quinta-feira, 28 de julho de 2016

HOJE É O DIA DE COMEMORAR O ANIVERSÁRIO DE LAMPIÃO


Virgulino Ferreira da Silva, conhecido popularmente pelo apelido de Lampião, foi o principal e mais conhecido cangaceiro brasileiro. Nasceu na cidade de Serra Talhada (PE) em 7 de julho de 1898 e faleceu em Poço Redondo (SE) em 28 de julho de 1938. Ficou conhecido como o "rei do Cangaço".
Biografia:
- Nasceu numa família de classe média baixa.
- Trabalhou com o pai, na infância e parte da adolescência, cuidando de gado.
- Trabalhou também com transporte de mercadorias em longa distância, utilizando burros como meio de transporte de carga.
- Envolveu-se em brigas familiares na juventude e entrou para um bando de cangaceiros para vingar a morte do pai.
- Na década de 1930, Lampião e seu bando passou a ser procurado por policiais de vários estados do Nordeste. O bando passou a viver de saques a fazendas e doações forçadas de comerciantes.
- Em 1930, conheceu Maria Déia (Maria Bonita) que ingressou no bando, tornando-se mulher de Lampião. Em 1932 nasceu a filha do casal, Expedita.
- Em 27 de julho de 1938, Lampião e vários cangaceiros do bando estavam na fazenda Angicos, sertão de Sergipe, quando foram mortos por policiais da volante do tenente João Bezerra.

quarta-feira, 13 de julho de 2016



                       ZEZITO GUEDES
 Mais conhecido por Zezito Guedes, assim mesmo com o sobrenome "Guedes" que ganhou do escritor Ariano Suassuna durante uma solenidade em Recife, em 1974.
José Gomes Pereira é paraibano,nasceu na cidade de Jurú,em 21 de abril de 1936, mas se tornou alagoano de coração pelo amor que tem à terra de Manoel André, onde reside desde os seis anos de idade. Autodidata, Zezito se interessou pela arte desde a juventude, época que trabalhou como protético, para garantir o sustento.
Com cerca de 30 anos, descobriu a escultura. Foi nessa área que fez diversas obras, utilizando madeira, gesso, ferro e pedra. Suas produções foram expostas em diversos salões de arte em todo o Brasil, sempre recebendo aclamações. “Comecei a trabalhar com gesso, desde os 15 anos”, relata.
Como pesquisador, destacam-se as obras “Cantigas das destaladeiras de Fumo” e “Arapiraca através do tempo”. Ele possui diversos trabalhos publicados ainda pela Fundação Joaquim Nabuco, em Recife.
Respeitado no meio intelectual, costuma ser incluído no grupo de grandes artistas nordestinos. Prova disso é uma declaração feita pelo estudioso Ariano Suassuna e registrada no Museu Zezito Guedes:“Com Zezito, surge, mais uma vez, a confirmação daquilo que vivo dizendo a respeito do Nordeste e do nosso grande povo: ambos têm reservas maravilhosas de invenção e criação”.
Museu Zezito Guedes
Situado em um dos pontos privilegiados do Centro de Arapiraca, o museu, inaugurado em 2009, possui espaço de exposições permanente e um amplo acervo que reconstrói a vida de seu patrono com objetos, fotografias, registro da vida e obras do pesquisador, além de material histórico sobre origem e formação sociocultural da cidade de Arapiraca, baseado na obra “Arapiraca Através do Tempo”, de Zezito Guedes.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

LAURENTINO ROSAS DOS SANTOS

Laurentino Rosa dos Santos nasceu em 1937, na vila de Lancinha, em Rio Branco do Sul, Paraná. Filho de gente da roça começou a trabalhar com madeira aos oito anos de idade, após a morte do pai, que fabricava cestos e também violinos. Laurentino trabalhou ainda como jardineiro, mas é conhecido em todo o País e no exterior por causa de seus “sinaleiros do vento”, um boneco de madeira, cujos braços se movem à maneira de uma rosa-dos-ventos. Eu inventei essa brincadeira com mais ou menos 7 anos. Eu queria fazer um aviãozinho, por isso fiz as asas e acabei colocando no boneco, contou certa vez o artista. Durante muito tempo trabalhou como pipoqueiro e seus sinaleiros faziam parte de seu carrinho. Os “sinaleiros do vento” ou “homens-catavento” criados por Laurentino encantaram o público por nada menos do que seis décadas. Precisava de um dia para confeccionar cada uma e não raro se via assoberbado pelos pedidos. Fãs do homenzinho de madeira espalharam a peça pelo país e há quem a considere um dos símbolos do Paraná. Um exemplar gigante durante duas décadas pontificou no Alto da XV em Curitiba, até se desintegrar.

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Laurentino Rosa dos Santos, Homem sinaleiro, madeira. Reprodução fotográfica "Em Nome do Autor", Proposta Editorial, São Paulo, SP, 2008.

O sucesso no mundo da arte popular, contudo, não o colocou em berço esplêndido. Ficou conhecido no meio cultural como "Pipoqueiro". No início dos anos 2000 passou a dividir o tempo entre as goivas e um novo trabalho, a jardinagem - seu ganha-pão. Saía de bicicleta de manhã e só voltava à noite. Aos poucos, passou o segredo do cata-vento para seus dez filhos e netos - os filhos Francisco e Denise se destacaram na produção. Francisco já esteve no Canadá e na França mostrando o legado do pai. Toda produção é realizada no terreno onde vivem no bairro Santa Cândida em Curitiba. Denise conta que o pai não ficou amargo por causa da dificuldade de viver de arte. Laurentino faleceu na manhã do dia 15 de junho de 2009 em Curitiba.

Laurentino Rosa dos Santos, Homem sinaleiro, madeira. Acervo da coleção Guy Veloso, Belém, PA.