quinta-feira, 19 de novembro de 2009

MESTRE SALÚ, E O SILÊNCIO DA RABECA.

No Canto da sala,uma rabeca inerte e calada,as digitais que fazia som partiu para o silêncio,não mais encanto ou canto na sala, e assim se fez o sono da rabeca.Nesta sexta-feira,se vivo fosse o Mestre de cavalo Marinho e de Maracatú rural,o brincante,Manoel Salustiano Soares,faría 64 anos ,parte deles dedicados ao folguedo popular. Menino de engenho, nasceu em 12 de novembro de 1945, no engenho Oiteiro alto, no município de Aliança ,na zona da mata norte de Pernambuco.Filho de um rabequeiro respeitado,João Salustiano Soares e de Dona Maria Tertonila da Conçeição, a infância do Mestre Salú, não diferenciava dos tantos meninos de engenho,onde o sol nasce mais cedo com o apito da usina, e assim, o sofrimento também chegou cedo na vida do menino salú,cortanto cana,cambitando,limpando mato,carreando pelo canavial, a semana era de luta no campo e no final -de- semana tinha a preocupação de ir para os espetáculos populares como cavalo marinho,ciranda, maracatú e mamulengo. O Mestre Salustiano,foi ator.cantor, compositor e artesão. é fundador do maracatú rural Piaba de Ouro. Foi considerado uma das maiores autoridades em cultura popular Pernambucana.Foi secretário estadual de cultura do último Governo de Miguel Arraes, no ano de 2007 foi homenageado pelos seus 54 anos de carreira, recebeu o titulo de patrimônio vivo de Pernambuco. O mestre deixou uma trupe de rebentos que defendem com orgulho o legado de cultura popular,Maciel Salú,Dinda Salú e tantos outros não deixarão o banco de cavalo marinho nem o baque solto que vem dos canaviais em silêncio.o mestre fez da Ilumiara Zumbi(Cidade Tabajara em Olinda) o seu templo cultural e os discipulos dizem amém todo sábado com sambada de maracatú.William Veras de Queiroz,19/11/2009 D.C - Santo Antonio do Salgueiro-PE.

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