domingo, 13 de março de 2011


ELETROCACTUS E O CALANGO ELETRÔNICO

   Esta é a  mais  Manguebeat das Manguebeat bandas do Ceará,fazendo o que os malungos pernambucanos fizeram na década passada com o saudosos Chico Science e Fred 04 com fusões de guitarras distorcidas com elementos dos ritmos do folguedo popular. Assumindo compromisso com o resgate da música da terra dos verdes mares,com instrumentos tradicionais do bom e velho rock holl a trupe reproduz sons caracteristico da música  regional no convés de um velho navio.
Em meio à polifonia oriunda da mescla entre a música regional e a universal, a banda Eletrocactus elegeu o maracatu cearense como estandarte de sua proposta sonora. Ritmo de batidas fortes e arrastadas, o maracatu cearense diferencia-se dos tipos de maracatu encontrados em outros estados nordestinos e em Portugal por expressar a tristeza dos escravos, servindo como canal de efusão dos sentimentos de um povo, ao invés de figurar como entretenimento ou fuga de uma dor.
  Para a banda Eletrocactus, bradar o maracatu aos quatro-cantos é fazer girar as engrenagens do processo de conscientização da juventude local sobre a verdadeira música cearense, conduzir os jovens às suas origens e incentivá-los a cantar com sua própria voz. Música cearense, sentimento cearense... O maracatu está para o Ceará, assim como está o frevo para Pernambuco, ou o jazz para New Orleans. O maracatu cearense é a meta-música local: ao cantar o Ceará, fala de si mesma.
 Existe uma música verdadeiramente cearense? Este é o questionamento latente em cada acorde entoado pelos músicos da banda Eletrocactus, cujas canções trilham caminhos em busca de uma música cearense que dialogue amistosamente com as mais díspares tendências da música regional, brasileira e mundial.

William Veras de Queiroz -Fevereiro 2011 D.C- Santo Antonio do Salgueiro-PE.

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