Uma das mais belas manifestações do Carnaval Pernambucano está na evolução das tribos de caboclinhos que passam,quase que em disparada pelas ruas do centro e do subúrbio ao som de um pequeno conjunto e na marcação das preacas a produzir um estalido caracteristico na percussão da seta contra o arco,com seus estandartes esvoaçantes e a beleza de suas fantasias. Se no Maracatú está toda herança de nações de negros,no Caboclinho vamos encontrar a presença do Indio que,como primitivo dono da terra,mantém durante o carnaval as suas danças e lendas que contam a glória dos seus antepassados. Caboclinhos é uma espécie de grupos de mulheres e homens,trajando vistosos cocares de penas de avestruz e pavão,com saias também de penas,trazendo adereços no tornozelo ,braços e colares,que desfilam em duas filas fazendo evoluções das mais ricas,abaixando-se e levantando-se com a maior agilidade,como se tivesse molas nas pernas, ao mesmo tempo que rodopiam apoiando-se nas pontas dos pés e calcanhares. Há um século,nascia na cidade de Goiana,na zona da mata norte Pernambucana o grupo de caboclinhos Cahetés, que retratavam as manifestações dos indios da ilha da Itapessoca e Tejucupapo. O Cacique,o Capitão,o guia e a mãe-da-tribo,os caboclos,o pajé e os perós são alguns dos personagens dessa dança.Durante os quatros dias de momo,o Caboclinho percorrem várias cidades da zona da mata norte,divulgando a cultura local. Considerada a terra dos caboclinhos,Goiana possui cinco nações:Caboclinhos Cahetés, Sete Flexas,Tupinambá,canindé e Tabajara.
William Veras de Queiroz -2010 D.C -Santo Antonio do Salgueiro-Pernambuco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário