LAMPIÃO

PARTE  1


Foi responsável pelo registro iconográfico do cangaço e do seu lider,Virgulino Ferreira da Silva-Lampião. Nasceu em Zahlé,Libano,em 1890.Foi fugindo da convocação obrigatório pelo Império Otomano de lutar durante a Primeira Guerra Mundial,que ele migrou para pátria tupininquim em 1915.andou pelos sertões nordestino como Mascate de tecidos e miudezas,além de produtos típicos ,primeiro na capital da provincia( Recife),depois para "Juazeiro do meu Padim"(Juazeiro do Norte),com dois burros(assanhado e buril)e um cavalo(de nome sultão),atraído pela grande frequencia de romeiros.



O Árabe ,não era mesmo brincadeira e foi secretário de meu padim(Padre Cicero),e conheceu Lampião em 1926,quando este foi a Juazeiro do Norte a fim de receber a bênção do célebre vigário e a patente de capitão,para auxiliar na perseguição da Coluna Prestes. Uma vez que não se encontrou com Lampião em 1924,quando de outra visita sua a cidade,apesar de lá se encontrar.A nomeação fora feita,a mando do padre,pelo funcionário federal Pedro Albuquerque de Uchôa,segundo uma autorização dada ao deputado Floro Bartolomeu pelo próprio presidente Artur Bernardes - ordem que em nada adiantou,pois não foi respeitada nos demais estados,resultado que Lampião e seu bando jamais efetuaram perseguiu ao camarada prestes.Em 1929 Abrahão fotografou o lider cangaceiro ao lado do Padre Cicero.





Após a morte de Padre Cicero,Abrahão solicitou e obteve de Lampião a permissão para acompanhar o bando na caatinga e realizar as imagens que o imortalizaram. Para tanto teve a parceria do cearense Ademar Bezerra de Albuquerque,dono da ABAFILM que,além de emprestar os equipamentos,ensinou o fotógrafo o seu uso.Por ao menos por duas ocasiões esteve junto ao bando de Lampião,no raso da catarina,no sertão baiano e no vilarejo de Bom Nome(distrito de São José do Belmonte/Pernambuco) realizando seu mister. Abrahão teve seus trabalhos apreendidos pela ditadura de Getúlio Vargas,que nele viu um antagonista do regime.Guardada pela familia Libanesa Elihimas,em Pernambuco, a pelicula foi analisada pelo DIP-Departamento de imprensa e propaganda,um orgão de censura daqueles tempos.



O Sirio-Libanês,morreu em Serra Talhada com quarenta e duas facadas,sem que o crime nunca fosse desvendado,tanto na motivação quanto na autoria,donde especulam ter sido mais uma das mortes arquitetadas pelo regime Vargas,embora exista a versão que Abrahão teria sido vitima de roubo,por algum ladrão,apesar de com este nada haver de valor.No filme ," O Baile Perfumado ,dos cineastas Pernambucanos Lirio Ferreira e Paulo Caldas, a motivação da morte do fotógrafo é  passional,durante o sono,tendo como execultor,um deficiente fisico.As  únicas imagens  do "Rei do Cangaço" e seu Bando, é obra de Benjamin Abrahão Botto,que desde então faz parte desta história.


William Veras de Queiroz -2010 D.C - São José de Piranhas-PB

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