Tributo a João Cândido
Era bom ser marinheiro sentir a brisa do mar,
Roupa branca como a neve chegava a me emocionar,
Golfinhos saltitantes o navio a acompanhar,
Era bom ser marinheiro sentir a brisa do mar,
Roupa branca como a neve chegava a me emocionar,
Golfinhos saltitantes o navio a acompanhar,
Gaivotas e atobás eu ouvia me chamar João vem pra cá.
Meus queridos companheiros alegres a cantar,
Velhas canções de marujos ao luar...
Não éramos pretos nem brancos,
Éramos homens do mar tanta harmonia e beleza,
Por um simples capricho capitão veio mudar,
E o navio que era belo que me fazia sonhar,
Transformou-se em pesadelo em um grande navio negreiro,
Almirante em fazendeiro, capitão em capataz,
Botando os negros a ferros com a chibata a castigar.
Fiquei muito assustado comecei a lamentar,
No meu peito aquela dor a senzala voltou,
Disfarçada de marinha.
Como negro e lutador revoltei-me contra a chibata,
Denunciei os maus tratos, denunciei a esquadra,
Com os canhões apontado para Guanabara.
Internaram-me como louco minha voz foi calada,
Não calaram meu espírito minha alma idolatrada,
Sou João cândido guerreiro, marinheiro lutador,
Negro forte vencedor da revolta da chibata
Meus queridos companheiros alegres a cantar,
Velhas canções de marujos ao luar...
Não éramos pretos nem brancos,
Éramos homens do mar tanta harmonia e beleza,
Por um simples capricho capitão veio mudar,
E o navio que era belo que me fazia sonhar,
Transformou-se em pesadelo em um grande navio negreiro,
Almirante em fazendeiro, capitão em capataz,
Botando os negros a ferros com a chibata a castigar.
Fiquei muito assustado comecei a lamentar,
No meu peito aquela dor a senzala voltou,
Disfarçada de marinha.
Como negro e lutador revoltei-me contra a chibata,
Denunciei os maus tratos, denunciei a esquadra,
Com os canhões apontado para Guanabara.
Internaram-me como louco minha voz foi calada,
Não calaram meu espírito minha alma idolatrada,
Sou João cândido guerreiro, marinheiro lutador,
Negro forte vencedor da revolta da chibata
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