segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014




                                       Cristina Saraiva


Carioca e desde 96 trabalha com música, tendo fundado o selo Tiê Musical, de MPB, pelo qual lançou as cantoras Simone Guimarães e Giselle Martine. Foi responsável pela produção dos CDs "Cirandeiro" e "Aguapé" (Simone Guimarães) e "Diamantes" (Giselle Martine), com as participações especiais de Paulo Jobim, Ivan Lins, Elba Ramalho, Zé Renato, Danilo Caymmi e Chico Buarque.
Compositora (letrista), foi semifinalista do prestigiado Prêmio Visa de 2000 - edição compositores - e teve uma música classificada para o Festival da Música Brasileira, da Rede Globo. Ainda em 2000, ganhou o Prêmio de Melhor Letra no Festival de Tatuí , um dos mais concorridos do país.


Em meados de 2001, Cristina Saraiva resolve usar sua experiência como produtora fonográfica para partir para a gravação de seu trabalho pessoal. Registra, então, algumas de suas parcerias com diversos amigos que, na maioria das vezes, interpretam suas próprias canções. Com os arranjos de Maurício Maestro, com quem vem trabalhando desde Simone Guimarães, e o mesmo elenco de grandes músicos, (Leandro Braga, Pantico Rocha, Marcílio Figueiró, Marcio Mallard, Franklin da flauta, Cláudio Guimarães e Jaime Alem), prepara "Primeiro Olhar", um CD essencialmente feminino.

Numa área onde as mulheres ainda se aventuram pouco, a composição, "Primeiro Olhar" vem trazer uma bela contribuição à música brasileira. Não por acaso, o encarte é assinado por uma das maiores compositoras do país, Sueli Costa.
Lançado no final de 2001, "Primeiro Olhar" recebe ótimas críticas Brasil afora. A letrista participou de vários especiais para rádios, com execução de todas as faixas do CD. Destacam-se a Rádio Universitária de Fortaleza e a Educativa de Curitiba, bem como diversas rádios do interior de São Paulo.Em 2002 se sagra vencedora do mais importante festival do circuito paulista, a Fampop (Feira Avareense de Música Popular) com a canção " Indiviso", em parceria com Felipe Radicetti e interpretada por Márcia Tauil. No início de 2003, participa do II Circuito Paulista de Festivais, realizado no Memorial da América Latina, com os vencedores dos 4 mais importantes festivais de São Paulo (Avaré, Tatuí, Ilha Solteira e S. José do Rio Pardo) 
Em 2003 grava o novo CD, " Só canção". No disco, parcerias com Rafael Altério, Dante Ozzetti, Théo de Barros, Felipe Radicetti, Simone Guimarães, Edu Santana e Clarisse Grova.
O elenco de intérpretes de seu novo trabalho aponta o prestígio alcançado pela compositora ao longo de sua curta carreira - Chico Buarque, Leila Pinheiro, Ná Ozzetti, Dante Ozzetti, Simone Guimarães, Clarisse Grova, Renato Braz, Paula Santoro e Edu Santana: um privilégio de que poucos autores dispõem e Cristina Saraiva faz por merecer.
A partir de 2004, começa a se dedicar a uma luta, que na verdade, deveria ser de todos os músicos brasileiros: a organização dos músicos com o objetivo de pleitear, junto ao governo federal e poder legislativo a adoção de uma política pública para a música, que dê espaço à toda diversidade musical brasileira.
Em 2006, em meio à luta pela formação de uma Frente Parlamentar Pró Música no Congresso, grava seu terceiro CD, "Sol a Sol". Nesse trabalho, ao contrário dos anteriores, a obra da letrista é toda interpretada por uma única cantora, a paulista Lucila Novaes - finalista do Premio Visa Intérpretes, trata-se de uma das mais belas vozes que surgiram no cenário nacional. O CD conta apenas com uma participação especial, de Francis Hime, com quem Cristina assina uma das faixas em parceria.
"Sol a sol" reafirma a capacidade da letrista de trabalhar com grandes compositores ( o CD traz parcerias com André Mehmari, Theo de Barros, Dalmo Medeiros e Miltinho, do MPB4, Francis Hime, seus constantes parceiros Rafael Alterio e Felipe Radicetti , os irmãos Ize e Juca Novaes, a paraibana Socorro Lira e ainda 2 canções de um jovem talento, o compositor de Itapetininga Breno Ruiz) e o mesmo time de músicos de primeira linha - a começar pelos arranjos primorosos de Mauricio Maestro.
O ano de 2009, que encontra Cristina Saraiva ainda numa intensa atividade política em prol da música brasileira, traz um novo trabalho da letrista, o CD “Terra brasileira”. Neste novo projeto, a letrista faz uma opção por trabalhar com jovens talentos da música brasileira, a começar pela intérprete – a estreante Manuella Cavalaro, de 25 anos – e o arranjador e parceiro de 4 faixas do CD, Breno Ruiz, de 26 anos.
Este novo CD de jovens músicos traz parceiras já antigas, como com Simone Guimarães, Felipe Radicetti, Guilherme Rondon, Rafael Altério e Breno Ruiz, e alguns novos parceiros como o curitibano Lydio Roberto e o carioca Marcilio Figueiró. Todo gravado no estúdio Sol lua, na fazenda do parceiro Rafael Alterio, “Terra brasileira” traz a letrista cada vez mais envolvida com seu País, com músicas cujas letras têm muitas vezes, um viés claramente histórico – reflexo talvez de sua formação original de historiadora.
Com o reconhecimento do meio musical e da crítica especializada, cada vez mais, Cristina Saraiva caminha para inscrever seu nome entre os letristas mais importantes da música brasileira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário