MARACATU NAÇÃO ALMIRANTE DO FORTE
Considerado um dos grupos mais sui generis de Pernambuco,o Maracatu Nação Almirante do Forte foi fundado no dia 7 de setembro de 1931,no bairro do Bongi,região sudoeste da capital pernambucana.O grupo surgiu de uma dissidência do Maracatu de baque solto Cruzeiro do Forte.Fundado pelos familiares de Sr. Teté,como um maracatu de baque solto.Deste modo,além de desfilar com caboclos de lança em seu cortejo,eles utilizam também instrumentos como gonguê,tarol,mineiro,surdo,cuíca e bombo,instrumentos utilizados no maracatu de baque solto. O maracatu Almirante do Forte se transformou em maracatu de baque virado,ou maracatu nação na década de 1960,junto de outros maracatus de orquestra que também mudaram para nação.O Almirante do Forte quando foi fundado cantava ponto de macumba em suas loas e os integrantes acharam por bem que o baque virado tinha mais identidade com os pontos que o baque solto. Esta nação possui um forte carisma,reconhecido por parte dos maracatuzeiros e pessoas interessadas nas culturas populares de pernambuco,por conta de sua tradição e peculiaridades.O Maracatu Nação Almirante do Forte é composto principalmente por pessoas da comunidade do bairro do Bongi,familiares do Sr .Teté(netos,responsáveis pela confecção de instrumentos) ,pessoas de comunidades vizinhas e pessoas de classe média que resolveram colaborar para o fortalecimento do grupo,no trabalho que este desenvolve a partir de seu ponto de cultura O Almirante do Forte,no concurso carnavalesco, tem transitado entre o 1º e 2 º grupo.
O maracatu tem fortes ligação com a jurema,sendo D.Menininha,entidade representada por uma das calungas(bonecas do grupo),a dona e zeladora espiritual da nação. Ela comanda a nação,determina as obrigações,guia espiritual de muitos que fazem o maracatu Almirante do Forte.
O maracatu desfila hoje com mais de setenta alfaias(instrumento musical da família dos membranofones,onde o som é obtido através de membrana ou pele),a nação tem aos poucos atraído a atenção de estrangeiros,que já desfilam com a nação em alguns carnavais. O Almirante do Forte tem recebido muitos jovens interessados nos maracatus,não apenas para tocarem bombos(alfaia),mas para atuarem socialmente de outros modos. Afinal ,O Almirante do Forte desde 2009 é ponto de cultura,recebendo auxilio financeiro do governo federal no intuito de realizar projetos de inclusão social atrelados ao maracatu. Com a verba a sede foi reformada e hoje abriga várias oficinas voltadas para a comunidade, e há um grupo de jovens que ajuda Sr. Teté na administração do maracatu.
Interessante observar como a arte e a dança popular pernambucana alcançam os jovens na contemporaneidade, criando oportunidades de gerar renda e promover a inclusão social, além de cumprir seu papel fundamental que é o de preservar e perpetuar as tradições de um determinado povo.
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