quarta-feira, 31 de maio de 2023

Cine Marim Festival de Cinema de Olinda oferece oficinas gratuitas

Estão abertas as inscrições das oficinas gratuitas oferecidas pelo Cine Marim Festival de Cinema de Olinda, evento que conta com incentivo do Governo de Pernambuco, por meio dos recursos do Funcultura. O público interessado pode escolher entre a oficina Documentado com Marlom Meirelles, que acontece entre os dias 14 de junho e 5 de julho de forma on-line, e a oficina Rápida de Cinema Ligeira A RÁPIDA DE CINEMA LIGEIRO com Eva Jofilsan, que será realizada de forma presencial nos dias 14, 15 e 16 de junho de 2023. As inscrições devem ser feitas até o dia 13 de junho, por meio do link disponível na bio no perfil do Cine Marim, no Instagram: @cine_marim. As vagas serão preenchidas por ordem de inscrição. Dúvidas podem ser enviadas para o e-mail: cinemarim.contato@gmail.com. Na oficina DOCUMENTANDO, o público vai conhecer todo o processo de realização de um documentário e os elementos fundamentais para a construção de um roteiro, produção, captação e edição de um filme. As aulas acontecem de forma síncrona e assíncrona, através das plataformas Google Meet e Google Classroom, e são voltadas para pessoas residentes no estado de Pernambuco, com idade a partir dos 15 anos. Já na OFICINA RÁPIDA DE CINEMA LIGEIRO, que acontecerá no Centro Cultural Grupo Bongar – Nação Xambá, das 14h às 18h, o público terá a oportunidade de aprender na teoria e na prática a roteirizar, produzir, editar e exibir obras audiovisuais de até 1 minuto. A oficina é destinada a adolescentes residentes no estado de Pernambuco, com idades entre 13 e 15 anos, e 50% das vagas serão reservadas para estudantes da Rede Municipal de Olinda.
A cultura popular está de luto com o falecimento do Mestre Zé Duda, aos 84 anos de idade, no município de Aliança. O velório e sepultamento do artista devem ser realizados nesta quinta-feira (1º) de junho, na cidade de Goiana. Batizado como José Bernardo Pessoa, mas conhecido como Mestre Zé Duda, nasceu em Buenos Aires (PE), no dia 5 de março de 1939. Formado mestre no Maracatu Estrela de Ouro de Aliança, brinquedo com quem esteve durante 41 anos e um dos Patrimônios Vivos de Pernambuco, Zé Duda levou a cultura popular pernambucana para várias regiões do Brasil, numa delas com Jorge Mautner, no projeto Maracatu Atômico Kaosnavial, e outros países, como a França, além de parcerias outros artistas como Jorge Mautner, entregando de corpo e alma sua voz e sua poesia inigualáveis.
“Zé Duda, Zona da Mata Norte de Pernambuco. Maracatu Estrela de Ouro de Aliança, em que estive tão recente. Encantou-se. Com ele vai toda uma história da cultura pernambucana, principalmente desses mestres valiosíssimos da Zona da Mata Norte. Fica também a memória e o seu legado, da sua poesia, da sua dança, da sua brincadeira, da sua iconografia. Que cada vez mais possamos valorizar e ao mesmo tempo construir um caminho de hereditariedade para que todos esses brincantes sejam eternizados através da continuidade de suas brincadeiras”, comentou o secretário de Cultura de Pernambuco, Silvério Pessoa.
Como dizia Mestre Salustiano, Zé Duda foi o peito de aço do Maracatu de Baque Solto. Que seu legado inspire tantos outros mestres em formação e que sua poesia seja eterna. Mestre Zé Duda era casado com a Mestra de Maracatu Gil, do Maracatu Feminino Coração Nazareno. Deixa esposa, três filhos, onze netos, doze bisnetos e um tataraneto.

Cepe reedita a tetralogia poética de Marcus Accioly

Um dos principais nomes da poesia contemporânea, com obra traduzida para o espanhol, francês e alemão, admirado por nomes como João Cabral de Melo Neto, Carlos Drummond de Andrade, Antônio Houaiss e Jorge Amado, o pernambucano Marcus Accioly (1943-2017) terá quatro de seus livros seminais – Sísifo, Íxion, Narciso e Érato – reeditados pela Cepe. As segundas edições chegam décadas depois de publicados e esgotados, marcando os 80 anos de nascimento do escritor. O lançamento acontece no próximo dia 25 de maio (quinta-feira), a partir das 19h, no Museu do Estado de Pernambuco (Mepe). O evento também abrirá espaço para um bate-papo sobre o legado do escritor, voz potente da Geração 65, reunindo a viúva do poeta, a arquiteta Glória Dalla Nora; o jornalista e presidente do Conselho Editorial da Cepe, Fábio Lucas e o doutor em Literatura e Cultura, professor da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) Robson Teles. Apesar de publicados em momentos distintos, Sísifo (1976), Íxion (1978), Narciso (1984) e Érato (1990) são considerados uma tetralogia. “O próprio Marcus já considerava em vida esses quatros livros como parte de um projeto maior, tendo como eixo o diálogo com a poesia clássica. São formalmente livros diferentes, mas que têm em comum esse fio condutor dentro de uma perspectiva de revisitação do mundo grego; sem saudosismos, mas sim uma atualização desse discurso. Uma reconfiguração daquela poesia clássica utilizando elementos pós-modernos tão presentes na poética de Marcus Accioly”, destaca o editor associado Wellington de Melo. O projeto editorial da tetralogia, que contou com incentivo do Governo de Pernambuco, por meio dos recursos do Funcultura, e foi abraçado pela Cepe, partiu da iniciativa de Glória Dalla Nora. Guardiã da obra literária deixada pelo companheiro, ela tem concentrado esforços para reeditar títulos e publicar inéditos deixados pelo poeta. Wellington de Melo, então editor da Cepe, coordenou as edições, convidando o artista visual e ilustrador pernambucano Raoni Assis para assinar as capas. CONTEMPORANEIDADE - Na tetralogia, o poeta revisita os mitos tendo como horizonte o homem contemporâneo. Lançado há 47 anos, Sísifo (430 páginas) é um longo poema épico em dez cantos e quase 12 mil versos. É considerado um dos mais experimentais de Marcus Accioly. Situa a tragédia daquele que foi considerado o mais inteligente dos mortais que, por enganar e desafiar os deuses, foi condenado a rolar uma pedra montanha acima num eterno e improdutivo esforço. Simboliza a condição humana em suas tentativas de superação: presos a uma vida sem sentido, ainda assim tendo a liberdade de buscar um propósito em meio ao absurdo. Ao ler os originais, Carlos Drummond de Andrade assegurou ser a obra uma “fonte inesgotável de leitura, surpresa e admiração”. Considerada pelo autor como “Mais que um poema dramático e menos que uma tragédia grega, (…) uma tragédia à grega”, Íxion (135 páginas) sintetiza a dualidade entre o bem e o mal na infindável batalha interna que marca a existência. Reelabora a lenda do rei dos Lápitas, um dos maiores vilões da mitologia grega que, apaixonado pela filha do rei Dioneu (Dina), mente e mata para atingir seus propósitos. Invadido pelo remorso, é acolhido pelos deuses, mas volta à condição abjeta ao tentar seduzir Hera, a mulher de Zeus , sendo condenado a girar eternamente no inferno, atado a uma roda de fogo. A obra de Accioly relata os sofrimentos de Íxion em momento posterior à sua morte e prisão. “É possível imaginar, para o avanço ou recuo dos anos, a vida anterior de Íxion porque já o vimos entre os mortais e entre os deuses. Agora (o que se torna mais fantástico e mais real) é imaginá-lo entre os demônios”, destaca o poeta em texto que integra o título. “Dos três personagens – malditos e mitológicos sobre os quais escrevi -, este é o mais marginal”, disse certa vez o poeta sobre Narciso (304 páginas). É marginal porque convive com uma absoluta solidão, falando apenas consigo próprio. Vencedor do Prêmio de Poesia concedido pela Associação Paulista dos Críticos de Artes, e do Prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras, Narciso se destaca como um “estranho realismo-lírico”. “Narciso é um ser completo, que se autodeseja e que se basta, logo, está longe de buscar um-outro: ele-procura-ele e se satisfaz”, escreve o poeta. Na obra dedicada à musa Érato (128 páginas), a quem os gregos viam a fonte de inspiração da poesia lírica ou erótica, o poeta pernambucano traz “69 poemas eróticos e uma ode ao vinho”. Em uma das estrofes do poema 66, ele fala da tetralogia e define bem o que são a essência dos poemas de Érato: “Primeiro Sísifo / segundo Íxion / depois Narciso / e agora Érato / (ó musa) o abismo / é um sexo aberto”. Ao prefaciar a publicação, o professor, diplomata, filólogo, ensaísta e crítico literário Antônio Houaiss (1915-1999) lembra que Érato é a única obra da tetralogia baseada em um personagem feminino. “A beleza deste livro é que, sem façanhices nem arreganhos agressivos e pedantes, Marcus Accioly nos oferece o amor erótico na plenitude – sem medos e sem ofensas, como se eternamente jamais se tivesse revestido de falsos pudores ou de ostensivos rancores”, afirmou.
Glória Dalla Nora/DivulgaçãoGlória Dalla Nora/Divulgação AUTOR - Marcus Moraes Accioly nasceu em Aliança, município da Zona da Mata Norte pernambucana, em 21 de janeiro de 1943. Formado em Direito e pós-graduado em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), foi vice-presidente da União Brasileira de Escritores (UBE) e professor de Teoria Literária e Literatura Brasileira na UFPE. Ocupou a cadeira de nº 19 da Academia Pernambucana de Letras, recebendo ao longo da carreira 12 prêmios literários, entre eles o Prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras. Publicou 14 livros e cerca de 30 inéditos. Além da trilogia, a Cepe Editora tem em seu catálogo a obra Don Juan-Don Giovanni: Peça em dez jornadas (2018); Marcus Accioly foi ainda presidente do Conselho Estadual de Cultura e secretário-executivo do Ministério da Cultura (Governo Itamar Franco), na gestão de Antônio Houaiss. Faleceu em 21 de outubro de 2017, aos 74 anos, vítima de um infarto fulminante. Fonte: portalculturape

quarta-feira, 24 de maio de 2023

A VIDA APÓS O CANGAÇO

João Maria e Zé Rufino? Por Moisés Reis Em carta escrita pelo padre Renato Galvão no dia 4 de outubro de 1954 endereçada ao deputado João da Costa Pinto Dantas, encontramos o curioso dia em que João Maria de Oliveira, adversário político do padre naquela ocasião, quase precisou se entender com o famoso matador de cangaceiros, o tenente José Osório de Farias, conhecido com Zé Rufino.
Zé Rufino, em imagem de Thomas Farkas
Coronel João Maria de Carvalho Para entender o contexto, é preciso lembrar que naquele ano (1954) o cangaço já havia acabado e Zé Rufino gozava de enorme prestígio pelos seus feitos durante os tempos do combate ao banditismo. Naquela data, acontecia a eleição para prefeito de Cícero Dantas, pleito vencido por João Batista de Andrade Souza, da UDN com 1374 votos, e a seção eleitoral de Fátima, que funcionava no atual Colégio Estadual N. S de Fátima, era famosa pelas confusões entre os grupos políticos rivais. Sabendo disso, o Padre Renato buscou se precaver e solicitou junto às autoridades a presença de ninguém menos que Zé Rufino, a fim de garantir que os trabalhos corressem dentro da normalidade. Acontece que o famoso oficial, por alguma razão, não atendeu ao chamado do Padre e a problemática seção eleitoral ficou sem a autoridade policial desejada pelo vigário.
O que se segue, de acordo com o relato do religioso na dita carta é um caos promovido pelo então soldado João Maria e um certo subdelegado João Neves. Ainda de acordo com o relato da carta, Dona Ludi era a presidente da mesa e João Maria teria usado isso em seu favor, coagindo eleitores adversários e espalhando boatos de pânico provocado o retorno antecipado de eleitores que não votaram. Eram 600 votantes naquela seção que, devido aos contratempos provocados por João Maria e o Subdelegado, tiveram apenas três horas para concluírem a votação em cédula da época o que, naturalmente, provocou alta abstenção em uma seção que tinha muito mais votos para o candidato do Padre. Diante disso, O vigário finaliza a carta pedindo a intervenção do deputado no sentido de anular a votação e realizar novo pleito. O fato a ser registrado aqui é um quase encontro entre a mais famosa liderança política de Fátima e um personagem importante da história do cangaço. Encontro que só não aconteceu (ao menos não dessa vez) pela ausência de Zé Rufino. Obviamente esse texto não visa atacar a imagem de nenhum dos personagens envolvidos nessa história, o que busco, tão somente, é trazer o relato aos leitores do blog e deixar o registro de mais um episódio da nossa história. Pescado em Blog História de Fátima Postado por Kiko Monteiro às 11:47 Nenhum comentário: Enviar por e-mail Postar no blog! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar com o Pinterest Marcadores: A vida após o cangaço, Bahia, Cícero Dantas/BA, João Maria de Carvalho, Zé Rufino

terça-feira, 23 de maio de 2023

Belo Jardim recebe seis dias de cinema gratuito

Pela sétima vez, Belo Jardim recebe o Cine Jardim: Festival Latino-Americano de Cinema. Até o próximo sábado (27), serão seis dias inteiros de exibições gratuitas com obras de todo o Brasil e de outros países, como Panamá e Chile. A abertura ocorreu nesta segunda-feira (22), no Cine Teatro Cultura, espaço que também abriga os demais dias de evento. Confira a programação completa no perfil do Instagram: @cinejardim. Ao longo do festival, os filmes serão exibidos em três horários. Pela manhã, as exibições acontecem às 9h, à tarde às 14h30 e durante a noite os filmes podem ser vistos a partir das 20h. Não é necessário retirar ingresso antecipadamente e a entrada é gratuita. Além da programação presencial, o Cine Jardim também conta com exibições online na Plataforma Cardume. “A Cardume é um portal de filmes brasileiros de curta e média-metragem que surgiu como uma ideia para difundir, fomentar e internacionalizar o audiovisual independente brasileiro”, explica o cineasta e produtor do Festival, Leo Tabosa. A programação conta com 67 curtas-metragens divididos em uma mostra principal e outras seis paralelas, são elas: Mostra Competitiva de Curtas-metragens Latino-americanos, avaliada por um júri especial formado por profissionais do cinema; Diversidade de Voos, homenageia a atriz Roberta Gretchen Coppola e tem como foco contar histórias sobre pessoas transgêneros; Revoada, que traz discussões sobre memória, preservação e identidade cultural; Voo Livre, exibe mulheres como protagonistas de suas próprias histórias; Rotas de Migração, com filmes que abordam temáticas do público jovem; Passarinho, formada por filmes para infância, sendo a maioria animação; e a Mostra Especial VouSer Acessibilidade, que reúne filmes pernambucanos com acessibilidade comunicacional, a exemplo da audiodescrição, janela de libras e legendas descritivas. Fonte: NoticiA.Cultura PE

Cabras de Lampião e Assisão levam aula-espetáculo para escolas públicas pernambucanas

Com incentivo do Governo de Pernambuco, por meio dos recursos do Funcultura, as cidades pernambucanas de Ipubi (22/5), Belo Jardim (23/5), São Caetano (23/5), Recife (24/5) e Vicência (25/5) recebem a circulação do projeto No Terreiro da Fazenda – Aula-Espetáculo com Assisão e os Cabras de Lampião. A iniciativa, que tem como ponto de partida a musicalidade e o ritmo da obra de Assisão, apresenta numa interação estética com a poesia e a dança do Grupo de Xaxado Cabras de Lampião, resultando num espetáculo emocionante. GRUPO DE XAXADO CABRAS DE LAMPIÃO - É o maior divulgador desta dança e mantém a originalidade e autenticidade conforme criada pelos bandoleiros do Sertão. É uma trupe de artistas sertanejos – exatamente da cidade que nasceu Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião – que reproduziu no palco como os cangaceiros se divertiam nas caatingas, nos intervalos dos combates. O grupo trouxe os cangaceiros para frente das luzes e o cangaço se transformou num show de arte com uma nova e revolucionária imagem do Rei do Cangaço. ASSISÃO - Nasceu em 5 de maio de 1941, na Fazenda Escadinha (Serra Talhada-PE). O início de suas atividades profissionais como cantor começou com o lançamento de um compacto e até o presente momento já gravou vários discos. As músicas de Assisão são tocadas em todas as regiões do país. Com a agenda sempre completa, Assisão é um dos artistas mais requisitados do Nordeste. Já compôs mais de 800 músicas, destas mais de 300 já foram gravadas, por ele e por muitos outros artistas. ROTEIRO DAS CIDADES IPUBI 22/5 (SEGUNDA-FEIRA), ÀS 15H EREM Arão Peixoto de Alencar BELO JARDIM 23/5 (TERÇA-FEIRA), ÀS 10H Escola de Referência em Ensino Médio SÃO CAETANO 23/5 (TERÇA-FEIRA), ÀS 15H EREM Agamenon Magalhães RECIFE 24/5 (QUARTA-FEIRA), ÀS 10H Escola Antônio Farias filho (San Martin) VICÊNCIA 25/5 (QUINTA-FEIRA), ÀS 15H Ginásio de Esportes Amaury Pedrosa

quarta-feira, 17 de maio de 2023

Mostra Arcoverdense de Produção Audiovisual divulga sua programação

Entre os dias 15 a 19 de junho (quinta a segunda-feira), Arcoverde recebe a segunda edição da Mostra Arcoverdense de Produção Audiovisual (MAPA). Com o mote “Luz, Câmera… SERTÃO!”, o evento não-competitivo traz à tona as narrativas sertanejas e seus entendimentos sobre o mundo. Neste ano, a MAPA estreia com uma atividade formativa, com a oficina Novos Olhares sobre o Audiovisual, que terá facilitação de Diogo “Bigão” Oliveira. A atividade será ministrada para alunas e alunos do EJA da Escola Santa Cecília, no bairro do São Miguel, nos dias 15 e 16 de junho. A programação completa está disponível no perfil do Instagram: @mapa.arcoverde. As exibições da mostra estão programadas para os dias 18 e 19, a partir das 19h. Esse ano foram selecionadas nove obras de audiovisual realizadas nos sertões pernambucanos com até 30 minutos. E para abrir o primeiro dia de exibição, será projetado o longa convidado, Rama Pankararu, rodado no território indígena Pankararu, que fica nas proximidades do médio rio São Francisco, nos limites dos municípios de Tacaratu e Petrolândia. No dia 19, além das exibições, haverá também um debate sobre a produção audiovisual do sertão pernambucano, com realizadoras/es, diretoras/es, atores, atrizes e demais envolvidos na cadeia do audiovisual e com o público em geral. A mediação do debate será feita por Débora Freitas, atriz, roteirista e educadora arcoverdense. O momento tem como intuito potencializar, discutir, formar e sobretudo criar um ambiente propício para trocas e afirmação de identidades dos grupos da região do Sertão. Encerrando a MAPA, haverá uma celebração cultural comandada pela DJ Cigana Cósmica. Thays Honorato é produtora cultural, pesquisadora musical, realizadora audiovisual e DJ, com foco na cultura popular e música brasileira, sobretudo pernambucana. A MAPA será realizada novamente na Biblioteca Comunitária Biu Neguinho, galeria urbana a céu aberto localizada anexa ao Riso da Terra, coletivo que habita desde 2016 o bairro do São Miguel, em Arcoverde. A Biblioteca está localizada na esquina da Rua Cassiano Manoel com a Avenida Pinto de Campos. A 2ª MAPA | Mostra Arcoverdense de Produção Audiovisual é uma realização independente de coletivos e artistas de Arcoverde: BORA! Viagens, Estúdio AD Fotografias, Riso da Terra, Selo Refresco Elétrico, Ateliê Jota Almeida e Amapô Produtora Cultural, com apoio do Sesc Arcoverde, Prefeitura de Arcoverde, AVG Entretenimentos, Associação Cultural Raízes do Sertão, Teatro de Retalhos, COCAR Arcoverde, Vereadores Luciano Pacheco e João Brito. Fonte; Secult PE

quinta-feira, 11 de maio de 2023

SECULT-PE de ANDADA: olha quanta gente foi falar de cultura em Aliança

Felipe Souto Maior/Secult PE Representantes de diversos folguedos e gestões estadual e municipais da Zona da Mata Norte se reuniram na sede do Patrimônio Vivo Cavalo-Marinho Boi Pintado. A vida é massa quando reserva boas surpresas. Após cinco etapas, o SECULT-PE de ANDADA desembarcou, em sua sexta edição, no município de Aliança, Zona da Mata Norte pernambucana, para escutas junto à comunidade cultural da região. O resultado foi uma grande congregação do Governo de Pernambuco com representantes de vários municípios, fazedores e fazedoras de cultura, gestores e gestoras, e diversas manifestações culturais. O evento segue seu caminho fazendo história no campo das políticas culturais do Estado. A próxima parada acontece no dia 12 de maio. O 6º SECULT-PE de ANDADA, em Chã de Esconso, Aliança, foi um reflexo da articulação cultural que ocorre na Zona da Mata Norte. O encontro aconteceu na sede do Cavalo-Marinho Boi Pintado. Participaram pessoas ligadas à cultura de municípios como Aliança, Lagoa do Carro, Condado, Glória do Goitá, Nazaré da Mata, Ferreiros, Goiana, Itaquitinga, Timbaúba e Tracunhaém; representantes de expressões como cavalo-marinho, maracatu, ciranda, bacamarte, coco de roda, banda filarmônica, mamulengo e artesanato. A gestão municipal também se fez presente por meio de secretárias e secretários de Cultura e representantes de Conselhos de Cultura das cidades. No fim das escutas houve apresentações de maracatu e cavalo-marinho. O público convidado, que lotou a sede do Boi Pintado, foi ciceroneado pelo mestre José Grimário da Silva, fundador daquele cavalo-marinho, que é Patrimônio Vivo de Pernambuco e está completando 30 anos de existência; e por uma de suas integrantes, a folgazã e produtora Andala Pereira da Silva. O Governo do Estado se fez representado pelo secretário estadual de Cultura, Silvério Pessoa; o secretário executivo de Cultura, Leo Salazar; e o gerente de Territorialidade e Equipamentos Culturais, Filipe Moura Wanderley. A comitiva contou ainda com a participação da vice-presidente do Conselho Estadual de Política Cultural de Pernambuco, Ana Paula Santana, representante dos Povos de Matriz Indígena no CEPC-PE
Felipe Souto Maior O 6º SECULT-PE de ANDADA, em Chã de Esconso, Aliança, foi um reflexo da articulação cultural que ocorre na Zona da Mata Norte A mesa da escuta ainda foi composta por Tamara Silveira de Castro e Silva, secretária de Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Capital Humano de Condado; Adailton José da Silva, regente de bandas filarmônicas dos municípios de Condado, Itaquitinga e Timbaúba; Josailton Araújo, diretor da Sociedade Musical 15 de Agosto, de Aliança; Riso Rodrigues, secretária de Cultura de Lagoa do Carro; Auxiliadora Martins, professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Rosa Amorim, deputada estadual; e Rosineide Cavalcanti, secretária de Cultura de Aliança. A Zona da Mata Norte é o berço de bandas de música históricas de Pernambuco, algumas centenárias, e várias das principais reivindicações em termos de avanços nas políticas públicas culturais do Estado giraram em torno dessa manifestação, solicitando um olhar especial para o fomento das filarmônicas. A questão social foi outro aspecto bastante abordado. “Paguei minha faculdade com a cultura popular”, depôs a professora Amazonas Silva, folgazã do Boi Pintado. Formada em educação física, Amazonas é a única entre nove irmãos da família que conseguiu cursar e concluir o ensino superior e reforçou a importância de trabalhar a cultura popular nas escolas. “Fui aluna e hoje sou professora. Não desistam de seu sonho. Do mesmo jeito que a cultura popular transformou minha vida, pode transformar a de muitas pessoas. E até prevenir”, afirmou.
Felipe Souto Maior/ Secult-PEFelipe Souto Maior/ Secult-PE O secretário estadual de Cultura, Silvério Pessoa, no 6º SECULT-PE de ANDADA Também músico de maracatu e presidente do Conselho de Políticas Culturais de Condado, o maestro Adailton sugeriu a realização de um encontro entre representantes dos conselhos municipais e estadual para um alinhamento da política cultural em Pernambuco. “A cultura municipal é representada por uma escuta, um abraço, uma acolhida. E quem faz isso é o conselho municipal”, disse. Um dos focos principais da atual gestão estadual, a formação dos atores culturais foi o tema da fala de Rosineide Cavalcanti, que salientou a importância do conhecimento dos mecanismos de fomento à cultura. “Quando a gente escuta e aprende, ninguém engana”, ressaltou. No fim das escutas, Silvério Pessoa pediu a palavra novamente. Com todos os depoimentos anotados, o secretário analisou-os um por um e se comprometeu a dar encaminhamento às solicitações e ideias plantadas no evento. O 6º SECULT-PE de ANDADA terminou em clima de festa, com performances do Maracatu Onça Dourada e do Cavalo-Marinho Boi Pintado. A próxima edição está marcada para o dia 12 de maio, na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), no Recife. Felipe Souto Maior/ Secult-PEFelipe Souto Maior/ Secult-PE Após cinco etapas, o SECULT-PE de ANDADA desembarcou, em sua sexta edição, no município de Aliança, Zona da Mata Norte pernambucana

quarta-feira, 10 de maio de 2023

Jan Ribeiro/ Secult PE Celebra-se em Pernambuco, nesta quarta-feira (10), o Dia Estadual da Ciranda, Patrimônio Cultural do Brasil que, como elemento central da sua expressão, faz acontecer a união entre a música e poesia numa dança de roda. A data marca o lançamento de dois projetos com incentivo do Funcultura e que reverenciam essa manifestação cultural, uma coletânea de mestres e mestras de diversas gerações, com show de lançamento no Pátio de São Pedro, no Recife; e um documentário do Mestre Santino, considerado um dos mais antigos brincantes em atividade. Haverá também, nesta quarta-feira (9), o lançamento de uma coletânea de músicas de mestres e mestras, como Lia de Itamaracá, Patrimônio Vivo de Pernambuco A celebração também terá outros dois eventos que reúnem vários nomes da ciranda e contam com apoio do Governo de Pernambuco, por meio da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). Um promovido pela Associação das Cirandas de Pernambuco em Carpina, na Mata Norte, no sábado (13); e outro no Recife, no domingo (14), promovido pela Associação do Coletivo de Cirandas de Pernambuco.
Jan Ribeiro/Secult-PEJan Ribeiro/Secult-PE Outra mestra cirandeira que participa da coletânea de músicas com incentivo do Funcultura é Cristina Andrade, da Ciranda Dengosa A coletânea “Cirandas de Pernambuco” teve a direção musical de Maciel Salú e conta com importantes nomes da ciranda em Pernambuco, como Lia de Itamaracá, Patrimônio Vivo do Estado, além das Mestras Biu e Dulce Baracho (também conhecidas como as filhas de Baracho), João Limoeiro, Anderson Miguel, Mestre Bi, Mestre Zé Dias, Josivaldo Caboclo, Mestre Hamilton, Mestra Cristina Andrade, Mestre Sérgio da Imperial, Mestra Margareth, Mestre Noé, Mestre Canarinho, Mestre Carlos Antônio e Mestra Elisete Souza. O álbum terá lançamento virtual e estará disponível em todas as plataformas de streaming e Youtube.
Jan Ribeiro/Secult-PEJan Ribeiro/Secult-PE
Um dos nomes da geração mais nova de mestres da ciranda, Mestre Anderson Miguel participa da coletânea e também da programação de apresentações no domingo (14), no Paço do Frevo, no Recife, com apoio da Fundarpe Outro lançamento previsto para o Dia Estadual da Ciranda é o lançamento virtual do documentário da circulação estadual do CD Santino Cirandeiro e Encontro de Gerações. Dirigido por Nilton Pereira, o filme mostra como foi a série de apresentações realizadas para promover o segundo álbum da carreira do mestre cirandeiro contemporâneo de nomes como Mestre Baracho, João Limoeiro e Zé Galdino. Com mais de seis décadas de dedicação à cultura popular, Mestre Santino é considerado um dos pioneiros da ciranda pernambucana.
Ricardo Moura/Secult-PERicardo Moura/Secult-PE As Filhas de Baracho também participam da coletânea de músicas e se apresentam em Carpina, no sábado (13), para celebrar a ciranda RODAS DE CIRANDA - Neste sábado (13), a comemoração é na cidade do Carpina, na Mata Norte, com shows dos Mestres Hamilton, João Limoeiro, Noé da Ciranda e das Mestras Biu e Dulce Baracho (as filhas de Baracho). O evento será realizado a partir das 19h30, na Praça São Sebastião, no Centro de Carpina, numa parceria da Associação das Cirandas de Pernambuco com a Prefeitura do Carpina e o Governo de Pernambuco, por meio da Fundarpe. O evento é aberto ao público.
Társio Alves/Secult-PETársio Alves/Secult-PE Outro nome que integra a coletânea é Noé Ciranda, que se apresentará junto a outros artistas em Carpina, no sábado (13) No domingo (14), o Paço do Frevo, no Bairro do Recife, recebe a Mostra do Coletivo de Cirandas de Pernambuco com a presença de grupos como a Ciranda Imperial, fundada em 1969, que convida a Ciranda Cobiçada; a Ciranda Dengosa, da Patrimônio Vivo Cristina Andrade, que convida Mestre Mago; Mestre Anderson Miguel, da Ciranda Raiz, que convida Mestre Biu Paizinho; Mestre Zeca Cirandeiro de Paudalho, que convida Dona Del; e Ciranda do Amaro Branco, do Mestre Arnaldo, que convida Mestre Juarez da Tabajara. A entrada é gratuita. Eric Gomes/Secult-PEEric Gomes/Secult-PE João Limoeiro também se apresenta em Carpina neste sábado (13) O Dia Estadual da Ciranda celebra a data do nascimento de Antônio Baracho da Silva, o Mestre Baracho (in memoriam), considerado um dos mais importantes cirandeiros de todos os tempos. O mestre nasceu no ano de 1907 em Nazaré da Mata, mas consagrou-se mestre de Ciranda e Maracatu no bairro de Caetés, em Abreu e Lima, deixando um legado imenso para a cultura popular pernambucana. Serviço: Dia Estadual da Ciranda Quarta-feira (10) Lançamento da coletânea Cirandas de Pernambuco | Plataformas de streaming e Youtube Lançamento da circulação estadual do CD Santino Cirandeiro e Encontro de Gerações Sábado (13/05) Praça São Sebastião, Centro de Carpina Ciranda de Sant`Anna As Filhas de Baracho João Limoeiro Noé da Ciranda Domingo (14) Paço do Frevo, Bairro do Recife Ciranda Imperial convida Ciranda Cobiçada Ciranda Dengosa convida Mestre Mago Ciranda do Amaro Branco convida Mestre Juarez da Tabajara Zeca Cirandeiro convida Dona Del Mestre Anderson Miguel e a Ciranda Raiz da Mata Norte convida Mestre Biu Paizinho

Série de eventos marca as comemorações de 72 anos de Lula Côrtes (in memoriam)

Se vivo estivesse, o artista Lula Côrtes, ícone da música psicodélica pernambucana, completaria 72 anos, hoje 10 de maio (quarta-feira). Para marcar as comemorações, está programada uma série de eventos. O primeiro deles será o show Lula Côrtes: a vida não é sopa, que reunirá os artistas Almir Oliveira (Ave Sangria), Roger de Renor, Cannibal, Juvenil Silva, D Mingus, Ugo Barra Limpa, Marília Parente, Allen Jerônimo, Rodrigo Morcego, Una Martins e Terno Mavioso, no bar Pega Liamba (Graças/Recife), no dia 10/5, a partir das 20h. Organizada pela Rede Lula Córtex e apoiada pelo Som na Rural, essa ação faz parte de uma campanha de arrecadação para uma nova escultura de Lula Côrtes na orla de Candeias, a ser produzida pelo jovem escultor Ricardo Leite. A escultura atual foi realizada de forma independente pela juventude de Candeias e está seriamente danificada devido à falta de manutenção. A obra já faz parte da memória afetiva dos moradores locais. No mesmo dia, acontecerá o lançamento de um e-book e do primeiro episódio de um podcast que trazem à tona contribuições artísticas de Lula Côrtes para a música experimental e psicodélica do Brasil e do mundo. Ambos são resultado do projeto de pesquisa São várias as trilhas, que está mapeando a produção musical desse multiartista a partir de entrevistas e consulta a acervos de seus familiares e amigos próximos, como Jarbas Mariz e Alceu Valença. O projeto conta com incentivo do Governo de Pernambuco, por meio dos recursos do Funcu As homenagens ao músico seguem no dia 12 de maio (sexta-feira), com roda de diálogo sobre a pesquisa São várias as trilhas, na Escola João Pernambuco, às 16h30; e no dia 13 de maio (sábado), com lançamento, bate-papo e rodada de autógrafos do livro Lindo Sonho Delirante vol.3: 100 discos corajosos do Brasil (1986-2000), de Bento Araújo. O lançamento da publicação acontecerá no Paço do Frevo, às 16h. Lindo Sonho Delirante é uma série independente de livros que apresenta a trajetória da música corajosa, vanguardista e experimental realizada no Brasil. A discografia de Lula Côrtes está presente nos três volumes da série. Serviço Homenagem aos 72 anos de Lula Côrtes 10 de maio – (quarta-feira), às 20h Lançamento do e-book e do podcast São várias as trilhas e how Lula Côrtes: a vida não é sopa Local: Pega Liamba – Rua Fernando Lopes, 78, Graças – Recife/PE Entrada gratuita 12 de maio – (sexta-feira), às 16h30 Roda de conversa sobre o e-book e podcast São várias as trilhas Local: Escola Municipal de Arte João Pernambuco – Rua Barão de Muribeca, 116, Várzea – Recife – PE Inscrições no formulário disponível aqui Entrada gratuita 13 de maio – (sábado), às 16h Lançamento do livro “Lindo Sonho Delirante 3”, de Bento Araújo Local: Paço do Frevo – Rua da Guia, s/n, Recife Antigo – PE Entrada gratuita

segunda-feira, 8 de maio de 2023

No Sertão, Festival marca os 14 anos do grupo Coco Trupé de Arcoverde

Entre os dias 9 e 13 de maio (terça-feira a sábado, o Sertão do Moxotó recebe mais uma edição do Festival do Trupé de Arcoverde. Neste ano, o evento tem como tema “E não deixe o coco parar”. A festividade marca as comemorações 14 anos do grupo Coco Trupé de Arcoverde e os mais de 55 anos do mestre Cícero Gomes, grande figura da cultura popular pernambucana. A programação contará com ações nas escolas, oficinas de coco, café com o mestre, exibição de filmes, rodas de conversa com as participações de grupos de coco da cidade e municípios vizinhos, como Buíque e Afogados da Ingazeira. A festa se encerra com a já tradicional sambada, no dia 13 de maio (sábado). O evento faz parte do calendário de eventos de Arcoverde e conta com o apoio da Fundarpe, Secretaria de Turismo e Eventos da Prefeitura de Arcoverde e Secretaria de Cultura, Vereador Siqueirinha, Sesc Arcoverde, Livraria Lira Cultural, TvLw, Max Hotel, Prefeitura de Buíque, Secretaria de Cultura de Afogados da Ingazeira e apoio da Nex Comunicação, Diimagem e Dr. Fernando Albuquerque. Festival do Trupé de Arcoverde 9 de maio (terça-feira) Escola Municipal Jonas Freitas 15h – Início da Oficina de Percussão de Coco Local: Facilitadores: Edneuton Earros e Jairene Espíndola 19h – Cineclube ComunicArte – Teatro Geraldo Barros – Sesc Arcoverde Exibição dos filmes: Cordelina Estampido Mestres do Coco de Pernambuco 10 de maio (quarta-feira) Escola Municipal Jonas Freitas 15h – Encerramento da Oficina de Percussão Escola Jonas e Freitas Facilitadores: Edneuton barros e Jairene Jenifer Espindola 19h – Entre Café, Memória e Retalhos – Histórias de Maria Mediação: Alba Chalegre com a participação das Cartoneras do Esperançar Sede do Coco Trupé de arcoverde (Rua Argemiro Santana, n.º 195, São Miguel – Arcoverde/PE) 20h – Show do Samba de Coco das Irmãs Lopes 21h- Coco Resgaste da Alegria 22h – Coco Negros e Negras do Leitão da Carapuça Dia 11 de maio (quinta-feira) 15h – Café com o mestre – casa Maria da Assunção Sede do Coco Trupé de arcoverde (Rua Argemiro Santana, n.º 195, São Miguel – Arcoverde/PE) 19h – Sala dos Mestres – Diálogos Ancestrais Mestre Cícero Gomes, Mestre Assis Calixto, Mestre Damião Calixto e Mestra Severina Lopes Mediação: Djaelton Quirino e Carolina Arcoverde Participação Musical: Coco Raízes de Arcoverde Dia 12 de maio (sexta-feira) Praça de São Miguel 19h – Lançamento do Projeto Tem Coco na Praça Oficina de Coco de Trupé e apresentação musical do Coco Trupé de Arcoverde Dia 13 de maio (sábado) Brinquedoteca Passos para o Futuro – CECORA 9h – Oficina de Trupé com Valete Sena e Diogo Gomes 18h – Sambada do Coco Trupé 18H – Quadrilha Mulambembes em Pernas De Pau 18h30- Baque Mulher 19h – O Pagode é de Vocês 20h – Xaxado dos Cabra de Lampião 21h – Ciro Santos 22h- Coco Pisada Segura 23h – Lia Morais 0H – Motumbaxé 1h – Coco Trupé de Arcoverde

Plano de Salvaguarda dos Maracatus Nação será lançado em Pernambuco

O Plano de Salvaguarda dos Maracatus Nação, bem imaterial inscrito no Livro de Registro das Formas de Expressão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), foi oficialmente lançado para os maracatuzeiros em Pernambuco, ontem, domingo (8), em solenidade que será realizada no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, no Recife. O evento promovido pela Associação dos Maracatus Nação de Pernambuco (Amanpe), que, na ocasião, também fará a entrega do Prêmio Miçanga de Ouro – O Brilho das Nações de Maracatu Tradicionais de Pernambuco. Estarão presentes as 25 nações de maracatu que são associadas à Amanpe e o convite também foi estendido para outras nações de maracatu, como os ligados à Associação dos Maracatus de Olinda (Amo). “Vai ser um evento importante que inicia com o lançamento do plano, e encerra com a apresentação das agremiações que foram campeãs do Carnaval do Recife”, explica Fábio Sotero, presidente da Amanpe. Também participam do evento representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional de Brasília e Pernambuco, bem como da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). Titulados como Patrimônios Imateriais do Brasil, em dezembro de 2014, os Maracatus Nação agora possuem o documento fundamental que apresenta as iniciativas de proteção de maneira estratégica, os objetivos e o planejamento de ações a serem desenvolvidas a curto, médio e longo prazo a fim de promover um amplo alcance da política de salvaguarda. “A partir de domingo (8) vamos também disponibilizar o plano nas redes sociais da Amanpe para que os maracatuzeiros possam acessar o documento e ampliar a divulgação o máximo possível”, reforça Fábio Sotero. Clique aqui e confira o plano de salvaguarda, disponível no site do Iphan.
Foto: Renato SpencerFoto: Renato Spencer Titulados como Patrimônios Imateriais do Brasil, em dezembro de 2014, os Maracatus Nação agora possuem um Plano de Salvaguarda Plano de Salvaguarda – A Fundarpe foi a instituição que realizou o Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) do Maracatu Nação, que resultou no Registro do Maracatu Nação como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, em 2014. “Desde essa época, o Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e a Fundarpe, tem colaborado no desenvolvimento de diretrizes de salvaguarda e das oficinas para a elaboração do Plano de Salvaguarda do Maracatu Nação. As oficinas iniciaram formalmente por volta de 2017 e foram retomadas em 2019, sendo concluídas durante a pandemia, em 2021”, destacou Marcelo Renan, coordenador do Patrimônio Imaterial da Fundação, que representará a instituição durante a solenidade neste domingo (8). O INRC do Maracatu Nação está disponível para consulta na Biblioteca Teca Carlos, na Fundarpe, e o dossiê pode ser acessado neste link. A elaboração do Plano de Salvaguarda do Maracatu Nação também contou com a participação da Fundarpe e é fruto da organização e dedicação dos detentores desse bem cultural para a perpetuação de sua manifestação e da sua busca ativa pelas políticas públicas da área da cultura e patrimônio cultural. O resultado é um documento representativo, que reúne um diagnóstico abrangente da situação do bem cultural e dos seus grupos, mas que é dinâmico, mutável, e dessa forma pretende responder às mudanças sociais que o Maracatu Nação enfrenta. Além do Iphan e Fundarpe, outras instituições participaram da elaboração deste plano de salvaguarda, como a Amanpe e a Associação dos Maracatus de Olinda (Amo). Também se envolveram no processo técnicos das prefeituras de Recife, Olinda, Igarassu e Jaboatão, municípios onde são mais presentes os grupos de Maracatu Nação, além de professores e pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) envolvidos na produção do INRC do Maracatu Nação. O Plano de Salvaguarda é um documento que orienta a tomada de decisões em ações estratégicas a serem promovidas pelas instituições. Algumas são demandas específicas como, por exemplo, editais específicos, aumento de cachês e apoio a eventos. Outras são mais genéricas, como o enfrentamento ao racismo religioso que sofrem os participantes dos maracatus em suas próprias comunidades, o que exige o envolvimento de diferentes agentes públicos e da sociedade civil. Com isso, é possível definir recursos orçamentários e cronograma de ação, entre outros pontos, que colaboram para a salvaguarda do bem cultural. A publicação do Plano de Salvaguarda do Maracatu Nação segue as orientações do Manual de Elaboração de Planos de Salvaguarda, publicado pelo Iphan, autarquia federal vinculada ao Ministério da Cultura. O documento surgiu da necessidade de apresentar à área técnica do Instituto, aos detentores dos bens registrados e demais agentes as orientações necessárias para a execução de ações de preservação do bem. Em Pernambuco o Frevo e as Matrizes do Forró são outros dois bens imateriais que possuem plano de salvaguarda. “Está em elaboração o do Repente e Cavalo Marinho e, neste ano, está no plano de ação das instituições a realização de oficinas para contemplar os outros bens que ainda não possuem seus respectivos planos”, reforça Marcelo Renan. Prêmio Miçanga de Ouro – O prêmio é uma ação de salvaguarda, promovido pela Amanpe, no qual vamos premiar, anualmente, as nações de maracatu que foram campeãs do Carnaval do Recife. Mas vale ressaltar que é uma ação para salvaguardar os fazedores de cultura de maracatu e, neste sentido, vamos premiar destaques como a rainha, o rei, a dama de passo, o batuqueiro, o mestre e o regente, entre outros. Maracatu Nação - Também conhecido como Maracatu de Baque Virado, o Maracatu Nação é manifestação artística da cultura popular e carnavalesca da Região Metropolitana do Recife que remete às coroações dos reis e rainhas do Congo, em que um cortejo com seus pálios coloridos que anunciam a presença real, além de toda a corte, com calungas e dama do paço. Os trajes reais usam seda, veludo e bordados com pedrarias nos desfiles. O maracatu desfila pelas ruas, acompanhado de um conjunto musical percussivo, com os seus batuques, compostos de tambores, caixas, mineiros e gonguês. Fonte: Portalculturape

sábado, 6 de maio de 2023

Espetáculo “Cordelina” é encenado gratuitamente em Ingazeira

A comunidade do Sítio Minadouro, localizada na área rural da cidade de Ingazeira (Sertão do Pajeú), recebe a encenação do espetáculo Cordelina. A apresentação acontece neste domingo (7), a partir das 17h, e encerra o primeiro ciclo do projeto No Meu Terreiro Tem Arte, que conta com incentivo do Governo de Pernambuco, por meio dos recursos do Funcultura. Iniciado de maneira independente em 2016, No Meu Terreiro Tem Arte pode ser ampliado e, graças ao incentivo do Funcultura, contemplou seis cidades. Na programação, apresentações, intervenções e oficinas em diversas linguagens artísticas voltadas para os públicos de comunidades rurais do Sertão do Pajeú: Afogados da Ingazeira, Tabira, Solidão, São José do Egito, Tuparetama e Ingazeira, que é a cidade-sede do projeto idealizado pela artista Odília Nunes e produzido pela Toró de Ideias. Para saber mais sobre a iniciativa, acesse o perfil no Instagram: @nomeuterreirotemarteoficial. CORDELINA - Uma mulher viajante segue com sua carroça cheia de segredos, estórias, amuletos, ossos e medicina popular que vão sendo revelados durante o espetáculo. Entre tantas coisas existe Cordelina que é manipulada pela personagem para contar sobre o que não pode morrer em nós. O lado de dentro desta figura-primeira vem falar da delicadeza, do dançar e de pequenas coisas que fazem crescer o que nos vale a pena.

sexta-feira, 5 de maio de 2023

SECULT-PE de ANDADA realiza edição em Aliança

O SECULT-PE de ANDADA, iniciativa promovida pela Secretaria Estadual de Cultura, chega em Chã do Esconso, no munícipio de Aliança, para participar do Encontro de Brincantes da Zona da Mata, nesta sexta-feira (dia 5). O encontro teve início às 9h, na Sede do Cavalo Marinho Boi Pintado. O secretário estadual de Cultura, Silvério Pessoa, se reúne com os brincantes do Cavalo Marinho Boi Pintado, de Mestre Grimário, Patrimônio Vivo de Pernambuco, e pelos gestores do Museu das Tradições do Cavalo Marinho. Em mais uma ação de interiorização e democratização das políticas públicas do governo do Estado, o encontro promove o protagonismo e a escuta dos brincantes de maracatu de baque solto, cavalo marinho, mamulengo, ciranda e coco, entre outras manifestações artísticas da região da Mata Norte. Nesta roda de diálogo, mestres e mestras da falarão de suas vivências e conhecerão as proposições para o fortalecimento das políticas públicas para a difusão e fruição da cultura popular.

Diretor pernambucano Luiz Manuel encena novo espetáculo em São Paulo

O diretor de teatro pernambucano Luiz Manuel comanda, nos próximos dias 6, 7, 13, 14, 20 e 21 de maio (sábados, às 19h; domingos, às 17h), a estreia do sue mais novo espetáculo Geometrias (In)congruentes, no Espaço dos Satyros, localizado na Praça Roosevelt, em São Paulo. A montagem, que conta com incentivo do Governo de Pernambuco, por meio dos recursos do Funcultura, é uma ação cênica que desenvolve-se a partir de um jogo de dados. A participação no jogo-cena é orientada por um conjunto de regras, que determina o número de pessoas destinadas a improvisar em cada área do acontecimento (luz, som, vídeo e ação), e o perfil da criação (rítmico, melódico, intenso, volátil, misto etc.). “A ideia inicial era uma performance audiovisual sobre a modulação do espaço cênico através da telepresença projetadas ao vivo com atores de cena, performers, bailarinas. Identificamos, com a orientação do professor e pesquisador Dr. Lau Santos, a correlação entre referências eurocêntricas com as de matrizes africanas como o jogo de Ifá e o cosmograma Bakongo entendendo que tanto as tecnologias contemporâneas computacionais quanto às tecnologias de tradição do jogo do Ifá e do jogo de Búzios são também numéricas. A partir daí a pesquisa tomou outro rumo”, diz o diretor. As regras são como as de um tabuleiro tradicional, pré-estabelecidas e acessíveis a todos, sejam jogadores-mediadores ou jogadores-espectadores. Assim, o público e os intérpretes podem entrar ou sair na hora que quiserem, se mover livremente pelo espaço, sentar, deitar, intervir nas cenas, provocar nova rodada, utilizar tecnologias digitais, filmar e fotografar a partir de uma abordagem lúdica e brincante para a construção da cena e do jogo. Geometrias (In)congruentes coloca os participantes dentro diretamente do processo de composição da cena, por meio da criatividade e da manipulação das tecnologias, sejam elas relativas ao corpo ou à operação dos equipamentos de luz, som e dos dispositivos móveis (celulares, câmeras, aparelhos eletrônicos etc.). Servindo tanto para improvisação guiada levada a público, como também para o uso interno em grupos artísticos e escolas trazendo um desenvolvimento didático e criativo com foco nas artes cênicas. “Pretendo não apenas discutir e pôr em xeque hierarquias convencionalizadas da produção teatral, mas também de levar o espectador a refletir sobre a importância e a potência de todas as áreas criativas da cena, familiarizando artistas com a exploração das tecnologias digitais para a cena, permitindo a participação do público na operação dos equipamentos e nos “bastidores” da criação cênica”, explica Luiz Manuel. INTERCÂMBIO - Geometrias (In)congruentes é uma experiência possível de ser apresentado em diferentes espaços, desde caixas pretas até espaços multiuso. A montagem foi desenvolvida por meio dos recursos do Funcultura em residências realizadas nas cidades de São Paulo (SP), Petrolina, Arcoverde, Recife e Olinda (PE). O espetáculo contou com o envolvimento de cerca de 40 pesquisadores, artistas e estudantes em mais de 50 horas de experimentações com testes compartilhados e parcerias com equipamentos culturais diversos.
DIRETOR - Formado em História pela UFPE, Luiz Manuel tem se dedicado às artes profissionalmente desde 2010. Administra um estúdio de criação: o “Espaço Coletivo Caverna”, casa de fruição e formação artística na periferia de Olinda (PE). Durante esses últimos dez anos, realizou um intercâmbio artístico em Portugal, dirigiu espetáculos de teatro, shows , escreveu roteiros e produziu para cinema e em vídeo-arte além de teatro de bonecos e produziu shows musicais. Recebeu pela segunda vez o prêmio de pesquisa para jovem encenador no Recife e, atualmente, cursa direção na SP Escola de Teatro e circula com a pesquisa Geometrias Incongruentes, espetáculo que traz um tabuleiro para se jogar teatro.

Trupe do Patrimônio circula pelo Sertão do Moxotó

Com incentivo do Governo de Pernambuco, por meio dos recursos do Funcultura, a Trupe do Patrimônio visita os municípios de Manari e Inajá, no Sertão do Moxotó, nos próximos dias 8 e 9 de maio (segunda-feira). Ao todo, o grupo fará quatro apresentações por lá, duas em cada cidade (uma na área central e a outra na zona rural). De forma lúdica, o espetáculo Trupe do Patrimônio busca despertar nas pessoas o sentimento de apropriação espontânea e produzir conhecimento das relações simbólicas entre os espaços urbanos e atitudes específicas de uso culturais, contribuindo para reconhecimento, valoração e proteção do patrimônio cultural de cada localidade escolhida. “Esse projeto poderia ocorrer em municípios com processos ou ações consolidadas de identificação, preservação, promoção e proteção do patrimônio cultural, mas optamos por essas duas cidades para contribuir com o despertar de uma consciência de uma sociedade estigmatizada pela dificuldade em melhorar a qualidade de vida da população, a partir da discussão de seus valores culturais. Após as apresentações teremos uma roda de conversa”, conta Ewerson Luiz, idealizador da iniciativa. Serviço Trupo do Patrimônio 8/5 (segunda-feira) – Manari 10h – Escola Municipal Maria Alzira (Centro) 15h30 – Escola Municipal Nilo Coelho (Cercadinho) 9/5 (terça-feira) – Inajá 10h – EREM Antonio Guilherme Dias Lima (Centro) 16h – Escola Municipal Maria Gaia de Araújo (Caraibeiro)

segunda-feira, 1 de maio de 2023

MESTRE NÔ DOS CAMBINDAS DE PORTO DE PEDRAS.

José Claudionor Bento de Moura, o mestre do folguedo Cambimdas,conhecido nas rodas da cultura popular do estado de alagoas,como Mestre Nô,nasceu no dia 14 de agosto de 1974, na cidade de Porto da Pedra,na Zona da Mata Alagoana. O folclore Cambindas, de Porto de Pedras, é um grupo irmão do Maracatu Pernambucano, também são brincadeira carnavalesca, as melodias e as formas musicais são muito próximas, além das Baianas como personagens mais numerosas. Mestre Nô iniciou na brincadeira com sua avó Dona Quiquina. Ela fundou o grupo de cambinda Berto da Quiquina (Berto, seu filho e pai de Nô). A cambinda Berto da Quiquina foi liderada por mais de 60 anos por Seu Berto. No entanto, diferentemente do que ocorre na prática do estado vizinho, não há a presença de mulheres – as baianas de nossas cambindas são incorporadas apenas por homens vestidos com bata e saia rodada.
Histórico das Cambindas da cidade de Porto de Pedras Alagoas (Cambindas Berto da Quiquina): Ponto de Pedras manteve uma forte relação com folguedos populares de origem africana por muito tempo. Por aqui se espalhavam grupos de Cambindas e baianadas em diferentes Povoados. Figuras de destaque, no processo de consolidação dessas manifestações é seu Berto da Quiquina. Seu Berto começou jovem no envolvimento com as brincadeiras e danças na região, norte por incentivo de sua mãe, Dona Quiquina, fundadora do grupo de Cambindas que seu Berto liderou por mais de 60 anos e que agora é conduzido pelo Mestre Nô, seu filho, outra figura de destaque na tradição e que não está mais entre nós, é a Mestra Terezinha das Cambindas Palmeirense, do Povoado Tatuamunha. No município de Porto de Pedras. Com o desejo de manter viva a tradição das Cambindeira da cidade, Mestre Nô mantém um grupo ativo que envolvem jovens e adultos que insiste e luta para dar continuidade ao legado de seu Berto e Dona Terezinha (Mestra Terezinha). O grupo faz varias apresentação por ano em 2020, apresentações com o Instituto Yandê, também apresentação na Feira dos Municípios em Maceió. No programa Na sombra do Juazeiro Tudo Sobre a Cultura Popular de Alagoas.
As Cambindas de Porto de Pedras. É um grupo irmão do Maracatu Pernambucano, também são brincadeira carnavalesca, as melodias e as formas musicais são muito próximas, além das Baianas como personagens mais numerosas. “Tiram peças” que é criar letras para narrar fatos ou contar história, usando melodias tradicionais ou comuns. Essa característica está presente em outras tradições alagoanas como: o Samba de Matuto, Caboclinhas e as Baianas. Esse grupo ficou desativado e voltou há algum tempo com Claudionor, filho do Mestre antigo como mestre, que nos contam sobre seu pai, “ele trouxe essa brincadeira de Pernambuco”, outros aspectos interessantes é a não existência de mulheres. As Baianas dos grupos são homens que dançam. Vestidos de mulheres. As Cambindas de Porto de Pedras/AL é um grupo irmão do Maracatu Pernambucano, também carnavalesco, as melodias e as formas musicais são muito próximas, além das Baianas como personagens mais numerosas. “Tiram peça” que é criar letras para narrar fatos ou contar histórias, usando melodias tradicionais ou comuns. Em conversa em julho de 2018, Mestre Berto da Quinquina ele conta com muito entusiasmo como aprendeu a brincadeira das Cambindas. Ele fala que chegou com sete anos de idade em Porto de Pedras, e aos 9 anos passou morar na casa da Dona Joaquina Ferreira da Hora (Dona Quinquina). Ela me ensinou a ler e a escrever ela morava no terreno e vendia bolo aos 12 anos eu comecei a trabalhar as Cambindas, vieram da cidade de Porto Calvo, terra de Calabar. A minha tia Manoela Paulina dos Santos, ela começou a ensaia essa brincadeira, trouxe as Cambindas para as Lages (Porto de Pedras) há mais de cem anos. E começaram a fazer essas Cambindas com os homens de trajes vestidos de mulheres. Eu vi essa brincadeira no Curtume. E passou-se muitos anos, porque muitas mães não deixavam seus filhos brincarem. Aí o Claudionor, meu primo, aprendeu com a minha tia e começou a brincar no Curtume (Santos/Mestre Berto). Em seguida, ele descreveu como ensaia o grupo e conduzir o cortejo no carnaval: são cerca de 25 pessoas (componentes no grupo) brincantes homens e as mulheres ficam no apoio. Aprendi fazendo as minhas peças e meus versos eu sei cantar, canto a primeira e a segunda é dos brincantes. Eu sou muito animado de mais, todos dos seios de coco, dentro do sutiã e a alegria é boa. Saem meus filhos, netos, sobrinhos e amigos. Tem um estandarte e os brincantes. Agora a Dona Terezinha colocava os Caboclinhos juntos da Cambindas (Santos/Mestre Berto). As Cambindas é essa manifestações carnavalesca da cultura popular de Alagoas, repleta de traços da religiosidade africana e católica (Portuguesa), é constituída de um cortejo de homens travestidos de mulheres, com um roteiro de poesias cantadas, músicas, danças e representações cênicas, criadas e recriadas na região norte de Alagoas. Hoje só existe no município de Porto de Pedras. AS CAMBIDAS: A cidade de Porto de Pedras, situada na Região Norte do Estado de Alagoas tem uma das mais belas praias do litoral alagoano bainha pelo Oceano Atlântico que encanta a todos que a visita de qualquer canto do Mundo. No município de Porto de Pedras Alagoas La está localizado o Santuário Ecológico do Peixe Boi Marinho. Trata-se de um lugar de muitas qualidades e belezas naturais, e também culturais. Em meio aos Povoados no município banhados pelo Oceano Atlântico, um lugarejo La possui uma grande quantidade de pescadores, e produtores rurais, e trabalhadores do setor de turismo. A Professora Elba dos Santos há mais de 5 (cinco) anos desenvolve a brincadeira popular “com as Cambindas” com 25 crianças da Pré - escola II. A, as roupas característica das Cambindas.