quarta-feira, 25 de abril de 2012

                                                                      




              CANGACEIRO LUCAS DA FEIRA


Lucas  Evangelista,nasceu em 18 de outubro de 1807,na Fazenda Sacco do Limão em Feira de Santana,estado da Bahia.Nascido filho de escravo,pertenceu a princípio a Dona Ana Pereira do Lage,e após o falecimento dela,passou ao domínio do Padre José Alves Franco,vindo mais tarde a caber,em nova partilha,ao pai deste,Alferos José Alves Franco.Durante esta última transição de senhor,ele fugiu aos 15 anos de idade para as matas da cidade de  Feira de Santana,em meados do ano de 1828,se juntando à uma quadrilha em conjunto com Nicolau,Bernardino, Flaviano,José ,Joaquim e Januário,um bando com cerca de 30 homens sendo ele preso em 23 de janeiro de 1848 após ser  alvejado com um tiro no braço.Ao ser preso,é levado à corte imperial, a pedido de D.Pedro II, que desejava conhecê-lo antes que fosse enforcado em Feira de Santana,no dia  de Iemanjá,2 de fevereiro de 1848.  
 Em 2010 houve um projeto para homenagear Lucas da Feira nomeiando uma rua com o seu nome,mas o projeto foi rejeitado,visto que existe também imagem negativa dele entre os historiadores.Foi argumentado que não podia-se esquecer os assaltos que ele cometeu durante vinte anos aos moradores de Feira de Santana.
  Se por um lado,alguns historiadores argumenta que Lucas lutou contra a escravidão e foi um Robin Hood baiano,na tendência como teria sido o Zumbi dos Palmares,outros historiadores como Franklin Maxado,Monsenhor Renato Galvão e Hugo Navarro relatam uma vida criminosa atribuída à vida de Lucas. A um consenso entretanto que Lucas Evangelista ajudou a formar um dos primeiros grupos considerados como cangaço na primeira metade do século XIX.Conforme o historiador Jaime Cedraz de Oliveira: "A memória oral da população ainda mantém viva a figura do lendário Lucas da Feira.Entretanto determinada elite politica e cultural e proprietária de bens,que quer ser dona de tudo e de todos,deter o amanhã e aprisionar o futuro,insiste em apagar ou evitar qualquer menção ao nome daquele escravo.Por que será?  Supõe-se que a história de Lucas da Feira escancara o escárnio,a podridão e a arrogância dos antigos senhores que ascendiam com o tráfico e exploração de mão-de-obra arrancada dos seus lares na África.As classes dominantes sucedâneas descaracterizaram
e praticamente destruíram o patrimônio cultural,artístico,histórico e arquitetônico do município,confinando-o aos museus e catálogos de fotos,e teimam em impor culturas alienantes e símbolos de fora que tem apenas valor de mercado,e somente isto".



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