Os 40 anos do Quinteto Violado estão em cartaz na exposição Um Imaginário Nordestino, que circula por cinco capitais brasileiras. Com patrocínio do Ministério da Cultura e dos Correios, o projeto celebra as quatro décadas de atividades ininterruptas do grupo, que estreou em outubro de 1971, em palco montado sobre as pedras do teatro ao ar livre de Nova Jerusalém, no agreste pernambucano. Desde então, o Quinteto tornou-se referência na música brasileira e nordestina, reconhecido por sua identidade sonora e pelo manejo refinado dos ritmos e gêneros populares. Fotografias, imagens em audiovisual, entrevistas, testemunhos, um vasto material foi reunido para contar ou relembrar a trajetória do grupo por meio de projeções, estações multimídias e outras plataformas. Entre as imagens recuperadas em arquivos, destaque-se um dos encontros do Quinteto com Luiz Gonzaga.
Em um dos ambientes criados, uma linha do tempo convidará os visitantes a uma viagem por 40 anos de produção artística, com textos e imagens dos álbuns lançados e dos espetáculos montados. Na parede oposta, uma jukebox com os cerca de 50 títulos da discografia, entre álbuns, coletâneas e participações, dará aos visitantes/ouvintes a chance de criar sua trilha sonora. Nos depoimentos colhidos para a plataforma multimídia da exposição, o cantor e compositor Lenine ressalta a importância do grupo no contexto contemporâneo. “O Quinteto Violado é pai de muitos criadores, que viram no trabalho deles uma poderosa afirmação da música nordestina, como uma expressão extremamente popular, mas extremamente refinada”, diz Lenine. “Durante muito tempo a música nordestina ficou associada apenas a um tipo de estética roots, sem muito refinamento. Eles surgiram para provar o contrário. O Quinteto faz parte do meu DNA, faz parte da minha genética e da minha formação completa.
A mostra Quinteto Violado: Um imaginário nordestino tem expografia e coordenação geral da arquiteta Fátima Ximenes e programação visual de Sebba. O acesso à exposição e aos concertos é gratuito. Os ingressos para as apresentações deverão ser retirados na bilheteria uma hora antes do início. O grupo também realizará concertos-aula com alunos das redes pública e privada, narrando episódios e demonstrando alguns gêneros tradicionais que inspiram sua proposta artística. Nas cidades que recebem o projeto também será lançado o livro Lá Vêm os Violados! (Editora Bagaço), no qual o crítico musical José Teles, autor de Do Frevo ao Manguebit, narra a história do grupo no contexto da produção musical brasileira.
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