segunda-feira, 31 de julho de 2017


Geraldo Teles de Oliveira, o GTO, é um dos mais famosos e importantes escultores mineiros. Ele nasceu na cidade de Itapecerica em 1913, mas ainda criança se mudou para Divinópolis. Autodidata, antes de se tornar escultor foi servente de pedreiro, guarda sanitário e guarda noturno. Seu primeiro trabalho surgiu de um sonho em 1965 e a partir de então ele passou a considerar sua obra como um legado divino e uma missão. GTO passou a infância e a juventude em Divinópolis. Aos 28 anos mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como moldador, funileiro e fundidor. Em 1951 retorna a Divinópolis onde conseguiu emprego como guarda noturno do Hospital São João de Deus. A pedido do padre da cidade esculpiu uma imagem para a igreja do Bom Jesus. Descoberto por um arquiteto mineiro sua peças foram logo sendo comercializadas por galerias de arte de todo o Brasil. O artista morreu em 1990 deixando uma vasta produção artística.

GTO criou um estilo próprio e muito peculiar para sua obra. Ao esculpir, soltava a imaginação, talhava a própria história e da comunidade onde vivia. Suas peças retratam figuras humanas, de forma esquemática e repetida, aliadas aos símbolos geométricos do circulo e do retângulo. A pluralidade de suas figuras termina por construir imagens de grande equilíbrio e unidade formal. Nas Rodas Vivas de GTO, o centro é comumente sugerido, mas quase nunca configurado, como nas mandalas orientais. A multiplicidade de figuras resulta numa trama que as dissolve no ritmo dos cheios e vazados. Nos blocos formados pelas figuras, a rede humana toca-se pelas extremidades, mãos, pés, cabeças, formando elos infinitos. A mão espalmada, ou tocando outra figura é o grande elemento de ligação entre os corpos. A riqueza de detalhe é tanta que ainda impressiona colecionadores do Brasil e do exterior.
 GTO, título desconhecido, madeira. Reprodução fotográfica Galeria Estação, SP. 
Foto: Germana Monte-Mór©

GTO, título desconhecido, madeira. Reprodução fotográfica Escritório de Arte.

GTO, título desconhecido, madeira. Reprodução fotográfica Galeria Estação, SP. 
Foto: Germana Monte-Mór©

GTO participou de várias exposições no Brasil e no exterior dentre elas: X BISP, SP (1969); I Salão de Arte Contemporânea, BH (1969); Biennale Formes Humaines, Musée Rodin, Paris, França (1974); Sala Especial na XIII BISP (1975); I Salão de Artes Plásticas do CEC, Palácio das Artes, BH (1978); Bienal de Veneza, Itália (1980). Participou, entre outras, das seguintes exposições coletivas: Copacabana Palace juntamente com Rodelnégio Gonçalves Neto e Júlio José dos Santos, RJ (1968); Exposição de Arte Ingênua, BH (1968), 1ª Semana de Arte, Divinópolis (1969); O Processo Evolutivo da Arte em Minas, Palácio das Artes (1970); Brasil Export 73, Bruxelas, Bélgica (1973); Galeria Montparnesse, Paris (1974); II Festival Mundial e Africano de Arte e Cultura Negra, Lagos, Nigéria (1977); Mitos e Magia, Bienal Latino-Americana, SP (1978); Galeria Bonino, RJ (1980); Art Brut, Cine Metrópole, BH (1985); Arte em Madeira, Museu do Folclore, RJ (1986); I e II Madeira à Moda Mineira¸ Galeria Trem de Minas, RJ (1987-88); Coletiva promovida pela Vale do Rio Doce, RJ (1990); Centro Cultural UFMG- 10 Anos, Centro Cultural UFMG, BH (1999). Sua primeira mostra individual foi na Galeria Guignard, BH (1967), fez várias mostras em Divinópolis, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e em cidades do exterior. Foi realizada exposição póstuma durante a 31º Semana de Folclore: Cinco anos sem novos sonhos de GTO, Galeria Paulo Campos Guimarães, BH (1995). GTO tem obras na Igreja do Senhor Bom Jesus, Divinópolis; Prefeitura de São João del-Rei, MG; Museu Mineiro, Fundação Clóvis Salgado e MAP, BH; Casa de Cultura, RJ.
GTO, título desconhecido, madeira. Reprodução fotográfica Galeria Estação, SP. 
Foto: Germana Monte-Mór©
Sobre o artista e sua obra foram realizados dois filmes de curta metragem: O Escultor dos Sonhos, de Camillo de Souza Filho e A Árvore dos Sonhos, de Carlos Augusto Calil. Em 1977 a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, lançou um selo postal veiculando um de seus trabalhos, dentro da série dedicada ao II Festival de Arte e Cultura Negra e Africana.
 GTO, título desconhecido, madeira. Reprodução fotográfica autoria desconhecida.
GTO, Roda, madeira. Acervo do Museu Casa do Pontal, Rio de Janeiro, RJ. Reprodução fotográfica.

A obra de GTO está sendo perpetuada pelo seu filho Mario Teles e seu neto Geraldo Fernandes.

Referências bibliográficas:
- Frota, LC. Pequeno Dicionário da Arte do Povo Brasileiro – Século XX. Aeroplano Editora, Rio de Janeiro, 2005.
GTO, título desconhecido, madeira. Acervo do Pavilhão das Culturas Brasileiras, São Paulo, SP. Reprodução fotográfica.

GTO, título desconhecido, madeira. Reprodução fotográfica Palácio de Leilões.

GTO, título desconhecido, madeira. Reprodução fotográfica autoria desconhecida.

GTO, título desconhecido, madeira. Reprodução fotográfica autoria desconhecida.

GTO, título desconhecido, madeira. Reprodução fotográfica Jacques Ardies. 
GTO, título desconhecido, madeira. Acervo do Pavilhão das Culturas Brasileiras, São Paulo, SP. Reprodução fotográfica.

sábado, 29 de julho de 2017


O MASSACRE DE ANGICO – A MORTE DE LAMPIÃO
 Há 79 anos, o terrível encontro entre militares do Governo Getulista e cangaceiros liderados por Lampião e sua esposa, Maria Bonita, estes pegos de surpresa e quase sem nenhuma reação na madrugada do dia 28 de julho de 1938, na grota de Angico, em Sergipe, praticamente pôs fim à chamada Era do Cangaço. Em meio àquelas árvores retorcidas da caatinga e resultando num verdadeiro banho de sangue no sertão nordestino, 11 integrantes do afamado bando, incluindo o casal líder, foram mortos e tiveram suas cabeças decepadas. Esta tragédia verdadeira é o tema do grandioso espetáculo ao ar livre e gratuito “O Massacre de Angico – A Morte de Lampião”, concebido a partir do até então único texto dramatúrgico escrito pelo pesquisador do Cangaço, Anildomá Willans de Souza, natural de Serra Talhada, mesma cidade onde Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, nasceu. Mas o “molho” que rege toda esta história é o perfil apresentado deste homem símbolo do Cangaço, visto por um outro viés, bem mais humano.


 Numa realização da Fundação Cultural Cabras de Lampião, com patrocínio da Lei Rouanet,  Empetur/Governo do Estado de Pernambuco e Prefeitura Municipal de Serra Talhada, além de diversas empresas locais, a montagem, que teve sua estreia em julho de 2012, com absoluto sucesso, volta a ser apresentada no município de Serra Talhada, de 26 a 30 de julho, sempre às 20h, na Estação do Forró (antiga Estação Ferroviária), sob o lema “O Maior Espetáculo ao Ar Livre do Sertão Nordestino”. Com entrada franca, a expectativa é reunir mais de cinquenta mil pessoas nos cinco dias da temporada. À frente da encenação, que conta com 40 atores e 60 figurantes, além de 40 profissionais na equipe técnica e administrativa, está um mestre de grandiosas produções teatrais ao ar livre no Estado, o diretor, ator, dramaturgo e iluminador José Pimentel.

 Com larga experiência adquirida em montagens como Paixão de Cristo da Nova Jerusalém, Paixão de Cristo do Recife, O Calvário de Frei Caneca, Jesus e o Natal e Batalha dos Guararapes – Assim Nasceu a Pátria e Revolução de 1817, para citar algumas de suas realizações, José Pimentel diz que, ao ser convidado à direção pelo casal Anildomá Willans e Cleonice Maria, que conheceu quando foi convidado a ser jurado em um festival de teatro serratalhadense anos atrás, aceitou o desafio por ter estreita ligação com o tema do Cangaço. “Lampião me faz recordar meu pai, Virgínio Albino Pimentel, que costumava me contar a história de que o encontrou duas vezes, antes mesmo de eu nascer. Meu pai comprava porcos nos sítios para vender nos matadouros e, numa dessas viagens, deparou-se com o bando de Lampião. Mas eles fizeram amizade e até um banquete foi promovido. Tinha uma foto lá em casa com meu pai vestido de cangaceiro e usando os dois punhais que ele ganhou de presente! Por isso, desde pequeno, eu ouvia falar bem de Lampião, que para mim sempre foi um herói. Até por não ter matado meu pai”, brinca.


 É este Lampião mais humano, mais gente, segundo Pimentel, quem permeia o espetáculo. “Certamente é um Lampião menos ruim do que o povo imagina. É o Lampião de Domá”, diz referindo-se ao apelido do autor do texto. Pesquisador afamado do Cangaço, Anildomá Willans de Souza possui quatro obras já publicadas nesta temática, Lampião, o Comandante das Caatingas, Xaxado: Dança de Guerra dos Cangaceiros de Lampião, Nas Pegadas de Lampião e Lampião: Nem Herói Nem Bandido – A História. Foi a partir de suas conclusões ao reconstruir esta tão controversa trajetória, que decidiu enveredar-se na dramaturgia, mas tentando assumidamente humanizar a figura de sua personagem principal. “O cangaceiro violento, bandido, que não abre um sorriso, já está retratado por aí… Eu quis mostrar o outro lado deste homem, que chora, se apaixona, sente medo da morte pressentida, faz declarações de amor. Um Lampião diferente, mais gente, e que não é somente meu: um Lampião com alma. Que fala de morte, sim, mas também de amor. Que desafia o inimigo com um punhal, mas, ao clarão da lua sertaneja, declara-se poeticamente à mulher amada. Essa é a dualidade que me interessa”, defende o autor.


 Com cenas de relances quase cinematográficos, “O Massacre de Angico – A Morte de Lampião” reconta a vida do Rei do Cangaço, desde o desentendimento inicial de sua família com o vizinho fazendeiro, Zé Saturnino, ainda em Serra Talhada. Para evitar uma tragédia iminente, e que de fato aconteceu, seu pai, Zé Ferreira, fugiu com os filhos para Alagoas, mas acabou sendo assassinado por vingança. Revoltados e para fazer justiça com as próprias mãos, Virgolino Ferreira da Silva e seus irmãos entregaram-se ao Cangaço, movimento que deixou muito político, coronel e fazendeiro apavorado nas décadas de 1920 e 1930 no Nordeste. Temidos por uns e idolatrados por outros, os cangaceiros serviram como denunciantes das péssimas condições sociais daquela época, tanto que a honra e bravura de Lampião foram decantadas pelos poetas populares, ao mesmo tempo em que o Governo o via como uma doença que precisava ser eliminada.


Foi com a decisão do então presidente da República, Getúlio Vargas, que as tropas militares conseguiram preparar, após diversas tentativas, uma emboscada em local propício, de única entrada e saída, em Angico. Mas até sua morte, outros fatos importantes da trajetória desde homem que marcou a história do Brasil, afamado como herói e bandido, são revelados, como seu encontro com Padre Cícero para receber a patente de capitão do Exército Patriótico; as demonstrações de liderança e guerrilha nas visitas aos sete estados do Nordeste; seu amor à esposa, Maria Bonita, com frases poéticas ditas à luz do luar; a festa da cabroeira dançando xaxado e coco; e até a traição de Pedro de Cândida, coiteiro que foi torturado pelos militares e acabou entregando o local de repouso dos cangaceiros em terras sergipanas (Lampião foi assassinado aos 41 anos. Maria Bonita estava com 27).


 No elenco, atores da própria Serra Talhada, mas também do Recife e Olinda, além da atriz/cantora Roberta Aureliano, que interpreta Maria Bonita e é natural de Maceió, Alagoas, mas passou toda a infância em Serra Talhada. O ator e dançarino Karl Marx, de apenas 25 anos, vive o protagonista. Integrante do Grupo de Xaxado Cabras de Lampião, ele comemora 12 anos à frente do mesmo papel, em outras montagens. “A responsabilidade é grande porque trata-se de uma personagem que mexe com a imaginação das pessoas, que influenciou a cultura popular sertaneja, os valores morais e até o modo de viver do nosso povo. Pra mim, que sou da terra de Lampião, que nasci e me criei ouvindo histórias sobre esses homens que escreveram nossa história com chumbo, suor e sangue, me sinto feliz e orgulhoso pela oportunidade de revelar seu lado humano, suas emoções, seus medos e todos os elementos que o transformaram nessa figura mítica. Este trabalho é mais do que um desafio profissional. É quase uma missão de vida, ainda mais quando se trata de Cangaço, tema polêmico que gera divergências, contradições e até preconceitos”.



FICHA TÉCNICA

Autor da Peça: Anildomá Willans de Souza
Direção Geral: José Pimentel
Assistente de Direção: Izaltino Caetano
Produção Geral: Anildomá Willans de Souza, Cleonice Maria, José Pimentel e Karl Marx.
Produção Executiva: Anildomá Willans de Souza, Cleonice Maria e Karl Marx.
Produção de Arte: Paulo César Frazelly
Administração Geral: Cleonice Maria.
Figurinos e Adereços: Cleonice Maria, Cida Souza e Paulo César Frazelly
Cenografia, Maquinaria e Efeitos Especiais: Octávio Catanho
Cenotécnicos: Alexandre T. Nascimento, Diego Adones, Francisco Dantas (Chico), Franklin Gomes, Jackson Fagner, Joseano T. Nascimento e Jovelino dos Santos (Duda).
Criação de Máscaras: Octávio Catanho
Cabelos e Maquilagem: Cida Souza, Iolanda Lúcia, Leidjan Dantas e Mércia Jislayne
Camareiras: Danielza Souza, Danielly Duarte, Patrícia Gomes e Sandra Klebya.
Sonoplastia: José Pimentel
Projeto de Dublagem: José Pimentel
Operação de Som: Adriano Homero e Orlando Lima
Equipamento de Som Para o Espetáculo: Adriano Homero Sonorização
Plano de Iluminação: José Pimentel
Operação de Luz Cênica: Alexandre Veloso, Izaltino Caetano e José Pimentel
Equipamento de Luz Para o Espetáculo: Veloso Lighting
Montagem de Iluminação: Alexandre Veloso, Cilas Farias, Felipe Ferreira e Gibson Francisco.
Telões: Gomes Mídia Som
Cinegrafistas: Anacleto, André e Gomes
Equipe Técnica (Telões): Anacleto, Cosmo e Gomes
Criação dos Letreiros Para o Telão:Camilo Melo e Sebastião Costa
Contrarregras:Antônio Silva, Bruno Carvalho, Paulo César Frazelly e Ramilson Gomes
Gravação das Vozes Para Dublagem: Cammar Estúdio (Serra Talhada) e Produtora Virtual (Recife)
Técnico Responsável Pelas Gravações: Camilo Melo
Consultoria de Elenco: Izaltino Caetano
Coordenação dos Figurantes: Edivaldo Severino (Pato)
Campanha Publicitária: Môlins Comunicação
Coordenação da Campanha Publicitária: João Carlos Lins
Fotografias: Anastácia Novaes eÁlvaro Severo.
Gravação de Chamadas e VTs: Cammar Áudio e Vídeo
Equipe de Apoio: Cícero Alves, Luédja Rayane, Modesto Lopes de Barros e Simone Alves.
                           

ELENCO
*Por ordem de aparição em cena

Lampião: Karl Marx
Zé Ferreira (pai de Lampião): José Pimentel
Sinhá: Juliana Guerra
Zé Saturnino: Alexsuel Nicolau
Zé Saturnino (VOZ): Gildo Alves
Sargento Zé Lucena: Sebastião Costa
Dona Bela: Gorete Lima
Luiz Pedro: Lúcio Fábio
Luiz Pedro (VOZ): Diógenes D. Lima
Zé Sereno:Gildo Alves
Zé Sereno (VOZ): Carlos Amorim
Jiboião: Gilberto Gomes
Padre Cícero: Jadenilson Gomes
Assistente 01: Beto Filho
Getúlio Vargas: Feliciano Félix
Assistente 02: Humberto Cellus
Assistente 03: Marcelo Oliveira
Assistente 03 (VOZ): Marcos Fabrício
Maria Bonita: Roberta Aureliano
Sila: Karine Gaya
Enedina: Danny Feitosa
Dulce: Anny Ldeney Araújo
Pedro de Cândida: Carlos Silva
Soldado (Tortura): Sebastião Costa
Soldado (Voz em OFF): José Pimentel
Soldado (Decapitação): Sebastião Costa

ELENCO DE APOIO:

Carpideiras:
Dorotéia Nogueira
Danielle Viana
Eriane Freitas
Zell Ferraz

Carregadores:
Eduardo Vasco
Franklin Gomes
Ricky Matheus
Leonardo Douglas

Soldados:
Frank Ferraz
Jackson Fagner
Luiz Carlos Araújo
Tiago Gomes

Cangaceiros do Bando de Lampião:
Cristiano Vitoriano
Diego Adones
Diego Morais
Dorotéia Nogueira
Edilson Leite
Edivaldo Severino (Pato)
Francisco de Assis (Beleza)
Jéferson do Nascimento
Júlio César Gomes
Kaká Ericsson
Leonardo Douglas
Manoel Soares
Nando Santos
Ricky Lacerda
Ítalo Santos
Pedro Henrique
Cristian Vitoriano
Everton Luís de Souza (Nino)
Francisco Dantas Filho (Pichot)
Carlos André de Lima

Mascarados:
Adriana Silva
Danielle Viana
Eriane Freitas
Frank Ferraz
Franklin Gomes
Jackson Fagner
Luiz Carlos Araújo
Milena Lacerda
Zell Ferraz
Eduardo Vasco
Zuleide Vieira
 Ambientada em cima de uma ribanceira de terra batida (mas sem ser necessária a itinerância do público e com visão privilegiada para todos), durante 1h30 a encenação acontece, contando com uma arrojada trilha sonora (que, além da vozes gravadas dos intérpretes, inclui obras de Chico Science a clássico francês, além de músicas do cancioneiro popular, como Mulher Rendeira; e a canção Se Eu Soubesse, na voz da atriz e cantora Roberta Aureliano, intérprete da Maria Bonita), iluminação detalhista e muitos efeitos especiais, estes últimos, assim como os cenários, assinados pelo mago da cenografia pernambucana Octávio Catanho (Tibi), parceiro de José Pimentel em todos os seus outros trabalhos. No total, o projeto está orçado em R$ 600 mil e deve atrair ainda mais turistas àquela região, berço do grande homem do Cangaço.

Algumas curiosidades:
                         
Esta é a primeira vez que José Pimentel dirige um texto para teatro ao ar livre que não é seu.

No início de sua carreira, Pimentel participou da encenação de Lampião, de Rachel de Queiroz, em 1955, pelo Grupo Dramático Paroquial de Água Fria, sob direção de Octávio Catanho, vivendo um dos irmãos de Virgolino Ferreira da Silva; e no cinema viveu também outros cangaceiros nos filmes Riacho de SangueA Noite do Espantalho e Faustão (nestes dois últimos, bem estilizados).