sexta-feira, 15 de novembro de 2013
Maestro José Menezes
Mais um mestre da música pernambucana se vai: José Menezes. O maestro pernambucano, faleceu na madrugada da quarta-feira (13), aos 90 anos de idade, de falência múltipla dos órgãos. “Na minha partida eu não quero tristeza, quero alegria, quero música”. E seu pedido será atendido, pelo maestro Spok e seus músicos, que farão homenagem no velório, marcado para a tarde de hoje, no cemitério Parque das Flores.
José Menezes nasceu em Nazaré da Mata, em 12 de abril de 1923. Em 43, já no Recife, começou a carreira como saxofonista e clarinetista da Jaz Band Acadêmica e, em 1949, estava no cast da disputada Rádio Clube de Pernambuco, por onde passavam os maiores artistas, as melhores bandas. Foi em 1961 que formou sua própria orquestra, que por mais de trinta anos dominou os carnavais de clube do Recife.
Autor de sucessos de sucessos dos vários gêneros do frevo, tais como Frevo a Óleo (1950), Boneca (1953), Terceiro Dia (1960) e Bico Doce (1996), Menezes foi um músico da primeira geração do frevo. Trabalhou com Aldemar Paiva, Levino Ferreira, Capiba e também foi parceiro de Nelson Ferreira, com quem começou o projeto Voo do Frevo.
O maestro também será para sempre lembrado como um camarada muito amigo, honesto, organizado. Os papos com Menezes são antológicos para todos que tiveram a oportunidade de estar com ele nas festas, nos estúdios, nas apresentações. Não existia um tema para o qual não tivesse ideias, opiniões. Menezes dominava as conversas e por isso ganhou até um apelido: rei do papo. Era o mais velho da turma, querido, considerado, respeitado. Deixa legado inestimável e, felizmente, tudo estará aí, pois ele mesmo cuidou para que nenhuma obra se perdesse, para a consulta e uso das próximas gerações.
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