Ontem foi dia de celebrar o aniversário de umas das mais importantes ceramistas do nosso estado e Patrimônio Vivo da cultura pernambucana. Nascida em Tracunhaém, Zona da Mata Norte, Maria Amélia chega aos 90 anos imprimindo sua marca na arte de modelar o barro, cujo dom lhe tomou aos oito anos de idade, por influência do pai, o louceiro João Bezerra da Silva, o Mestre Dunde.
São João do Carneirinho, Nossa Senhora do Rosário, Rainha do Céu, São Francisco, Santa Luzia, São José e São Pedro são as figuras mais representativas de sua obra, inspirada em santos católicos. Com relevante contribuição para a preservação da memória e transmissão de saberes e fazeres tradicionais por várias gerações, sua história de vida é refletida em várias exposições em cidades brasileiras como Brasília e Rio de Janeiro e em países como Inglaterra e França.
Além do registro de sua arte em livros, matérias de jornais e revistas, Maria Amélia foi homenageada como “Artesã mais antiga” na Festa dos Artesãos em Tracunhaém (2005), participou do Salão dos Mestres na Fenneart (2000 a 2009), recebeu o título de “Cidadã Benemérita de Tracunhaém” (2002), participou da Exposição “100 anos do Brasil” (2003) na França e do I Encontro Nacional de Artesãos (2006). Em 2011, aos 87 anos de idade, a artesã recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco.
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