terça-feira, 1 de maio de 2012

                         



                 CANGACEIRO CABELEIRA




Nos anais da história contemporânea, consta que ele foi o precursor do movimento que se denominou de cangaço. Fenômeno ocorrido no nordeste brasileiro de meados do século XIX ao início do século XX. O cangaço tem suas origens  em questões fundiárias e sociais do nordeste brasileiro. Porém,José Gomes, o cabeleira,era apenas um bandido cruel e sanguinário que entrou na vida do crime influenciado  pelo seu pai , o não menos perverso Joaquim Gomes,um mameluco,autor de vários crimes hediondos,um homem mal e cruel que cedo ensinou o filho a arte violenta de matar e sangrar as pessoas indefesas apenas por puro prazer.Juntamente com seu pai e um negro de nome Teodósio,Cabeleira aterrorizou toda zona da mata pernambucana desde Vitória de  Santo Antão até o centro do  Recife em meados de 1775. Cabeleira,nasceu em  1751, na pequena  cidade de Glória do Goitá,zona da mata norte de pernambuco.Cabeleira foi um herói do  mal. À revelia de sua mãe, a Joana,conheceu a trilha do crime através do pai que cedo ensinou a usar o clavinote deixando um rastro de morte e destruição por onde passava.Cabeleira não escolhia suas vítimas. 
Era um herói sem causa  social,e não tinha para si código de ética e conduta. Matava por matar e roubava por roubar.Após viver tantas aventuras, o Cabeleira reencontra Luizinha ,sua vizinha e amiga de infância,com quem prometera certa vez se casar,mas não a reconhecendo sequestra e mata sua mãe.Após ter reconhecido de quem ela era filha, o coração do cangaceiro se transforma,ele pede perdão a ela por seus crimes e jura nunca mais cometer atrocidades.Abandonando seu bando,os dois fogem juntos,mas Luizinha morre. Cabeleira,mudado e desconsolado, foi preso no governo do Capitão-General José Cesar de Menezes,Governador de pernambuco, num canavial em Paudalho,cidade situada na zona da mata norte  e levado à força para  ser aprisionado no forte das Cincos Pontas,bairro de São José,no Recife em 1776,onde foi enforcado. Das estórias de Cabeleira,só contadas pelo romancista Franklin Távora fica os versos que imortalizou a figura desse cangaceiro na alma do nordestino:" Fecha a porta,gente Cabeleira ai vem Matando mulheres meninos também..."  "Minha mãe me deu contas prá rezar meu pai me deu faca para eu matar"  " Meu pai me pediu por sua benção que eu não fosse  mole fosse valentão.  







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