terça-feira, 3 de abril de 2012

                            




A XILOGRAVURA E A POESIA DE  JOSÉ DA COSTA


      José da Costa Leite,nasceu em 27 de julho de 1927,em Sapé,Paraíba,Diz que nunca frequentou a escola,tendo aprendido a ler  soletrando folheto de cordel. Em 1938,muda-se com a família para Pernambuco,fixando residência em Condado,cidade onde mora até hoje.Ainda criança,trabalha nas plantações de cana de açúcar e faz seus primeiros versos imitando o cordel. Em 1947,começa a vender folhetos nas feiras do interior e,em 1949,publica seus primeiros títulos: Eduardo e Alzira e Discussão de  José Costa com Manoel Vicente. Logo em seguida,improvisa-se xilógrafo,gravando na madeira a imagem que ilustra seu terceiro título,O rapaz que virou bode.Torna-se,assim,um profissional polivalente,exercendo todas as atividades ligadas à literatura  popular: é poeta,ilustrador,editor e continua vendendo folhetos,de feira em  feira.Verseja sobre praticamente todos os temas de cordel,sendo autor de clássicos como A carta misteriosa do Padre Cicero Romão,o Dicionário do amor e os dez mandamentos,O Pai nosso e o Credo dos cachaceiros. Além das histórias em versos,publica anualmente o Calendário Brasileiro,almanaque astrológico de 16 páginas contendo diversos conselhos práticos,de grande sucesso junto ao público. Denomina sua folhetaria A Voz da Poesia Nordestina. Em1976,recebe o prêmio Leandro Gomes de Barros,da Universidade Regional do Nordeste(Campina Grande),pelo conjunto de sua obra,talvez a mas extensa da literatura de cordel brasileira,em número de títulos. Suas xilogravuras ilustram inúmeros folhetos-seus e de outros poetas-e ganha status de obra de arte a partir dos anos 1960,quando passam a ser publicado em álbuns e expostas em museus,no Brasil e no exterior: em 2005,José Costa Leite é o convidado especial de uma exposição realizada no Musée du Dessin et de I'Estampe Originale de Gravelines(França) onde também dá ateliês de xilogravuras. ao completar 80 anos, em 2007,foi homenageado na Paraíba,juntamente cm o escritor Ariano Suassuna,e recebe o titulo de patrimônio vivo de Pernambuco,reconhecimento máximo de um artista de múltiplos talentos,que fez da poesia e beleza a matéria prima de seu labor.

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