sábado, 5 de abril de 2014




Eu, ela e a Padroeira

Eu, ela e a padroeira
E o coração de Jesus
Nos vimos nos pés da cruz
Na manhã de quinta-feira
Ela alegre e prazenteira
Como quem se desencanta
E eu, com vergonha tanta
Olhava Jesus no trono
Ela, com medo do dono
E eu, com vergonha da santa.

Não sei quem brilhava mais
Diante de nossos destinos
Se eram os olhos divinos
Ou se eram os olhos mortais
Eu sei não que nao são iguais
Verdade não se mistura
Devido a minha loucura
Confundi, oh minha loura
Teus olhos de pecadora
Com os olhos da Virgem Pura.
Olhei pra Virgem maria Quando me estendia os braços
Senti nos divinos traços
Que a santa me repelia
Cristo, a cabeça pendia
Me repelindo também
Olhando para o meu bemque estava da cor de brasa
Respeitando a santa casa
Saí sem beijar ninguém.


Homenagem póstuma ao poeta repentista Elísio Félix da Costa, o Canhotinho, pelo dia de seu 99°aniversário.

Um comentário:

  1. Muito grata em ver publicado em seu blog homenagem póstuma ao meu avô Elísio Félix da Costa, Canhotinho.
    Socorro Fernandes da Costa

    ResponderExcluir