domingo, 31 de janeiro de 2010


TEM BOI NO CARNAVAL
No Carnaval pernambucano também há bois que representam, a lenda do boi-bumbá. O bloco Bumba-meu-boi desfila pelas ruas do Recife, de Olinda e das cidades vizinhas provocando os moradores com suas fantasias. No Bumba-meu-boi, as crianças fazem a festa. O boi sai pelas ruas dançando e fingindo chifrar os transeuntes, principalmente os pequenos. No desfile completo, o bloco representa a lenda do boi-bumbá, morto por seu dono para atender ao pedido da esposa grávida, que desejava comer a língua do animal. Na lenda, o boi é ressuscitado e tudo termina em festa. O Bumba-meu-Boi brinca no Natal por quase todo Nordeste, mas na "frevida" Recife ele também desce ruas e ladeiras de outras folias, transformando-se no verdadeiro, colorido e bailarino Boi do Carnaval. A companhia da reinação traz Sebastião e Catirina, o vaqueiro Mateus, Mané Pequenino, Babau, Calus e Burras... E vem lá o elegante Capitão-do-Campo, montado no Cavalo-Marinho, no comando da orquestra de de bombos, gaita, gonguê, surdo, tarol. Quem canta é o tirador de loas e, no Carnaval, tem até porta-estandarte!
Aqui temos o nome de cinco dos principais grupos de Boi do Carnaval de Recife: o mais novo é o Boi Manhoso nascido em 1986, seguido muito proximamente pelo Boi Estrela (1985); tem também o Boi da Cara Preta (1950) e o Boi Teimoso (1956); mas, o mais antigo e tradicional de todos é o Boi Misterioso, fundado no ano de 1927. Em sua homenagem, Antonio José Madureira e Marcelo Varella, escreveram a canção, aqui temos alguns versos
Quem, quem vem, quem vem lá?Quem, quem vem, quem vem lá?Que cortejo é aquele, senhor?Vindo aqui perguntar, quem vem lá?
Rosemary Borges Xavier,2.010-D.C-Cajueiro-Recife-Pernambuco

Um comentário:

  1. Moçada do Sol Vermelho, vivo numa cidade que embora faça parte do nosso Nordeste, teima em se distanciar de suas raízes nordestinas. Refiro-me a Salvador, a vetusta capital do Atlântico Sul, por muitos anos. Alguns ingênuos e estúpidos soteropolitanos, criaram para eles, uma barreira instransponível a outras tendências que não sejam a do axé massificante. A mídia local respaldada pela vênus platinada (Globo), lançou para o país, um "festival" de verão que nada mais é do que o pontapé inicial para as festas "populares" e o carnaval. É preciso que estejamos atentos, enquanto cidadãos e cidadãs baianos, para essa corrida do ouro que se tornou o mercado cultural da capital baiana. Abraços, galera!

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