segunda-feira, 27 de junho de 2011


SAI DO MEIO QUE LÁ VEM O POETA BRAÚLIO TAVARES


      Ele nasceu em 1950 em Campina Grande (PB) Família paterna cheia de jornalistas e poetas. Uma das  irmãs, Clotilde, também escreve. Tocou em banda de rock, foi professor do 2o. grau, foi repórter futebolístico e crítico de cinema em jornais, foi ator e escreveu peças de teatro-de rua, ajudou a organizar festivais de repentistas, traduziu muitos livros, escreveu roteiros para TV, foi puxador-de-samba em blocos de carnaval cariocas, pesquisou literatura fantástica brasileira e estrangeira, fez shows voz-e-violão Brasil afora durante anos, publicou mais de 10 livros, tem mais de 40 músicas gravadas, 5 peças montadas profissionalmente. Tenho uma filha de 21 anos, Maria Nayara, e um filho de 6, Gabriel. Estou casado com Emilia Veras há 18 anos. Morei em BH e Salvador, e estou no Rio desde 1982. Torço pelo Treze de Campina Grande, Sport do Recife, Atlético Mineiro e Flamengo do Rio.  Iniciou estudos de Cinema (Universidade Católica de Minas Gerais) e Ciências Sociais (Universidade Federal da Paraíba), mas não concluiu os cursos. Morando em Salvador a partir de 1977, começou a compor e a escrever para o teatro. Mudou-se para o Rio em 1982. Tem músicas gravadas por numerosos artistas, entre eles Lenine, Elba Ramalho, Tim Maia, MPB-4, Dionne Warwick, Ney Matogrosso e Antônio Nóbrega. Publicou até agora um romance, dois volumes de contos, alguns livros de poesia, além de estudos sobre ficção científica e sobre a poesia popular do Nordeste. Publica artigos regularmente no "Jornal da Tarde" de São Paulo.           
 Romance:
A Máquina Voadora
Como  enloquecer um homem as mulheres contra- atacam(1994-1997)

 Coletâneas
A Espinha Dorsal da Memória. Lisboa: Editorial Caminho, 1989. Vencedora do Prêmio Editorial Caminho de Ficção Científica de 1989.
Mundo Fantasmo. Lisboa: Editorial Caminho, 1994.
Contos
"O que é Ficção Científica(1986"
Breves Histórias do Tempo"
"Cão de Lata ao Rabo"
"Catálogo de Exposição"
"E Assim Destruímos o Reino do Mal"
"O Espelho-Relâmpago no Oco do Ciclone"
"Eu, Ordenador"
"Exame da Obra de Giuseppe Sanz"
"Expedição às Profundezas do Oceano"
"História de Cassim, o Peregrino, e de um Crime Perfeito que Deus Castigou"
"História de Maldun, o Mensageiro"
"Os Ishtarianos Estão Entre Nós"
"Jogo Rápido"
"Oh Lord, Won't You Buy Me"
"Malassombrado"
"Mare Tenebrarum"
"Mestre-de-Armas"
"Paperback Writer"
"Os Pensadores de São Tiago"Stuntmind"
"Sympathy for the Devil"
Artigo
"O Espírito de Aventura"
 Roteiro cinematográfico
Besouro (2009) - com Patrícia Andrade e João Daniel Tikhomiroff
O Homem que Desafiou o Diabo (2007) - com Moacyr Góes e Nei Leandro de Castro                
CORDEL
 As Baladas de Trupizupe (1980)
Cabeça Elétrica, Coração Acústico (1981)
Balada do Andarilho Ramón e Outros Textos (1980))
Sai do Meio, que lá Vem o Filósofo (1982)
ENSAIOS
O Homem Artificial (1999)
Cantoria: Regras e Estilos (1979
HUMOR
Fantastic, Fantasy and Science Fiction Literature Catalog (1992)



    

                                             

terça-feira, 21 de junho de 2011

                                                    

                                 ADELMARIO COELHO


  Adelmario Coelho está completando, neste ano de 2011, 17 anos de carreira e ao longo desses anos tem sido um dos principais representantes do autêntico “Forró Pé-de-Serra” brasileiro. Depois do sucesso do CD “15 Anos de Puro Forró”, Adelmario lança o CD promocional “Ao Vivo no Festival de Verão 2009”, com um repertório de 24 grandes sucessos do mais puro forró, gênero que está consagrando o cantor, e levando-o a conquistar cada vez mais fãs em todo o Brasil. Seus sucessos mais recentes são as músicas Relaxe, Relaxe e Só pra te dizer, e já estão sendo executadas em diversas rádios do País. Adelmario Coelho é reconhecido pelo seu profissionalismo, carisma e uma alegria contagiante, e a cada apresentação, conquista o público por onde se apresenta. Dono de uma voz marcante, Adelmario também se destaca por explorar a sanfona, o triângulo e a zabumba, tradicionais instrumentos do ritmo nordestino. O cantor tem como referências musicais o mestre Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e o Trio Nordestino. No CD em comemoração aos seus 15 anos de carreira, a música Se não fosse o forró resgata essa origem. Adelmario Coelho tem sido presença garantida nas principais cidades nordestinas, durante os festejos juninos, percorrendo mais de 55 mil quilômetros, anualmente, com seu mega show, recheado de cultura e ritmo. A agenda de shows de Adelmario Coelho inclui eventos de porte internacional como o Festival de Verão de Salvador. A qualidade dos shows, marcado pela autenticidade do forró, é um dos grandes diferenciais: uma equipe de 35 profissionais entre músicos, dançarinos e técnicos, realiza um verdadeiro espetáculo onde o ponto forte são as apresentações de danças típicas como o xaxado, capoeira, maracatu, quadrilhas e é claro, o forró pé-de-serra. Discografia: O CD Ao Vivo no Festival de Verão 2009 totaliza uma lista de 16 CDs produzidos. No total, o cantor soma a venda de mais de um milhão de cópias. Vale ressaltar que o DVD Minha Vida, Meu Forró, gravado em 2007, representa um dos grandes sucessos de sua carreira. Recordes de vendas: Nos seus anos de lançamento, o CD Adelmario Coelho Ao Vivo (2000) foi o 2º mais vendido na Bahia e o CD Adelmario Coelho Acústico – Visita ao Trio Nordestino 1 vendeu mais de 300 mil cópias, ocupando o 24º lugar entre os discos mais vendidos do Brasil. Livro biográfico: Entre as ações comemorativas dos 15 anos de carreira, o forrozeiro Adelmario Coelho lançará, no segundo semestre desse ano, o seu livro biográfico contando a sua trajetória. O livro, que está em fase de produção, traz como pano de fundo toda a riqueza cultural do Nordeste com seus valores, belezas e tradições. A vontade do cantor é divulgar o livro durante as suas apresentações por todo o país, como uma contribuição para a difusão da cultura nordestina nos demais estados brasileiros. Breve histórico: O sucesso veio como um milagre - Depois de ter servido ao Exército, ser motorista de táxi, passando pelo Pólo Petroquímico de Camaçari – BA, onde trabalhou por 20 anos, como técnico de segurança industrial, Adelmario Coelho atendeu ao chamado inesperado do destino para iniciar a sua carreira musical, dedicando-se ao Forró, gênero musical que o fazia lembrar os velhos tempos de criança e a adolescência no interior da Bahia. Estimulado por amigos, gravou seu primeiro disco em 1994 intitulado de “No Balanço do Forró”, em Caruaru - PE. Já em 1995, gravou o CD “Não Fale Mal do Meu País” que teve como carro-chefe a música que leva o nome do próprio CD. Por uma ironia do destino, talvez, o caminhão que trazia as cópias prensadas em São Paulo, tombou no sul da Bahia, próximo a cidade de Eunápolis. Foram três mil cópias, a carga foi saqueada e todos os CDs foram roubados. De repente, Adelmario Coelho começou receber, em sua casa, telefonemas para shows em diversos municípios baianos, os discos saqueados geraram uma divulgação espontânea estourando o sucesso “Não fale mal do meu país”.

DISCOGRAFIA






1994 – No Balanço do Forró (Vinil )


1995 – Não Fale Mal do Meu País


1996 – Chovendo Sinceridade


1997 – No Brasil Temos de Tudo


1998 – Vamos Dar as Mãos


1999 – 500 Anos de Brasil


2000 – Adelmario Coelho Ao Vivo


2001 – Chega de Saudade


2002 – Adelmario Coelho Acústico


2003 – Visita ao Trio Nordestino 2


2004 – Farejador de Forró


2005 – Povo Brasileiro


2006 – Forró pro Mundo


2007 – Minha Vida, Meu Forró ( DVD e CD ao vivo )


2008 – Show 2008 Ao Vivo (Promocional)


2009 – 15 Anos de Puro Forró


2010 – Ao Vivo no Festival de Verão Salvador (Promocional)

sexta-feira, 17 de junho de 2011

                                                     

    FESTA DO PAU DA BANDEIRA

       Situada no vale do Cariri Cearense ,A cidade de Barbalha, festeja no mês de junho uma das maiores manifestações  do sertão nordestino, a festa de  Santo Antonio, o padroeiro da cidade.  O fato mais marcante das comemarações é o pau da bandeira, A festa é uma das expressões mais antigas e ricas da religiosidade e da cultura popular no Ceará. A passagem do enorme tronco de madeira carregado por moradores de Barbalha até a Igreja Matriz marca a abertura das festividades em homenagem a Santo Antônio, que se prolongam até o dia 13 de junho,um tradicional rito praticado desde os tempos do Império. O ritual se divide em duas fases. Na primeira, corte do pau, dezenas de devotos se embrenham na chapada do Araripe, onde cortam uma árvore de grande porte. O tronco é deixado no meio da floresta para secar. Alguns dias depois começa a segunda fase, a procissão do pau: os devotos pegam o tronco cortado, carregam-no nos próprios ombros até o centro da cidade e erguem-no diante da igreja matriz de Santo Antônio com uma bandeira do santo. Milhares de pessoas ocupam as ruas de Barbalha para presenciar a procissão. O Pau da Bandeira mescla o sagrado e o profano, pois além das homenagens ao padroeiro, cuja festa é comemorada no dia 13 de junho, acontecem também forrós e bebedeiras. Tanto que durante toda a procissão uma carroça carregada de cachaça acompanha o cortejo: é a tradicional cachaça do senhor vigário.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

                                                


SEU GETÚLIO,O SINEIRO  DE CANINDÉ


Getulio Colares Pereira,Nasceu em 23 de março em Canindé,cidade encravada no norte cearense. começou a tocar sinos com a idade de 15 anos, precisamente no dia 29 de junho de 1944 por ocasião de uma procissão em homenagem ao Coração de Jesus. O povo de Canindé conhece os seus repiques e sabe quando é ele, Getúlio, que está tocando. Aliás seus repiques estão presentes em LP's (Músicas e hinos dedicados a São Francisco). Com habilidade toca o sino em ritimos diferentes para ocasiões especiais, toques para momentos alegres e toques para momentos tristes e com repertório de oitenta e cinco toques diferentes. Sineiro,é uma atividade tradicional da cultura, onde o ritmo dos sinos das igrejas toca a vida das cidades e divulga informações importantes para a população. O ofício de sineiro é executado com dedicação rigorosa.

terça-feira, 7 de junho de 2011

                                             

             BANDA DE PIFANOS DOIS IRMÃOS

   Eles orbitam o planeta azul de Caruarú,A banda é formada por João Alfredo Marcos dos Santos, o João do Pife no primeiro pífano, Severino Alfredo dos Santos, no segundo pífano, Manoel Antônio da Silva no tarol, José Feliciano Rodrigues Filho nos pratos, Sebastião Feliciano Rodrigues na zabumba e Jesson Rodrigues de Moura no surdo, naturais da cidade de Caruaru, PE. Anteriormente chamada de "Terno de zabumba", a banda foi fundada em 1928 por Alfredo Marques dos Santos. Em 1980, passou a ser dirigida por seus filhos João Alfredo, o João do Pife, nascido em 1942, e Severino. Adotou, então, o nome de Banda de Pífanos Dois Irmãos. Os irmãos começaram a tocar ainda crianças, acompanhando o pai em procissões dos pagadores de promessas. Nessas ocasiões, tocavam marchinhas, valsas e rezas. É atração tradicional da Feira de Caruaru, onde João do Pife, que também se dedica à atividade de construção civil, vende artesanato e pífanos por ele produzidos. Em julho de 1997, a Banda de Pífanos Dois Irmãos, apresentou-se com o instrumentista Zé da Flauta no Central Park, em Nova York. No ano seguinte, apresentou-se durante a programação especial de Semana Santa em C aruaru. Em 1999, a banda foi atração do bloco "Espeín Pá Barbiá", que desfilou nas ruas de Olinda durante o carnaval, tocando o frevo pernambucano ao som de pífanos. Em 2000, a banda apresentou-se em Recife durante o Festival "Pernambuco em Concerto", produzido pela África Produções com o apoio do Ministério da Cultura e da Prefeitura da Cidade do Recife, com a participação de 13 grupos. Durante o festival foi lançado um CD com os participantes, no qual a banda de Pífanos Dois Irmãos interpreta "A briga do cachorro com a onça", de domínio público. Foi também gravado um vídeo distribuído para secretarias de cultura e produtores do Brasil e da Europa. Ainda nesse ano, participaram do X Festival de Inverno de Garanhuns, em Pernambuco.
Em 2002, a banda gravou seu primeiro CD com baiões, chorinhos e forrós. Nesse ano viajaram a São Paulo, convidados por um grupo de médicos de Caruaru radicados na capital paulista e que pagaram todas as despesas apenas para ouvi-los tocar. Em 2003, a banda tocou no carnaval de Recife acompanhando o desfile do Bloco do Guaiamum Treloso, que sai do bairro de Casa Forte, um dos mais antigos da cidade, juntamente com o Maracatu Rural Leão Misterioso, de Nazaré da Mata. Nesse ano, apresentaram-se em Recife durante os festejos juninos. A banda já gravou diversos discos e se apresentou em 27 países.

domingo, 5 de junho de 2011

                                                 

                                                                  PEREIRA DA VIOLA

               

O Violeiro, cantor e compositor, Pereira da Viola nasceu em São Julião, pequena comunidade rural do Vale do Mucuri, norte de Minas Gerais. Em seus 18 anos de carreira, Pereira gravou cinco CDs solo: “Terra Boa”, “Tawanará”, “Viola Cósmica”, “Viola Ética” e ”Akpalô”. Além de participar de vários cds coletivos e em CDs de outros artistas. Com talento e estilo único Pereira da Viola está entre os violeiros mais importantes do país. Isto é resultado de uma carreira sólida e estruturada e reconhecida em todo território brasileiro. “já me apresentei em São Paulo por diversas vezes, Rio de Janeiro, Bahia, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso, Acre, Ceará, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Piauí, Goiás, Santa Catarina, Pará, Brasília, além de toda minha querida Minas Gerais”, ressalta. Seu talento e estilo único fizeram com que fosse alçado a ícone da viola caipira, não apenas pela crítica e mídia, como também pelo público que se encanta pelo seu virtuosismo e carisma. Com estilo original e versátil, Pereira da Viola integra visão poética, compromisso e solidariedade social. Vale ressaltar a inigualável capacidade e uma das mais peculiares e interessantes características deste artista mineiro: a de cantar música forte, ritmada, comprometida e até de protesto e, passar quase que simultaneamente, para uma cantiga de roda, leve envolvente, sem perder a força nem abandonar a riqueza rítmica própria da viola caipira. Atualmente apresenta o show intitulado Incelente Maravia composto por músicas de seus cds anteriores assim como músicas ainda inéditas. Seu repertório, construído ao longo dos anos, é amplo e heterogêneo. Inclui desde brincadeiras de roda, aprendidas com sua mãe, a Mãe Augusta, passando pelos ritmos religiosos do congado e da Folia de Reis, batuques, samba de roda, calango e forró. Isto sem falar dos ritmos e temas próprios da Música Popular Brasileira e caipira de raiz. Toda esta mistura é cuidadosamente temperada com coerência e bom gosto e resulta em uma musicalidade que transita entre o humor e a alegria, o lúdico e o prazer do corpo e do espírito. Uma música que deve ser entendida nos detalhes que cada verso tem a dizer e defender e, na profusão de melodias e ritmos em que se expressa. No Brasil, a agenda é intensa: em março Pereira se apresentou em Brasília/DF no II Salão dos Territórios Nacionais, em abril se apresentou em Amambaí/MS, no 3º Encontro do Folclore. Ainda em abril participou do espetáculo ”Sete Violeiros Lá na Casa dos Carneiros”, realizado na região de Vitória da Conquista/BA, executando obras de Elomar Figueira Mello. Os convidados de Elomar foram: Pereira da Viola, Miltinho Edilberto. Participação especial de Dércio Marques, Edigar Mão Branca, Xangai e João Omar. Em 2010 participa do VII Tensamba, (Festival de cultura brasileira realizado na Espanha) com show nas cidades: Tenerife e Fuerteventura, nas Ilhas Canárias. Pereira da Viola cresceu em um ambiente humilde, mas de grande riqueza cultural, impregnado pela cultura afro-indígena e pelos sons das folias. Seu pai, João Preto, era sanfoneiro e sua mãe Augusta, líder e cantadeira nas festas do reisado. Aos 11 anos, tornou-se autodidata em violão. Com 14 anos, começou a se apresentar em shows de calouros, sendo premiado em todos. Em 1982, influenciado pelas obras de artistas como Dércio Marques, Rubinho do Vale, Titane e Milton Nascimento, passou a compor músicas que retratavam sua história. Em 1985, foi apresentado à viola e se encantou pelo instrumento. Junto com sua primeira viola ganhou de um amigo o apelido, uma homenagem ao músico Paulinho da Viola. A brincadeira acabou lhe rendendo seu nome artístico. Foi com o folião Valdão (Maravilha/MG) que Pereira aprendeu a tocar a viola utilizando, simultaneamente, o tampo para percussão, o que deu origem a suas famosas batidas de contra-dança, batuques e voltados-inteiro. Este momento marca o encontro definitivo do trabalho do artista com suas origens. A busca pelas raízes do povo brasileiro e seu envolvimento com os povos indígenas o leva a se apresentar no Acre, Amazonas, Mato Grosso e São Paulo. É na capital paulista que Inezita Barroso conheceu o trabalho de Pereira e, imediatamente, o convidou a dar uma entrevista no programa “Mutirão”, na Rádio USP-SP. Logo em seguida, os dois já dividiam um show no Teatro Popular do Sesi – SP. Em 1993, Pereira gravou de forma independente seu primeiro disco, "Terra Boa", considerado pela crítica como uma obra prima da música regional brasileira. Em 1996, em parceria com a Lapa Disco, gravou seu segundo CD, Tawaraná – nome de uma dança indígena do Xingu. Em 1998, participou do projeto Violeiros do Brasil, que reuniu 12 violeiros das várias regiões do país, no Sesc Pompéia, em São Paulo. O encontro resultou num CD homônimo, gravado pelo selo “Núcleo Contemporâneo” e em um especial da TV Cultura. Ainda em 1998, gravou seu terceiro disco solo, Viola Cósmica (Lapa Discos). O disco contou com a participação de quatro grandes violeiros: Paulo Freire, Brás da Viola, Ivan Vilela e Roberto Corrêa; além do rabequeiro Fiaminghi e da cantora Titane. O CD tem também a participação especial de sua mãe, Mãe Augusta. Em 2001, Pereira da Viola lançou de forma independente o quarto disco de sua carreira, Viola Ética. Produzido e dirigido pelo próprio artista, o CD contou com participação especial de Inezita Barroso, Paulo Freire e Brás da Viola. Em 2003, Pereira promoveu o I Encontro Nacional de Violeiros, em Ribeirão Preto/SP. O evento recebeu 10 mil pessoas e resultou na criação da Associação Nacional dos Violeiros (ANVB), entidade que busca valorizar a cultura Caipira e lutar por melhores condições de trabalho para a categoria. Pereira foi escolhido presidente da Associação, cargo que ocupou até abril de 2010. Em 2004, 2005, 2006 e 2008 a ANVB manteve-se parceira na realização do Encontro Nacional de Violeiros em Ribeirão Preto/SP. Em 2008 através ANVB promoveu o I Seminário Nacional de Viola Caipira, reunindo as principais figuras de todo país ligadas a este instrumento. Em 2005, Pereira partiu para uma turnê pela Venezuela, onde representou o Brasil no Festival da Canção Necessária, sendo agraciado pelo público e pela mídia venezuelana. Em 2006 participou do “CinePort”, festival de cinema dos países lusófonos, e do Festival “Rotas”, ambos realizados em Portugal, nas cidades de Lagos e Lisboa. Em 2007 lançou o seu quinto álbum, batizado Akpalô que, em nagô, significa “contador de histórias, aquele que guarda e transmite a memória do seu povo”. Sem dúvida, o nome retrata com maestria a influência da cultura do Vale do Mucuri na trajetória e no trabalho do artista, bem como sua importância como porta-voz da região. Ainda em 2008 gravou o DVD/LIVRO “Violeiros do Brasil”, projeto coletivo produzido pela produtora Myriam Taubkin, e tem como elenco, além de Pereira da Viola, Almir Sater, Pena Branca, Roberto Correia, Braz da Viola, Paulo Freire, Passoca, Ivan Vilela, Tavinho Moura, Zé Multa e Cassiano. Em 2009 lançou o DVD/LIVRO “Violeiros do Brasil” em São Paulo, Belo Horizonte, Foz do Iguaçu e em Londres. Participou, ainda, da produção e lançamento do “CD VivaViola” em Belo Horizonte e Juiz de Fora. O “VivaViola-60 Cordas em Movimento” é um espetáculo coletivo criado em 2008 envolvendo os violeiros cantadores mineiros: Bilora, Chico Lobo, Gustavo Guimarães, Joaci Ornelas, Pereira da Viola e Wilson Dias.


sexta-feira, 3 de junho de 2011

                       MATÉRIA ESPECIAL DE SÃO JOãO CADERNO 2 MAIS 
                                                                         Foto de Thiago Teixeira             

            
      SAMBA DE LATA DE TIJUAÇU                                     


    A comunidade de remanescentes Quilombola do distrito de Tijuaçu,municipio de Senhor do Bonfim,na região norte da bahia ,tem muito mais para mostrar dos seus costumes e cultura, além dos acarajés nossos de cada dia da praça nova do congresso em Bonfim. Tem o Samba de lata, uma manifestação que virou patrimônio cultural e nasceu da labuta diária misturada com a alegria das mulheres negras. Uma lata basta para levar a muitas gerações a dança das matriarcas. À sombra da barriguda, uma árvore nativa do sertão baiano, mulheres e crianças varrem o chão, molham a terra, num ritual que prepara a festa. O único instrumento: uma lata. O figurino caprichado e os adereços completam o visual das sambistas. Com pés no chão batido, apenas dois homens fazem parte do grupo e a música sai da palma da mão. Valdelice puxa o samba, acompanhando as batidas da lata. Essa é a mais forte expressão cultural de Tijuaçú, comunidade quilombola de senhor do Bonfim, no norte da Bahia, fundada em 1750.Buscar água de lata na cabeça, a pé, percorrendo todos os dias 18 quilômetros. a rotina de crianças, mulheres e homens negros de Tijuaçú. para transformar o sacrifício da falta d´água em diversão, nasceu o samba de lata. Samba de lata de Tijuaçú, único no Brasil, é patrimônio cultural reconhecido e multiplicado nessa comunidade de raízes negras. Valdelice puxa o samba. repete os versos que aprendeu com os avós. O resto do grupo se reveza no centro da roda. Para que as crianças aprendam cedo o valor da cultura negra, foi criado o 'latinha da mamãe', reproduzindo um movimento antigo, que também nasceu no quilombo.  Uma magia que atravessa gerações. Dona Julieta, ou melhor, Dona Menininha, como é chamada, aos oitenta e um anos, começou no samba aos dez, não consegue viver longe da roda. Em Lage dos Negros, velhos costumes sobrevivem à evolução dos tempos e as parteiras ainda são autoridade no velho quilombo. Fé e devoção aos orixás. A religião que veio da África é preservada pelos descendentes. Dos festejos das senzalas vêm a cantoria e as danças que atravessaram os séculos".

quinta-feira, 2 de junho de 2011

                                                    


           CORDELISTA   ARIEVALDO VIANA LIMA

           Poeta popular, radialista e publicitário, nasceu em Fazenda Ouro Preto, Quixeramobim-CE, aos 18 de setembro de 1967. Desde criança exercita sua verve poética, mas só começou a publicar seus folhetos em 1989, quando lançou, juntamente com o poeta Pedro Paulo Paulino, uma caixa com 10 títulos chamada Coleção Cancão de Fogo. É o criador do Projeto ACORDA CORDEL na Sala de Aula, que utiliza a poesia popular na alfabetização de jovens e adultos. Em 2000, foi eleito membro da ABLC, na qual ocupa a cadeira de nº 40, patronímica de João Melchíades Ferreira. Tem cerca de 50 folhetos e dois livros públicados: O Baú da Gaiatice e São Francisco de Canindé na Literatura de Cordel.